O experiente Lori Sandri, de 60 anos, voltará a comandar o Tricolor após 25 anos. Esteve na campanha do Pernambucano de 1984, quando a Cobra-Coral ficou com o vice-campeonato.
Assim, o técnico completou o trio de sessentões nos grandes do Recife.
Givanildo Oliveira, que também vai assumir o Sport só na próxima temporada, tem 61.
Os mesmos 61 anos do alvirrubro Geninho, o mais “velho” de todos, pois nasceu em 15 de maio de 1948. No entanto, Geninho ainda não confirmou a sua permanência no Náutico em 2010.
Lori, um ex-volante, iniciou a carreira de treinador em 1975, no Pinheiros/PR. Oito anos depois foi a vez de Givanildo, que deixou de ser volante para trabalhar apenas na área técnica. Em 1984, o ex-goleiro Geninho assumiu o gaúcho Novo Hamburgo.
Três nomes com bagagem suficiente para suportar a pressão de um Estadual que promete ser quente devido à péssima situação dos grandes locais.
Por outro lado, os três nomes mostram que Pernambuco não seguiu, pelo menos neste momento, a tendência atual do futebol brasileiro, com uma nova safra de treinadores. A “nova” geração conta com nomes que penduraram as chuteiras nos anos 90, como Gallo e Adílson Batista. Treinadores com pouco mais de 40 anos.
Pela 6ª vez no Sport. Primeiro em 1983, logo após encerrar a brilhante carreira como volante, quando era conhecido como “marreco”. Tinha apenas 35 anos.
Voltou em 1991. Desta vez para duas temporadas seguidas. O saldo? Bicampeão pernambucano e estabilidade na Série A.
Novo capítulo em 1994, com uma safra incrível de revelações na Ilha. Chiquinho (meia), Adriano (zagueiro), Leonardo (atacante) e um tal de Juninho Pernambucano (meia). Campeão estadual e da Copa do Nordeste, no fim do ano.
Pior capítulo, 1999. Chegou com o time muito mal no Brasileiro. Não acrescentou muito. O Sport ficou na lanterna. Porém, sem rebaixamento.
Em 2006, a última passagem (agora, penúltima). Chegou no meio da Série B. Aproveitou a base montada por Dorival Júnior e deu sequência à campanha que levou o Leão de volta à 1ª divisão após 5 anos de sofrimento.
Agora, 2010. Novamente na Série B. Givanildo chega para tentar levar um time para a Série A pela 5ª vez. Antes, conseguiu com América/MG, em 1997 (campeão), Paysandu, em 2001 (campeão), SantaCruz, em 2005 (vice), e com o próprio Rubro-negro em 2006 (vice).
Daquele ex-volante olindense de 35 anos para um respeitado senhor de 61 anos, muita coisa mudou. Um histórico de vitórias regionais, acessos, a Copa dos Campeões de 2002 (quando levou o Paysandu à Libertadores), uma ou outra rusga com a imprensa e seriedade no trabalho.
Boa sorte, Givanildo! Até porque vai precisar… 😎
Ps. Givanildo Oliveira é o treinador que mais comandou o Sport na Primeira Divisão. Ao todo, foram 89 jogos.
A música “E se”, de Chico Buarque e Francis Hime, fala sobre coisas impossíveis de acontecer. Nela, os cantores eternizaram a suposta ruindade do ASA no verso “E se o Arapiraca for campeão”, já que o time alagoano nunca ganhava nada e era um verdadeiro saco de pancadas.
A sorte do ASA começou a mudar no final da última década. Primeiro, em 1998, o time arapiraquense teve o título de 1953 reconhecido, após longa pesquisa. O regulamento era simples: o campeão do interior, o ASA, enfrentaria na final o campeão da capital, o Ferroviáro, que não quis jogar (achou parecido com outra história?).
Depois, em 2000, o título alagoano em pleno Rei Pelé, em Maceió, após vitória por 1 x 0 sobre o CSA. E veio a sequência de taças no estado, em 2001, 2003, 2005 e 2009. Festa para os 208 mil moradores de Arapiraca, a 128 km da capital.
