Federer reina na grama de Wimbledon pela 8ª vez e amplia lenda no Grand Slam

Roger Federer conquista o grand slam na grama pela 8ª vez. Foto: Roger Federer/twitter (@rogerfederer)

Em plena forma, o tenista Roger Federer conquistou o título de Wimbledon pela 8ª vez na carreira. Assim, desempatou a disputa com Pete Sampras, tornando-se o maior vencedor na grama do All England Club. Aos 35 anos, o suíço venceu os sete jogos por 3 sets a 0, numa campanha impressionante. Na decisão de 2017, não deu chance ao croata Marin Cilic, fazendo 6/3, 6/1 e 6/4 e voltando a ganhar a taça dourada após cinco anos.

Claro, ampliou o recorde nos torneios de simples do Grand Slam, chegando a 19 conquistas. Abaixo, os maiores vencedores ma “era aberta”, com o profissionalismo em vigor desde 1968, tanto no masculino quanto no feminino. Por fim, o ace que rendeu mais um capítulo brilhante a esta lenda do tênis.

Os maiores vencedores na Era Aberta

Torneios masculinos
Australian Open – Novak Djokovic, 6 vezes (2008, 11-13, 15 e 16)
Roland Garros – Rafael Nadal, 10 vezes (2005-08, 10-14 e 17)
Wimbledon – Roger Federer, 8 vezes (2003-07, 09, 12 e 17)
US Open – Jimmy Connors, 5 vezes (1974, 76, 78, 82-83); Pete Sampras, 5 vezes (1990, 93, 95-96, 2002); Roger Federer, 5 vezes (2004-08)

Torneios femininos
Australian Open – Serena Williams, 7 vezes (2003, 05, 07, 09-10, 15, 17)
Roland Garros – Chris Evert, 7 vezes (1974-75, 79-80, 83, 85-86)
Wimbledon – Martina Navratilova, 9 vezes (1978-79, 82-87 e 90)
US Open – Chris Evert, 6 vezes (1975-78, 80, 82); Serena Williams, 6 vezez (1999, 2002, 08, 12-14)

Os maiores campeões (soma dos 4 torneios)
19 – Roger Federer (Suíça)
15 – Rafael Nadal (Espanha)
14 – Pete Sampas (EUA)
12 – Nova Djokovic (Sérvia)

As maiores campeãs (soma dos 4 torneios)
23 – Serena Williams (EUA)
22 – Steffi Graf (Alemanha)
18 – Chris Evert (EUA)
18 – Martina Navratilova (EUA)

Os brasileiros campeões no Grand Slam

Brasileiros campeões de Grand Slam: Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten e Bruno Soares e Marcelo Melo; Thomaz Koch, Tiago Fernandes, Marcelo Zormann e Orlando Luz

Na história do Grand Slam, composto pelos quatro grandes torneios do tênis, oito brasileiros já conseguiram o título, considerando todas as categorias. Do simples ao juvenil. De Maria Esther Bueno, no US Open de 1959, a Bruno Soares, nas duplas da Austrália, em 2016. Ao todo são 31 conquistas. Eis a lista de títulos brazucas.

Post atualizado em 31 de janeiro de 2016

Maria Esther Bueno (19)
4 – US Open (simples – 1959, 1963, 1964 e 1966)
3 – Wimbledon (simples – 1959, 1960 e 1964)
5 – Wimbledon (duplas – 1958, 1960, 1963, 1965, 1966)
4 – US Open (duplas – 1960, 1962, 1966 e 1968)
1 – Australian Open (duplas – 1960)
1 – Rolando Garros (duplas – 1960)
1 – Roland Garros (duplas mistas – 1960)

Gustavo Kuerten (4)
3 – Roland Garros (simples – 1997, 2000 e 2001)
1 – Roland Garros (dupla juvenil – 1994)

