BRT funciona no primeiro teste na Arena, mas com apenas 3 das 45 estações

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Costa do Marfim 3 x 1 Japão. Foto: Maria Carolina Santos/DP/D.A Press

Por Maria Carolina Santos*

Minha primeira e única experiência na Arena Pernambuco havia sido a desastrosa vivência de Espanha x Uruguai, no primeiro jogo aqui na Copa das Confederações. Ali, tudo o que podia dar errado deu. Foi então com muito ceticismo que fui conferir Costa do Marfim x Japão.

Escolhi o BRT pela praticidade – é apenas um único transporte – e pela proximidade do Derby da minha casa. A estação estava cheia, mas a compra do ticket foi relativamente rápida. Em momento algum, porém, me pediram o ingresso do jogo.

O tempo de entrada no BRT – cheio, fiquei em pé – até chegar na parada da Arena foi de 35 minutos. Mas até entrar na Arena foram mais 45 minutos: a caminhada de mais ou menos 1 km até a entrada, a fila da segurança e a fila do ingresso. Tudo tinha fila e todas eram longas.

Antes do jogo começar, não havia muita dificuldade em comprar bebida ou comida. Era coisa de 15 minutos na fila. Antes do intervalo, contudo, não havia mais nenhum tipo de comida nos bares do quarto piso. O jeito era esperar um pipoqueiro passar. Vi muita gente revoltada.

A saída foi ainda mais rápida que a chegada. Deixei a Arena no momento que o juiz apitava o final da partida e corri para o BRT. Não consegui ir sentada, mas a viagem passou ligeira: em 29 minutos cheguei no Derby. Havia poucos táxis, mas tive sorte. Gastei 41 minutos do momento que entrei no BRT até chegar em casa, no Espinheiro. A ida consumiu 1h26.

Tirando o grave erro da falta de comida e as longas filas para entrar na arena, tudo saiu dentro dos conformes. Não foi a Copa imaginada, mas a Copa possível. E foi massa!

* Maria Carolina Santos é repórter do Diario de Pernambuco

Nota do blog: inacabado, o BRT já se mostrou importante para a operação do estádio. Das 45 estações projetadas, apenas 3 estão em operação…

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Costa do Marfim 3 x 1 Japão. Foto: Maria Carolina Santos/DP/D.A Press

Dos 8.501 espectadores na Ilha em 1950, aos 40.267 na Arena em 2014, a Copa no Recife

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Costa do Marfim 2x1 Japão. Foto: Fifa

Em 1950, Pernambuco foi o único estado do Nordeste na Copa do Mundo. Em 2014, o estado foi o quarto da região a estrear no segundo Mundial no país.

A história do maior torneio do futebol voltou a ser escrita na terrinha.

Sempre com jogos movimentados. Chile 5 x 2 Estados Unidos na pioneira edição e Costa do Marfim 2 x 1 Japão. Ambos na fase de grupos.

Muita chuva e improviso na chegada do público, com números bem distintos nos dois jogos. Na Ilha do Retiro, 8.501 espectadores. Na Arena Pernambuco, 40.267.

As comparações param por aí.

Há 64 anos, a partida não foi transmitida na televisão. Até mesmo no rádio o alcance foi restrito, apenas em solo nacional.

Na histórica noite deste sábado, no primeiro dos cinco jogos da Copa agendados para o moderno estádio em São Lourenço, aproximadamente 200 países assistiram ao vivo…

Yaya Toure e Didier Drogba desfilaram categoria, para deleite do público. Durante noventa minutos, os olhos do mundo futebolístico ficaram atentos a Pernambuco.

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Costa do Marfim 2x1 Japão. Foto: Fifa

Investimento de R$ 23 milhões nos CTs até a Copa, com ou sem seleções

Centro de treinamento Wilson Campos, do Náutico, em junho de 2014. Fotos: Site Oficial do CT/facebook

O investimento de alvirrubros e rubro-negros em seus centros de treinamento nas últimas três temporadas passa de R$ 23 milhões.

Num aparelhamento paulatino desde 1999, o Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, recebeu R$ 7 milhões no período. Partindo quase do zero, o Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, em Paratibe, recebeu um aporte de R$ 16 milhões.

Campos com dimensões 105m x 68m, estrutura para atletas, com sala de musculação, alojamentos, refeitórios, piscinas e áreas médicas, e imprensa, com sala de conferência e centro de mídia.

Até verba da prefeitura do Recife entrou na história, com a pavimentação dos acessos e o sistema de iluminação de um gramado em cada CT.

