No enorme centro de imprensa da Arena Pernambuco chama a atenção os diferentes perfis dos jornalistas escalados para a Copa das Confederações.
Espanhóis, uruguaios, japoneses e italianos. Uma rápida circula e a diferença de comportamento e modo de trabalho impressionam.
A imprensa espanhola se notabilizou pelas perguntas mais técnicas acerca da Fúria, como o desfalque de Xabi Alonso e a consequência a médio prazo. Foram mais de 60 jornalistas acompanhando a seleção desde a chegada o avião da Ibéria no Aeroporto dos Guararapes.
Já a mídia uruguaia concentra-se em Montevidéu, a capital que engloba quase metade da população do país, de 3,3 milhões de habitantes. Talvez por isso as entrevistas tenham virado “conversas” com o maestro Oscar Tabárez, que parecia conhecer bem os seus interlocutores – 18 ao todo -, acostumados nas coberturas de Peñarol, Nacional e federação.
Apesar de nomes com Vicente Del Bosque, Xavi, Casillas e Tabárez, as coletivas do primeiro jogo no estado não foram tão concorridas. Não no Recife.
Não se comparadas às entrevistas dos italianos, com uma imprensa esportiva tradicionalíssima. Quente nas manchetes, passional como todo o país da bota. Um contraste enorme com os profissionais nipônicos, adversários na quarta-feira na mesma Arena Pernambuco.
Num auditório cheio, se ouvia bastante os eloquentes italianos e nem um pio dos japoneses, mantendo viva a imagem de disciplinados.
Sobre as perguntas, os italianos vão para o choque, com direito a introduções (“Sei que o assunto é delicado, mas não fique em cima do muro”).
Não se intimidam e insistem nas perguntas. Naturalmente, jogadores e técnicos também parecem acostumados ao contexto e não privam de declarações mais fortes. Pelo menos foi assim com Cesare Prandelli e Daniele de Rossi.
Quanto aos japoneses, com quase 300 credenciados no Brasil, um dinamismo nas matérias, mais observadores, talvez pela imposição da língua.
Sorria, você está sendo monitorado pelo governo do estado.
Num estado democrático como o nosso, esse monitoramento via redes sociais serve apenas como fomento para a avaliação de ações governamentais.
Na abertura da Copa das Confederações no Recife, no domingo, uma empresa contratada pelo governo do estado fez um levantamento sobre a repercussão do plano de transporte para a Arena Pernambuco nas maiores redes sociais da internet.
No caso, a repercussão negativa. Certo?
Errado… Segundo os gestores, apenas 87 pessoas criticarama a organização de mobilidade. Pasmem, várias delas sequer teriam ido ao jogo Espanha x Uruguai.
Considerando que essa empresa foi contratada com dinheiro público, é no mínimo curioso apresentar um estudo desse, bem aquém do que aponta qualquer rápida passagem no Facebook, Twitter, Orkut e Google+.
A postagem do blog sobre todo o percurso de ida e volta, via metrô, foi compartilhada 1.300 vezes no Facebook, num indicativo de que esse “87” é um tanto irreal (veja aqui).
O monitoramento é até justo, para compreender a visão do povo.
Mas pelo visto os dados precisam ser mais bem trabalhados…
A execução do plano de mobilidade do governo do estado sobre o primeiro jogo na Arena Pernambuco pela Copa das Confederações teve nota “8”.
Confira os depoimentos do secretário extraordinário da Copa, Ricardo Leitão.
Plano de mobilidade mantido “O plano de mobilidade foi testado no dia 22 (de maio) e operacionalizado ontem (domingo) será mantido. Não haverá alteração estrutural. O metrô continuará como principal modal de acesso à Arena. O acesso pela BR-408 segue com veículos credenciados pela Fifa, como seleções, árbitros, autoridades, patrocinadores etc. E ainda temos o esquema de estacionamentos remotos (nos shoppings), próximos à estações de metrô, através do Expresso Torcida, e também o Parqtel.”
