O ano do Sport começou em novembro

Carreata do Sport. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Não é preciso escrever muito sobre as imagens desta postagem.

Após um ano amargo, difícil para o torcedor rubro-negro de 1º de janeiro até 26 de novembro, a festa pelo retorno à Série A, de forma surpreendente.

A chegada da delegação do Sport no Recife já pode ser um considerada uma das maiores manifestações populares dos últimos tempos.

Antes que comece qualquer polêmica sobre a “maior carreata/passeata do Recife”, esse recorde é da Seleção Brasileira, que desembarcou no Aeroporto dos Guararapes após o tetra, em 1994, com mais de um milhão de pessoas na Avenida Boa Viagem…

Carreata do Sport. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Festa cinematográfica da torcida pernambucana

Ainda repercute o triplo acesso dos clubes recifenses no Campeonato Brasileiro de 2011. Vale agora o registro da festa das torcidas, com vídeos em HD.

No momento em que vale todo o sofrimento ao longo do ano esportivo… Apoteose.

No Serra Dourada, a invasão rubro-negra na arquibancada se projetou para o gramado.

Nos Aflitos, a torcida timbu invadiu o campo depois de muitos anos. Inesquecível.

No Arruda, a multidão coral assistiu in loco ao renascimento do clube.

Pernambuco e a obsessão pela Série A

Capas do Diario de Pernambuco e Superesportes: 21-71-11

Emoção 100% para os dois rivais centenários. No espaço do jornal, 50% para cada.

Acima, as capas do Diario de Pernambuco e do Superesportes neste 27 de novembro de 2011, dia seguinte ao sábado intenso no qual Náutico e Sport encerraram com sucesso uma longa jornada no Brasileiro da Série B de 2011, após 38 rodadas.

O Leão vai para a 32ª participação na elite, desde 1971, enquanto o Timbu irá para a sua 26ª edição. Após dois anos, o futebol pernambucano está de volta à Série A.

Confira as capas numa resolução maior, respectivamente, clicando aqui e aqui.

Triplo acesso pernambucano no Campeonato Brasileiro

Pela primeira vez, os três grandes conseguiram o acesso no mesmo ano. Parabéns!

Chamada especial do site do Sport para o acesso à Série A de 2012.

Site oficial do Sport

Chamada do site do Náutico sobre o vice-campeonato da Série B de 2011.

Site do Náutico

Capa do hotsite especial do site do Santa Cruz sobre o acesso à Série C de 2012.

Site do Santa Cruz

Fail para as camisetas do futebol pernambucano

Camisas "fail" de Sport e Náutico em 2011. Sport, internet/reprodução. Náutico, NáuticoNet

Camisas temáticas no futebol, além de mais baratas, fazem sucesso junto ao torcedor muitas vezes por causa da provocação estampada no algodão…

Os clubes até moderam o tom nos lançamentos. Veja um post sobre isso aqui.

Já as torcidas organizadas (de fato e de direito) costumam adotar um tom ácido.

Nem sempre, porém, a mensagem cai bem…

Neste ano, o Recife teve dois exemplos de festa antes da hora, com rubro-negros, no Estadual, e alvirrubros, agora na Série B.

Alguma facção do Santa Cruz pode até ter confeccionado uma camisa de “campeão brasileiro da Série D”, mas, sabiamente, não deixou o produto vazar na web…

As duas camisas desse post certamente ficarão encalhadas nos próximos dias…

Há exatamente seis anos, uma camisa coral precisou ser abortada, após a recuada no título da Série B, já com 15 minutos de festa. Faz parte.

Série B 2005: Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa. Foto: Glauco Spíndola

Metas nos Aflitos. Vice, artilharia e invencibilidade

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Ponte Preta. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Vice-campeão brasileiro da Série B.

O Náutico repetiu a sua melhor campanha na Segundona, de 1988.

Em 2011, foi ainda melhor, voltando a orgulhar a sua torcida.

Terminou o campeonato invicto nos Aflitos.

Insuperável, na verdade.

Em 19 jogos, 13 vitórias e 6 empates.

Um deles na tarde deste sábado, num 2 x 2 pra lá de festivo com a Ponte Preta, curiosamente, o mesmo adversário na campanha de 23 anos atrás.

No fim, a celebração de uma campanha espetacular como mandante. Sem dúvida alguma, a pressão dos Aflitos fomentou o terceiro acesso à Série A da história timbu.

Kieza, mesmo expulso, alcançou a merecida artilharia da competição, com 21 gols.

Ou seja, as três metas deste sábado foram devidamente alcançadas. O time comandado por Waldemar Lemos pode até ter deixado a vitória escapar nos instantes finais, mas nem por um segundo isso diminuiu a comemoração.

Não mesmo! O gramado foi tomado pelo vermelho e branco, como há muito não ocorria.

Festa completa em Rosa e Silva, com 19.795 torcedores. Em um dia tranquilo, digno de quem já estava classificado, o Alvirrubro se despediu em grande estilo da Série B.

A elite espera o Náutico. Um renovado Náutico…

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Ponte Preta. Foto: Diario de Pernambuco

A camisa do Sport subiu sozinha

Camisa do Sport. Crédito: Espaço Sport/divulgação

Histórico, improvável, emocionante.

Contra todos os prognósticos, numa campanha inconstante, o Sport conseguiu o acesso. Isso mesmo, aquele time que cansou de oscilar bons e maus momentos.

De goleadas incontestáveis a tropeços constrangedores, sobretudo na Ilha do Retiro.

O favoritismo inicial na Série B havia ficado no papel, assim como o padrão de jogo.

Em campo, uma troca constante de comando e jogadores rendendo abaixo do esperado.

Contudo, os adversários pareciam colaborar para o sonho, quase sempre dando brecha para a sobrevida do Rubro-negro. A classificação teimava em não sair do foco.

