O início das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro foi amplamente discutido no 45 minutos, com a gravação de dois programas de uma só vez, sendo um sobre a Série A e outro sobre a B. Cada edição com 1h30! Haja tempo para falando de futebol, analisando todos os 40 clubes participantes das competições de 2015, com o viés pernambucano, naturalmente.
Neste 127º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, Kauê Diniz (convidado) e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Pela 9ª vez, o Campeonato Brasileiro terá um nome atrelado a uma empresa, através de um contrato de naming rights. A diretoria de marketing da CBF apresentou o logotipo da Série A de 2015, com traços do novo troféu, instituído na edição anterior, e com o nome da montadora responsável pelo patrocínio da competição, a Chevrolet. O contrato, aliás, tem duração de quatro anos.
A marca da empresa estará presente nos 380 jogos da competição, incluindo os 19 do Sport como mandante, sendo 12 na Ilha e 7 na Arena Pernambuco.
O contrato anterior, com a Petrobrás, era de R$ 18 milhões/ano. Agora, o acordo subiu para R$ 21 milhões por temporada. O outro torneio nacional de elite organizado pela CBF, a Copa do Brasil, teve o seu nome foi negociado pela 7ª edição seguida. Nos dois casos, os nomes ainda não têm tanto apelo junto às torcidas do país. Nem na imprensa. Há chance de reverter o quadro?
Enquanto isso, na Inglaterra, o Barclays Bank patrocina cada edição da Premier League por 50 milhões de euros (R$ 172 mil), com direito à imagem da empresa nos vídeos de abertura das transmissões oficiais dos jogos.
Campeonato Brasileiro
Visa (2002)
Nestlé (2005)
Petrobrás (2009-2013)
Chevrolet (2014-2017)
Copa do Brasil
Kia (2009-2012)
Perdigão (2013)
Sadia (2014-2015)
Anunciada em 2010, a fábrica da Fiat, em Goiana, previa um investimento de R$ 3 bilhões e 3,5 mil empregos. Quase cinco anos depois, a inauguração num cenário ainda melhor, com um aporte de R$ 6 bilhões e 5,3 mil empregos gerados, com a fábrica já especificada com a marca Jeep, um dos tentáculos da multinacional criada em 2014, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
O primeiro modelo produzido é emblemático, o Renegade. Quando a operação da planta chegar ao pico, a expectativa é de 10 mil pessoas empregadas. O número faz parte da projeção do produto interno bruto de Pernambuco, que deve dobrar até o fim desta década, batendo na casa de R$ 140 bilhões, incluindo o desenvolvimento no complexo de Suape.
Agora, o futebol. Nesse tempo todo, dirigentes de Náutico, Santa e Sport tentaram estreitar a relação com a empresa, através de encontros em bloco com a direção regional. Dentro da própria Fiat “parecia” haver a ideia de que um investimento nos três grandes clubes seria uma forma interessante de “marcar espaço na região” – em 2010, houve uma articulação sobre uma cota de R$ 200 mil, não firmada. Não seria a primeira vez. Em 2003, a Fiat bancou o patrocínio-master de Cruzeiro, Atlético-MG e América. Não por acaso, a montadora tem uma fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Contudo, a abertura da Jeep em Pernambuco coincidiu com a notícia do novo patrocínio ao Flamengo, inicialmente de R$ 4,5 milhões (barra traseira da camisa). A escolha partiu para um claro viés nacional. Em termos de mercado, é bem compreensível. E caso os clubes locais sigam renegados, este será mais um exemplo de um cenário já alertado, sobre a não reversão do crescimento econômico do estado para o esporte. Exceção feita à Itaipava, presente em Itapissuma, e com o naming rights da Arena Pernambuco e a exploração de espaços e bares no Arruda, nenhuma grande indústria aberta por aqui nos últimos tempos se articulou para patrocínio de camisa, o formato mais rentável.
No texto publicado há quatro anos, o blog fez o seguinte questionamento: Inércia dos clubes, falta de interesse das indústrias ou negociações arrastadas?
Considerando a abertura do trio, talvez seja falta de interesse mesmo…
A CBF deverá implantar no Campeonato Brasileiro o “fair play trabalhista”. No conselho técnico da competição, no Rio, a ideia foi aprovada por unanimidade pelos representantes dos vinte clubes, incluindo o Sport, naturalmente. Segundo o site da própria confederação, o “fair play trabalhista implica o cumprimento das obrigações financeiras e trabalhistas, ou seja, o clube não poderá atrasar salários dos jogadores durante a disputa da competição”.
