Santa raça, Santa vantagem

Pernambucano 2011, final: Sport 0x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Tricolor na cabeça, como protagonista.

O árbitro Cláudio Mercante vacilou logo no primeiro minuto? Sim.

O lance para a expulsão do zagueiro coral, Thiago Mathias, foi claríssimo, diante de 30.169 pessoas na Ilha do Retiro. Menos para o juiz, já marcado.

Mercante contemporizou. Porém, o Sport dominou o jogo durante 33 minutos com um volume enganoso. O time leonino não finalizou uma vez sequer.

A pressão em casa ia sendo domada pelo ferrolho de três cores.

A Cobral Coral seguia bem armada, como em todo o Pernambucano desta temporada. Em seu primeiro chute, um chutaço de Gilberto, fez 1 x 0.

Futebol é isso: finalização. Poder de fogo. Veneno puro…

No segundo tempo, a mesma história. Dessa vez, com uma falha da zaga leonina. Landu, que não tinha nada a ver com isso, aproveitou e tocou para as redes, fazendo explodir a torcida do Santa. Na Ilha, no telão no Arruda, em todo o canto.

Depois, só não virou farra e folia por causa de Magrão. É verdade que Tiago Cardoso se consagrava do outro lado como o craque do Estadual…

Após 90 minutos, o triunfo quase definitivo: Sport 0 x 2 Santa Cruz.

Pela terceira vez neste ano, uma vitória coral. Sempre com o mesmo placar, diga-se. Não, não foi sorte. Foi um exagero de aplicação, raça, esperança e organização tática.

O povão teve um domingo daqueles. A redenção está perto. Falta uma semana.

A meca será o Arruda. Vai faltar espaço.

Pernambucano 2011, final: Sport 0x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Começa o final da história de seis anos

Diario de Pernambuco: 08/05/2011Seja qual for o campeão, o título estadual de 2011 vai encerrar um ciclo.

Para o Sport, a sonhada sequência com seis estrelas, igualando o feito do rival.

Tirando o “luxo” do bordão de décadas.

O Rubro-negro já está na segunda tentativa. A torcida não teria paciência para aguardar outra oportunidade para gritar “hexacampeão”…

Para o Santa Cruz, erguer o troféu no Mundão vai marcar a ressurreição.

Do limbo, onde chegou de forma surreal, o Tricolor voltará a dar alegria para o povão, após cinco anos de penúria, rebaixamentos e frustrações.

Tudo começou em 9 de abril de 2006, em uma final envolvendo a mesma rivalidade das multidões, na Ilha.

No momento em que Lecheva desperdiçou o  pênalti que daria o título à Cobral Coral, essas duas sagas paralelas começaram a ser escritas.

Neste domingo, na Ilha do Retiro, e no próximo, no Arruda, o capítulo final.

Reservado para apenas uma história…

Concentração total

Beach Class e Shelton Hotel, concentrações de Sport e Santa Cruz para a final do PE2011

Últimas horas antes da abertura da final do Estadual.

Hora de conversar, escutar, prestar a atenção…

Rubro-negros e tricolores já estão concentrados em hotéis na cidade.

O elenco do Sport está hospedado no Beach Class, em Boa Viagem, enquanto a delegação do Santa Cruz está no Shelton Hotel, em Piedade.

Ambos acima, respectivamente. Os rivais das multidões estão bem acomodados.

Lá, os dois clubes ficarão até a tarde de domingo, antes do pequeno traslado nos ônibus oficiais com destino ao estádio da Ilha do Retiro, palco do jogo do ano.

Antes, apenas uma rápida saída, na manhã do sábado, para o treino final.

Treinamento leve na Ilha do Retiro e no Arruda.

Desde já, tranquilidade a todos.

Fica a ansiedade na torcida…  E haja gente! As médias de público da Cobra Coral e do Leão são altíssimas, com 22.804 e 20.953 torcedores por jogo, respectivamente.

A segunda-feira vai chegar antes das 16h de domingo!

Torcidas organizadas do Recife, 8 ou 80

Confira abaixo um vídeo sobre a ação das torcidas organizadas dos grandes clubes do Recife (boas e ruins), produzido pelo programa “Pé na rua”, da TV PE.

A peça conta com entrevistas com integrantes das organizadas, torcedores sem relação com essas uniformizadas, autoridades e até jogadores, com Carlinhos Bala. Fica a ideia para um cadastro de todos os membros dessas torcidas.

