Todos com a Nota turbinado em São Lourenço

Cartão do Todos com a Nota. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O programa Todos com a Nota trabalha com valores diferenciados para o subsídio no futebol local de acordo as divisões do campeonato nacional.

Em 2013 começou assim em relação à quantidade de ingressos e valores:

Série A (Náutico/8.000): R$ 15
Série B (Sport/8.000): R$ 13
Série C (Santa Cruz/15.000): R$ 10
Série D (Salgueiro/9.000, Central/7.000 e Ypiranga/4.000): R$ 7

Mas agora surgiu um fato novo.

O Alvirrubro atuou duas vezes nos Aflitos com essa composição financeira antes de estrear na Arena Pernambuco, a sua nova casa no Brasileirão.

A carga timbu subiu para 15 mil bilhetes, o que já havia sido divulgado.

No entanto, além do maior número de ingressos, o valor pago pelo governo do estado na campanha promocional também aumentou.

Apesar de o torneio ser o mesmo, nas partidas em São Lourenço as entradas do TCN custarão R$ 20 ao governo, como mostra o primeiro borderô alvirrubro por lá, no duelo contra a Ponte, cuja arrecadação líquida foi de R$ 423 mil.

Ou seja, antes o Timbu arrecadaria até 120 mil reais nos Aflitos. Agora, o valor do Todos com a Nota saltou para R$ 300 mil, num aumento de 150%.

Mais um incentivo para atrair times interessados ao empreendimento…

Todas as campanhas nacionais do futebol pernambucano

Pernambuco

Com a definição de todas as participações dos clubes pernambucanos nos campeonatos nacionais desta temporada, confira a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Os 19 times que já representaram o estado disputaram 276 edições de 8 competições diferentes.

Atualização em 14 de maio de 2013.

Náutico – 70 participações de 1961 a 2013
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)

18 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
16 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)

Sport – 67 participações de 1959 a 2013
Brasileirão (35)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
32 – Série A (campeão em 1987)

19 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)

Santa Cruz – 66 participações de 1960 a 2013
Brasileirão (23)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
20 – Série A (4º em 1975)

20 – Copa do Brasil (11º em 1997)
17 – Série B (vice em 1999 e 2005)
3 – Série C (14º em 2012)
3 – Série D (vice em 2011)

Central – 30 participações de 1972 a 2013
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
3 – Série D (12º em 2009)

Porto – 10 participações de 1994 a 2011
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
1 – Série D (39º em 2011)

Salgueiro – 7 participações de 2008 a 2013
1 – Copa do Brasil (2013, em andamento)
1 – Série B (19º em 2011)
4 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (a disputar, em 2013)

América – 5 participações de 1972 a 1991
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)

Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)

Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)

Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991
1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)

Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)

Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)

Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)

Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)

Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)

Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)

Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)

Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)

Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)

Balanço financeiro coral apresenta queda na bilheteria e aumento nos patrocínios

Balanço financeiro do Santa Cruz em 2012

Pela segunda temporada seguida a prestação de contas do Santa Cruz foi publicada no site oficial da FPF, acessível a qualquer um desde 26 de março de 2013. Deveria ser uma prática dos rivais, que costumam divulgar os balanços financeiros em jornais, sem produzir um arquivo digital.

No caso tricolor, a receita operacional de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012 foi de R$ 13,1 milhões, sofrendo uma queda de 23% em relação ao balanço anterior (R$ 17,1 mi), mesmo jogando a Série C em vez da D. A arrecadação no borderô pesou bastante para a redução.

Em 2011, o Tricolor teve três jogos com cerca de um milhão de reais de bilheteria (São Paulo, Sport e Treze) e a venda dos direitos econômicos do atacante Gilberto por R$ 2 milhões. No ano passado ninguém foi negociado.

Na planilha apresentada pelos corais, o destaque é o avanço no ganho com patrocínios e publicidade, chegando a R$ 313 mil mensais. A dívida coral, somando os passivos circulante e não circulante, subiu 2,5% e chegou a R$ 71.536.863. Confira a íntegra do documento aqui.