Bruno Soares (4)
1 – Australian Open (duplas – 2016)
2 – US Open (duplas mistas – 2012 e 2014)
1 – Australian Open (duplas mistas – 2016)

Marcelo Melo
1 – Roland Garros (duplas – 2015)

Thomaz Koch
1 – Roland Garros (duplas mistas – 1975)

Tiago Fernandes
1 – Australian Open (simples juvenil – 2010)

Marcelo Zormann
1 – Wimbledon (dupla juvenil – 2014)

Orlando Luz
1 – Wimbledon (dupla juvenil – 2014)

Um britânico enfim reina na grama de Wimbledon, na volta dos tenistas caseiros

Últimos campeões caseiros no Grand Slam: Andy Murray em Wimbledon, 2013 (alto, esquerda); Andy Roddick no US Open, em 2003 (alto, direita); Yannick Noah em Roland Garros, em 1983 (baixo, esquerdo); Mark Edmondson no Australian Open, 1976 (baixo, direita)

As grandes histórias do tênis são escritas no Grand Slam. No piso rápido, no saibro, na grama. Os maiores jogos, os desfechos mais impressionantes…

Tudo lá, na nata do circuito.

Este domingo marcou mais um dia histórico para este contexto, com um título caseiro, com o calor do público. Mais raro do que se imagina.

O escocês Andy Murray arrasou o sérvio Novak Djokovic na final de Wimbledon. Foi o primeiro título britânico no tradicionalíssimo torneio depois de 77 anos.

3 sets a 0. Na grama do All England Club, o mérito coube a um escocês, que cansou de ouvir uma certa piadinha…

“Britânico quando vence, escocês quando perde”.

Chega disso. Tem que respeitar esse Murray. Se bem que também será difícil alguém lembrar do apelido em Londres a partir de agora…

Na era moderna do tênis, iniciada em 1968, este foi apenas o primeiro triunfo de um britânico no mais tradicional torneio do Grand Slam.

Há dez anos um “tenista caseiro” não vencia um Grand Slam…

Australian Open, desde 1905
6 títulos profissionais – Rod Laver (1969), Ken Rosewall (1971 e 1972), John Newcombe (1973 e 1975) e Mark Edmondson (1976)
44 títulos na era amadora

Roland Garros, desde 1891
1 título profissional – Yannick Noah (1983)
37 títulos na era amadora

Wimbledon, desde 1877
1 título profissional – Andy Murray (2013)
35 títulos na era amadora

US Open, desde 1881
19 títulos profissionais – Arthur Ashe (1968), Stan Smith (1971), Jimmy Connors (1974, 1976, 1978, 1982 e 1983), John McEnroe (1979, 1980, 1981 e 1984), Pete Sampras (1990, 1993, 1995, 1996 e 2002, André Agassi (1994 e 1999) e Andy Roddick (2003)
66 títulos na era amadora

Roger Federer, eterno number 1 por 286 semanas

Wimbledon 2012, final: Roger Federer 3 x 1 Andy Murray. Foto: ATP/divulgação

Criado em agosto de 1973, o ranking de tenistas profissionais, cuja complexa atualização sempre foi semanal, já teve 24 atletas no topo.

Lendas como o romeno e pioneiro Ilie Nastase, o sueco Bjorn Borg, o norte-americano Andre Agassi e o brasileiro Gustavo Kuerten já ocuparam o number 1.

Até este domingo, ninguém havia ficado tantas semanas na primeira colocação como o americano Pete Sampras, com incríveis 286, distribuídas entre 12 de abril de 1993 e 19 de novembro de 2000. Insuperável? Parecia.

A próxima lista com mais de 1.500 nomes a ser divulgada pela associação de tenistas profissionais, a ATP, nesta segunda-feira, mudará a história.

Ao vencer o representante da casa em Wimbledon, Andy Murray, por 3 sets a 1, o suíço Roger Federer, há tempos alçado ao status de melhor de todos os tempos devido ao enorme cartel de raquetadas, conquistou o hepta na grama sagrada (veja aqui).

