Torcida pernambucana nas asas do Carcará

Carcará

Xodó dos torcedores pernambucanos na Série B.

Estreante no segundo degrau mais alto do futebol brasileiro, o Salgueiro terá, sim, o apoio da maioria dos torcedores dos grandes clubes do Recife.

Em uma rápida pesquisa no Twitter já ficou evidente a simpatia de rubro-negros, tricolores e alvirrubros com o Carcará. Foram 32 votos, sendo 30 a favor!

Para os fanásticos rivais de Sport e Náutico, o apoio tem um fator significativo, pois o Salgueiro é um adversário direto no campeonato. A princípio, isso foi deixado de lado.

O primeiro voo será nesta sexta-feira feira. Como o Cornélio de Barros está sendo ampliado e a obra vai durar até agosto, o clube vai jogar no estádio Ademir Cunha.

Partida às 21h, em Paulista, na região metropolitana do Recife. Será que podemos esperar um bom público apoiando o Carcará? Asas para o otimismo.

O jogo é um dos três da rodada que vai abrir oficialmente a Segundona de 2011. Duelo difícil contra o São Caetano, vice-campeão da Libertadores de 2002.

O elenco do Salgueiro foi remodelado, com um caminhão de reforços. Tecnicamente, o time ainda é um mistério. Da casa mesmo, o técnico Neco, sempre à frente da equipe.

No estádio ou na TV, pode ficar tranquilo, Neco. O Salgueiro nunca teve tanta torcida!

Salgueiro treinando para a Série B 2011. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

1/6 de alegria

Série B-2010: Náutico 1 x 2 São Caetano. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Nos últimos seis jogos, uma vitória e cinco derrotas na Série B.

Os últimos seis jogos foram todos pelo segundo turno da Segundona.

São míseros 16,6% de aproveitamento. Dado que mostra a realidade descendente…

A situação do Náutico está complicadíssma no Brasileiro.

Na noite desta terça-feira, mais uma vez a torcida viu um Timbu apagado nos Aflitos, agora diante do São Caetano.

O Azulão abriu o placar com Eduardo aos 31 minutos de jogo e Giovanni empatou logo depois, em cobrança de falta.

A torcida passou a cobrar raça e empurrar o time.

E quase veio um lampejo de alegria.

Por pouco o meia Giovanni não virou o jogo aos 37 minutos. Acertou a trave!

No contra-ataque, o “crime”. Golaço do meia Ailton, revelado pelo próprio Timbu e que hoje defende as cores do time paulista.

Ele não comemorou, em respeito ao Alvirrubro – atitude que virou moda na boleirada -, mas de que adiantou?

O mal já estava feito… São Caetano 2 x 1.

10 ou 9.5? Tanto faz, Marcelinho…

Série B-2010: Sport 4 x 1 São Caetano. Marcelinho Paraíba marcou um gol e deu três assistências. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Era o primeiro jogo de Marcelinho Paraíba na Ilha do Retiro.

A estreia havia sido no sábado, em Bragança Paulista. Discreta. 

Em casa, uma expectativa enorme sobre a contratação mais cara do Sport na temporada. Entre luvas e salários, um custo mensal de R$ 110 mil.

Meia-atacante. Qualidade no passe, velocidade, bom finalizador. Era a prova dos 9 do jogador. Na verdade, a prova do camisa 10.

O adversário não era qualquer um não. Enfrentar o São Caetano, 3º lugar no Brasileiro da Série B, tinha deixado a torcida bem desconfiada. Vai ou não vai? Uma dúvida que já se arrasta há várias rodadas no clube.

Mas ele correspondeu.

Pode até ser exagero das letras de alguém que estava no estádio, mas a verdade é que Marcelinho Paraíba teve uma das melhores estreias no Leão considerando os jogadores renomados dos últimos anos.

A vitória foi convincente. Uma goleada, aliás: 4 x 1.

Um scout rápido de Marcelinho: um golaço de falta e três assistências, sendo duas delas para o artilheiro Ciro, agora como 11 gols. Esse, por sinal, arrumou um bom companheiro no ataque.

Os números de Marcelinho realmente foram de um “meia-atacante”, que buscou a bola a todo instante, tabelou e mostrou uma visão de jogo diferenciada.  Fim da partida, e os repórteres que o cercaram perguntaram qual nota ele daria para si mesmo.

“Dez”.

Com as devidas proporções que a Segundona exige, o craque teve uma atuação digna desta nota. Se foi 10, 9 ou 8,5… De fato, é bem subjetivo. Tanto faz a nota publicada nos jornais ou num blog. A grande atuação de Marcelinho foi percebida pela torcida.

