O revés do Leão na estreia da Copa Sul-Americana foi o tema principal da nova edição do 45 minutos. Além da análise sobre o público fraco e o desempenho ainda pior dos rubro-negros em campo, temos um debate sobre os jogos de Santa Cruz e Náutico na Série B, na sexta e no sábado, respectivamente.
O 54º podcast teve 1h22min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A Arena Pernambuco foi concebida com a promessa, do governo do estado, de levar os 20 principais jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport. Seria a forma de viabilizar economicamente o empreendimento milionário.
Do oito cenários levantados pela consultoria inglesa Comperio Research, num estudo de viabilidade encomendado pelo consórcio, o mais vantajoso era justamente aquele com o trio. Com as 60 partidas e outros eventos (shows e convenções), o faturamento anual chegaria a R$ 86,2 milhões.
R$ 86,2 milhões – Sport, Santa Cruz e Náutico
R$ 64,4 milhões – Sport e Santa Cruz
R$ 60,4 milhões – Santa Cruz e Náutico
R$ 60,1 milhões – Sport e Náutico
R$ 31,6 milhões – Sport
R$ 30,1 milhões – Santa Cruz
R$ 27,3 milhões – Náutico
R$ 5,7 milhões – Nenhum clube
Como se sabe, apenas a direção do Timbu firmou um contrato, e não para 20, mas para todos os jogos. Contudo, o estudo mostrava um maior avanço justamente em caso de presença dos outros dois rivais.
Batendo o pé, ambos demoraram a pisar na arena como mandantes. Acabaram “obrigados” pela nova redação do Todos com a Nota, que regula a manutenção do programa subsidiado à disputa de pelo menos dois jogos no local.
Agora, um novo cenário, que já dá margem para outra interpretação…
Em seu segundo ano de operação, a direção do consórcio que administra o estádio passou a negociar pacotes de jogos em vez de tempos mais longos – provavelmente, entenderam as posições de rubro-negros e tricolores. O primeiro foi o Sport, com 6 jogos no Brasileiro – o clube só deve firmar outro tipo de contrato quando começar a obra de sua própria arena.
Agora é a vez do Santa anunciar a sua ida à arena, com quatro partidas na segundona. Em 2014, o clube já cumpriu os seus dois jogos pelo TCN (Porto e Luverdense). O novo foco é na renda bruta mesmo.
Então, o ano já tem ao menos 29 jogos do Náutico, 6 do Santa e 6 do Sport.
Segue longe da proposta máxima (e ideal), mas, sem larde, o cenário melhorou, ao menos no número de partidas realizadas.
Na parceria público-privada, o governo terá que suprir o rombo no faturamento anual caso a receita seja abaixo de 50% da previsão de R$ 73,2 milhões, segundo o aditivo assinado em 21 dezembro de 2010. Nota-se que o montante é inferior ao do estudo supracitado, mas mesmo assim a meta segue distante.
Até porque falta aumentar também a taxa de ocupação. Aí, será preciso concluir a estrutura de mobilidade. Acredite, isso hoje é o mais difícil…
A terceira vitória seguida do Náutico na Série B deixou o time a apenas quatro pontos do G4. Algo surpreendente há três rodadas, quando o clube ainda era comandado por Sidney Moraes. Com Dado Cavalcanti, o Timbu está ganhando um cara de time. Já o Santa segue sem decolar. Pontuou como visitante novamente, mas se mantém numa zona intermediária da tabela. E falta apenas uma rodada para acabar o primeiro turno…
No G4, um mineiro, cearense, um carioca e um catarinense.
A 19ª rodada dos representantes pernambucanos
30/08 – Ponte Preta x Náutico (16h10)
30/08 – Santa Cruz x Atlético-GO (21h00)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado – e ainda sem data.
Direto do hotel Village Porto de Galinhas, numa roda de amigos, um debate sobre os jogos dos pernambucanos neste sábado, com a boa vitória do Náutico sobre o América de Natal (a terceira seguida na segundona) e outro empate sem gols do Santa Cruz, desta vez contra o Avaí.
O 52º podcast teve 55 minutos de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
Pela 4ª vez consecutiva, na Série B, o Santa Cruz saiu de campo de sem sofrer gols. O sistema defensivo, o ponto mais criticado do time nesta temporada, ainda não tinha registrado uma série assim. Claro, teve um Santa Rita no meio disso, mas vamos focar a segunda divisão…
Na tarde deste sábado, ponto positivo, mais fora de casa, com grande atuação de Tiago Cardoso diante do Avaí. O time catarinense tentava aproveitar o fator casa para chegar na liderança. Bastava uma vitória simples, que o deixaria com 33 pontos. E foram seis finalizações claras, sendo três com um maior grau de dificuldade.
Tiago Cardoso à parte, no empate em 0 x 0, na Ressacada, o ataque ficou mais uma vez no “quase”. Quase driblou, quase chutou. Gol? Chegou nem perto, através de Gamalho (isolado) e Keno (preciosismo), a não ser ser na reclamação de um pênalti não marcado em Toni.
