Transmissão do Pernambucano alcança 1,1 milhão de telespectadores na RMR

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de volta da final do Pernambucano 2016 (Sport 0 x 0 Santa Cruz)

Embora venha registrando uma queda no público presente (a média da fase principal caiu de 11 mil para 7 mil nas últimas três edições), o Campeonato Pernambucano mostra fôlego em termos de audiência televisiva, o que acaba justificando, inclusive, o atual formato da competição (com 6 clássicos no hexagonal). Segundo dados da própria Globo Nordeste, a edição de 2016 teve uma média de 700 mil telespectadores no Grande Recife, o principal mercado do estado. Foram 14 partidas de futebol exibidas em sinal aberto, incluindo a decisão, no Arruda e na Ilha – somando com o Premiere, foram 30 partidas na TV. As finais entre tricolores e rubro-negros tiveram 75% de todas as televisões ligadas sintonizadas nas partidas, um índice bem elevado, mas ainda abaixo do recorde considerando os dados divulgados pela emissora (80%).

Outro dado interessante no balanço do Kantar Ibope Media é o alcance total dos jogos, com 1,1 milhão de telespectadores assistindo ao menos um minuto. Logo, quase 1/3 da medição na região metropolitana – hoje, o Ibope estima 3.668.200 indivíduos. Sobre esse público, o atlas de cobertura da emissora traçou o perfil do telespectador, alimentando o debate sobre a falta de conexão (será?) entre o espectadores e a audiência. No Recife, o perfil das transmissões traz pessoas acima de 25 anos (72%) e das classes C, D e E (79%). Ou seja, um menor pode aquisitivo na compra de ingressos e na associação ao clube, restando a tevê.

Vale lembrar que o contrato de transmissão vigente (que contempla tvs aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet) vai de 2015 a 2018, com R$ 3,84 milhões distribuídos para os clubes a cada temporada.

Abaixo, dados de audiência do Estadual já divulgados pela Globo e compilados pelo blog. Como o plano comercial da emissora para a temporada 2015 considerou o Pernambucano e o Nordestão como um só produto (até por contar com times locais de forma simultânea), o dado acabou distorcido (para cima).

Audiência média do Pernambucano na TV aberta
2010 – 541 mil telespectadores
2011 – 526 mil telespectadores
2012 – 524 mil telespectadores
2013 – 555 mil telespectadores
2014 – 696 mil telespectadores
2015 – 974 mil telespectadores*
2016 – 700 mil telespectadores

* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão

Finais com mais participação do público na TV**
80,0% – Sport 2 x 3 Santa Cruz (2012)
79,0% – Sport 1 x 0 Náutico (2010)
77,3% – Santa Cruz 0 x 1 Sport (2011)
75,0% – Sport 0 x 0 Santa Cruz (2016)
71,5% – Náutico 0 x 1 Sport (2014)

** Percentual de televisões sintonizadas no jogo a cada 100 aparelhos ligados

Transmissões do Estadual pela Globo Nordeste
2012 – 25 jogos (ou 18% de 138, o total de partidas)
2013 – 18 jogos (ou 13% de 138)
2014 – 14 jogos (ou 10% de 140)
2015 – 14 jogos (ou 11% de 124)
2016 – 14 jogos (ou 15% de 92)

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de ida da final do Pernambucano 2016 (Santa Cruz 1 x 0 Sport)

O 1º balanço financeiro em 2017, com R$ 44 mil de receita no Centro Limoeirense

O balanço financeiro do Centro Limoeirense. Crédito: FPF/site oficial (reprodução)

O Centro Limoeirense foi o primeiro clube pernambucano a divulgar o balanço financeiro referente a 2016. Apesar da antecipação do prazo, que vai até 30 de abril, o documento publicado no site da FPF é bem simplório. São apenas duas páginas, com poucos detalhes contáveis, bem aquém do que a CBF passa a exigir a todos os times a partir de 2021, através da Licença de Clubes.

Balanço patrimonial? Valores desconhecidos da sede e do estádio José Vareda.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido? Não.
Notas explicativas? Nenhuma. 

