Tour Bernabéu, obrigatório

Madri – Todos os dias o ritual é o mesmo, com fila de turistas de todos os cantos do mundo na bilheteria fora do estádio Santiago Bernabéu. Tudo com o objetivo de obter um tíquete para o “Tour Bernabéu”, com uma visita completa ao templo do Real Madrid, eleito pela Fifa como o maior clube do século XX.

Vista panorâmica na arquibancada – no terceiro anel de arquibancada, a uma altural considerável – , passeio na sala de troféus, com destaque para as 9 conquistas na Liga dos Campeões da Uefa, sala de imprensa, vestiários, tribuna de honra, gramado…

Enfim, um programa daqueles para quem curte futebol. Outros clubes no mundo adotam a mesma tática para torcedores – ou admiradores, como no caso blogueiro aqui.

No entanto, a quantidade de craques na história do Real – Puskas, Di Stéfano, Raul, Zidane, Ronaldo etc – faz com que o tour seja diferente, um passo à frente dos demais. Ou de quase todos, pelo menos.

No álbum de fotos, imagens dos troféus individuais de jogadores. Haja prêmio!

O passeio, aberto de segunda a segunda (mesmo em dia de jogos), custa 16 euros, ou R$ 41. Abaixo, um vídeo com a sala dedicada ao eneacampeonato europeu.

Curiosidade: o troféu da Copa do Rei de 2011, o último título do clube e que foi atropelado durante as comemorações, está devidamente reformada…

Mentira Real

Puskas, o "maior" goleador do mundo, segundo o Real Madrid. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Madri – Quem foi o maior artilheiro do futebol profissional no século XX?

Qualquer resposta que não seja “Pelé” deve ser considerada um absurdo.

O que dizer, então, do painel acima, estampado logo na entrada do estádio Santiago Bernabéu? Trata-se do húngaro Puskas, um dos maiores ídolos do Real Madrid.

O canhoto jogou no clube merengue entre as décadas de 1950 e 1960.

Em toda a sua carreira, contabilizando as suas participações na seleção nacional e no Honved, clube anterior ao Real, Puskas marcou 512 gols.

Pelé, é bom lembrar, anotou 1.283 tentos.

No entanto, vamos à fonte da agremiação espanhola para criação do painel, o International Federation of Football History & Statistics, ou simplesmente IFFHS, uma organização alemã criada em 1984 e reconhecida pela Fifa.

Para ela, amistosos não entram na conta, e nem mesmo os campeonatos estaduais, disputados basicamente no Brasil. Desta forma, os números do Rei cairiam para… 541!

E olhe que entre Puskas e Pelé ainda há espaço para o austríaco Josef Bican, com incríveis 518 gols em 341 partidas, com uma média de 1,51 gol por jogo.

Nota-se que o IFFHS, que passou a contar recentemente os gols da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, corrigiu o seu ranking. O Real ainda não…

Santiago Bernabéu fora do “Padrão Fifa”

Estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Madri – Inaugurado em 14 de dezembro de 1947, o estádio Santiago Bernabéu passou por diversas ampliações e reformas.

Palco da final da Copa do Mundo de 1982, longe dos padrões atuais de segurança, o estádio ganhou um novo anel superior em 1992 e cobertura completa dos três níveis de arquibancada em 2001.

Todos os 80.354 lugares do campo do Real Madrid são formados por cadeiras.

Aí está o “problema”. Apesar de ultramoderno, reconhecido como nível A pela Uefa (recebeu a final da Champions League 2009/2010), o maior estádio da capital espanhola não teria condições de receber, hoje, um jogo do Mundial de Futebol, segundo as normas da Fifa.

Entenda o motivo no vídeo… E depois comente: exagero ou não da Fifa?

Não desista, Madri

Madri – A capital da Espanha é a terra do Real Madrid, do museu Reina Sofia, do Jardim Botânico Real, do mercado de jamón e de calles históricas misturadas ao modernismo das cuatro torres business area (CBTA), no centro econômico da cidade.

Isso tudo o blog está vendo de perto, impressionado, durante as férias (fotos).

Contudo, Madri ainda não é a terra de todos os esportes, por mais que esse seja um grande sonho da bem cuidada e bonita metrópole ibérica.

Derrotada na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro), a cidade já está confirmada no novo pleito, visando a Olimpíada de 2020…

Na primeira tentativa, em um processo com cinco cidades em 2005, Madri acabou em 3º lugar, sendo eliminada na penúltima rodada, quando somou 31 votos, contra 33 de Paris e 39 de Londres. O curioso é que na etapa anterior ela havia sido a mais votada.