Ajustes para a operação “Na nossa avaliação, o plano aprovado pela Fifa e pelo conjunto de órgãos do governo do estado é um plano que evidentemente precisa ser melhorado, mas os aconteceimentos de domingo não decorrem de erros do plano, mas de problemas de sincronia, entre operações dos ônibus e o metrô na Estação Cosme e Damião. Essa sincronia será buscada, já discutimos isso. Queremos alcançar o que o plano projeta, a chegada de ônibus na estaçao compatibilizada com a saída e chegada de trens.”
Mau comportamento “Houve, além da falta de sincronia, um comportamento inadequado de alguns torcedores, derrubandos barreiras, o que acabou prejudicando o esquema (de volta) também.”
Teste difícil “Tivemos o teste mais difícil para a Arena, com o público quase total, de 42 mil pessoas, o máximo que a Fifa conseguiu vender. Para o jogo de quarta (Itália x Japão) a expectativa é de 32 mil pessoas. Gostaria de pedir mais uma vez a colaboração de todos e destacar que na quarta o torcedor poderá chegar na Arena às 15h e assistir lá, nos telões, ao jogo da Seleção Brasileira.”
Serviços desorganizados na arena “O torcedor é um consumidor e ele tem razão em sair chateado do jogo, com os problemas que enfrentou, com acesso, filas enormes nos bares, falta de produtos, ingressos sem assento e banheiros sujos. Tudo isso foi conversado com o operador, até porque este tem o maior interesse de que dentro do jogo corra tudo bem, pois só assim vem a continuidade das receitas. Repito: o torcedor tem razão de ter saído chateado”
Mea culpa “Queríamos que as pessoas chegassem com conforto na arena, e isso não foi alcançado. Temos que trabalhar para dar mais segurança e conforto para o publico.”
Operação pós-Copa “A operação na Copa não será a mesma a partir de julho, quando o estacionamento com 4.700 vagas e a BR-408 estarão liberados, diminuindo a demanda do metrô.”
Sem estacionamento extra “O Parqtel fica numa área excelente, na margem da BR-408 e próximo à arena. E é uma terreno do governo, com licitação por dois anos. Não tem mais nenhuma área perto do estádio. Se você encontrar uma, pode me ligar.”
BR-101 esburacada “O controle da BR-101 é do Dnit, ligado ao governo gederal. Há muito tempo solicitamos que a recuperação da pista fosse delegada ao governo do estado, mas o governo federal não permitiu. Somente em um trecho para usar o canteiro central, num corredor viário. Mas queríamos restaurá-la. Estamos com um problema que é o fato de a população pensar que esse trecho urbano da BR-101 é de nossa responsabilidade. Temos que pressionar o governo federal.”
Imagem arranhada “Não concordo com o adjetivo “péssimo”. Tivemos um problema num dia específico, com a chegada do Uruguai até o campo de treinamento, com lama. O campo em si não teve problema, tanto que o Uruguai treinou lá de novo. Isso é suficiente para criar uma imagem ruim do Recife no plano mundial? A imagem que vi quando abriu a transmissão para o mundo inteiro foi a da Arena Pernambuco iluminada, bonita. Antes do jogo a Fifa mostrou três minutos com o que a nossa sede tem de melhor.”
Voto de confiança “Temos um crédito de confiança, suponho que sim, para dizer que (o plano) vai ser ‘igual e melhor’.”
O acesso ao centro de treinamento do Sport, em Paratibe, foi um dos pontos mais criticados na organização pernambucana para a Copa das Confederações.
Após o jogo de empurra-empurra entre as prefeituras de Recife e Paulista, ficou decidido que a capital seria a responsável pela área.
Na semana que antecedeu Espanha x Uruguai, o primeiro dos três jogos no estado, a delegação da Celeste enfrentou problemas para chegar ao CT.
A ladeira de barro, um problema histórico, faz com que o próprio Leão evite treinar lá no período chuvoso, instransitável.
Para a surpresa de ninguém, choveu bastante neste mês de junho.
E nada de obras por lá… Nada de acesso pavimentado. Nade de Padrão Fifa.
O local era um dos três escolhidos pela entidade para abrigar os treinamentos das seleções no torneio, ao lado do CT do Náutico e do Arruda.
Pois bem. No dia da passagem uruguaia, com o mundo registrando, funcionários da PCR passaram uma pá e um trator por lá, de forma emergencial. Por que nada foi feito anteriormente?