O time – uma das maiores zebras da história da Copa do Brasil, ao eliminar o Palmeiras, em 2002 – finalmente alcançou o status de ‘maior’ de Alagoas no Campeonato Brasileiro desta temporada. O CSA não conseguiu passar da 1ª fase na Série D. Assim como o CRB, que segue na Terceirona.
Não o ASA… O Alvinegro, que joga no estádio Coaracy da Mata Fonseca, estará na Série B de 2010. O time conseguiu uma das 4 vagas desta Série C, ao lado do cearense Icasa (outro orgulho do Nordeste), do paulista Guaratinguetá e do mineiro América.
E o ASA foi alem. Após o empate em casa na semifinal contra o Icasa, a “Asa Gigante” foi até Juazeiro do Norte e arrancou uma vitória por 3 x 2, de virada, com direito a pênalti perdido pelo adversário! 😯
Assim, o time está na final, ao lado do América/MG, que é treinado pelo pernambucano Givanildo Oliveira. É gratificante ver novamente um time do Nordeste numa final de Brasileiro, independentemente da divisão. A última vez foi em 2007, quando o Bahia foi o vice na mesma Série C.
O time alagoano jogou 12 vezes para chegar até a final, com 6 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Marcou 20 gols e sofreu 13. O time é treinado por José Luiz Mauro e fez a velha mistura de jogadores com alguma experiência, como o volante Paulo Foiani (33 anos), e algumas promessas da região. E isso tudo com bastante apoio da torcida!
Para continuar com a força da arquibancada, o ASA aguarda uma ajuda da prefeitura de Arapiraca, que já sinalizou positivamente para reformar o estádio local, já que o time está ameaçado de não jogar em casa na próxima Série B. Seria um castigo.
Obs. Apesar de Givanildo ser pernambucano e ter uma grande história no futebol, estou na torcida pelo ASA nesta final da Terceirona. No entanto, o América/MG é, de fato, o favorito… Os jogos serão disputados nos dois próximos domingos. Primeiro em Arapiraca. A conferir. 😎
Sérgio China é mais um ex-jogador de grande destaque no Santa Cruz a virar treinador do clube coral. Listei abaixo alguns casos – e todos ocorreram nesta década. Você lembra de mais algum? Comente! 😎
Zé do Carmo – O cabeça-de-área ganhou os Estaduais de 1983, 1986 e 1987. Além da técnica, Zé também era famoso pelas provocações, sempre com bom humor. Após deixar o Santa e ganhar o Brasileirão pelo Vasco, em 89, ele chegou a jogar na Seleção. Foi anunciado como treinador do Tricolor no início de 2008, na gestão de Edson Nogueira. Mas Zé do Carmo não resistiu nem 2 meses, e foi substituído por Fito Neves em 16 de fevereiro. 😯
Ricardo Rocha– Campeão mundial com o Brasil em 1994, o ex-zagueiro jogou em 1983 e 1984 pelo Santinha, sendo tri-supercampeão logo no primeiro ano. Naquele título, ele tinha 21 anos e ainda atuava como lateral direito. No Santa, trabalhou como técnico em 2001, no início do Estadual. Acabou saindo, dando lugar a Ferdinando Teixeira, que perdeu o título para o Náutico.
Sérgio China – Campeão pernambucano em 1986, 1987 e 1990. O meia foi o maestro do time nas três conquistas, e ainda ficou no clube até 1993, quando foi atuar no futebol português (veja mais AQUI). Como treinador, essa será apenas a 3ª chance, após breves passagens por Vera Cruz (2007) e Náutico, onde fez um bom trabalho no 2° turno do último Pernambucano.
Givanildo Oliveira – De todos eles, o mais bem sucedido no Santa foi Givanildo Oliveira. Com a camisa tricolor, anos anos 70, ele chegou a jogar na Seleção Brasileira (veja AQUI). Participou do pentacampeonato e das grandes campanhas na Série A (4° em 75). Comandando o time coral, levou o time para a Série A em 2005, na melhor temporada do Santa nesta década.