As maiores rendas do futebol pernambucano no Plano Real

Real

Em 1999, Santa e Sport disputaram um clássico com o Arruda abarrotado. No borderô foram 71.197 pagantes, com 78.391 pessoas ao todo. Imagina-se uma renda gigantesca. Porém, não foi o caso, considerando um olhar do presente. Na época, a arquibancada inferior foi comercializada por R$ 6. O anel superior custou apenas R$ 3. No borderô, um apurado de R$ 312.846 (veja aqui).

A economia nacional mudou, avançou. Nos últimos anos, de forma cada vez mais rápida, os ingressos ficaram mais caros, completamente dissociados da qualidade estrutural apresentada nos jogos de futebol no estado. Sendo assim, e considerando o Plano Real, instituído em 27 de fevereiro de 1994, confira as maiores bilheterias oficiais da história de Pernambuco envolvendo clubes. Os dados apresentam as arrecadações absolutas, sem a correção da inflação.

A maior renda da história do futebol local foi no jogo Brasil 2 x 2 Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa 2018, em 25 de março de 2016. A Arena Pernambuco recebeu 45.010 torcedores, com R$ 4.961.890 na bilheteria.

Top 52 de arrecadação (Última atualização dos dados: 23 de julho de 2017)

1º) Santa Cruz 2 x 1 Betim (Série C, quartas de final), no Arruda, 03/11/2013. Público: 60.040 pessoas. Renda: R$ 1.392.610

2º) Sport 2 x 0 São Paulo (Série A, 14ª rodada), na Arena Pernambuco, em 19/07/2015. Público: 41.994 pessoas. Renda: R$ 1.254.240

3º) Santa Cruz 0 x 1 Sport (Pernambucano, final), no Arruda, em 15/05/2011. Público: 62.243 pessoas. Renda: R$ 1.177.140

4º) Sport 0 x 1 Flamengo (Série A, 21ª rodada), na Arena Pernambuco, em 30/08/2015. Público: 34.939 pessoas. Renda: R$ 1.149.020

5º) Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro (Pernambucano, final), no Arruda, em 03/05/2015. Público: 46.370 pessoas. Renda: R$ 1.106.405

6º) Sport 2 x 2 Flamengo (Série A, 33ª rodada), na Arena Pernambuco, em 09/11/2014. Público: 37.615 pessoas. Renda: R$ 1.105.425

7º) Sport 2 x 2 Palmeiras (Série A, 13ª rodada), na Arena Pernambuco, em 12/07/2015. Público: 35.163 pessoas. Renda: R$ 1.084.320

8º) Náutico 1 x 1 Sporting-POR (amistoso internacional), na Arena Pernambuco, em 22/05/2013. Público: 26.803 pessoas. Renda: R$ 1.040.104

9º) Sport 1 x 0 São Paulo (Série A, 38ª rodada), na Arena Pernambuco, em 07/12/2014. Público: 34.496 pessoas. Renda: 1.011.655

10º) Santa Cruz 0 x 0 Treze (Série D, quartas de final), no Arruda, em 16/10/2011. Público: 59.966 pessoas. Renda: R$ 1.010.860

11º) Santa Cruz 1 x 0 Botafogo (Série B, 17ª rodada), no Arruda, em 08/08/2015. Público: 44.485 pessoas. Renda: R$ 1.008.815

12º) Santa Cruz 3 x 1 Vitória (Série B, 38ª rodada), Arruda, em 28/11/2015. Público: 36.622 pessoas. Renda: R$ 983.770

13º) Sport 1 x 0 Palmeiras (Libertadores, oitavas de final), na Ilha do Retiro, em 12/05/2009. Público: 28.487 pessoas. Renda: R$ 946.690

14º) Santa Cruz 1 x 0 São Paulo (Copa do Brasil, segunda fase), no Arruda, em 30/03/2011. Público: 46.681 pessoas. Renda: R$ 943.070

15º) Sport 2 x 0 LDU (Libertadores, fase de grupos), na Ilha do Retiro, em 04/03/2009. Público: 20.184 pessoas. Renda: R$ 929.740