Após “rejeitar” algumas oportunidades na tabela, surgiu uma última chance para o Sport, quando a probabilidade de sucesso já era quase irrisória, de apenas 9%.

Era a hora, então, da arrancada final, um sonho de todos os torcedores, mas que raramente se torna realidade. O “agora vai”, enfim, foi, com empolgação e esperança.

Nos últimos cinco jogos da Segundona foram quatro vitórias e um empate, com direito a uma rodada de ouro, com a queda dos adversários diretos na briga pelo G4.

A suada vitória sobre o Vila Nova por 1 x 0, num Serra Dourada encharcado e tomado por fanáticos rubro-negros, recolocou o Sport na primeira divisão pela 32ª vez.

Esse time dificilmente ficará na memória do torcedor, como um dos grandes escretes, apesar do inegável destaque técnico e objetivo de Marcelinho Paraíba.

Por isso, a camisa, sozinha no alto… Um uniforme pesado, de tradição.

Isso foi o suficiente para garantir o Leão na Série A de 2012. A camisa.

Para ser mais exato, as camisas… Muitas delas. O Serra Dourada que o diga.

Série B 2011: Vila Nova x Sport. Foto: Sportnet/divulgação

Time rebaixado, cidade sem Série B e estádio subutilizado

Salgueiro

Barueri 2 x 1 Salgueiro, na noite desta sexta-feira, em São Paulo. Fim da participação do estreante pernambucano na Série B, rebaixado à terceira divisão de 2012.

De fato, o Sertão local esteve representado na Segundona pela 1ª vez desde 1971.

Porém, dos 19 jogos do Carcará na competição, nenhum deles ocorreu na cidade a 510 quilômetros de distância do Recife. A população de Salgueiro ficou relegada ao PPV.

Em um dos planejamentos mais equivocados que já se viu no futebol pernambucano, o estádio Cornélio de Barros, que deveria ter capacidade para 10 mil torcedores, o mínimo exigido pela CBF para este Brasileiro, só começou a ser ampliado após o Estadual…

Assim, o Salgueiro jogou as suas 11 partidas do Pernambucano em casa.

Na Série B, muito mais importante e rentável, a equipe teve que jogar no Grande Recife, principalmente no Ademir Cunha, mas com passagens no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.

Em 19 jogos, apenas 63.565 pagantes registrados no Litoral, com uma média de 3.346 pessoas e uma campanha de quatro vitórias, três empates e 12 derrotas.

O índice no certame estadual foi de 4.335 pessoas. Precisa dizer mais?

Enquanto isso, a obra do novo estádio do município, com 10.360 lugares, segue em andamento. A previsão inicial de conclusão para agosto logo foi dissolvida. Atividade, só em 2012. Na Terceirona, contudo, a CBF exige estádios de pelo menos 5 mil lugares.

Orçada em R$ 6 milhões, a construção é uma realização tripla, com R$ 3 milhões do governo do estado, serviço e mão de obra doados pela Odebrecht e o restante pela própria prefeitura, com todo o material e equipamento (veja as fotos aqui).

Definitivamente, um vexame clubístico-público-privado nesta temporada.

Náutico em revista, nas bancas

Revista oficial do Náutico. Crédito: site oficial do Náutico/divulgação

Com um quadro de comunicação renovado, o Náutico vai se modernizando aos poucos.

Depois do site oficial e da equipe de jornalistas – ainda que seja raro o registro de imagens nos jogos fora do Recife -, o Alvirrubro agora irá lançar a sua revista oficial.

Nas décadas passadas, os três clubes já tiveram publicações deste tipo, populares.

No universo quase cíclico da comunicação, hora, então, de retomar a ideia, repaginada. Afinal, é preciso gerar conteúdo nessa geração atual do futebol, sempre.

A nova Revista Náutico será publicada a cada três meses, com reportagens especiais e resumo do clube no período, ao preço de R$ 5 (saiba mais aqui).

O exemplar especial de lançamento já vem com a pauta que todo torcedor queria.

Trata-se do acesso à Série A. Uma leitura com gosto…

Na próxima edição, espera-se um resumo da acirrada disputa presidencial…

Eram sete tipos de grama na Ilha. Agora, será apenas um

Troca de gramado na Ilha do Retiro. Foto: Lucas Sarmento/divulgação

Foram inúmeros anúncios oficiais nos últimos anos…

“O Sport vai trocar o gramado”

“Ilha do Retiro terá novo campo na próxima temporada”

“Campo rubro-negro vai passar por reformas”

Entra ano, sai ano e nada. Oratória demais e prática zero.

O campo atual da Ilha do Retiro foi plantado em 1982, durante a reforma completa do estádio, com a construção dos tobogãs das gerais e ampliação do setor de cadeiras, aumentando a capacidade, na época, de 30 mil para 45 mil espectadores.

São quase 30 anos sem nenhuma reforma no palco, que já chegou a ser chamado de “pasto”. O ano 2000 foi o último no qual o campo leonino apresentou boas condições.

Depois, uma verdadeira colcha de retalhos, completamente remendado.

Certa vez, o blog apurou que havia sete (isso mesmo, sete) tipos de grama distribuídos nos 10 mil metros quadrados da área nobre do futebol.

Alvo de críticas há muito tempo, com direito a pintura mandrake em plena Taça Libertadores da América, há dois anos, enfim, o campo vai mudar.

Aliás, a mudança já começou. Orçada em R$ 250 mil, a obra deve durar 45 dias. Caso a arena saia do papel, o novo gramado será levado posteriormente para o CT.

Se até o gramado novo, exclusivamente do tipo esmeralda, apareceu…

Troca do gramado da Ilha do Retiro. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco