Dos 64 jogos programados para a Copa do Mundo de 2010, 62 já foram realizados. Ao todo, foram 139 gols marcados, por 93 atletas.
Assim, a baixa média de gols na África do Sul é de 2,241.
O índice de gols nos estádios africanos está no limite para ficar com a infeliz marca de pior da história dos Mundiais. E olhe que foram 19!
Esse “recorde” pertence há 20 anos à Copa da Itália de 1990, com 115 gols em 52 partidas. A média daquela competição, repleta de empates insossos, foi de 2,211.
Numa conta rápida, basta que os jogadores marquem mais três gols neste fim de semana para superar a pior média. Com a missão, uruguaios e alemães na disputa pelo 3º lugar e holandeses e espanhóis na briga pelo título inédito.
Se o total de gols de 2010 chegar a 142, em 64 partidas, a média ficará em 2,218.
Se forem marcados apenas dois gols, o índice ficará com 2,203.
Os dez melhores jogadores da Copa do Mundo de 2010.
A Fifa divulgou nesta sexta os nomes dos dez candidatos ao prêmio de Bola de Ouro do Mundial (veja AQUI). O prêmio foi criado em 1982. Entre os postulantes, três espanhóis (Iniesta, Xavi e David Villa) e dois holandeses (Sneijder e Robben). Nenhum brasileiro…
O vencedor será anunciado em 11 de julho, logo após a final da Copa, no Soccer City. Ao vencedor, a Escolha de Sofia! Nas três últimas edições do Mundial da Fifa, o jogador que foi eleito como o melhor da competição acabou como vice-campeão…
Ronaldo em 1998, Oliver Kahn em 2002 e Zinedine Zidane em 2006. 😯
Então, a “dúvida”: campeão do mundo ou o prêmio melhor da Copa? Dos sete vencedores do prêmio, só três também ganharam o título, em 1982, 1986 e 1994. Assim, o último que realmente terminou feliz foi Romário. E olhe que o Baixinho ficou a um golzinho de levar também a chuteira de ouro de artilheiro do Mundial.
Vale lembrar que os segundo e terceiro lugares recebem, respectivamente, as Bolas de Prata e de Bronze. Falcão (1982) e Ronaldo (2002) receberam também a Bola de Prata. Veja a lista completa de vencedores da Bola de Ouro do Mundial AQUI.
Para evitar uma nova gafe, a Fifa vai esperar a decisão de 2010 para encerrar a eleição. Parece algo óbvio, mas não era assim.
Era uma vez o craque, na acepção da palavra. Era uma vez extremo talento combinado com rara personalidade. Era uma vez Romário, Zidane, Ronaldo, Rivaldo… espécies em extinção. Os craques da moda são apenas midiáticos. A galeria dos monstros sagrados fechou pra balanço.
O que dizer de Cristiano Ronaldo, Messi, Rooney, Lampard… Kaká? Fenômenos do marketing? Suas belas performances nas peças publicitárias realmente são de cair o queixo. Até mesmo a realidade clubística tem sido benevolente com alguns. O problema é um certo livro, onde somente os grandes têm a honra de rabiscar eternidade.
As últimas páginas dos pergaminhos da Copa foram escritas por um singelo francês; craque, doce e explosivo. Antagônico. Quando veremos outra atuação como a de Zinedine Zidane diante do Brasil, em 2006? Que privilégio presenciar a magia do esplendor individual; um homem e a capacidade de definir a trajetória de uma equipe. Capaz de sobrepor esquemas táticos e outras asneiras do pragmatismo teórico. Raridade ontem, hoje e sempre.
A epidemia devastou a todos. Não sobrou nenhum para nos brindar na África. É a vez do triunfo coletivo, frio. Particularmente, prefiro ler sobre heróis e suas epopeias. Como a de um certo Baixinho desbocado, cheio de marra e auto-confiança. Cheio de ilusão a nos oferecer. Como se tivesse molas nos pés, saltava como anjo no meio dos gigantes. Messias, copiava o milagre de multiplicar, em vez de pães e peixes, pequenos espaços.
O francês referido tinha outros atributos especiais. Mutante, parava o tempo. Hipnotizava companheiros e adversários, todos no ritmo de sua cadência mágica. Jogava em câmera lenta para que pudéssemos desfrutar cada segundo do seu balé.
O magro desengonçado também aprontava. Tinha o dom da farsa. Enganava os que mordiam a isca e se atreviam a questioná-lo. Puro encanto. Capricho santo. Lá estava estava ele, sempre presente a honrar a tradição da camisa 10 amarela.
Seu fiel escudeiro era o highlander de chuteiras. Imortal. Usava o truque da invisibilidade para estar sempre no lugar certo, na hora certa. Nasceu virado pra lua, de menino selou pacto com as redes. Fenômeno, na acepção da palavra. Antimarketing.
*Lucas Fitipaldi é o repórter do Diario enviado para a Copa-2010 e colaborador do blog
Esse post é um desafio aos historiadores de plantão.
No embalo do lançamento do emblema da Copa do Mundo de 2014, aproveitei para voltar ao primeiro Mundial no Brasil, em 1950. A imagem abaixo foi o poster oficial daquele torneio, que reeditou a Copa após o fim da Segunda Guerra.
O cartaz ficou famoso por causa da meia preenchida com as seleções participantes. No entanto, apenas 13 países disputaram aquela Copa do Mundo. Mas o cartaz trouxe todos os times que disputaram as Eliminatórias. E mesmo aqueles que desistiram no meio do caminho… Contabilizando todo mundo (inclusive Brasil, o país-sede, e Itália, a atual campeã), foram 34 países inscritos (veja AQUI).
Na imagem só é possível encontrar 30 bandeiras. O primeiro mistério, porém, é bem simples. A Grã-Bretanha, logo a primeira bandeira, conta com 4 nações, que disputaram um tradicional torneio local, o Home Championship, que também serviu como um torneio classificatório ao Mundial. Foi a primeira presença britânica numa Copa.
Agora, o desafio: Onde estão as bandeiras de Áustria, Indonésia e Índia? Um dos três foi esquecido do poster, enquanto os outros dois teriam utilizado pavilhões antigos…
Confiras a relação de países presentes no cartaz de 1950.
1ª fileira: Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), Itália e Peru.
2ª fileira: Iugoslávia, Argentina, Portugal, Estados Unidos e Suíça.
3ª fileira: Burma, desafio, Uruguai, Chile e Equador.
4ª fileira: Espanha, Turquia, Filipinas e Bélgica.
5ª fileira: Luxemburgo, Finlândia, Síria e Irlanda.
6ª fileira: Suécia, Brasil e França.
7ª fileira: Cuba, México e Bolívia.
8ª fileira: Israel, Paraguai e desafio.
Outras curisidades do emblema da primeira Copa do Mundo no país: a presença do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a bola da competição, chamada de Super Duplo T.
O vencedor do duelo no domingo, no Soccer City, entrará de vez na história. Casillas, campeão mundial de juniores há 11 anos, pode se tornar o primeiro goleiro a levantar o troféu com a braçadeira de capitão 28 anos depois do gesto do quarentão Zoff na Espanha. Já o experiente jogador da Laranja Mecânica, de 35 anos, quer encerrar a sua carreira na seleção com a quebra de um tabu bem curioso.
Até hoje, nenhum capitão campeão era lateral-esquerdo. Todas as outras posições já foram contempladas. Até mesmo a de líbero, em desuso. Bronckhorst seria o pioneiro.
Confira abaixo a relação de todos os capitães que ganharam a Copa. Nunca houve um bicampeão com a braçadeira nas duas campanhas. Já a imagem do post conta com todos os capitães campeões desde 1930, da esquerda para a direita (de cima para baixo).Vale lembrar que nove jogadores ergueram a Taça Jules Rimet entre 1930 e 1970, enquanto os outros nove levantaram a Taça Fifa, a partir de 1974.
1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)
1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)
Entre 1930 e 1970, o troféu foi a Taça Jules Rimet. Com o tricampeonato do Brasil, que ficou em definitivo com a relíquia, foi criada então a Taça Fifa.