No fim, ele ainda mandou o recado… Quer pintar o cabelo de vermelho e preto.  Aí, só vai faltar mesmo o acesso à Série A. O mais importante, diga-se…

A noite superou a pressão

Eduardo Ramos

Talentoso e dono de arrancadas que conduziam o time às vitórias. O meia Eduardo Ramos rapidamente foi apontado como a “melhor contratação do Sport em 2010″.

E era verdade. Uma grata surpresa.

Começou jogou como segundo volante. Marcava e municiava Ricardinho, que havia sido o escolhido em janeiro para armar o time.

O tempo mostrou que Eduardo Ramos jogava bem mais que a posição que ocupava e que Ricardinho estava “cansado”, longe de ser um camisa 10 da Ilha do Retiro.

Mesmo atuando um pouco mais atrás, Eduardo Ramos foi mostrando a sua qualidade no passe e, sobretudo, nas passadas largas com a bola dominada.

Em 24 de janeiro, fui até Caruaru para fazer a cobertura do jogo Central x Sport para o jornal. O editor do Diario, Fred Figueiroa, também foi. Ainda no primeiro tempo, Fred comentou, lá do alto da cabine do Lacerdão:

“Esse cara joga bola. Sai para o jogo, é forte e chega no ataque. Pode jogar mais.”

Olhei para o lado e falei: “Tá bom, velho… Vai virar auxiliar de Givanildo Oliveira, é?”.

Brincadeira à parte, o jogador teve a segunda nota mais alta da vitória leonina por 2 x 1, com um 7,5. Abaixo apenas de Wilson, autor dos gols, com 9 (veja AQUI).

De fato, Eduardo Ramos rapidamente se transformou no principal articulador da equipe. Armou, deu assistências e marcou gols.

Foram muitos. Dez ao todo. O próprio meia chegou a dizer que nunca tinha tido uma fase “ofensiva” tão boa na carreira. Acabou como vice-artilheiro do time no Estadual.

Campeão e eleito o melhor jogador do Pernambucano, diga-se.

O status de ídolo já estava bem encaminhado.

Sucesso paralelo aos problemas particulares, um extracampo que comprometeu a sua passagem no clube. Goiano de Caçu, Eduardo passou a morar no Recife. Um jovem de 24 anos que conheceu a generosa noite da cidade. Em sua essência.

Em campo, uma displicência irritante para a torcida. Finalizações longe do padrão de outrora. O nível dos adversários havia melhorado? Sim. Mas não a ponto de fazer com que o jogador se tornasse opaco. As críticas foram inevitáveis.

Eis que na véspera do jogo contra o São Caetano, na Ilha, onde as vaias já eram algo comum para o camisa 8, o jogador pediu dispensa do clube. Problemas pessoais.

A pressão superou o talento. A noite superou a pressão. E não será fácil acordar.

A montagem que ilustra o post já circula há alguns dias na web. Marcou o jogador, segundo ele mesmo em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).

Copa no G-4

Série B-2010: Náutico 2 x 0 Ipatinga

Um aproveitamento de 66,6% dos pontos após 7 rodadas.

Firme no G-4.

O Náutico vai para a Copa do Mundo (e do Nordeste) com a sua meta batida.

O planejamento do técnico Alexandre Gallo foi alcançado.

Alvirrubro fez a sua parte neste sábado e se recuperou bem da goleada sofrida no ABC Paulista. O Náutico juntou os cacos rapidamente e deu mais um passo na sua caminhada no Brasileiro.

Náutico 2 x 0 Ipatinga, com gols de Bruno Meneghel. Primeiro tempo “encardido”, com gols perdidos, firulas, reclamação da Carlinhos Bala. Segundo tempo ainda mais complicado, com gols na base da raça. 😀

Pós-jogo com respostas ríspidas do técnico Gallo, possivelmente chateado com a repercussão do massacre aplicado pelo São Caetano, no único revés sofrido pelo time de Rosa e Silva até agora. O comandante trata a derrota como acidente. E foi.

Mas que não ocorra outro…

Até o mês de julho, na volta do Brasileiro da Série B, a reedição do Nordestão. Um título inédito para o clube. Valorize, Náutico.

Foto: Edvaldo Rodrigues/DP

Vermelho de saldo

Série B-2010: São Caetano 5 x 0 NáuticoUma noite para ser esquecida no ABC Paulista, em um gelado estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. Frio pesado tanto na arquibancada vazia, com apenas 509 testemunhas do dono da casa, quanto no clima, com 11 graus.

Em campo, um Náutico desfigurado. Com a zaga reserva. Sem o atacante Bruno Meneghel, por opção tática, o Alvirrubo tentava, diante do São Caetano, recuperar os pontos perdidos no empate em casa com o América/RN.

Mas o planejamento sumiu com apenas 20 segundos… Um gol para mudar tudo.

O ala Arthur abriu o placar para o São Caetano e tratou de deixar claro como seria a noite de terça-feira para os alvirrubros. Os gols continuaram saindo… Pelo lado paulista. Foram mais 4, fechando a goleada por 5 x 0. Três deles do grandalhão Eduardo.