Só há o fluxo de caixa (prática comum, diga-se), com direito a 14% da despesa somente na inscrição de jogadores. Vale lembrar que o Centro chegou a passar por uma intervenção da FPF, em 2013. O interventor, João Caixero, relatou vários problemas num relatório de 33 páginas, incluindo uma mesa de baralho a dinheiro (atividade ilegal) na sede. Após a restauração do Dragão, o clube mais velho do interior (de 1913), presidido por Geraldo Hermínio da Sila, já publicou três demonstrativos. Números que mostram a realidade da maioria dos 766 clubes profissionais do país, onde 82% dos atletas ganham no máximo R$ 1 mil.

Somente em 2014 o futebol foi explicado. Na ocasião, visando a 2ª divisão estadual, foram utilizados 21 jogadores. Todos com salário mínimo, de R$ 725, por quatro meses. Além disso, R$ 500 de alimentação por mês. A despesa total foi R$ 62.900. Pouco? Mesmo assim, foi registrado um déficit de R$ 17,2 mil. Em 2016, ainda presente na Série A2, parou nas quartas de final.

Receita total
2014 – R$ 45.675
2015 – R$ 37.271
2016 – R$ 44.439

Recursos próprios, aluguéis, sócios e renda
2014 – R$ 675
2015 – R$ 18.271
2016 – R$ 25.439

Patrocínio da prefeitura de Limoeiro
2014 – R$ 45.000
2015 – R$ 19.000
2016 – R$ 19.000 

Confira os balanços financeiros do Centro Limoeirense: 2014, 2015 e 2016.

Santa Cruz fatura R$ 2 milhões na venda de Raniel ao Cruzeiro e segue com 30%

Raniel em ação no Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz anunciou a venda de Raniel, ao Cruzeiro, em 25 de janeiro. Na ocasião, como de praxe no futebol pernambucano, nada de cifras oficiais, apenas percentuais. Na transferência, o Cruzeiro adquiriu 70% dos direitos econômicos do meia, dos quais 30% pertenciam ao tricolor. O clube faturou R$ 2 milhões, segundo apuração do blog. Esse valor é a soma do dinheiro recebido (dado incerto), dos três empréstimos da agremiação mineira e da quitação da dívida com Pisano e Uillian Correia, que vieram de BH.

Como o Santa detinha 60%, segue com 30%, visando uma futura venda, o que aumentaria ainda mais o lucro obtido da negociação. De toda forma, Raniel já tornou-se a 6ª venda milionária da história coral, ficando em 2º lugar, empatado com o atacante Gilberto. Considerando só percentual negociado (claro), está abaixo apenas de João Paulo, que saiu do Arruda pouco antes por R$ 3 milhões.

No geral, esta foi a 32ª transação do estado e a 80ª venda milionária do Nordeste. A título de curiosidade, o valor de mercado do jogador de 20 anos, considerando 100% dos ativos, seria, hoje, de R$ 6,6 milhões.

Ranking coral de vendas, em R$

As maiores vendas do Santa Cruz no Plano Real, até 08/02/2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ranking coral de vendas, em US$ (convertendo as maiores vendas em reais)

As maiores vendas do Santa Cruz no Plano Real, convertidas em dólar, até 08/02/2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Sport pagou R$ 5,23 milhões por André, somando Sporting e Galo. Recorde no NE

André com as camisas de Sporting, Sport Recife e Atlético-MG

Ao anunciar a aquisição do atacante André, com a compra de 70% dos direitos econômicos para um contrato de cinco anos, o Sport deixou uma lacuna de informação, uma vez que o Sporting de Lisboa só havia revelado o valor dos 50% cedidos de sua parte, R$ 4 milhões. Apesar da política de sigilo dos leoninos, o mistério sobre os 20% restantes não durou muito. Segundo o Uol, o Galo vendeu a sua parte por R$ 1,2 milhão – lembrando que o Corinthians, também presente, manteve o seu ativo de 30%. No dia, a projeção do blog já apontava que, em caso de proporcionalidade nos percentuais, o Sport teria que pagar R$ 1,6 mi ao Atlético. Portanto, conseguiu reduzir a pedida em R$ 400 mil.

Finalmente, o valor exato da compra, considerando a conversão em euros da parte portuguesa (1,2 mi) e a cifra paga pelo clube mineiro, é o seguinte: R$ 5.235.033. Em reais, é a maior quantia bruta já paga por um clube do Nordeste a um jogador de futebol, superando o sérvio Petkovic, que custou R$ 5 milhões ao Vitória, há vinte anos. Naquela transação, o passe (formato da época) foi custeado pelo parceiro do rubro-negro baiano, o banco Excel-Econômico.