Uma Copa do Mundo regionalizada. A Fifa anunciou nesta quinta-feira que o Mundial do Brasil, em 2014, será dividido em quatro regiões, numa tentativa de evitar o caos aéreo durante a competição. Segundo estudos, a “nossa” Copa deverá atrair cerca de 3,7 mihões de turistas, sendo 600 mil gringos (veja AQUI).
O assunto rendeu uma boa discussão na editoria de Esportes do Diario de Pernambuco. E rendeu a ideia de um post. A decisão da Fifa corresponde aos 48 jogos da fase de grupos. Considerando que são 12 estádios, como ficaria essa devisão de subregiões? Abaixo, as distâncias aéreas o Recife em relação às outras 11 subsedes.
Pelas longas distâncias, a cidade de Manaus torna-se um fator complicador para essa subdivisão, sem contar que as suas ligações aéreas passam por Brasília.
Ideia proposta na discusão para as 4 regiões, caso a escolha seja uniforme:
1) Recife, Natal e Fortaleza
2) Manaus, Cuiabá e Brasília
3) Porto Alegre, Curitiba e São Paulo
4) Rio de janeiro, Salvador e Belo Horizonte
Você concorda? Monte o seu “esqueleto” do próximo Mundial…
Distâncias aéreas a partir do Recife:
254 km – Natal
629 km – Fortaleza
675 km – Salvador
1.640 km – Belo Horizonte
1.657 km – Brasília
1.874 km – Rio de Janeiro
2.129 km – São Paulo
2.453 km – Cuiabá
2.459 km – Curitiba
2.834 km – Manaus
2.977 km – Porto Alegre
Distâncias aéreas a partir de Manaus:
1.453 km – Cuiabá
1.932 km – Brasília
2.384 km – Fortaleza
2.556 km – Belo Horizonte
2.606 km – Salvador
2.689 km – São Paulo
2.734 km – Curitiba
2.765 km – Natal
2.834 km – Recife
2.849 km – Rio de Janeiro
3.132 km – Porto Alegre
Veja as demais distâncias aéreas entre as subsedes da Copa AQUI.
A Copa do Mundo de 2010 ainda não chegou ao seu epílogo, mas o prólogo de 2014 já foi lançado.
Com alguns ajustes, o emblema oficial é o mesmo que vazou no fim de maio (veja AQUI).
Agora, serão 47 meses até a realização da próxima edição da maior competição da Fifa. No Brasil. Como país-sede, a Seleção já está garantida no Mundial.
Dessa forma, nossa única preocupação (e principal, diga-se) é com a organização da segunda Copa no Brasil, 64 anos após a primeira edição.
Em 1950 foram foram 13 países, 6 subsedes e 22 jogos. Dentro de quatro anos serão 32 seleções, 12 estádios e 64 partidas. Abaixo, dados do estudo do Ministério do Esporte sobre o impacto econômico da Copa.
R$ 183 bilhões. Esse deverá ser o valor total de recursos investidos e gerados no país (antes e durante a competição), de forma direta ou indireta.
Para calcular esse montante, foi colocado tudo na mesa, da matéria-prima de todas as obras ao consumo da população, passando por novos empregos e tributos ao país.
R$ 33 bilhões, o investimento em infraestrutura (estradas, aeroportos etc). Deste total, 78% será bancado pelo setor público.
710mil novos empregos, sendo 330 mil permanentes.
3,1 milhões de turistas nacionais.
600 mil turistas estrangeiros.
A Eliminatória da Copa deve começar no segundo semestre do ano que vem e vai até o segundo semestre de 2013. A expectativa da Fifa é que o número de países inscritos supere os 205 para o Mundial de 2010. A Fifa tem 208 filiados.
Você gostou do emblema da Copa do Mundo de 2014? Comente!
A armada espanhola assumiu de vez a seleção da Copa do Mundo de 2010.
Na primeira semana, nenhum atleta da Fúria conseguiu atingir uma nota suficiente para entrar no time da Fifa, que leva em conta o Índice Castrol.
Após as oitavas de final, três jogadores foram escalados. Agora, com a Espanha em sua primeira final, a seleção emplacou nada menos que seis jogadores (print screen ao lado)!
