Traços e cores do pintor pernambucano Romero Britto a serviço da Fifa na Copa

Quadro de Romerto Britto para a Copa do Mundo de 2014 e o logotipo oficial do Mundial

Os traços e cores de Romero Britto chegaram à Copa do Mundo.

O pintor pernambucano, reconhecido no cenário internacional, firmou um contrato com a Fifa para criar quadros exclusivos para o torneio, fomentando uma linha oficial de produtos, incluindo roupas, malas e até quebra-cabeças (veja aqui).

O seu famoso estilo colorido, iniciado em 1983, reestilizou por exemplo o logotipo oficial da competição de 2014, num puzzle de 500 peças para crianças de dez anos.

Britto, amigo pessoal de Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa, já tinha o status de embaixador da Copa. Por sinal, o artista, nascido no Recife em 1963, esteve em duas vistorias da construção da Arena Pernambuco, fazendo parte da comitiva do dirigente francês.

Em 2010, na África do Sul, Romero criou um dos dezessete cartazes do Mundial, ao lado de outros artistas contemporâneos. Desta vez, ampliou consideravelmente o acordo com a direção de marketing da entidade…

Segundo a a Fifa, o seu estilo representa a amizade, a humanidade e a união.

Sobre o cartaz, Romero Britto melhorou ou piorou o logotipo oficial da Copa?

Romero Britto produz produtos para a Fifa. Foto: Fifa/divulgação

Padrão Fifa até nos preços de caixas de pipoca, hot-dog e prato cartonado

Produtos oficiais da Copa do Mundo de 2014. Crédito: www.americanas.com.br

No embalo dos 64 jogos agendados, mais de 1.500 produtos foram criados por 34 empresas brasileiras e estrangeiras, todos devidamente licenciados pela Fifa para utilizar a marca da Copa do Mundo de 2014 (veja aqui).

Fuleco, Brazuca, miniaturas de estádios, camisas, mochilas… Até aí, ok.

Mascote, bola e roupas estão entre os produtos mais procurados no Mundial há tempos. No entanto, existem itens bem curiosos na lista. E o que realmente chama a atenção é o preço, no legítimo “Padrão Fifa”.

Já à venda na internet, encontramos caixa de pipoca, prato e caixa de hot-dog, todos comercializados apenas em pacotes. São produtos cartonados, com impressão de alta resolução e o lema da copa: “Juntos num só ritmo”.

A concorrência com os genéricos deve marcar a disputa no mercado…

Atualização: a loja Americanas “identificou o equívoco de preço, já corrigiu e nenhum cliente foi prejudicado”. Porém, o preço da caixa de pipoca foi mantido. No post, então, os preços novos e “antigos”.

8 caixas de pipoca em papel cartonado (10cm x 23cm) = R$ 139,90.
Valor médio por unidade: R$ 17,48

Caixas de Pipoca da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 caixas de hot-dog em papel cartonado (37cm x 4cm) =  R$ 9,90
Valor médio por unidade: R$ 0,99
Valor anterior: R$ 84,90 (média de R$ 10,61

Caixas para hot-dog da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 pratos em papel cartonado (22cm) = R$ 16,90
Valor médio por unidade: R$ 2,11
Valor anterior: R$ 169,90 (média de R$ 21,23)

Pratos cartonados da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

Confira mais detalhes dos produtos clicando aqui.

Game oficial da Copa do Mundo apresenta a Arena Pernambuco com o LED

A cada quatro anos, uma versão especial do game Fifa Football chega ao mercado. Com a chancela da Fifa, o jogo oficial da Copa do Mundo no Brasil – o Fifa World Cup 2014 – será lançado em 15 de abril. Apesar da nova geração disponível (Playstation 4 e Xbox One), o título virá apenas para PS3 e Xbox 360.

O diferencial do game, claro, é a imersão absoluta no clima do Mundial, desde os primeiros jogos nas eliminatórias, em todos os continentes. Na fase final, no Brasil, os doze estádios do torneio foram recriados – vários deles antes do estádios reais, diga-se.