16º) Sport 0 x 2 Palmeiras (Libertadores, fase de grupos), na Ilha do Retiro, em 08/04/2009. Público: 19.386 pessoas. Renda: R$ 902.960

17º) Santa Cruz 0 x 1 América-RN (Série B, 33ª rodada), na Arena Pernambuco, em 01/11/2014. Público: 34.746 pessoas. Renda: R$ 900.011

18º) Náutico 0 x 1 Sport (Pernambucano, final), na Arena Pernambuco, em 23/04/2014. Público: 30.061 pessoas. Renda: R$ 893.950

19º) Santa Cruz 2 x 1 Sampaio Corrêa (Série C, final), no Arruda, 01/12/2013. Público: 33.887 pessoas. Renda: R$ 887.845

20º) Sport 0 x 2 Palmeiras (Série A, 16ª rodada), na Arena Pernambuco, em 23/07/2017. Público: 42.025 pessoas. Renda: R$ 848.307

21º) Sport 2 x 0 Corinthians (Série A, 37ª rodada), na Arena Pernambuco, em 29/11/2015. Público: 19.048 pessoas. Renda: R$ 836.300

22º) Sport 2 x 1 Colo Colo (Libertadores, fase de grupos), na Ilha do Retiro, em 22/04/2009. Público: 20.050 pessoas. Renda: R$ 835.210

23º) Santa Cruz 0 x 0 Sport (Pernambucano, final), no Arruda, em 06/05/2012. Público: 44.082 pessoas. Renda: R$ 832.100

24º) Sport 2 x 0 Corinthians (Copa do Brasil, final), na Ilha do Retiro, em 11/06/2008. Público: 34.885 pessoas. Renda: R$ 819.400

25º) Sport 2 x 2 Fluminense (Série A, 36ª rodada), na Arena Pernambuco, em 23/11/2014. Público: 30.165 pessoas. Renda: R$ 809.075

26º) Sport 1 x 0 Flamengo (Série A, 20ª rodada), na Arena Pernambuco, em 13/08/2016. Público: 25.019 pessoas. Renda: R$ 802.750

27º) Santa Cruz 0 x 2 Tupi (Série D, final), no Arruda, em 20/11/2011. Público: 54.815 pessoas. Renda: R$ 754.760

28º) Santa Cruz 1 x 0 Sport (Pernambucano, final), no Arruda, em 05/05/2013. Público: 38.211 pessoas. Renda: R$ 754.620

29º) Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A, 16ª rodada), na Arena Pernambuco, em 02/08/2015. Público: 28.019 pessoas. Renda: R$ 751.130

30º) Sport 1 x 1 Flamengo (Série A, 1ª rodada), na Ilha do Retiro, em 19/05/2012. Público: 28.626 pessoas. Renda: R$ 726.770

31º) Sport 2 x 3 Santa Cruz (Pernambucano, final), na Ilha do Retiro, em 13/05/2012. Público: 31.998 pessoas. Renda: R$ 676.635

32º) Sport 1 x 1 Salgueiro (Pernambucano, semifinal), na Arena Pernambuco, em 26/04/2015. Público: 25.626 pessoas. Renda: R$  654.090

33º) Santa Cruz 1 x 3 Sport (Pernambucano, turno), no Arruda, em 16/02/2012. Público: 45.109 pessoas. Renda: R$ 651.750

34º) Santa Cruz 3 x 1 Salgueiro (Pernambucano, semifinal), no Arruda, em 30/04/2012. Público: 36.113 pessoas. Renda: R$ 646.320

35º) Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A, 25ª rodada), na Arena Pernambuco, em 27/09/2014. Público: 23.236 pessoas. Renda: R$ 629.325

36º) Sport 2 x 1 Palmeiras (Série A, 17ª rodada), na Arena Pernambuco, em 20/08/2014. Público: 22.764 pessoas. Renda: R$ 624.765

37º) Sport 0 x 2 Santa Cruz (Pernambucano, final), na Ilha do Retiro, em 08/05/2011. Público: 30.169 pessoas. Renda: R$ 616.700

