Campeões do além

Erro na lista de campeões da Copa do Brasil no site da CBF

O site da CBF passou por um processo de modernização no fim de 2009. No entanto, os ajustes aconteceram apenas no layout do portal. A falta de cuidado com o histórico das competições nacionais é impressionante.

Como se já não bastasse os erros nos nomes dos clubes (o Sport, por exemplo, é “Sport Clube Recife”), a CBF vai além e de divulga, de forma inacreditável, listas com campeões nacionais do além.

Na Série B de 1990, por exemplo, o campeão Sport aparece como vice, no lugar do Atlético-PR, vencido na decisão daquele ano. Em 1991 aparece como “não disputado”! Vá dizer isso para a torcida do Paysandu… E o vice-campeão de 2008 não foi o Avaí, mas o Santo André! 😯

Mas é no histórico de campeões da Copa do Brasil que a situação piora… Basta ver o print screen acima. Criada em 1989, a competição nunca registrou um bicampeonato consecutivo. Algo que hoje é até impossível, aliás, já que o campeão não disputa a edição seguinte, por causa da Taça Libertadores.

Pois é. Segundo o site da Confederação Brasileira de Futebol, o tetracampeão Grêmio seria, na verdade, hexa! Mais um hexa fajuto… E olhe que no caso do Tricolor Gaúcho ele teria “conquistado” todos os títulos do mata-mata entre 1994 e 1997!

Somente na imagem deste post são 3 erros.

1) Em 1995, o campeão foi justamente o Corinthians, que venceu o Grêmio no Olímpico.

2) Em 1996 a história é ainda pior, pois os dois finalistas estão errados. A final foi Palmeiras x Cruzeiro, e o título ficou com o time de Belo Horizonte.

3) Mais uma final invertida, agora em 1998. O campeão foi o Palmeiras.

Vou dar uma ajudinha aos organizadores do site da CBF… A seguir, sites com as listas corretas: AQUI, AQUI e AQUI.

É simples. Basta querer.

Enquete: Você é a favor da volta do Nordestão em 2010?

Placar de 2001 sobre o NordestãoA Liga de Clubes do Nordeste segue negociando com a CBF para reeditar o Campeonato do Nordeste.

No acordo, a liga tiraria a ação na justiça contra a CBF, no valor de R$ 25 milhões, e a entidade nacional autorizaria a competição pelos próximos 3 anos. A liga já ganhou nas 2 primeiras instâncias. A expectativa é que o Nordestão comece ainda em 2010! 😯

Mesmo com o calendário apertado, o torneio já teria até data para começar: 25 de maio. Ao todo, seriam 19 datas, em uma competição com 16 times, incluindo 3 pernambucanos: Sport, Santa Cruz e Náutico.

Você é a favor da volta do Nordestão em 2010? Opine na nova enquete do blog.

Saiba mais sobre a possível volta do Nordestão AQUI.

Última enquete: Como você acompanha o seu time?

  • Sempre vai ao estádio (56%, 76 votos)
  • Pelo rádio (27%, 37 Votos)
  • Só se o jogo passar na TV (17%, 23 votos)
  • Não presta muita atenção (0%, nenhum voto!)

Total de votos: 136

Não duvidem do Sport

Guerreiros da Ilha, campanha de sócio-torcedor do Sport

A torcida do Sport já provou a sua fidelidade em inúmeras ocasiões.

Por isso, essa meta de 10 mil sócios-torcedores – estipulada pela própria diretoria – parece um alvo pra lá de possível de ser alcançado. A mensalidade de R$ 25 e a implantação do pagamento em boleto bancário deverá colaborar bastante para isso. Veja mais sobre o lançamento AQUI.

A meta final da campanha “Guerreiros da Ilha” seria de 30 mil sócios.

Um número bom? Não. É um número apenas razoável.

Com 10 mil sócios-torcedores, o Leão vai arrecadar R$ 250 mil por mês. Com 30 mil, a receita subirá para R$ 750 mil. Com 50 mil, o valor seria de R$ 1,25 milhão.

Absurdo? Não. 😯

Já foram divulgadas inúmeras pesquisas sobre torcidas, e, especulando com o menor dado, a torcida do Sport seria de 1,8 milhão de rubro-negros. Assim, a massa de 50 mil leoninos corresponderia a 2,7% deste total.

No Brasil, os dois casos de maior sucesso neste modelo de sócio são Internacional e Grêmio. A dupla gaúcha tem 102 mil e 53 mil sócios, respectivamente. O Colorado fatura mais de R$ 3 milhões mensalmente apenas com os sócios. É o futuro.