A produtora do Fifa, a EA Sports captou no futebol brasileiro a festa das arquibancadas para dar mais realidade. As torcidas de outros países ainda terão fan fests – em Paris, por exemplo, o cenário é o Arco do Triunfo.

Em doses homeopáticas, a empresa vem lançando imagens – fotos e vídeos curtos – do novo jogo. Já foi possível captar frames de oito palcos, incluindo a Arena Pernambuco, que no futebol virtual conta com a fachada de LED…

Ao todo, foram licenciadas 203 seleções, com uniformes e nomes reais de todos os 7.469 atletas envolvidos na disputa. A EA Sports adquiriu os direitos do jogo em 1998, com distribuição para o Playstation 1 o Nintendo 64. Entre 1986 a 1994 os games foram produzidos pela US Gold, para PC e plataformas de 8 e 16 bits.

Confira os estádios presentes no 8º game oficial da Copa do Mundo.

Arena Pernambuco

Arena Pernambuco. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Arena das Dunas

Arena das Dunas. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Castelão

Castelão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sportsa

Fonte Nova

Fonte Nova. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Itaquerão

Itaquerão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Beira-Rio

Beira-Rio. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Mineirão

Mineirão. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Maracanã

Maracanã. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

E se Pelé tivesse sido contratado pelo Sport?

E se Pelé tivesse sido contratado pelo Sport: Arte: Greg/DP/D.A Press

A temporada recifense do menino Pelé

O telegrama enviado por José Rozenblit foi entregue na Vila Belmiro, no serviço executado pela Western Telegraph, em 1957. Eram apenas duas frases. Modesto Roma, inteirado sobre o assunto, foi até o campo de grama alta e assobiou em direção a um franzino rapaz de 17 anos. “Pelé, chega mais”. Suado, já com a camisa na mão, Edson se aproximou, desconfiado como bom mineiro. Nem falou. Só ouviu. “Prepara a tua mala que você irá passar um tempo no Recife”. O juvenil arregalou os olhos. Antes de imaginar qual seria o seu novo clube ou a distância da cidade em relação à Baixada, já bateu a saudade de Seu Dondinho, seu pai e grande incentivador.

Pelé, o curioso apelido ganho ainda quando criança, era uma grande promessa do Santos. Faltava cancha para disputar o campeonato paulista, acreditavam os dirigentes do clube. A amizade entre o rubro-negro Rozenblit e o santista Roma viabilizou a solução, com um tempo em Pernambuco, no disputado campeonato citadino, com clássicos cada vez mais populares. Inicialmente, seriam apenas quatro meses. O tal telegrama era bem claro. “Queremos o garoto Pelé. Quatro meses de contrato e negociação para a renovação de mais oito meses, grato.”

O jogador chegou no Recife sem alarde e logo foi inscrito no Estadual. Na reta final, sem espaço, viu o Sport ser derrotado pelo Santa Cruz. Valeu a experiência de ter sentado no banco de reservas. Acreditava estar preparado para voltar a São Paulo. Conforme a negociação previa, não retornou. Com o certame terminando somente no ano seguinte, sem muito tempo de preparação, Dante Bianchi, o severo técnico do Leão, tentou implementar o ousado plano de jogo da Seleção Brasileira. Em vez de quatro jogadores na linha ofensiva, uma linha de ataque com três nomes. Ponta direita, ponta esquerda e o centroavante. Na Ilha do Retiro, já brilhavam Pacoty e Traçaia. A vaga estava aberta há tempos.

Técnico além da conta, de atrair torcedores para os treinos, o atacante logo ganhou a sua vaga. A vida, contudo, seguia simples, alojamento/campo, campo/alojamento. Certo dia, Pelé foi até o terraço da sede. Era 4 de maio de 1958 e outros jovens atletas e sócios leoninos acompanhavam via rádio o primeiro jogo da Seleção Brasileira no ano da Copa do Mundo. Que apresentação! No Maracanã, 5 a 1 sobre os paraguaios, com show do palmeirense Mazzola , autor de três gols. “Joga muito esse aí. É outro nível, entende?” A timidez deu lugar ao sorriso fácil, às cantorias com violão antes dos jogos. O menino foi ganhando personalidade.