38º) Santa Cruz 2 x 1 Campinense (Nordestão, final), no Arruda, em 27/04/2016. Público: 36.106 pessoas. Renda: R$ 607.450

39º) Sport 4 x 2 ASA (Série B, 32ª rodada), na Arena Pernambuco, em 26/10/2013. Público: 23.559 pessoas. Renda: R$ 602.040

40º) Santa Cruz 1 x 3 Náutico (Série B, 31ª rodada), no Arruda, em 17/10/2015. Público: 28.270. Renda: R$ 599.510

41º) Santa Cruz 2 x 2 Sport (Pernambucano, turno), no Arruda, em 14/04/2013. Público: 33.063 pessoas. Renda: R$ 595.110

42º) Santa Cruz 1 x 0 Vasco (Série B, 30ª rodada), na Arena Pernambuco, em 18/10/2014. Público: 24.283 pessoas. Renda: R$ 592.368

43º) Salgueiro 0 x 2 Flamengo (Copa do Brasil, segunda fase), no Cornélio de Barros, 22/04/2015. Público: 7.553 pessoas. Renda: R$ 570.200

44º) Náutico 0 x 2 Flamengo (Copa do Brasil, terceira fase), na Arena Pernambuco, em 15/07/2015. Público: 16.774 pessoas. Renda: R$ 566.355

45º) Santa Cruz 4 x 3 Guarany (Série D, segunda fase), no Arruda, em 05/09/2009. Público: 50.879 pessoas. Renda: R$ 563.850

46º) Sport 1 x 1 Bahia (Nordestão, final), na Ilha do Retiro, em 17/05/2017. Público: 26.685 pessoas. Renda: R$ 557.825

47º) Sport 0 x 2 Santa Cruz (Pernambucano, final), na Ilha do Retiro, em 12/05/2013. Público: 26.806 pessoas. Renda: R$ 552.420

48º) Santa Cruz 1 x 1 Sport (Pernambucano, turno), no Arruda, em 08/02/2009. Público: 42.329 pessoas. Renda: R$ 550.255

49º) Sport 2 x 1 Nacional-URU (amistoso internacional), na Arena Pernambuco, em 24/01/2015. Público: 22.356 pessoas. Renda: R$ 547.250

50º) Santa Cruz 1 x 0 Sport (Pernambucano, final), no Arruda, em 06/05/2016. Público: 30.163 pessoas. Renda: 544.460

51º) Santa Cruz 2 x 0 Sport (Pernambucano, turno), no Arruda, em 06/02/2011. Público: 45.621 pessoas. Renda: R$ 544.290

52º) Náutico 1 x 0 Sport (Série A, 38ª rodada), nos Aflitos, em 02/12/2012. Público: 20.100 pessoas. Renda: R$ 534.310

Curiosidades entre as 52 maiores rendas em Pernambuco:
Sport – 36 vezes
Santa Cruz – 25 vezes
Náutico – 4 vezes

Arruda – 20 vezes (mandos do Santa)
Arena Pernambuco – 20 vezes (15 mandos do Sport, 3 do Náutico e 2 do Santa)
Ilha do Retiro – 10 vezes (mandos do Sport)
Aflitos – 1 vez (mando do Náutico)
Cornélio de Barros – 1 vez (mando do Salgueiro)

O Clássico das Multidões aparece 11 vezes na lista levantada pelo blog.

Pernambuco triplamente representado na Série D com fórmula pouco ortodoxa

Química

O futebol do estado terá três clubes na Série D de 2013. O primeiro já é conhecido, o Salgueiro, que acumulou o segundo rebaixamento seguido na temporada passada. As outras vagas serão alcançadas via Pernambucano.

Sim, duas. O regulamento do Estadual reserva apenas “uma”. Isso porque a quarta divisão nacional sofreria uma reformulação neste ano.

Reduziria de 40 para 32 clubes, com o objetivo de alavancar o torneio, que faz jus ao status de “porão” do futebol nacional, com pouco incentivo.