Confira o site oficial do programa, produzido pela Ateliê Produções, clicando AQUI.

Spínola volta para a última missão

Sálvio Spínola, árbitro Fifa. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Figurinha repetida no Recife.

Sálvio Spínola, com status Fifa, será o árbitro da final do Campeonato Pernambucano de 2011, em 15 de maio, no estádio do Arruda.

O baiano de 41 anos, cadastrado na federação de São Paulo, já havia sido indicado para a semifinal entre Sport e Náutico, nos Aflitos, quando teve uma atuação elogiada.

Nesta sexta-feira, ele estava mais uma vez no sorteio – realizado na sede da FPF -, juntamente com o paraguaio Carlos Torres, da Fifa. Assim como ocorreu em outros jogos decisivos, haverá o “quinteto”, com dois assistentes e dois árbitros assistentes.

Saiba mais detalhes sobre a carreira de Sálvio Spínola AQUI.

Este será o 144º jogo do Estadual. É para fechar a competição com apito de ouro…

Torcedores tricolores e rubro-negros, o que vocês acharam da escolha?

A bola final em Pernambuco

Bola oficial da final do Pernambucano 2011. Foto: Penalty/divulgação

Esta é a bola oficial lançada exclusivamente para as duas partidas finais do Campeonato Pernambucano de 2011. A Penalty acaba de divulgar a Bola 8 S11 Pró.

Durante 180 minutos, apenas rubro-negros e tricolores poderão chutá-la.

Ao contrário da bola de todo o Estadual, na cor preta, essa ganhou um tom laranja, além do selo “Campeonato Pernambucano – Final 2011”, diferenciando a peça dos outros 14 campeonatos estaduais patrocinados pela Penalty.

Saiba mais sobre a S11 Pró, que também será utilizada na Série B, clicando AQUI.

Confira a bola anterior, que vinha marcando as partidas do Pernambucano e chamada apenas de “Bola 8”, clicando AQUI.

Essa ideia de confeccionar uma bola exclusiva para uma decisão começou na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin.

Então, ponto para o Campeonato Pernambucano.

Clássico das Multidões e da Solidariedade

Solidariedade

Sem combinar, mas focadas no mesmo espírito, as diretorias de Sport e Santa Cruz iniciaram campanhas para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes.

Em Pernambuco, vítimas na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata.

As duas sedes viraram ponto de arrecadação para alimentos não perecíveis, água mineral em garrafões de dez litros, materiais de higiene e roupas.

Os dois estádios (Ilha e Arruda) também serão pontos de entrega nos dias das finais.

As doações serão entregues no Quartel do Derby no dia 16 de maio, a segunda-feira seguinte à finalíssima do Estadual mais acirrado, e solidário, dos últimos tempos.

Rivalidade e solidariedade. Sim, é possível.

Veja outros pontos de arrecadação, inclusive nos Aflitos, clicando AQUI.

Quando o Recife ficou inundado

Ilha do Retiro em 1975, durante a enchente na cidade. Foto: Arquivo/DP

Ilha do Retiro e Arruda, 19 de julho de 1975.

Registros do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco.

Veja as imagens aéreas em alta resolução clicando AQUI, AQUI e AQUI.

Nesta quinta-feira, 36 anos depois, um novo boato sobre a barragem de Tapacurá assustou a população, com medo de uma enchente de grandes proporções.

Em 1975, em um verdadeiro dilúvio, a capital pernambucana ficou debaixo d’água, paralisando, inclusive, o campeonato estadual.

A Ilha virou uma ilha de fato. A final do Pernambucano só aconteceu em 10 de agosto. O Arruda, palco da decisão em 2011, também ficou completamente alagado.

A recuperação dos dois gramados levou semanas…

Mas Tapacurá não estourou.

Arruda em 1975. Foto: Arquivo/DP

Plano B para massa coral na final

Telão do Santa Cruz

Para o povão que ficar de fora do setor destinado ao Santa Cruz na Ilha do Retiro, o clube tricolor confirmou que irá disponibilizar um telão na sede no Arruda.

Preço do “ingresso”: R$ 5,00. A entrada dá direito a uma feijoada…

Para a torcida, o gosto mais saboroso será mesmo o do título, o do fim do jejum.

Serão 6.500 seguidores corais no estádio leonino e mais quantos diante do telão?

Achei a ideia interessante. Por sinal, deveria ser de praxe quando o clube joga fora de casa. A medida poderia adotada pelos rivais também, de forma permanente.