Quatro semanas depois, após muito tempo de espera, surgiu a primeira chance como titular. O estádio apanhou um bom público. Os jornais locais já noticiavam os feitos do “menino de Santos” – mas natural, na verdade, de Três Corações. Contra o Íbis, o Leão arrancou de forma impiedosa, 5 a 0. Acredite, Pelé marcou cinco gols. Pé direito, pé esquerdo, cabeça, rebote e driblando toda a zaga do pássaro preto do subúrbio. O abraço de Pacoty, o apoio de Traçaia e o público de pé, aplaudindo. Tardes assim seriam uma rotina. Enquanto os dirigentes paulistas – cientes do talento extraordinário – tentavam antecipar a volta da revelação, o presidente do Sport, Adelmar da Costa Carvalho, assegurava o cumprimento do documento registrado na FPF.

Em 29 de junho, o Brasil enfim conquistaria o sonhado título mundial, numa apertada e inesquecível vitória sobre a Suécia em Estocolmo, 2 a 1. A primeira escala no país, curiosamente, seria no Recife, três dias depois. Festa nas ruas da capital, com a delegação no aeroporto. Único santista no elenco campeão, Zito enviou uma mensagem ali mesmo. “Pelé, eu sabia de toda a tua dedicação em Santos. Esse título mundial também é para você. Jogaremos juntos em breve”. Mensagem recebida, quase um presente. Após ser campeão pernambucano de 1958 com 41 gols marcados, à frente de Pacoty (36) e Traçaia (11), num  recorde ainda em vigor, Pelé deixou a torcida rubro-negra órfã. No ano de ouro do futebol brasileiro, se dizia que jamais haveria um ataque como Garrincha, Vavá e Mazzola. E nem como Pacoty, Traçaia e Pelé.

História real
O telegrama do Santos oferecendo Pelé ao Sport de fato existiu, datado em 05/11/1957, mas Rozenblit agradeceu a oferta e recusou o “jovem desconhecido”. Pelé explodiu no futebol em 1958, marcando 58 gols no campeonato paulista e seis no Mundial. No Recife, o Leão foi campeão pernambucano, com Pacoty como artilheiro, com 36 gols. O recorde de um goleador local segue com 40 gols (Baiano, em 1982 e 1983, e Luís Carlos, em 1984).

O texto da série “E se…” faz parte do especial do Diario de Pernambuco com a história de todos os Mundiais. Confira o hotsite aqui.

Eis os textos de escritores famosos sobre o tema, publicados no Diario de Pernambuco em 23 de janeiro de 2000, quando o telegrama foi revelado.

Luís Fernando VeríssimoPelé seria ainda mais Pelé!
Luiz Fernando Veríssimo

Combinado que em qualquer outro lugar o Pelé ainda seria Pelé, o que mudaria mesmo seria a história do Sport. O Santos, claro, não era só Pelé, mas foi ele o responsável pela projeção mundial do clube. O Sport teria tido a mesma projeção com Pelé no time? Naquela época havia pouco intercâmbio entre os times do Brasil, era raro times de fora de São Paulo e Rio serem notados, ou terem jogadores convocados para a Seleção. Se jogasse no Sport, Pelé não teria sido convocado para a Seleção de 58. Pelé teria que jogar mais do que jogou no Santos para ser notado. Conclusão: se Pelé tivesse ido para o Sport, seria obrigado a ser melhor do que foi. Pelé seria ainda mais Pelé!

Xico SáSorte do goleiro do Íbis
Xico Sá

Existem dois tipos de traição que não prescrevem nunca – a da mulher da sua vida e a do time do seu coração. Para evitar maiores constrangimentos durante o cozido dominical, tratemos apenas do segundo crime. E que traição dos velhos cartolas, senhores. Chifre é pouco. Último a saber, sonhei as últimas noites com as manchetes épicas que teriam sido possíveis. Leão conquista a América. Rei da Ilha humilha a Europa. Sport para a guerra em excursão à África. Pernambuco é bi do mundo…

Mas também fiquei pensando nas desgraças que isso poderia representar. Sonhei com um texto, no melhor futebolês: “Em tarde infeliz, o camisa 10 do Leão da Praça da Bandeira balançou apenas 15 vezes as redes do Íbis…”

Perdemos Pelé, numa bobeada imperdoável da cartolagem. Por ironia, os deuses do futebol ainda nos presentearam, tempos depois, com outro rei, Dadá Beija-Flor. Não conquistamos a América, não humilhamos a Europa, mas os goleiros do Santo Amaro e do pobre Íbis… sofreram como o diabo.

Minha sorte, nessa história toda, é que, graças a tios nordestinos que migraram para São Paulo nos anos 60, tive a felicidade de ganhar uma camisa do Peixe ainda menino, o que permitiu usufruir de todas as glórias da era Pelé. Naquele tempo já era Sport, por causa do Guarani de Juazeiro, que tinha as mesmas cores, o meu escudo, a mesma torcida cri-cri e o apelido de “O Leão do Mercado”, em virtude da paixão dos feirantes pelo time.

Raimundo CarreroPromessa de amor do Rei
Raimundo Carrero

Foi uma jura de amor. O raquítico Dico, ainda não transformado em Pelé, coberto apenas por um calção de veludo vermelho, bordado em lantejoulas, e exibindo sandálias imperiais de pom-pom, basta cabeleiras escaracolada, perdeu-se de paixão por uma garotinha que, recém-nascida, passeava nos braços da mãe na sede do glorioso Sport Club do Recife. Ele havia chegado ao Recife a bordo de um teco-teco, especialmente contratado para trazê-lo aos gramados pernambucanos, terror do tricolor Adelmar e do alvirrubro Caiçara.

Naquele instante, no solo sagrado do Leão e sob o testemunho do incandescente sol nordestino, Pelé vislumbrou a glória que haveria de se abir aos seus pés, e num gesto cavalheiresco, ajoelhou-se perante a garotinha, gritando: “Serei rei, ó bela dos meus olhos. Retornarei ao Recife para desposá-la, ó sonho dos meus sonhos, linda dama dos cabelos dourados”.

Naquele instante, num fenômeno da natureza, apareceu no céu a estrela Assíria. Anos depois, coroado rei nos estádios do mundo, Pelé voltou ao Recife, depois de enfrentar deuses e monstros, mouco ao cântico das sereias, e ainda no Aeroporto dos Guararapes, gritou apaixonado: “Voltei, minha princesa”. Casou-se com Assíria Seixas na Igreja Episcopal. E foram felizes para sempre.

A 100 dias da Copa do Mundo

Copa do Mundo de 2014. Foto: Fifa/divulgação

Faltam apenas cem dias para o início da Copa do Mundo de 2014.

Em 12 de junho, a Seleção Brasileira enfrentará a Croácia no Itaquerão.

12 estádios.

32 seleções.

64 partidas.

Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, Ribéry, Iniesta, Schweinsteiger…

Taça Fifa, Brazuca, Fuleco, Maracanã, Arena Pernambuco…

Durante um mês, o Brasil será o centro maior do futebol.

Ainda assim, há hoje uma incerteza.

Não sabemos qual será a real situação do país durante o Mundial.

Um misto de festas e protestos.

Sem dúvida alguma, viveremos um período histórico.

A contagem regressiva entrou na reta final.

100, 99, 98, 97…

Arena Pernambuco, o 15º melhor entre 18 estádios abertos em 2013. Faltou o LED?

Candidatos ao prêmio de "Estádio do ano - 2013". Crédito: Arte sobre fotos do stadiumdb.com

A Arena Pernambuco ficou em 15º lugar no concurso Estádio do Ano – 2013. Eram dezoito candidatos na disputa, que englobou os estádios abertos no ano passado, com no mínimo dez mil lugares e utilizados ao menos uma vez em jogos de futebol. Apesar da modernidade estrutural e do design, a posição do estádio local não foi das melhores (teria mudado com a fachada de LED?).