Sem tanto esforço, o Santa Cruz alcançou a marca de 27 mil sócios em dia em 1999, quando o modelo foi testado em Pernambuco pela primeira vez, na gestão de Jonas Alvarenga. Na ocasião, cada tricolor pagava uma mensalidade de apenas R$ 5. Porém, a ação gerou uma receita de R$ 135 mil… Há 10 anos!

Assim, fica um questionamento…

Por que a diretoria do Sport insiste em duvidar de sua torcida?

Na Libertadores, os dirigentes cobraram R$ 100 num ingresso de arquibancada (o mais caro do país), pois o planejamento era lucrar o máximo possível nos 3 jogos na primeira fase. Atitude de quem parecia não acreditar na classificação. E ela veio, em 1º lugar, após 3 jogos com média de 20 mil pagantes, bem abaixo dos 34 mil diante dos grandes na Copa do Brasil de 2008. Bastou reduzir um pouco o valor para a Ilha encher.

Não duvidem da torcida do Sport.

No dia 20 de dezembro, o Diario publicou uma reportagem assinada por Rodolfo Bourbon com um raio-x do quadro de sócios dos 3 grandes do Recife. Veja AQUI.

Ele ficou

Dom Pedro I“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Diga ao povo que fico”.

E assim, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I se negou a voltar para Portugal, ficando no Brasil, após um abaixo-assinado com 8 mil nomes.

Em 23 de dezembro de 2009, com apenas uma assinatura, Carlinhos Bala fez o mesmo no Náutico.

Continurá nos Aflitos. Mais um ano garantido.

O atacante terá uma nova chance para formar o “grand slam” pernambucano, conquistando títulos pelos três grandes do Recife.

Campeão pernambucano em 2005 pelo Santa Cruz e em 2007 e 2008 pelo Sport (além da Copa do Brasil), Bala quer ver na sua parede um pôster com um elenco campeão nas cores vermelha e branca.

Em 2010 a chance será enorme. Um Estadual sem favoritismo algum.

Aos 30 anos, Carlinhos também deixa claro que as propostas de outros estados não conseguem seduzi-lo. Essa será 11ª temporada do jogador no Recife.

Só falta agora o grito de “Independência ou morte!”

Para isso, é necessário o título pernambucano de 2010.

Acreditem

NáuticoAcabou o “mistério” em relação aos nomes dos gestores do Náutico nas duas próximas temporadas.

Dois nomes que participaram ativamente das últimas gestões.

Berillo Júnior atuou na área jurídica do Timbu durante anos. Conhece bastante a realidade financeira do clube, os compromissos, os entraves.

No meio de uma indefinição histórica, ele soube se posicionar a favor do Timbu. Atitude de um presidente.

Paulo Wanderley trabalhou em 2008 e 2009 como vice do Administrativo. Um alvirrubro que quase nunca assistiu aos 90 minutos do time nos Aflitos neste período. Até gostaria, mas sempre estava coordenando a organização dos jogos.

Lembra de ter visto alguém com um walkie-talkie durante uma partida em Rosa e Silva? Provavelmente, essa pessoa estava se comunicando com Paulinho. Agora mais do que nunca, com a mudança de vice. Para o Executivo.

A dupla começa sob certa desconfiança de parte da torcida, que enxergou um “continuísmo” no próximo biênio. Não será. O atual mandatário, Maurício Cardoso, poderia ter disputado a reeleição. Não quis continuar.

A imagem deste post (criada por Samuca) está sendo estampada em camisas idealizadas pelos próprios torcedores alvirrubros. Como o brasileiro ri de si mesmo, o espírito se encaixa nesse “protesto”.

Mas quem sabe o presente de 2010 não possa ser justamente esse?! Acreditem.

Náutico “não” precisa de oposição

NáuticoNáutico30 anos.

A última eleição no Náutico com uma oposição de fato e de direito aconteceu em 1979.

Na ocasião, João de Deus venceu José Antônio de Oliveira Ventura por apenas 55 votos de diferença para o biênio 79/80.

Desde então, o Timbu viu disputas nas urnas apenas nos rivais Sport e Santa Cruz.

Até o Central acompanhou um bate-chapa recentemente. Na segunda-feira. E a vitória foi da oposição, diga-se. E o mundo não acabou no País de Caruaru.

Em Rosa e Silva, um novo pleito começa a ser organizado, após o desastroso desfecho da “não-eleição”, na qual as duas chapas (situação e oposição) se retiraram da disputa para 2010/2011. Atitudes que só fizeram manchar o próprio Náutco. Surreal.

A política do consenso, utilizada no Alvirrubro há 3 décadas, se mostrou insuficiente para contornar a situação atual do clube.