Contudo, a ideia ficou para depois e em 2013 a Série D terá o mesmo formato.

Assim, Pernambuco, que perderia uma vaga na mudança, se mantém com dois times à parte dos quatro rebaixados da terceirona. Vamos, então, aos critérios de classificação. Como de praxe em Pernambuco, pouco ortodoxos.

A primeira vaga irá para o 4º colocado local, desde que o time não seja um dos grandes do Recife ou o Salgueiro, já garantidos nas divisões acima.

O regulamento é claro: tem que ser, necessariamente, o 4º lugar.

Se for além e ficar entre os três primeiros lugares, esta equipe perderá a vaga na Série D, trocando pelas vagas na Copa do Brasil e Copa do Nordeste.

Eis o segundo passe na fórmula.

Considerando que um time intermediário seja o 4º lugar, a segunda vaga será para o melhor time do octogonal, com os eliminados do segundo turno e que definirá os dois rebaixados à segunda divisão local.

Se um time do interior, fora o Carcará, ficar entre os três primeiros colocados, então as vagas na Série D serão destinadas aos dois melhores do octogonal.

Entendeu?

Segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o pedido para a vaga direta apenas ao 4º lugar do Estadual, sem acumular vaga em outros torneios, foi um pedido dos dirigentes dos times do interior, para “ratear” as participações.

Conseguiu entender tudo mesmo?

Os 714 dias de Zé Teodoro no Mundão

Zé Teodoro, campeão pernambucano em 2011 e 2012 com o Santa Cruz. Fotos: Ricardo Fernandes e Paulo Paiva/DP/D.A Press

Foram 714 dias comandando o futebol profissional do Santa Cruz.

Nesta quinta-feira, chegou ao fim a Era Zé Teodoro. O técnico completaria dois anos à frente do time no dia 17 de novembro (veja aqui).

O treinador deixa o Arruda após uma reunião com uma diretoria coral. Pesou contra uma terceira temporada o desgaste pelo desempenho na terceira divisão nacional e o salário, já elevado para os padrões corais, acima de R$ 70 mil.

Quando foi contratado, o valor era de R$ 25 mil. Relembre os bastidores do acordo aqui.

Abaixo, o desempenho de Zé Teodoro nas seis competições oficiais em que treinou o Tricolor. Conquistou dois títulos estaduais e um acesso. Falhou no quarto objetivo.

Ao todo, o técnico alcançou 59% dos pontos nos 91 jogos disputados.

Torcedor coral, qual é a sua opinião sobre o fim do ciclo de Zé no Arruda?

Números de Zé Teodoro no comando do Santa Cruz de 2011 a 2012

Futebol de fato para quarenta clubes brasileiros, pouco

Calendário de janeiro de 2013

Calendário no futebol… Essencial para o profissionalismo pleno.

O ponto de partida para esse contexto foi em 1988, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser dividido em divisões, com acesso e descenso a cada temporada.

Inicialmente, eram 24 clubes na principal e uma quantidade flutuante abaixo disso. A Série C, antes intermitente, passou a ser regular a partir de 1994. Sempre inchada.

Até 2009, quando a Série D foi criada, enxugando a Terceirona para 20 clubes.

Mesmo número das duas primeiras divisões, mas com formato diferente. Aí, vamos ao problema atual, sobretudo considerando que o país tem mais de vinte clubes com mais de um milhão de torcedores. Na vizinha Argentina, são apenas cinco.

Na formação do calendário, o post irá desconsiderar os deficitários campeonatos estaduais – pois aí é outra discussão -, focando apenas no Brasileiro e a necessidade de desenvolver as divisões inferiores, com clubes de massa em potencial perdidos por lá.

Os 40 times nas duas principais séries disputam 38 jogos, todos eles televisionados. Há uma regularidade de calendário e receita, o que articula o planejamento no ano todo, com contratos mais longos e mais cacife na hora da negociação.