A votação aberta para o “Stadium of the Year” aconteceu entre os dias 23 de janeiro e 22 de fevereiro. Ao todo, foram 27.851 participações de 105 países, um recorde na premiação organizada pelo stadiumdb.com (da Inglaterra) e stadiony.net (da Polônia) e em sua quarta edição. O empreendimento belga, com mando do KAA Gent e custo de 50 milhões de euros, foi o grande vencedor.

A diferença do Ghelamco para o segundo lugar foi de 16.324 pontos. Para se ter uma ideia, o estádio em São Lourenço, com gasto de R$ 650 milhões, somou apenas 15 mil. Seis estádios brasileiros entraram na lista, justamente os palcos da Copa das Confederações. O melhor representante nacional foi o Maracanã, em 4º lugar. Muito pouco para tanto investimento…

1º) Ghelamco Arena, 51.024 pontos (Bélgica, 19.999 lugares)
2º) Tele2 Arena, 34.700 pts (Suécia, 33.000)
3º) Husky Stadium, 29.794 pts (Estados Unidos, 70.138)
4º) Maracanã, 27.096 pts (Brasil, 78.838)
5º) Allianz Riviera, 26.443 pts (França, 35.634)
6º) Regional del Chinquihue, 26.063 pts (Chile, 10.000)
7º) Dalian Sports Center, 25.681 pts (China, 61.000)
8º) Stadion Essen, 23.451 pts (Alemanha, 20.650)
9º) Castelão, 20.871 pts (Brasil, 63.903)
10º) Basrah International, 20.239 pts (Iraque, 65.000)
11º) Kazan Arena, 19.878 pts (Rússia, 45.105)
12º) Mané Garrincha, 19.495 pts (Brasil, 72.888)
13º) Fonte Nova, 19.389 pts (Brasil, 55.000)
14º) Stade Jean Bouin, 16.846 pts (França, 20.000)
15º) Arena Pernambuco, 15.040 pts (Brasil, 46.154)

Um tour virtual pela história do futebol sul-americano

Museu virtual da Conmebol. Crédito: divulgação

O Conmebol disponbiliza em seu site oficial um passeio virtual em seu museu, localizado em Luque, no Paraguai.

Entre as peças históricas, detalhes de 18 troféus oferecidos pela entidade e pela Fifa, incluindo as taças em vigor e também as descontinuadas.

O tour conta quatro seções, incluindo o complexo com sede e hotel inaugurado em 1º de maio de 2011, a história da confederação sul-americana de futebol e dados dos dez países membros, além das copas, já citadas.

Para conferir o tour completo, clique aqui.

Museu virtual da Conmebol. Crédito: divulgação

Cerveja liberada na Bahia, com possível atalho milionário até Pernambuco

Itaipava, patrocinadora da Arena Pernambuco e da Fonte Nova, através do naming rights

O consumo de cerveja nos estádios brasileiros está proibido desde 2009.

A determinação partiu da própria CBF.

Naquele mesmo ano, alguns estados já haviam publicado leis estaduais com o veto, como Pernambuco. Aqui, a lei nº 932/2009 está em vigor desde 24 de março de 2009, quando foi sancionada pelo governador Eduardo Campos.

A proibição visava o combate à violência no futebol.

Cinco anos depois, há uma dúvida clara em relação aos resultados obtidos, uma vez que o número de crimes segue alarmante no esporte.

Paralelamente a isso, a pressão pela volta das bebidas alcoólicas foi aumentando. Entre os clubes, políticos, empresários… Fora os torcedores.

A Bahia aprovou neste mês a liberação, através da lei nº 20.506, votada na Assembleia Legislativa em 28 de janeiro e já assinada pelo governador Jaques Wagner. Contudo, há nessa decisão uma outra leitura da situação…

A Fonte Nova foi executada como uma parceria público-privada, como a Arena Pernambuco. Entre as fontes de receita, destaque para o milionário contrato de naming rights entre os gestores do estádio de Salvador e a cervejaria Itaipava.