Quatro anos depois, nova votação via Comitê Olímpico Internacional, em Copenhague, na Dinamarca. Para a fase final da seleção, apenas quatro candidatas. Madri chegou à “final”, contra o Rio de Janeiro, mas acabou massacrada nas urnas, 66 x 32.

Política do COI à parte, a infraestrutura de mobilidade urbana da capital, algo tão questionado pela entidade – assim como pela Fifa -, está longe de ser um problema. Aqui, ela é, na verdade, a solução.

Com 288 estações de metrô espalhadas em 12 linhas, fica difícil não encontrar o seu ponto de “chegada”. A rede é a segunda maior da Europa – atrás apenas, vejam só, de Londres -, com quase 300 quilômetros de trilhos. É muita coisa.

Com estações interligadas, com a mesma passagem, é possível ir do aeroporto ao centro histórico. De lá para o estádio Santiago Bernabéu, e em seguida para a Plaza Maior. Nesses passeios, o encontro com parte das 2,5 milhões de pessoas que utilizam o sistema. Transporte de massa, massificado.

Vale ainda o registro do Aeroporto Internacional Barajas, com três terminais de passageiros – isso mesmo -, conectados por um VLT, veículo leve sobre trilhos.

Com 49,8 milhões de passageiros em 2010, o aeroporto foi o mais movimentado do país, o 4º da Europa e 11º do mundo. O número assusta…

Talvez assuste a realidade brasileira, com as subsedes do Mundial tendo que correr para reformar seus aeroportos. Em Madri, a estrutura é mais do que suficiente para essa demanda. A ponte aérea Madri-Barcelona, por exemplo, é a rota mais recorrente do Velho Mundo, com 971 voos… por semana.

Mais do que o apelo turismo, um tanto óbvio, Madri está preparada desde já para continuar na briga por uma Olimpíada, assim como a sua “rival” Barcelona, com evolução histórica após a conquista de 1992.

Então, eis as seis candidatas para 2020: Madri (Espanha), Roma (Itália), Istambul (Turquia), Doha (Catar), Baku (Azerbaijão) e Tóquio (Japão).

A escolha será feita em 7 de setembro de 2013, na assembleia do COI, em Buenos Aires.

Um é pouco, dois é bom, três é Madri.

Mercado esfria na Europa e brasileiros ficam desvalorizados

Confira a lista com as 20 maiores negociações do futebol para a temporada 2011/2012.

Nota-se que o Brasil não emplacou um jogador sequer na lista, ao contrário do que costuma ocorrer. Além disso, o valor máximo foi menos da metade do montante pago pelo Real Madrid ao Manchester United por Cristiano Ronaldo, 94 milhões de euros…

O que ocorreu com a sangria de dinheiro no futebol do Velho Mundo?

Mudança na gestão, via Uefa, ou “pausa” devido ao arrocho econômico do continente?

O ranking abaixo foi produzido pela publicação portuguesa Futebol Finance.

20 maiores negociações no futebol na temporada 2011/2012. Fonte: Futebol Finance

O gol contra mais bonito da história

As seleções de juniores da Georgia e Espanha se enfrentaram com amplo domínio da Fúria na sexta-feira. O jogo já estava 6 x 0, quando o zagueiro espanhol fez história.

Inigo Martinez, o nome da fera, marcou um golaço… contra.

A “finalização” ocorreu a 27 metros de distância!

Não adiantou muito para o fraco time da Georgia, pois a Espanha goleou por 7 x 2.

Veja outros dois golaços na meta oposta aqui e aqui.

ATP Fifa

Ranking da Fifa 1993/2011. Crédito: Erandi Moreira/Diario de Pernambuco

Confira um levantamento realizado pelo blog com todas as 217 atualizações mensais do complexo do ranking da Fifa, entre agosto de 1993 e agosto de 2011.

Sete países já conseguiram liderar a lista máxima do futebol.

A última lista foi divulgada nesta quarta, tendo a Holanda como novidade no 1º lugar.

Veja todas as lideranças do ranking em uma resolução maior clicando aqui.

Nova dinastia sem coroa

Seleção da Holanda. Foto: Fifa/divulgação

Criado em agosto de 1993, o ranking de seleções elaborado pela Fifa sempre foi marcado por contestações, devido ao complicadíssimo sistema de pontuação com os 206 times.