Ficou só a imagem de que “ninguém quer assumir o Náutico”

E, obviamente, isso não é verdade. Ou não deveria ser, pelo menos.

Se não houver uma oposição de fato nesta nova eleição, que ela exista na vida do clube. Forte, presente, atuante. Que a oposição fiscalize e cobre respostas.

Transparência nas negociações, projetos para fidelizar os sócios, modernização administrativa e crescimento do CT. Tudo o que se espera da “situação” em janeiro de 2010 (seja qual for o vencedor, ele terá esta alcunha a partir do próximo mês).

A inscrição de chapas para a nova eleição acabará às 18h desta sexta-feira, no Conselho Deliberativo. Contagem regressiva para desfazer um erro histórico.

Sem volta pra casa

Coritiba

A maior punição da história do futebol brasileiro.

Nada menos que 30 mandos de campo. Como a pena será aplicada apenas no Campeonato Brasileiro (nem a Copa do Brasil vale), o Coritiba jogará 19 vezes fora do estádio Couto Pereira na Série B de 2010. E mais 11 jogos na Série A de 2011. Ou na própria B… Ou, quem sabe, na Terceirona!

Na punição – bem imposta pelo STJD, após o episódio de selvageria da torcida coxa-branca na última rodada do Brasileirão -, o time paranaense terá que jogar em cidades a pelo menos 100 quilômetros de distância de Curitiba.

STJDNeste post, uma “ajudinha” do blog para iniciar a longa peregrinação do Coritiba no Nacional.

Tudo por causa de integrantes de uma torcida organizada, irracionais diante de um revés. Ato que resultou num calvário agendado para as 2 próximas temporadas.

Abaixo, todos os 11 estádios paranaenses a pelo menos 100 km da capital e com uma capacidade de pelo menos 10 mil torcedores, mínimo exigido pelo Regulamento Geral das Competições da CBF (veja AQUI).

Pertinho, é possível jogar no limite mínimo. Estádio mais amplo? Só pegando a estrada.

1º) Ponta Grossa – 314 mil hab. / 110 km – Germano Krüger, 13.000
2º) Irati – 56 mil habitantes / 153 km – Estádio Emilio Gomes, 10.000 lugares
3º) Jaguariavía – 33 mil hab. / 232 km – Romão Delgado, 10.000
4º) Apucarana – 121 mil hab. / 369 km – Bom Jesus da Lapa, 13.000
5º) Arapongas – 103 mil hab. / 386 km – José Luís Chiapin, 20.000
6º) Londrina – 510 mil hab. / 387 km – Estádio do Café, 36.000
7º) Maringá – 335 mil hab. / 436 km – Willie Davids, 20.000
8º) Cascavel – 296 mil hab. / 501 km – Olímpico Regional, 34.000
9º) Paranavaí – 82 mil hab. / 516 km – Waldemir Wagner (Felipão), 25.000
10º) Toledo – 78 mil hab. / 543 km – 14 de Dezembro, 20.000
11º) Foz do Iguaçu – 325 mil hab. / 643 km – Estádio ABC, 15.000

Veja o mapa do Paraná AQUI.

Saindo do estado, também é possível ir até Joinville, em Santa Catarina, a 130 quilômetros. A cidade, com uma população de 497 mil moradores, conta com a moderna Arena Joinville, com capacidade para 22.400 pessoas. Boa opção.

Com o mando de campo longe do Couto Pereira, o Coritiba deverá registrar uma queda substancial na média de público do Brasileiro. Um bom exemplo disso é o Bahia. Com a interdição da Fonte Nova em 2007 (quando 7 pessoas morreram depois que parte da arquibancada cedeu), o Bahia ficou sem estádio para jogar em Salvador. Teoricamente, teria o Barradão, mas o Vitória não o liberou para o rival.

Assim, o Tricolor de Aço teve que ir jogar no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana, a 116 quilômetros da capital baiana. A distância de Salvador fez estrago… Nesta temporada, com a inauguração de Pituaçu, o time voltou pra casa.

Médias do Bahia no Brasileiro:

Série C de 2007 – 40.410, em 14 partidas (Fonte Nova)
Série B de 2008 – 3.826, em 18 jogos (Jóia da Princesa)
Série B de 2009 – 14.485, em 19 jogos (Pituaçu)

Precisa dizer mais alguma coisa…? 😎

De torcedor a presidente

Náutico

A presidência de um clube é o ponto máximo que um torcedor pode alcançar.

Primeiro, é necessário virar sócio. Alguns optam por escrever uma carreira no Conselho Deliberativo, com ações mais amplas do que o futebol.