No primeiro tempo, o time de Sérgio Guedes chegou a ter 54% de posse de bola, mas sem qualquer instigação ofensiva. Comando pelo experiente Geninho, o Avaí tinha no não menos veterano Marquinhos a criatividade. Ele teve dificuldades para encontrar espaços, até mesmo nas laterais, uma falha constante no Tricolor nesta Segundona. No fim, vaias para o time da casa. O mandante se manteve na zona intermediária, mas desta vez não tem como não elogiar o ponto conquistado. Analisando defensivamente…
Num cenário caótico, técnica e financeiramente, o Náutico estava num flerte cada vez maior com o Z4. Pela qualidade técnica limitada, o blog chegou a cravar que o Náutico não brigaria mais pelo acesso nesta temporada, num texto publicado há onze dias. Três rodadas depois, o clube vai derrubando todos os prognósticos. Mudou o comando técnico, ganhou três vezes e se aproximou da zona de classificação à elite. Os alvirrubros realmente passaram a olhar a tabela de forma diferente…
Buscando a terceira vitória seguida, o Náutico voltou à Arena Pernambuco num cenário mais favorável, com um bom público, tomando quase todo anel inferior. Foram 11.239 torcedores neste sábado. Mais gente, mais pressão, mais responsabilidade num jogo de muita luta contra o América de Natal, 2 x 1.
Pressionando a saída de bola, o Timbu forçou o adversário ao erro. Foi assim que saiu o primeiro gol, aos 20 minutos, com Paulinho roubando a bola numa saída errada do América e finalizando prensado, encobrindo o goleiro.
O empate veio aos 41, num escapada pela direita, com Max chutando e a zaga desviando. O lance deixou o Timbu atordoado e o Mecão teve duas chances para virar antes do intervalo. No apito, os alvirrubros deixaram o campo conversando bastante, cobrando atenção um do outro. Coube a Dado cobrar todo mundo junto, no mesmo tom.
É verdade que o jogo voltou mais amarrado, mas o time pernambucano seguia forçando mais, tocando mais. Acabou surpreendendo o rival potiguar na individualidade. No caso, de Vinícius, que driblou dois jogadores na grande área e mandou no ângulo.
O Santa Cruz conta com 20 mil sócios em dia, de acordo com o ranking nacional da campanha Futebol Melhor. A meta é alavancar bastante o número do programa tricolor, conhecido como Guerreiro Fiel. O mote da campanha fala diretamente com o torcedor: o sócio em dia não paga mais ingresso no Arruda no Brasileiro. Ou seja, basta quitar a mensalidade de R$ 30.
O departamento de marketing lançou um vídeo para ser veiculado na internet e na tevê, com os maestros Spok e Forró e o cantor André Rio, todos eles tricolores.
Os três grandes clubes pernambucanos estão entre 28 times avaliados pela Pluri Consultoria, que publicou um estudo com numa “ressonância financeira” do futebol brasileiro a partir dos balanços oficiais de 2013.
O levantamento traz dados comparativos entre todos os clubes. Em relação às receitas operacionais, eis o ranking local: Sport 19º, Náutico 20º e Santa 26º.
Abaixo, a íntegra do levantamento, com 22 páginas.
Oito clubes da Série B se reuniram no centro de treinamento timbu, na Guabiraba, para discutir o futebol em 2015. A reunião organizada pelo Náutico, através de Glauber Vasconcelos, foi fortalecida pelo Santa, com Antônio Luiz Neto. Na pauta, a lei de responsabilidade fiscal e o novo calendário brasileiro.
Outro ponto em questão foi a necessidade de afinar o discurso sobre o aumento de cotas na segunda divisão. Afinal, ninguém (nem mesmo o Ceará, líder) tem a garantia de participação na elite na próxima temporada.
Ficar na segunda divisão faz parte do jogo, mas nesse balaio a verba é de apenas R$ 3 milhões para quem não tem um contrato de quatro anos assinado com a Rede Globo. No Nordeste, por exemplo, apenas Sport, Bahia e Vitória têm acordos do tipo, de R$ 27 milhões/ano (em 2016 o valor subirá para R$ 35 mi).
Na edição vigente, 19 clubes da Segundona receberam R$ 3 milhões (R$ 57 mi), enquanto o só Vasco ganhou 70 milhões de reais. Concorrência desleal.
Além dos rivais pernambucanos, participaram Ceará, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa e Vila Nova, durante duas horas. Caso o discurso realmente tenha se tornado único, a negociação em bloco tende a aumentar a chance de sucesso no pleito diante da TV…
Dificilmente um torneio seria viável para a tevê com 12 de 20 times.
Mais uma edição do 45 minutos no ar, com análises sobre os jogos dos times pernambucanos neste meio dee semana, com as vitórias de virada de Náutico e Sport na Arena e o empate do Santa em São Luís.
O 51º podcast teve 1h24min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.