Pra “variar”, mais uma expulsão. O vermelho para o goleiro Rodrigo Carvalho foi o 6º do Náutico em 6 jogos na Série B. Vermelho de luta? Não. Vermelho de cartão…

Vermelho de saldo também. O Timbu começou a 6ª rodada invicto e com 4 gols a favor. Com o chocolate (frio), o saldo terminou a noite com -1.

Foto: A.D. São Caetano

Quando o esporte perdeu

Há exatos 5 anos, morria o zagueiro Serginho, do São Caetano. Um dos episódios mais tristes do futebol brasileiro. O jogador, que tinha 30 anos na época, sofreu um ataque cardíaco no jogo do Azulão contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileirão de 2004. O fato aconteceu aos 15 minutos do 2º tempo. Ele foi socorrido para um hospital, onde teve a morte confirmada 40 minutos depois.

Devido ao episódio, o São Caetano acabou sendo punido com a perda de 24 pontos, por ter escalado Serginho sem condições médicas em 4 jogos. Mesmo assim, o clube conseguiu se manter na elite.

Os 31 minutos restantes do jogo entre São Caetano e São Paulo foram realizados em 3 de novembro, e o Tricolor acabou vencendo por 4 x 2.

Barulho

BarulhoDecisão sem “confusão” nao é final…

Na Copa do Brasil, na noite desta quarta, Inter e Corinthians já duelam com a polêmica do DVD. Um vídeo com imagens de suposto erros favorecendo o Timão foi apresentado para a imprensa pela diretoria colorada.

Na Libertadores, na quinta, Grêmio e Cruzeiro entrarão em campo após o episódio de racismo no jogo de ida, envolvendo Elicarlos e o argentino Maxi López.

Puxe pela memória e verá que quase sempre é assim… De cabeça: 😈

  • Sport x Corinthians (Copa do Brasil de 2008) – Carga de ingressos para a torcida visitante (nos 2 jogos) menor que 10%, ferindo o Estatuto do Torcedor.
  • Náutico x Grêmio (Série B de 2005) – Pintura e redução do vestiário dos visitantes…
  • Vasco x São Caetano (Brasileiro de 2000) – Grade desaba no estádio de São Januário, paralisando a partida. O título quase foi dividido!
  • Brasil x Uruguai (Copa do Mundo de 1950) – Jornal carioca estampando uma foto do “Brasil campeão mundial” no dia do jogo. 😯

Lembra de algum caso…?

Azulão alemão

Obasi (azul), o melhor da partida, na qual o Hoffenheim venceu o Hamburgo por 3 x 0HoffenheimHoffenheim.

Este foi o clube alemão que pagou a bagatela de R$ 15,6 milhões pelo atacante Wellington, em 6 de agosto.

O ex-jogador do Náutico rendeu R$ 1 mi ao Alvirrubro (o Inter, dono dos direitos federativos, ficou com o restante).

Mas não é que o clube, que chegou a suar na 8ª divisão da Alemanha nos anos 90, já lidera o campeonato alemão em sua estréia na Bundesliga? Em 9 jogos, o TSG 1899 Hoffenheim venceu 6, empatou 1 e perdeu 2, e tem o ataque mais positivo, com 24 gols. Três deles no domingo, na contundente vitória por 3 x 0 sobre o Hamburgo (3º lugar). Todos os gols saíram nos primeiros 35 minutos da partida, que teve como destaque o atacante Chinedu Obasi (foto).

Lá, Wellington tem a companhia dos brasileiros Carlos Eduardo (meia) e Luis Gustavo (volante).

O crescimento do “Hoffe” está diretamente ligado à chegada do milionário Dietmar Hopp, que vem despejando muito dinheiro no clube. Tanto que o acanhado estádio do Hoffenheim (5 mil lugares) tem o seu nome. Mas por ser tão pequeno, o time precisa jogar em outra cidade, trocando Sinsheim por Manheim.

Em janeiro de 2009, porém, deverá terminar a construção da Rhein-Neckar Arena, de 40 milhões de euros, bancada por Dietmar Hopp, é claro.

São CaetanoEm 2000, nós vimos um fenômeno semelhante no Brasil, quando o também azulão São Caetano surpreendeu, ao disputar a final da Copa João Havelange. No ano seguinte, o time do ABC paulista também ficou com o vice-campeonato brasileiro.

Sempre com bons jogadores, como o atacante Adhemar, o meia Esquerdinha e o volante Claudeci, o São Caetano encerrou o ciclo de prata em 2002, quando foi vice na Libertadores.

Vamos ver se o Hoffenheim será mesmo para o futebol alemão o que o São Cateano se transformou para o futebol brasileiro.

Site oficial do Hoffenheim: http://www.tsg-hoffenheim.de/