Uruguai e Alemanha, que caíram na semifinal, também têm um jogador na lista. Assim como a própria Holanda, finalista! Sneijder (sempre ele) garante o tom laranja. Lembra de Gilberto Silva? O volante brasileiro segue fime.
O lateral-direito Sergio Ramos é o novo líder da “tecnologia“. O ala, conhecido pela truculência em algumas jogadas, tem uma média de 9,79.
Os cinco jogadores (quatro espanhóis) com as notas mais altas são da defesa. Pelo menos a estatística condiz com a baixa média de gols da Copa, que é de 2,24.
Ainda faltam dois jogos. Tempo suficiente para mudar esse time…
Você concorda com essa seleção da Copa do Mundo de 2010?
Bastou a confirmação de um novo campeão mundial de futebol, que será conhecido no domingo, para começar uma avalanche de ideias, principalmente em fóruns na internet.
A principal delas é reeditar em breve o Mundialito, com a nata das seleções.
Eram seis campeões mundiais em 1980 quando a ditadura uruguaia resolveu organizar uma competição para melhorar a imagem do país. E conseguiu o apoio da Fifa. Apenas a Inglaterra desistiu (por não querer fazer “propaganda” para o governo celeste). O país foi substituído pela Holanda, vice-campeã mundial em 1974 e 1978.
O Mundialito, que celebrou os 50 anos do Mundial de fato, foi realizado em Montevidéu, no estádio Centenário (palco da primeira Copa da história). E foram verdadeiros timaços: Brasil de Sócrates, Argentina de Maradona, Uruguai de Hugo de León, Alemanha de Rummenigge, Itália de Scirea e Holanda de Van der Kerkhof.
E, assim como em 1930, o Uruguai conquistou o título do Mundialito, também chamado de Copa de Ouro, ao vencer o Brasil na final por 2 x 1, já em 10 de janeiro de 1981. Victorino marcou o gol do título aos 35 minutos do segundo tempo (foto).
Agora, com o 8º campeão mundial a caminho (Holanda ou Espanha), um novo Mundialito teria um número viável de seleções, com o mesmo modelo da Copa das Confederações, com dois grupos de quatro, seguido de semifinal e final. Uma copa de clássicos!
O sufocado calendário atual, porém, não deixa espaço algum para um novo torneio. A ideia proposta, então, seria substituir a própria Copa das Confederações de vez em quando. A Fifa não deverá fazer nada a respeito. Mas é até válido o debate…
O futuro chegou ao futebol do Nordeste. Pelo menos na TV. Em caráter experimental, a semifinal Espanha 1 x 0 Alemanha foi exibida ao vivo em 3D no Recife, na primeira transmissão esportiva em três dimensões na região.
O jogo foi transmitido em um evento promovido pela Rede Globo, na Carvalheira, em uma tela de 145 polegadas, com dois projetores 3D, com um sinal exclusivo da Sony. A tecnologia (que preza pela sensação de profundidade das imagens, chegando a uma realidade impressionante) só foi implantada no futebol neste ano.
O blog teve acesso à transmissão. Durante a partida (com o uso de óculos especiais), a impressão que se tem é de estar na arquibancada. O foco da imagem é livre para o telespectador. Se por um instante, você quiser olhar o estádio, a nitidez será a mesma da bola no gramado. Em lances mais fechados, o avanço da imagem é incrível.
A transmissão em 3D contou com sete câmeras com essa tecnologia. No sistema normal são são 32 câmeras.
Antes do Recife, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre haviam passado pelo mesmo teste, no empate entre Brasil e Portugal, em 25 de junho.
Ao todo, 25 dos 64 jogos desta Copa foram programados em 3D.
A primeira geração de televisões 3D já está no mercado brasileiro. Acredita-se que em no máximo quatro anos esse modelo seja o líder de vendas.
Ainda é cedo para saber se o Recife vai acompanhar a Copa de 2014 em 3D no sofá de casa… Porém, exibições fechadas (no cinema) devem sair do papel.
A primeira transmissão de uma partida de futebol com esta tecnologia foi em 31 de janeiro deste ano, na Inglaterra, com a exibição experimental (como agora) de Manchester United x Arsenal, pela Premier League. Veja o post AQUI.