Em caso de salários atrasados, o clube ficaria impedido por um determinado prazo para contratar reforços. Já a perda de pontos (quantidade não definida) seria a pena máxima da regra, que precisa entrar no regulamento geral de competições para vigorar já na edição de 2015.
No viés local, o Leão ficou quase oito anos sem atrasar. A sequência acabou justo este ano, em janeiro, quando atrasou o pagamento em dez dias. Ainda haverá o conselho técnico da Série B, para estender a regra. De toda forma, Náutico e Santa, com lastro financeiro menor, enfrentam problemas para manter a folha em dia. Não é incomum o atraso de até dois meses nos clubes. Nota-se que o fair play trabalhista pode mexer diretamente com o futebol pernambucano.
Folhas de pagamento dos clubes pernambucanos em 2015 (estimativa):
R$ 2,2 milhões – Sport
R$ 750 mil – Santa Cruz
R$ 350 mil – Náutico
Obs. O fair play trabalhista é diferente do fair play financeiro. Um é sobre atraso de salários. O outro, sobre o limite de investimentos, para não ficar negativado.
A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Série A de 2015, que terá o Sport como único representante pernambucano. Será a segunda campanha solitária seguida do clube, com sete ao todo, desde 1971.
A competição desta temporada começará em 9 de maio, segundo a tabela básica divulgada pela entidade. A estreia leonina será na Ilha do Retiro, contra o Figueirense. A CBF ainda anunciará a data detalhada (dias 9 ou 10). Na última rodada, em 6 de dezembro, na Campinas, Sport enfrentará a Ponte Preta.
Representações “solitárias” dos clubes pernambucanos na elite:
Sport – 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2014 e 2015
Náutico – 1990 e 2013
Santa Cruz – 2006
Entre 2012 e 2015, a premiação máxima da Copa do Brasil subiu de R$ 4,2 milhões para R$ 7,95 milhões. Os valores correspondem à soma das cotas de participação nas sete fases do mata-mata nacional, até o título. Como nos últimos anos, a premiação da 27ª edição do torneio será dividida em três grupos nas duas primeira etapas, de acordo com o ranking nacional de clubes.
Os valores foram confirmados através do ofício 001/2015, encaminhado pela CBF às federações estaduais e aos 87 clubes participantes. A verba é paga diretamente pela confederação brasileira de forma integral, ao fim de cada fase.
Abaixo, as cotas das fases deste ano e das edições passadas. Confira também o histórico dos seis pernambucanos que já participaram do torneio aqui.
Observações
1) O Sport pode faturar até R$ 1,33 milhão e ainda garantir a vaga na Copa Sul-americana, desde que seja eliminado na terceira fase da Copa do Brasil.
2) O futebol pernambucano ganhará R$ 750 mil em cotas só na primeira fase.
3) Em caso de título, o Leão ganharia ao todo R$ 7,84 milhões. Já Náutico e Salgueiro chegariam a R$ 7,51 milhões, em de taça.
