Por Maria Carolina Santos*
Minha primeira e única experiência na Arena Pernambuco havia sido a desastrosa vivência de Espanha x Uruguai, no primeiro jogo aqui na Copa das Confederações. Ali, tudo o que podia dar errado deu. Foi então com muito ceticismo que fui conferir Costa do Marfim x Japão.
Escolhi o BRT pela praticidade – é apenas um único transporte – e pela proximidade do Derby da minha casa. A estação estava cheia, mas a compra do ticket foi relativamente rápida. Em momento algum, porém, me pediram o ingresso do jogo.
O tempo de entrada no BRT – cheio, fiquei em pé – até chegar na parada da Arena foi de 35 minutos. Mas até entrar na Arena foram mais 45 minutos: a caminhada de mais ou menos 1 km até a entrada, a fila da segurança e a fila do ingresso. Tudo tinha fila e todas eram longas.
Antes do jogo começar, não havia muita dificuldade em comprar bebida ou comida. Era coisa de 15 minutos na fila. Antes do intervalo, contudo, não havia mais nenhum tipo de comida nos bares do quarto piso. O jeito era esperar um pipoqueiro passar. Vi muita gente revoltada.
A saída foi ainda mais rápida que a chegada. Deixei a Arena no momento que o juiz apitava o final da partida e corri para o BRT. Não consegui ir sentada, mas a viagem passou ligeira: em 29 minutos cheguei no Derby. Havia poucos táxis, mas tive sorte. Gastei 41 minutos do momento que entrei no BRT até chegar em casa, no Espinheiro. A ida consumiu 1h26.
Tirando o grave erro da falta de comida e as longas filas para entrar na arena, tudo saiu dentro dos conformes. Não foi a Copa imaginada, mas a Copa possível. E foi massa!
* Maria Carolina Santos é repórter do Diario de Pernambuco
Nota do blog: inacabado, o BRT já se mostrou importante para a operação do estádio. Das 45 estações projetadas, apenas 3 estão em operação…