Por R$ 100 milhões em dez anos, o nome virou “Itaipava Arena Fonte Nova”.

Curiosamente, o palco em São Lourenço também fechou com a empresa, incluindo tempo e valor, sendo rebatizado de “Itaipava Arena Pernambuco”.

Seria improvável que uma marca disposta a investir em uma década no empreendimento se sujeitasse a ficar proibida de vender o seu produto no período.

Não foi o caso da Bahia. Considerando o cenário semelhante em Pernambuco…

Geraldo x Valcke ou Geraldo e Valcke. Saberemos em março

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, e Geraldo Júlio, prefeito do Recife. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitará o Recife pela terceira vez neste longo processo de preparação da subsede para a Copa do Mundo. Apesar do discurso oficial do dirigente, desta vez a pauta não será o estádio.

Nas anteriores, com caráter de inspeção, o cenário foi mesmo, a Arena Pernambuco. Em 26 de junho de 2012, quando a obra estava em 43%, e em 5 de março de 2013, com o empreendimento alcançando 90% de avanço físico.

Agora, mais uma vez uma visita, com o estádio pronto e em franca operação. A viagem foi anunciada pelo próprio francês nesta sexta (veja aqui).

Valcke retorna ao Brasil em 24 de março, em um tour por Fortaleza, Recife e Salvador. As três praças estiveram na Copa das Confederações, o que “diminui” as exigências para o Mundial, apesar da pressão sobre os planos de mobilidade.

O maior empecilho encontra-se em Pernambuco, com a fan fest cancelada na capital. Assim, um encontro entre Valcke e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, deve ser agendado. O gasto atrelado à cidade para o evento no Marco Zero, calculado em R$ 20 mi, já teria baixado para R$ 11 milhões, com alguns cortes.

No encontro, espera-se um possível acordo sobre as despesas.

Curiosamente, ambos sentaram lado a lado na última visita, em uma longa mesa com autoridades. Resta saber se a conversa resultará numa disputa (judicial) ou numa parceria (forçada). Se a cara dos dois for a mesma…

A Cidade da Copa já deveria existir. Por enquanto, só no papel

Projeto da Cidade da Copa em 2014. Crédito: divulgação

A Cidade da Copa foi apresentada pelo governador do estado, Eduardo Campos, em 15 de janeiro de 2009. Um projeto faraônico, orçado em R$ 1,59 bilhão.

A construção de uma nova centralidade urbana na zona oeste da região metropolitana da capital pernambucana, a dezenove quilômetros do Marco Zero, teria um bairro de 40 mil habitantes, estádio de futebol, centro de convenções, hotéis, escolas, faculdade, centro de comando da polícia…

Tudo agregado em 270 hectares num rincão em São Lourenço da Mata.

O gasto, que na prática passaria dos dois bilhões de reais, entre recursos públicos e privados, seria aplicado em quatro fases distintas do projeto: 2014 (imagem acima), 2015-2019, 2020-2024 e 2025 (imagem abaixo).

Naturalmente, já estamos no limite do primeiro módulo. Confira as oito diretrizes e as respectivas subdivisões da primeira etapa, com prazo vencido.

1 – Arena Pernambuco e Arena Indoor
2 – Praça de Celebração e zonas de comércio, entretenimento e alimentação (72.000 m²)
3 – Centro de Convenções (9.500 m²) e hotel com 300 quartos
4 – Melhorias na área norte do Rio Capibaribe
5 – Campus Educacional
6 – Instalação de Segurança (Centro de Comando e Controle Integrado)
7 – Radial da Copa finalizada
8 – Grande loja de varejo ao longo da BR-408

Apenas a Arena Pernambuco e a Radial da Copa foram construídas.

Até o momento, a Cidade da Copa, na prática, não existe.

Projeto da Cidade da Copa em 2025. Crédito: divulgação