Claro, é possível observar por outros formatos, como a lista em dólar, também levantada (neste caso, André está em 3º, custando US$ 1,67 mi), e até mesmo com a correção inflacionária, mas o blog manteve o critério adotado há tempos.

As 10 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real*
1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 5,23 milhões por 70%
2º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100%
3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100%
4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100%
5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%
6º) Jackson (2016, do Inter para o Bahia – R$ 3,00 milhões por 70%
7º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 25%
7º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,50 milhões por por 50%
7º) Diego Souza (2016, do Flu para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 100%
10º) Bebeto Campos (1998, do Flu para o Bahia) – R$ 1,7 milhão por 100%

* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.

Sport negocia Renê com o Flamengo, na 31ª venda milionária de Pernambuco

Renê confirmado pelo Flamengo, em 06/02/2017. Crédito: Flamengo/twitter (@flamengo)

Embora sigam na justiça há décadas, devido à óbvia disputa por 1987, Sport e Flamengo também conseguem se entender administrativamente. Como no acerto sobre a venda dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Renê, que trocou a Ilha do Retiro pela Gávea. O rubro-negro pernambucano negociou a sua parte, 50%, por R$ 3,2 milhões, cifra apurada pelo Superesportes.

Como o contrato de Renê acabaria em dezembro de 2017, podendo assinar um pré-contrato já em junho, uma negociação já estava na pauta leonina, que vinha encontrando dificuldades na renovação. A saída do ala, que disputou 202 partidas pelo clube onde surgiu, foi dada como certa no momento em que ele não embarcou no voo para a Petrolina, visando o jogo contra o Juazeirense, pelo Nordestão. Somente três dias depois houve um posicionamento oficial, por parte do Fla, confirmando o reforço. No Rio, disputará a vaga com o peruano Trauco.

Rubro-negro (da Ilha), o que você achou da saída de Renê?

Em relação ao levantamento do blog sobre todas as negociações milionárias no futebol pernambucano, esta foi a 6ª maior venda em R$ e a 13ª em US$.

Sobre as negociações milionárias no estado (R$):
Nº de jogadores vendidos (31): Sport 16, Náutico 9, Santa Cruz 5, Porto 1
Nº de jogadores comprados (8): Sport 7, Náutico 1

Sport paga R$ 4 milhões ao Sporting por André, na maior compra de Pernambuco

André ao chegar no Sporting de Lisboa. Foto: Sporting/divulgação

A negociação durou mais de um mês, mas chegou-se ao desfecho pretendido pelo Sport. Autor de 13 gols no Brasileirão de 2015, André volta a vestir a camisa 90 do Leão, em um contrato de cinco temporadas. Não vem barato. O Sporting de Lisboa comprara 50% dos direitos econômicos por 1 milhão de euros, junto ao Corinthians (que ainda detinha 30%), e, mesmo com o mau aproveitamento do atacante (3 gols em 15 jogos), repassou por € 1,2 milhão. Convertendo em reais, R$ 4.035.033. Seguindo a política interna de transparência, como deveria ser aqui, o valor foi confirmado pela direção do Sporting. Com isso, trata-se da compra mais cara da história de Pernambuco. E o valor pode ser maior, pois o Sport adquiriu 70% dos direitos, sem precisar o valor dos 20% restantes – se for proporcional, chegaria a R$ 5,6 mi.

A cifra superou a compra do colombiano Reinaldo Lenis, há um ano. No cenário regional, considerando o Plano Real, o pesado investimento só está abaixo dos R$ 5 milhões do Vitória para adquirir o passe (formato na época) de Petkovic junto ao Real Madrid. Entretanto, aquele negócio, há vinte anos, foi bancado pelo Banco Excel-Econômico, então parceiro do clube baiano. Sobre o Sport, esta foi 7ª compra milionária em pouco mais de dois anos. Somando essas negociações, R$ 16,8 milhões. Em termos de resultados, a permanência na elite.

As compras milionárias do futebol pernambucano no Plano Real*
1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 4,03 milhões por 50%
2º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%

3º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 50%
3º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 25%
3º) Diego Souza (2016, do Fluminense para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 100%
6º) Ronaldo Alves (2016, do Náutico para o Sport) – R$ 1,1 milhão por 100%
7º) Kieza (2012, do Al Shabab para o Náutico) – R$ 1 milhão por 30%
7º) Agenor (2016, do Joinville para o Sport) – R$ 1 milhão por 50%

As 5 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real*
1º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100%
2º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 4,03 milhões por 50%
3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100%
4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100%
5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – 3,16 milhões por 50%

* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.

André em ação no Sport, em 2015. Foto: Paulo Paiva/DP

Com marca própria, Santa lança camisa especial para o sócio adimplente em 2017

Camisa especial para o sócio do Santa Cruz em 2017. Crédito: Loja Cobra Coral/instagram (@cobracoraloficial)

O departamento de marketing do Santa Cruz lançou uma camisa exclusiva para o sócio do clube, à parte do contrato com a Penalty, fornecedora do time principal. O modelo, com o número 14, em alusão ao ano de fundação, é a primeira da marca criada pelo tricolor, “Santa Forte”, o mesmo nome da nova campanha de sócios. Outros clubes do país vêm produzindo modelos próprios, com destaque para o Paysandu, que criou até uma linha de uniformes oficiais.

Com isso, o clube assume a criação, a produção e a entrega dos produtos.

Marca própria do Santa Cruz, a "Santa Forte"

No caso tricolor, trata-se de uma produção pontual, à venda na loja Cobra Coral, por R$ 129, e com direito à vídeo oficial de apresentação. Inicialmente, uma produção focada em valorizar o sócio adimplente, cujo quadro hoje tem apenas 6.003 pessoas – a meta é terminar o ano com 20 mil titulares. Na visão do blog, o design poderia ser incorporado até nos jogos. Neste caso, obviamente, o padrão do futebol teria que ser fabricado pela Penalty, sob contrato até 2018.

Tricolor, o que você achou do modelo especial e da ideia de marca própria?

Raio x dos 21 mil jogadores profissionais em atividade nos 766 clubes do Brasil

Registro e transferência de jogadores, segundo a CBF

Pelo segundo ano consecutivo, a CBF detalha os jogadores profissionais em atividade no país, através da diretoria de registro e transferências. Em uma temporada, foram 6.460 contratos a menos, numa queda brusca de 22%. Em 2016, portanto, 21.743 jogadores firmaram algum tipo de acordo, com a grande maioria entrando em campo somente nos quatro primeiros meses, durante os campeonatos estaduais. Não por acaso, apenas 8.938 atletas, ou 41%, conseguiram chegar com contratos ativos em janeiro deste ano, após ação no segundo semestre (no Campeonato Brasileiro e em algumas copas estaduais).

Inicialmente, o balanço tinha três pilares (salários, registro e transferências), traçando um raio x sobre os rendimentos jogadores. Porém, neste segundo ano a confederação não divulgou a divisão de salários dos atletas. No relatório anterior, 82% recebiam até R$ 1 mil e 95% no máximo R$ 5 mil. A dura realidade comum. Salário acima de R$ 100 mil? Apenas 114 atletas no Brasil, ou 0,4%. 

Relatório de atletas no futebol brasileira, via CBF. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Segundo o novo balanço, de janeiro a dezembro vigoraram contratos envolvendo 766 clubes profissionais – em Pernambuco, por exemplo, 22 times disputaram competições oficiais. Além disso, o relatório da confederação também inclui os clubes amadores e formadores, adicionando 347. Ao todo, foram mais de 15 mil transferências nacionais, entre empréstimos, vendas de diretos econômicos e jogadores livres. A seguir, a evolução de clubes filiados.

Relatório de atletas no futebol brasileira, via CBF. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em relação às transferências internacionais, a entidade registrou a saída de 1.372 brasileiros para o exterior, sendo 285 amadores (jovens), 327 profissionais que saíram para atuar como amadores (informalidade) e 760 profissionais. Desses, 110 foram monetizados, em empréstimo ou cessão dos direitos econômicos, movimentando R$ 654,1 milhões (média de R$ 5,9 mi). No sentido inverso foram 818 atletas, sendo 124 amadores e 694 profissionais, com um investimento de R$ 212,4 milhões em 44 nomes (média de R$ 4,8 mi).