Outros se associam a departamentos do Executivo. São vários. Financeiro, Administrativo, Engenharia, Social e, obviamente, Futebol.

Todos com a mesma vontade de colaborar, de se sentir efetivamente um “vencedor”, parte da história. Alguns conseguem. Outros vão além. Conseguem repassar esse caminho para as gerações seguintes.

São anos e anos em busca de um espaço no clube. Sempre com o objetivo de ajudar a própria paixão clubística.

No Náutico, esse caminho para a cadeira principal em Rosa e Silva parece parece um portal difícil de ultrapassar para o biênio 2010/2011. A transformação de um desejo em realidade acabou pesando. E muito!

Primeiro, Toninho Monteiro. Mesmo cercado por quase todas as lideranças do Alvirrubro, o publicitário sentiu a pressão de tocar reformas estruturais no Timbu. Não queria ficar marcado como o “homem que tirou o Náutico dos Aflitos”. Mesmo que isso seja algo positivo. O suposto lastro financeiro também não o seduziu. Refugada.

Depois, Francisco Dacal. Surreal. A chance da minoria numa disputa majoritária sem adversário algum. O rombo financeiro minou qualquer desejo de assumir a presidência. Paixão sim, mas com um pingo de razão. Refugada – Parte II.

A eleição do Náutico não aconteceu. Ninguém quis.

Deixar de ser “torcedor” não é tão simples…

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre a “eleição” do Náutico AQUI.

Cofre timbu está secando

DinheiroO repórter Márcio Cruz, do DP, trouxe números interessantes do Náutico na edição desta quinta-feira. Deles, destaco a diferença absurda na receita mensal da cota de TV pelo Brasileiro.

Em 2009, o Timbu recebeu R$ 700 mil por mês na Série A do Brasileiro.

Na Série B deste ano, cada clube que não faz parte do Clube dos 13 recebeu R$ 100 mil. Nesta conta, então, não entraram Vasco, Bahia, Guarani e Portuguesa, todos do C-13.

Um número 7 vezes menor. Caixa pra lá de apertado, secando. Em 2010, o Sport terá 50% da cota (cerca de R$ 6,25 milhões, boa parte já antecipada pelo Rubro-negro). Numa conta rápida, os times que estavam na Segundona desta temporada receberam apenas 14,2% da receita alvirrubra.

Mesmo arrecadando R$ 23 milhões 2009, recorde na história do clube, o Náutico ainda terminou com um déficit de R$ 3 mi. Fica complicado organizar o futebol. Ainda mais com a nova realidade, das “terças e sextas”.

“Se vira nos 30”, Náutico…

Veja a reportagem completa do Diario sobre o cofre timbu AQUI.

40.000 dias

2001, Uma odisseia no espaço

Contagem regressiva em Campinas.

De acordo com as contas do rival, diga-se.

Fundada em 11 de agosto de 1900, a Ponte Preta é o 2º time de futebol mais velho país em atividade. Só perde para o Rio Grande/RS, fundado 23 dias antes.

A Macaca sempre foi apontada como uma das principais forças do interior de São Paulo. Já montou grandes times, já participou várias vezes da Série A, já cedeu jogadores para a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo etc.

Tudo bem, a Ponte Preta venceu a segunda divisão do Paulista de 1969, e também a “Taça do Interior” de 2009, com os melhores times que não se classificaram para a semifinal do Paulistão.

Porém, o clube centenário segue sem um título de 1ª divisão em âmbito estadual ou nacional. Somente em São Paulo foram 6 vices na elite. O último em 2008.

O fato, é claro, é motivo de chacota para os torcedores do Guarani, rival do clube.

Perto de completar 100 anos (em 2011), o Guarani também nunca venceu o Paulista. Porém, o Alviverde ganhou nada menos que o Campeonato Brasileiro de 1978.

Ok, mas e a tal contagem regressiva em Campinas?

Exato. No próximo dia 15 de fevereiro, a Ponte Preta deverá completar “40 mil dias” sem um título de elite em sua a galeria. Nesta quarta, a conta marca 39.932 dias. Um jejum quase da época das cavernas mesmo…

Considerando que o Estadual e a Copa do Brasil (competições do primeiro semestre) não vão terminar até esta data, a Macaca não tem muito o que fazer. É só aguardar, aguentar a gozação e torcer para um dia chegar a glória. 😯

Antes tarde do que nunca!

A imagem acima é do filme “2001, Uma odisséia no espaço”, clássico do cinema, dirigido por Stanley Kubrick. Veja mais sobre esse filme AQUI. Abaixo, uma cena antológica.