Premiação de 2015
1ª fase (64 avos) – R$ 400 mil (grupo 1) / R$ 350 mil (2) / R$ 200 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 480 mil (grupo 1) / R$ 420 mil (2) / R$ 240 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 560 mil
Oitavas de final – R$ 690 mil
Quartas de final – R$ 820 mil
Semifinal – R$ 1 milhão
Vice-campeão – R$ 2 milhões
Campeão – R$ 4 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 7,95 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Sport; 3 – Náutico e Salgueiro
Premiação de 2014
1ª fase (64 avos) – R$ 320 mil (grupo 1) / R$ 280 mil (2) / R$ 160 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 320 mil (grupo 1) / R$ 280 mil (2) / R$ 160 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 430 mil
Oitavas de final – R$ 530 mil
Quartas de final – R$ 740 mil
Semifinal – R$ 850 mil
Vice-campeão – R$ 1,8 milhão
Campeão – R$ 3 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 6,19 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Sport; 3 – Náutico e Santa Cruz
Cotas: Santa R$ 750 mil, Sport R$ 560 mil, Náutico R$ 320 mil
Premiação de 2013
1ª fase (64 avos) – R$ 300 mil (grupo 1) / R$ 265 mil (2) / R$ 150 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 300 mil (grupo 1) / R$ 265 mil (2) / R$ 150 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 400 mil
Oitavas de final – R$ 500 mil
Quartas de final – R$ 700 mil
Semifinal – R$ 800 mil
Vice-campeão – R$ 1,8 milhão
Campeão – R$ 3 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 6,0 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Náutico; 3 – Santa Cruz, Sport e Salgueiro
Cotas: Salgueiro R$ 1,2 milhão, Santa R$ 300 mil, Sport R$ 300 mil, Náutico R$ 265 mil
Premiação de 2012 1ª fase (32 avos) – R$ 250 mil (grupo 1) / R$ 220 mil (2) / R$ 120 mil (3)
2ª fase (16 avos) – R$ 250 mil (grupo 1) / R$ 220 mil (2) / R$ 120 mil (3)
Oitavas de final – R$ 300 mil
Quartas de final – R$ 400 mil
Semifinal – R$ 500 mil
Vice-campeão – R$ 1,5 milhão
Campeão – R$ 2,5 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 4,2 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Náutico e Sport; 3 – Santa Cruz
Cotas: Náutico R$ 440 mil, Sport R$ 440 mil, Santa R$ 120 mil
Os três grandes clubes pernambucanos chegam em dezembro de 2014 com dois milhões de pessoas envolvidas diretamente em suas redes sociais oficiais, sendo 1.205.087 no facebook e 852.177 no twitter. Boa parte é do Sport.
A análise a partir do facebook e do twitter é simples. Os dois sites representam as duas maiores redes sociais utilizadas pelos internautas brasileiros, com 89 milhões de pessoas no facebook e mais de 40 milhões no twitter.
Aqui, os levantamentos atualizados nos níveis estadual (Pernambuco), regional (Nordeste) e nacional em relação aos clubes mais poulares. Líder tanto no facebook quanto no twitter, o Leão aparece bem colocado nacionalmente, em 14º e 10º, respectivamente. Fruto do trabalho nessas mídias.
Dono do 5º maior perfil nordestino no facebook, o Santa Cruz aparece em 20º lugar nacionalmente. O Náutico, o 9º na região, não figurou entre os vinte primeiros do face. Já o twitter de ambos, abaixo dos 50 mil seguidores, estão distantes do top 20, no qual todos os integrantes possuem perfis oficiais acima de meio milhão de torcedores.
O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.
Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.
Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).
Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.
As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.
11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).
O jogo na Ilha do Retiro começou as 22h30 da quarta-feira, no horário de Brasília. Ou seja, acabou somente no dia seguinte em Goiânia, presente no horário de verão. Portanto, foi já na quinta-feira que saiu o gol da vitória dos visitantes, afundando o Sport. Há mais de um mês sem vitórias (32 dias, para ser mais exato), o time pernambucano agora tem apenas seis pontos acima do Z4. Há bem pouco tempo eram 12.
No Mineirão, na briga pela liderança. o Cruzeiro marcou no último minuto e evitou a derrota para Palmeiras. Acabou beneficiado (de novo) pelo empate do São Paulo em Chapecó.
A 31ª rodada do representante pernambucano
25/10 – Atlético-MG x Sport (17h30)
Jogos em BH pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 5 empate e 8 derrotas.
Enquanto vencia o Botafogo, o Sport subiu para o 9º lugar e aumentava para nove pontos a distância em relação ao Z4. O gol sofrido custou caro. Derrubou o Leão para o 12º lugar e reduziu a vantagem para sete pontos. Apesar de enfim ter pontuado longe de Pernambuco, o time volta pressionado ao Recife, pois já não vence há seis jogos. E precisa de ao menos três vitórias para apagar qualquer risco de descenso.
Já na briga pelo título, o Cruzeiro voltou aos trilhos, vencendo em Salvador. No Barradão, palco onde foi campeão brasileiro em 2013, o time mineiro venceu com um gol a seis minutos do fim. Quando os concorrentes vencem, o Cruzeiro não deixa por menos.
A 30ª rodada do representante pernambucano
22/10 – Sport x Goiás (21h30)
Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, nenhum empate e 2 derrotas.