Relatório de atletas no futebol brasileira, via CBF. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As cotas de televisão do Campeonato Pernambucano, atualizadas via IGP-M

Jogos transmitidos no Campeonato Pernambucano de 2017: Náutico 1x1 Santa (Globo), Sport 3x0 Central (Premiere), Vitória 3x0 América (globoesporte.com) e Central 0x0 Atlético (globoesporte.com). Fotos: DP (Arena e Ilha), Vitória/site oficial (Carneirão) e Central/site oficial (Lacerdão)

Acima, alguns dos jogos transmitidos no campeonato estadual de 2017: Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Globo NE), Sport 3 x 0 Central (Premiere), Vitória 3 x 0 América (globoesporte.com) e Central 0 x 0 Atlético (globoesporte.com)

O contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano firmado junto à Rede Globo, de 2015 a 2018, prevê um investimento anual de R$ 3,84 milhões, somando todas as plataformas de exibição. Pelo acordo, cada grande clube recebe R$ 950 mil, enquanto os nove intermediários ganham R$ 110 mil, cada. Entretanto, há uma correção anual, sob contrato. Através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), cada cota é reajustada a partir do valor-base, estipulada em janeiro de 2015. Através do site do Banco Central do Brasil é possível calcular a correção das últimas cotas (abaixo). De 2015 para 2016, por exemplo, o aumento acumulado foi de “11,8045%”. Neste ano, as parcelas atualizadas de Náutico, Santa e Sport, somadas, chegam a R$ 3.398.667. A Ponte Preta, para citar um exemplo, recebeu R$ 5 milhões pelo Paulistão…

Para o quadriênio 2019-2022, a direção da FPF pretende abrir uma licitação para a transmissão nas cinco plataformas audiovisuais (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet) com valores públicos. A conferir.

Receita original da televisão/ano
Grandes – R$ 700 mil (cota) + R$ 250 mil (luva)
Pequenos – R$ 60 mil (cota) + R$ 50 mil (luva)

Cotas do Campeonato Pernambucano (contrato 2015-2018):

2015 (janeiro)
Grandes(3)  – R$ 950.000
Pequenos (9) – R$ 110.000
Total (12 clubes) – R$ 3.840.000

2016 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.062.142 (+11,80% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 122.984
Total (12 clubes) – R$ 4.293.292

2017 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.132.889 (+6,6% sobre 2016 ou 19,2% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 131.176
Total (12 clubes) – R$ 4.579.260

Confira o balanço das cotas dos onze principais campeonatos estaduais aqui.

Clássico das Emoções com 40% de gratuidades na Arena Pernambuco

Borderô de Náutico 1x1 Santa Cruz, pela 1ª rodada do hexagonal do Estadual 2017. Crédito: FPF/site oficial (reprodução)

O empate entre Náutico e Santa Cruz, válido pela 1ª rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2017, registrou o pior público em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco desde a abertura, há quatro anos. Foram apenas 4.622 espectadores. Para completar, o borderô oficial, divulgado somente no dia seguinte, apresenta o número intrigante de pagantes. Apenas 2.764, sendo 1.888 alvirrubros e 876 tricolores. Faltou algo? Sim, o número de gratuidades, com 1.858 pessoas girando as catracas!

Nos últimos quatro Clássicos das Emoções com borderôs à disposição na web, o jogo desta temporada foi o que contou com mais não pagantes, que corresponderam a 40% do total. Justamente no jogo de menor público. 

Claro, havia muita gente trabalhando durante a partida (seguranças, jornalistas, organizadores etc), além de 400 ingressos autorizados para o clube mandante, mas o dado geral ficou bem acima da média. No fim, uma bilheteria de R$ 75,6 mil, resultando numa renda líquida de R$ 44.695. Dado irrisório num clássico quase centenário e quase sem pagantes…

Gratuidades no Clássico das Emoções na Arena:
11/07/2015 – Náutico 2 x 0 Santa Cruz – 1.658 (13,7% de 12.085)
01/02/2016 – Náutico 2 x 0 Santa Cruz – 1.043 (11,2% de 9.296)
24/04/2016 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz – 1.506 (9,6% de 15.596)
29/01/2017 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz – 1.858 (40,1% de 4.622)

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Yuri de Lira/DP