Só para citar alguns: variação de pontos de acordo com o adversário, o tipo da partida (amistoso, torneio – continental ou mundial), o período do jogo (considerando os últimos oito anos, decrescendo, claro), relação pelo número de partidas com o nível dos confrontos, bônus, por resultados fora de casa etc.

Assim, em agosto de 2011, 18 anos depois, a Holanda torna-se o 7º país a alcançar a liderança. O time laranja chega ao topo do ranking da Fifa sem jamais ter chegado no topo de um Mundial. Os holandeses somam três vices (1974, 1978 e 2010).

Antes, considerando a primeira vez, chegaram lá Alemanha (08/1993), Brasil (09/1993), Itália (11/1993), França (05/2001), Argentina (03/2007, Espanha (07/2008).

A Fúria também chegou ao topo do reinado da bola sem a coroa, mas dois anos depois conseguiu erguer a sua Copa do Mundo, já com sangue azul.

Como curiosidade, confira a pior posição de cada um dos países que já lideraram.

França: 27º (09/2010); Espanha: 25º (03/1998); Holanda: 25º (02/1998); Alemanha: 22º (03/2006); Brasil: 8º (08/1993); Itália: 16º (05/1994); Argentina: 24º (08/1996).

Nota-se que o Brasil é o único Top Ten da história… Resta saber até quando.

Dois campeões mundiais jamais ficaram na liderança do ranking oficial. O máximo que a Inglaterra conseguiu foi repetir, agora, o 4º de dezembro de 1997. A posição mais baixa do English Team foi a 27ª posição em fevereiro de 1996.

Já o Uruguai deu um grande salto após a conquista da Copa América. A Celeste aparece na 5ª posição, sua melhor escalada na história da lista da Fifa. Por outro lado, entre os campeões, apresenta a pior queda com um vexatório 76º lugar em dezembro de 1998.

A Fifa tenta explicar o ranking, em inglês, com duas opções: básica e complexa.

Curtindo uma inovação esportiva

Esporte Interativo no Facebook

Apontado com o maior clássico de clubes do mundo, o duelo Barcelona x Real Madrid abriu em grande estilo a temporada 2011/2012 do futebol da Espanha.

Em jogo, a Supercopa, com os vencedores da liga nacional (Barça) e Copa do Rei (Real).

Após o empate em 2 x 2 no Santiago Bernabéu, o jogo de volta no Camp Nou.

Não viu o anúncio da partida na TV aberta? Nem no SporTV ou ESPN?

Pois é. O jogo foi transmitido com exclusividade pelo Esporte Interativo, com direito a uma novidade bacana, que pode marcar a forma de acompanhar o esporte…

Jogo ao vivo via Facebook, através do perfil do canal na rede social. Para assistir, uma jogada “simples” em direção ao telespectador/internauta: basta “curtir” a página.

Outras partidas já foram testadas e a tendência é que o volume de jogos no Facebook aumente cada vez mais, inclusive via smartphones…

Atualização: o Barça, com mais um show de Messi, venceu por 3 x 2, enquanto a página do Esporte Interativo chegou a 500 mil fãs. A jogada deu certo, em dose dupla.

Com ou sem os gigantes em 2014?

Campeões mundiais de futebol: Brasil (5), Itália (4), Alemanha (3), Argentina (2), Uruguai (2), França (1), Inglaterra (1) e Espanha (1)

Eis os distintivos da nata do futebol, com a reunião de todos os triunfos na Copa do Mundo entre 1930 e 2010. São oito dinastias da bola, incluindo a novata Espanha.

Assim, o Mundial de 2014 será o primeiro com a possibilidade de oito campeões na disputa. Por enquanto, apenas o pentacampeão Brasil tem vaga assegurada.

As Eliminatórias sempre reservam surpresas. Tirando a Alemanha, ausente em 1930 e 1950 por problemas políticos, todos os outros ex-campeões já caíram nas preliminares.

Por isso, o blog lança a enquete para saber a opinião do internauta sobre a participação das principais forças na próxima edição da maior competição da Fifa. Participe!

Curiosidade: apenas o Uruguai tem mais estrelas do que títulos mundiais, uma vez que a Celeste considera também as medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1924 e 1928.

Você quer ver os oito países campeões mundiais na Copa do Mundo de 2014 ou prefere secar logo nas Eliminatórias os adversários da Seleção?

  • Sim, quero ver todos os países tradicionais (83%, 181 Votes)
  • Não, quero um caminho fácil para o Brasil (17%, 36 Votes)

Total Voters: 217

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