Segundo Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa, diversos órgãos e prefeituras tiveram atribuições definidas para a organização da competição.
O gestor informou que cabia à Prefeitura do Recife pavimentar o trecho.
“Fizemos várias reuniões e cada um sabia o seu papel. A prefeitura sabia dessa responsabilidade de fazer aquela obra de acesso”.
A PCR, por sua vez, alega que a escolha do campo do Sport foi em novembro de 2012, sem tempo hábil para qualificá-lo para o evento teste.
Orçamento da estrada? R$ 2 milhões. Resta continuar cobrando…
Os torcedores registraram o aperreio, gravaram vídeos, compartilharam informações. Aqui, até edição teve. Assista ao vídeo produzido por José Felipe Malagueta, um dos 30 mil torcedores escoados para casa via metrô após o jogo Espanha 2 x 1 Uruguai, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.
A trilha sonora? Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho…
O texto é um relato através do principal caminho estipulado pelo governo.
O jogo era especial, com dois campeões do mundo em campo, duas camisas pesadas. Uma partida desse nível bem aqui no estado e na novíssima arena, que acompanhei desde a primeira pá na terra beirando a virgindade. Visito o terreno desde a época em que se criava cabras no antigo Jardim Penedo.
Por tudo isso, quis uma folga justamente no primeiro jogo da Copa das Confederações no Recife. Fui atendido e comprei o meu ingresso. Sim, estou entre os repórteres credenciados para o torneio a serviço do Diario de Pernambuco, mas assim como você também gosto um bocado de ver futebol de vez em quando sem nenhuma pauta, por pura diversão.
Ou quase isso, porque será difícil esquecer tudo o que aconteceu neste domingo. Sem exagero, foi a pior experiência que já tive em um estádio de futebol. Infelizmente, logo na arena.
Já estive em partidas com públicos bem maiores, e indo de ônibus, sem problemas. Só para citar as duas maiores massas, Santa Cruz x Sport com quase 80 mil pessoas no Arruda em 1999 e o jogo da Seleção Brasileira em 1993, no mesmo Mundão, com 96.990 torcedores.
Além disso, também já estive em jogos superlotados na Ilha e nos Aflitos. E estou falando de jogos na arquibancada, no cimentão, jornalismo à parte. Aperto, sempre teve. Mas as pessoas chegavam. Como gado? Algumas vezes.
Em um jogo comum às 16h, basta sair de casa às 14h e a acomodação deverá ser tranquila. No milionário estádio em São Lourenço eu esperava muito mais do que isso. Era o tão propalado Padrão Fifa, na infraestrutura, nos serviços e na mobilidade, focando o transporte de massa.
Mas se a entrega do estádio foi antecipada em oito meses, aumentando o custo total em R$ 118 milhões, não houve esse mesmo gás na infraestrutura, na organização. Ou seja, obras viárias inacabadas e soluções emergenciais.
Apenas boa vontade e simpatia de funcionários e voluntários e passagens integradas não deu jeito. Mas como poderia dar tão errado em uma só noite?
Vão me chamar de pessimista, disso, daquilo, que chegou e saiu rapidamente. Contudo, a minha visão, definitivamente, não é só minha. Onde circulei para chegar até lá o movimento foi intenso, com passos curtos, muita paciência, sujeira e falta de informação. Vamos lá. Moro em Boa Viagem e saí do apartamento às 15h40. A partida, relembrando, começaria às 19h.
Iria no esquema implantado pelo governo do estado. Estacionamento no Shoppping Recife (16h), expresso torcedor até a estação de metrô da Linha Sul mais próxima (16h30), o primeiro trem (16h40), conexão na Linha Camaragibe (16h57) e mais um ônibus a partir da Estação Cosme e Damião (17h48).
Esse último ponto, aliás, é algo surreal. Projetado possivelmente para ser mais um na rede do Metrorec. A escadaria, porém, não foi pensada para uma aglomeração daquelas típicas de um, vejam só, jogo de futebol…
Antes, paradas de até dez minutos nas estações, justamente porque a Cosme e Damião estava superlotada. O jeito era fazer os demais trens pararem na rota, sem aviso algum, até o oxigênio voltar ao ponto de descida para a arena. Eu tenho 31 anos e certa saúde, mas neste mesmo contexto havia crianças e idosos ansiosos com o jogo.