Na Série C, a largada inicial tem 18 jogos, num calendário já esticado nesta edição, diga-se. O time que alcançar a final fará no máximo 24 apresentações. Na Série D é ainda pior, com apenas 8 partidas na primeira fase. Aos finalistas, 16.

De maio a dezembro, 24 jogos? No máximo?! É inviável economicamente. Receitas tidas como “indiretas” sofrem influência, com número de sócios e valorização da marca.

O exemplo claro disso é o Santa Cruz, recém-eliminado na Série C.

Planejar o acesso é viral para qualquer clube. Incompetência no campo à parte, o bicampeão estadual disputou dezoito partidas e encerrou os seus trabalhos em outubro.

Mais dois meses em aberto na folha, fora o 13º salário.

Em 2013 o Tricolor do Arruda, outrora tradicional na elite, chegará a seis anos consecutivos fora das Séries A e B, já na era dos pontos corridos.

Considerando a 1ª fase do ano que vem, o Santa terá realizado no período 78 jogos. Se estivesse num revezamento entre as duas primeiras divisões, o número seria de 228 partidas, o mesmo praticado pelos rivais Náutico e Sport.

Ou seja, a longo prazo o clube coral terá feito apenas 34,2% dos jogos possíveis. Dos 150 jogos não realizados, metade seria no Arruda.

Projetando um público médio de 15 mil torcedores no Mundão e um índice de ingresso a R$ 15, o faturamente só com bilheteria poderia ter alcançado mais R$ 16,8 milhões no Brasileirão. Dinheiro no ralo. Situação também vivida por Paysandu, Fortaleza, Remo…

E poderia ter sido pior. Somando apenas os jogos da fase classificatória das competições neste período, a quantdade não passaria de 62, ou 27%.

É ou não é um verdadeiro “se vire nos 30” para manter uma gestão profissional? O futebol brasileiro não pode ser estruturado para apenas 40 clubes.

Um clube de futebol profissional não pode ser sazonal.

Muito menos uma agremiação do tamanho do Santa Cruz…

Um nordestino tricampeão brasileiro B, C e D

Série C 2012: Sampaio Corrêa 2x0 Crac-GO. Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press

Campeão brasileiro da Série B em 1972.

Campeão brasileiro da Série C em 1997.

Campeão brasileiro da Série D em 2012.

Pela primeira vez um clube conquista o título nacional em três divisões diferentes.

Foram campanhas em épocas bem distintas, mas sempre festejadas em casa, com a arquibancada abarrotada, a especialidade em São Luís.

Ainda que obviamente sejam conquistas de menor porte, nenhum outro clube da região tem três títulos brasileiros. Mérito do Sampaio Corrêa.

A volta olímpica após a vitória por 2 x 0 sobre o Crac de Goiás, na noite deste domingo, foi o presente para uma torcida que marcou presença em peso. Uma conquista invicta.

A vitoriosa campanha do Tubarão é dividida, literalmente, nas apresentações no acanhado estádio Nhozinho Santos, na primeira fase, e no enorme Castelão, a partir das oitavas de final. A presença do público ressalta a diferença.

O maior estádio do Maranhão estava fechado desde março de 2004 devido a problemas estruturais. A reforma durou um ano. A reabertuta marcou os 400 anos de São Luís.

Modernizado e com a capacidade reduzida por motivos de segurança de 75 mil para 40 mil torcedores, o Castelão voltou a acolher a Bolívia Querida.

Nos quatro jogos no Nhozinho Santos foram 18.041 torcedores, com média de 4.510. Nos quatro no Castelão, uma multidão de 138.416 pessoas, com índice de 34.604.

Ao todo, o borderô contabilizou 156.457 torcedores em oito jogos, com média de 19.557. Orgulho do Nordeste, o revitalizado Sampaio Corrêa segue distante da região.

Até porque clubes do Piauí e do Maranhão não podem disputar o Nordestão.

Essa conquista do Sampaio Corrêa escancara a necessidade de revisar de forma urgente na CBF a “geografia futebolística” do Nordeste…

Série D 2012: Sampaio Corrêa 2x0 Crac-GO. Foto: Sampaio Corrêa/divulgação

Quatro campeonatos brasileiros e um Brasileirão

Quebra-cabeça da bandeira do Brasil

Uma pergunta teoricamente simples.