O objetivo dos clubes era – além de oferecer o que há de mais moderno aos seus próprios atletas – receber bem as seleções durante o Mundial de 2014.

A agenda estava fechada:
CT do Náutico: Costa do Marfim, Itália, Croácia e Estados Unidos.
CT do Sport: Japão, Costa Rica, México e Alemanha

No entanto, o estado  – que já não recebeu delegação alguma na fase de treinamento pré-Copa – poderá ver os países apenas no treino oficial na Arena Pernambuco, na véspera das respectivas partidas.

As portas estão abertas para a Copa do Mundo, mas talvez sem inquilinos. Independentemente disso, o legado é real e isso é o mais importante.

Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, do Sport, em junho de 2014. Fotos: CT do Sport/facebook

Náutico amplia homenagens locais às seleções no Recife. Falta só a Costa Rica

Kit do Náutico para as seleções que treinarem no CT Wilson Campos. Crédito: twitter.com/nauticope

O Náutico irá aproveitar a passagem de quatro seleções em seu centro de treinamento na fase de grupos da Copa do Mundo para expor a sua marca.

Numa ação do departamento de marketing timbu, as delegações serão presenteadas com kits do clube, incluindo uma camisa estilizada, com a respectiva a bandeira e o distintivo alvirrubro (veja aqui).

Na primeira fase, as seleções que irão treinar no CT Wilson Campos serão as seguintes, já pela ordem: Costa do Marfim, Itália, Croácia e Estados Unidos.

O clube ainda está avaliando a possibilidade de comercializar os kits.

Vale lembrar que a estrutura do Náutico foi escolhida como um dos dois campos oficiais de treinamento (COT) no estado. O outro foi o CT do arquirrival, o Sport.

Por sinal, o Leão também lançou camisas especiais de três dos quatro países que treinarão em seu campo, com versões para Alemanha, México e Japão – todas com a mesma fabricante de material esportivo.

Ou seja, entre ações de divulgação de alvirrubros e rubro-negros, até agora, apenas uma seleção ficou ausente, a Costa Rica. Há tempo para corrigir isso…

A origem do público na Arena Pernambuco no Mundial, jogo a jogo

As cinco partidas na Arena Pernambuco na Copa do Mundo de 2014 receberão 203.025 pessoas. A imensa maioria será formada por estrangeiros, 59%.

Confira então a origem do público jogo a jogo, em dados oficiais, sendo quatro na fase de grupos e um nas oitavas de final. Tanto na divisão entre as pessoas que adquiriram bilhetes na região metropolitana do Recife quanto no exterior.

Teoricamente, o número de pessoas presentes poderia ser até maior. Contudo, por questões de segurança, numa exigência da Fifa, a capacidade do estádio em São Lourenço da Mata caiu de 46.215 para 40.605 espectadores.

14/06 (22h) – Costa do Marfim x Japão

Origem dos torcedores na Arena Pernambuco

20/06 (13h) – Itália x Costa Rica

Origem dos torcedores na Arena Pernambuco

23/06 (17h) – Croácia x México

Origem dos torcedores na Arena Pernambuco

26/06 (13h) – Estados Unidos x Alemanha

Origem dos torcedores na Arena Pernambuco

29/06 (17h) – Oitavas de final (1D x 2C)

Origem dos torcedores na Arena Pernambuco

As boas-vindas do Sport antes de abrir os portões do centro de treinamento na Copa

Sport publica mensagens de boas vindas para as seleções da Copa 2014 no Recife. Crédito: Site Oficial o Sport

A Arena Pernambuco receberá oito seleções distintas para a disputa da fase de grupos da Copa do Mundo de 2014.

Estados Unidos, Costa do Marfim, Itália, Alemanha, Croácia, Costa Rica, México e Japão. Equipes envolvidas nos quatro jogos agendados em junho.

Logo após o sorteio, o Sport publicou em seu site oficial e em suas contas nas redes sociais imagens de boas-vindas para esses países, nas línguas dos visitantes. No mínimo, uma ação gentil do rubro-negro.

E vale lembrar que o centro de treinamento do Leão, assim como o CT do Náutico, receberá seleções para os treinamentos na véspera das partidas.

Definido como Campo Oficial de Treinamento (COT), o local ainda carece de uma pavimentação do acesso, já articulada para janeiro. Que a obra seja finalizada até o Mundial. As delegações agradecerão ainda mais ao Sport…

Futebol africano em ebulição

Zâmbia, campeão da Copa da África de 2012. Crédito: Fifa/divulgação

De forma heroica, a Zâmbia conquistou o título da Copa Africana de Nações.

A vitória nos pênaltis sobre a Costa do Marfim, neste domingo, no Gabão, transformou o país no 14º campeão continental da África. Ao todo, 28 edições (veja aqui).

O número mostra o grande revezamento do troféu na região, que conta com 54 países.

Na Conmebol são dez filiados e oito campeões da Copa América, num total de 43 edições. Já a Uefa conta com 53 membros. Nas 13 edições da Eurocopa, 9 campeões.

Em 71º lugar no ranking da Fifa, a Zâmbia, vice em 1974 e 1994, fez história ao ganhar o torneio em um lugar marcado pela maior tragédia esportiva do país, que perdeu o time de futebol de 1993 em um acidente de avião.

Abaixo, um compacto em HD da final, incluindo a emocionante disputa de pênaltis, 8 x 7.

Goleiro do Mequinha defende pênalti de Drogba

Chelsea de Londres e América do Recife

Sim, o título deste post é literal…

No Chelsea, o marfinense Didier Drogba já marcou 150 gols em 323 aparições.

Aos 33 anos, o atacante segue como um dos ídolos do clube londrino, onde alcançou a artilharia da Premier League em duas oportunidades, em 2007 e 2010.

Também foi eleito o melhor jogador africano em 2006 e 2009.

Craque, famoso e milionário. Tem o 25º maior salário do mundo, de 516 mil euros. Pois o atacante esbarrou no goleiro do América da Estrada do Arraial.

No sábado, Drogba cobrou uma penalidade e Danilo espalmou…

Com uma história curiosa, Danilo foi o único atleta de um clube do estado na Copa Africana de Nações, que acontece simultaneamente na Guiné Equatorial e no Gabão.

Apesar de ter nascido em Caruaru, ele se naturalizou para jogar na seleção de Guiné em 2005. Foi um dos sete convidados pelo técnico brasileiro Antônio Dumas.

Defendendo as cores de um país de 600 mil habitantes, Danilo sacudiu Guiné com a defesa. Desde já, algo histórico, “unindo” clubes tão distintos como Chelsea e América.

Mas Drogba, como já foi dito, joga muito e faz a diferença para a Costa do Marfim.

Depois do vacilo, ele marcou dois gols e ajudou o seu time a vencer por 3 x 0.

Geuneun daehwaleul ihae

O hino nacional das seleções, antes do início das partidas na Copa do Mundo, já deixa evidente o tamanho da diferença entre as nações. São línguas completamente distintas. Grego, eslovaco, alemão, coreano, dinamarquês e até português (luso)…

No jogo entre Coreia do Norte e Costa do Marfim, o lateral africano Eboué, que fala francês (língua oficial do seu país), chegou perto do banco de reservas do adversário para ouvir a conversa entre o capitão Hong Yong Jo e o técnico Kim Jong Hun.

E descobriu o esquema tático…

Tradução do título (escrito em coreano): ele entendeu a conversa.

Todos os patrícios ganharam

Copa do Mundo de 2010: Brasil 0 x 0 Portugal

Grupo G.

Era possível um “amistoso” entre os patrícios? Era, ora pois! Um empate parecia desenhado para o jogo desta sexta-feira em Durban.

Mas os primeiros 45 minutos foram muito movimentados. Boas jogadas no ataque, bola na trave de Nilmar e muitas faltas, com todo mundo reclamando em português. Foram sete cartões amarelos e a substituição prematura do volante Felipe Melo. Ponto para Josué, que entrou e fez a sua estreia num Mundial, marcando a presença em campo de Pernambucano em todos as Copas desde 1990.

Mas nada de gols… Muito menos na etapa final, com um duelo morninho, morninho. O resultado garantia a liderança ao Brasil e a vaga nas oitavas para a Portugal. Todos saíram ganhando, apesar do 0 x 0. Para a Seleção, a estatística de finalmente terminar uma partida sem ter a meta vazada na África. Assim, aumenta a confiança de Juan e Lúcio, que formam a melhor dupla de zaga do planeta.

Copa do Mundo de 2010: Costa do Marfim 0 x 0 Coreia do NorteEm Nelspruit, a Costa do Marfim até que tentou tirar a diferença no saldo de gols. Mas, de fato, não é todo dia que uma seleção goleira por 8 gols de diferença numa Copa.

Desde a Copa de 1930, em mais de 750 jogos realizados, apenas 6 terminaram com um resultado com uma margem tão grande de gols.

Mas os Elefantes da África só chegaram aos 3 x 0 sobre a combalida Coreia do Norte. Didier Drogba não marcou nenhuma vez, mas foi eleito pela Fifa como o melhor em campo.

Fotos: Fifa