Passando disso, o novo busão expresso deixaria a 700 metros da arena, com o tempo fechado – ou pelo menos esta é a distância tida como oficial, pois parecia um trecho maior. Na minha caminhada não choveu, mas a lama já tomava conta, misturada ao novo gramado do complexo da Arena, imponente, sem dúvida. Mas com lixo no chão, como no dia a dia.
Às 18h30, após uma fila para o detector de metais, que faria vergonha a uma varredura no aeroporto, o modelo supostamente a ser copiado, enfim o portão F. Iria para o nível 4, no setor 409. Pois é, eu havia saído de casa há quase três horas. Ali, fui orientado e finalmente sentei no meu lugar marcado, confortável. A esta altura, a fome era grande. A sede também.
A fila do bar, meu amigo, era maior do que qualquer uma já vista num “salsichão é 50” da vida. E olhe que a oferta de produtos não estava plena, pois os produtos acabaram rapidamente, nos 30 primeiros minutos de bola rolando. Até água mineral. A reposição viria pelo menos meia hora depois. Obviamente, desisti, pois não perderia a partida por causa de uma fila para comprar uma cerveja por R$ 9.
Vale citar, de leve, que funcionários calculavam os pedidos em celulares! Tem como ser mais “Padrão Fifa”? Uma passadinha no banheiro e nada muito diferente do que sempre vi nos campos da capital. Não havia lixeira, nem no masculino nem no feminino. No fim, uma miniatura do Lixão da Muribeca.
No gramado, um grande espetáculo, com a Espanha confirmando o discurso de Xavi, que na véspera havia dito na coletiva que o time controlaria a bola e seria o protagonista da noite. Foi exatamente isso. Tocou a bola com maestria, deixando o adversário nervoso, abrindo a caixa de ferramentas. A Fúria deu aula de futebol e venceu sem desgaste por 2 x 1, superando um aguerrido time uruguaio, mas profissional na arte de errar passes.
O jogo acabou exatamente às 20h56. Começaria aí uma missão ainda mais complicada. Se na ida cada um fez o seu horário, na volta os torcedores tomariam o mesmo rumo ao mesmo tempo. Faltando quinze minutos já havia muita gente saindo, temendo o pior. No instante em que o juiz asiático encerrou o jogo eu já estava descendo a rampa.
Vista de longe, a lenta procissão assustava. Um gradil indicava o caminho. A imensa maioria o seguiu, inúmeros mal educados não. E a polícia apenas observou a desordem. O ato, claro, refletiria mais à frente, na fila de ônibus, com o brasileiríssimo “se vira nos 30” – quando saí, a massa humana chegava até perto do estádio. Foi cada um por si num processo que deveria ser top, nos colocar em um novo patamar de mobilidade. Em seguida, de novo Cosme e Damião, ainda pior.
O esquema, fracassado há horas, teve muito, mas muito tempo para ser traçado. No único jogo teste realizado, com Náutico x Sporting, o fluxo de pessoas via metrô alcançou 57% dos 27 mil torcedores, ou 15,2 mil. Desta vez seria ainda maior por algo bem simples. O estacionamento privado Parqtel, o único à disposição, continuaria com as 2 mil vagas, enquanto o borderô da partida subiria para 41.705 pessoas, das quais 30 mil nos trilhos.
Lotação na ida, na volta, relatos de alguns trens sem ar condicionado e conversas quase monotemáticas sobre o caos no domingo.
A Estação Centro surgiria no horizonte às 22h29. Eu ainda teria que fazer uma nova conexão, para retornar para a Linha Sul. Entre metrô, expresso, carro e porta de casa, o relógio encerrou a maratona futebolística às 23h15. Ao todo, 5h09min.
Escrevi esse post no calor da partida, frustrado com com um esquema tão contestado esse tempo todo e que se mostrou falho no grande dia.
Um estádio a 19 quilômetros do Marco Zero e 30 mil pessoas se deslocando apenas via metrô? Sem um plano B? Hoje foi um domingo, com a cidade teoricamente tranquila. Quarta-feira, no próximo compromisso, o ponto facultativo será para os servidores públicos. O comércio se mantém, o que indica que Itália x Japão será uma aventura daquelas.
A minha foi deplorável, a ponto de deixar o jogo em segundo plano. Justamente a partida que tanto me esforcei para ver sentado na arquibancada, com os amigos, sem nenhuma pauta…
Mas a pauta estava onipresente. Não adianta o silêncio governista. As redes sociais estão aí com histórias e imagens que dificilmente serão superadas pelo discurso padrão.
O centro de imprensa da Arena Pernambuco para a Copa das Confederações é uma instalação muito maior do que a futura demanda do estádio.
A capacidade é para nada menos que 600 profissionais, seguindo o documento oficial da Fifa sobre a infraestrutura “Estádios de futebol – Recomendações técnicas e os requisitos”, com 420 páginas.
Exatamente por isso, o local é provisório, construído no nível térreo do estacionamento interno da arena. Obviamente, o centro foi customizado e conta com mesas equipadas com televisões de LED, todas da Sony, patrocinadora oficial do evento, internet em altíssima velocidade a cabo, ou via wi-fi.
O espaço, embaixo da arquibancada oeste, é dividido em setores de organização, área de repórteres, área de fotógrafos e ilhas de edição. No local estão montados dois estandes, um dos voluntários da copa e outro da Secopa.
Além disso, há estrutura interna de serviços, com bar, com produtos atrelados aos patrocinadores da Fifa, um caixa eletrônico com a bandeira Visa e um balcão de venda de serviços de telefonia para jornalistas da operadora Oi.
Nota-se que os patrocinadores têm contratos bem amarrados para uma integração maior no torneio. Em tempo: a capacidade regular da sala de imprensa após a Copa das Confederações deve ser de 150 pessoas.
Comentário feito na enorme sala de conferências da Arena Pernambuco.
Repleta de jornalistas brasileiros e estrangeiros acomodados nas cadeiras vermelhas.
Obviamente, o jogo da Seleção Brasileira em Brasília, no finzinho àquela altura do comentário, despertava o interesse dos repórteres, sobre o placar do jogo contra o Japão, sobre o rendimento da equipe nacional etc.
Mas a declaração não foi feita à revelia…
Foi de ninguém menos que Vicente Del Bosque.
Antes de chegar na sala, o treinador da Fúria estava assistindo ao jogo do Brasil, um possível adversário na fase decisiva do torneio.
O experiente treinador espanhol se mostrou feliz, de certa forma, com o gol de Neymar, apreciador do bom futebol que é.
O chute de primeira no ângulo, logo aos três minutos, abriu a Copa das Confederações no país, para o país.
Se o time nipônico prometia a correria de sempre e um maior vigor tático, ficou para a próxima. O Brasil criou várias chances, marcando forte, uma característica sempre presente nos times de Luiz Felipe Scolari.
A goleada por 3 x 0, neste sábado, foi completada por Paulinho e Jô, aniamndo uma equipe ainda em formação e pressionada justamente por ser a mais tradicional do mundo e representar a sede do evento.
Ver Neymar acabar com o seu jejum de gols foi um fator importante para a melhora da equipe.
O último grande troféu conquistado pela Seleção Brasileira foi em 2009. Na Copa das Confederações na África do Sul, com o tricampeonato.
Em seguida, fracassos…
Copa do Mundo de 2010, Copa América de 2011 e Olimpíadas de 2012. No período, ainda ganhou duas taças do Superclássicos das Américas, contra a Argentina, mas com os dois tradicionais países sem a força máxima.
Quem sabe o destino não apronta? No futebol é bem comum…
Mais uma vez, a Copa das Confederações, exatamente um ciclo depois daquele troféu erguido em solo africano.
No comando técnico passaram Dunga, Mano Menezes e agora Luiz Felipe Scolari.
Com 70 mil pessoas no bilionário estádio Mané Garrincha, em Brasília, na tarde deste sábado, o ponto de partida diante dos japoneses.
Nos bastidores do vestiário da Canarinha, o uniforme verde e amarelo com os emblemas oficiais do torneio, na primeira das 80 partidas agendadas para o Brasil em 2013 e 2014, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.