As quatro séries do Campeonato Brasileiro compõem uma só competição ou os diversos níveis do Nacional são torneios plenamente distintos?

O questionamento foi formulado a partir do imbróglio jurídico em que se meteu as Séries C e D, paralisadas há duas semanas. Na verdade, sequer foram iniciadas.

Os 60 clubes que estão sem jogar se articularam para buscar uma intervenção em uma esfera maior, o Superior Tribunal de Justiça.

Alegam que a paralisação pode se estender às Séries A e B, com mais 40 clubes. A explicação é fundamentada no sistema de acesso e descenso.

Quem caiu da segunda divisão no ano passado não está jogando agora.

Em qualquer série nacional, o rebaixamento tem a garantia de disputa no ano seguinte. Obviamente, não existe queda na 4ª divisão, e por isso a classificação é via estadual.

Para 2013, de fato seria um problema. Para onde iriam os últimos quatro colocados da vigente Série B? Seria inchada? Não há como desfazer o rebaixamento, pois isso está bem escrito no regulamento. Ou seja, viraria um efeito dominó, até a elite.

Na teoria, a justificativa é bem viável. Já na prática, na opinião do blog, foi apenas um movimento no tabuleiro deste jogo truncado para angariar força ao pleito, numa tentativa de chamar a atenção de grandes clubes e associações.

Considerando que a emissora que detém os direitos de transmissão da Série A da atual temporada pagou a bagatela de R$ 1 bilhão e que as quatro séries do Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de 2011 geraram R$ 177 milhões em bilheteria, seria interessante chamar mais um integrante (o tal pagador) para a batalha.

Saindo um pouco da teoria, vamos citar um exemplo, o futebol da Inglaterra. Lá, existem 24 divisões. Sim, da Série A até a Série X (veja aqui).

A partir da 8ª divisão, o campeonato inglês fica semiamador. Se algum deles parar de forma semelhante, há como afetar a Premier League? Dificilmente.

Todos os contratos são focados na elite, considerada um torneio à parte. O mesmo ocorre, aliás, na segunda divisão. Tanto que o terceiro nível é chamado de “Liga Um”…

Voltando ao Brasil, o fato é que já passou da hora de alguma posição mais rígida.

Não foi por falta de aviso que essa chuva de liminares na justiça comum, se sobreponto à justiça dsportiva, seria um problema maior do que se pensava (veja aqui).

Confusão jurídica à parte, qual seria a resposta para a pergunta no início do post?

Queixa alagoana em amistoso coral expõe desorganização

Amistoso 2012: CSA 3x0 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz

No borderô, fiasco lá e lô.

No Recife, 6.021 torcedores no Arruda, com uma renda de R$ 115.820.

Em Maceió, apenas 751 pagantes no Rei Pelé, com uma bilheteria de R$ 7.835.

Nos dois jogos, duelos entre Santa Cruz e CSA, vencidos pelo tradicional time azul de Alagoas, por 1 x 0 e 3 x 0, respectivamente. Mas ficou uma mágoa por lá.

Inicialmente, seria apenas um amistoso, no estádio coral, para a entrega de faixas pelo bicampeonato estadual. Mas as duas diretorias se entenderam na ocasião.

O time alagoano aceitou a disputa caso também fosse realizada uma partida diante de sua torcida. Nas duas apresentações, os times principais em campo.

No primeiro jogo, sim. No segundo, não. A atitude tricolor de enviar uma comissão técnica adjunta e um elenco formado por integrantes do Sub 20 e alguns profissionais, reservas, frustrou a cúpula alviazulina, com direito a nota oficial (veja aqui).

De fato, amistoso já não atrai muita gente no futebol, descontando exceções com clubes de renome nacional ou internacional.

Com o time júnior…? Aí não tem como gerar renda. A queixa de Maceió procede.

Deveria existir algum regulamento mínimo para a realização de amistosos? Pois é.