Não só igualou o número de semanas como número 1, com 2.002 dias na liderança, como atingiu o número de troféus conquistados por Sampras no All England Club, que já dividia o recorde com o britânico William Renshaw, ainda na era amadora.

William Renshaw: 1881, 1882, 1883, 1884, 1885, 1886 e 1889

Pete Sampras: 1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000

Roger Federer: 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2012

Semanas na liderança à parte, o genial Federer, de 30 anos, ganhou o seu 17º título de grand slam, um recorde absoluto no tênis. Exclusivo.

Como em breve também deverá ser a marca em Wimbledon… Lenda viva e nas quadras.

Wimbledon 2012, final: Roger Federer 3 x 1 Andy Murray. Foto: ATP/divulgação

Venus-Serena Rosewater Dish, a glória em Wimbledon

Venus Williams e Serena Williams, ambas com cinco títulos em Wimbledon

Eneacampeã na grama sagrada de Wimbledon, entre 1978 e 1990, Martina Navratilova cravou o seu sobrenome na história do torneio.

Cansou de erguer para os súditos o prato de 48 centímetros com figuras mitológicas.

Nunca um sobrenome havia aparecido tanto no topo dos torneios femininos de simples no All England Lawn Tennis and Croquet Club como o de Navratilova, até mesmo porque a tradição londrina apresenta a alcunha familiar como destaque.

Desde 2000, aliando técnica a uma força muito acima da média no circuito profissional, duas irmãs mudaram o cenário, reescrevendo a história.

Foram dez títulos do grand slam de Wimbledon com o mesmo sobrenome.

Williams. Um revezamento constante entre Venus e Serena. Cada uma com o seu pentacampeonato, fora os títulos nas duplas!

Seguindo a ordem das fotos, o deca das Williams. Em cima, Venus: 2000, 2001, 2005, 2007 e 2008. Embaixo, Serena: 2002, 2003, 2009, 2010 e agora, 2012.

Em olhe que em quatro ocasiões as duas se enfrentaram na decisão, com três títulos da caçula Serena e um da precursora Venus.

Ao vencer a polonesa Agnieszka Radwanska por 2 sets a 1, neste sábado, Serena brincou com o público e com a irmã, na torcida na quadra central (veja aqui).

“Eu sempre quis tudo o que a minha irmã ganhou”.

Curiosamente, o troféu, o tal prato criado em 1886, chama-se Venus Rosewater Dish.

Por uma questão de justiça, o nome bem que poderia ser ajustado para Venus-Serena Rosewater Dish. Difícil vai ser convencer a mais que centenária tradição britânica.

De qualquer forma, dez réplicas do prêmio estão na posse da família Williams.

Venus e  Serena têm 32 e 30 anos, respectivamente. Fisicamente, as duas mostram que a história ainda não acabou em Wimbledon.

Ainda há espaço na estante da família para mais algumas Venus Rosewater Dishes…

Cozinhando no tênis, dentro e fora das quadras

Depois de fritar o brasileiro Thomaz Bellucci em sua estreia, o campeoníssimo tenista espanhol Rafael Nadal voltou a seu costume no torneio de Wimbledon. Sempre que disputa o grand slam britânico ele cozinha para a família, hospedada em Londres.

A queda da última dinastia de Björn Borg

Bjorn Borg em Roland Garros. Foto: Diadora

Dono de uma concentração impressionante, o sueco Björn Borg foi o primeiro superstar do tênis, popularizando o circuito. Entre 1974 e 1981, ele combinou um domínio incrível, no saibro de Paris e na grama de Londres, com a dinastia “Iceborg”.

Foi hexacampeão na quadra Philippe Chatrier, em Roland Garros, e penta no All England Lawn Tennis and Croquet Club, em Wimbledon. Marcas insuperáveis, disseram muitos.

Com apenas 25 anos o tenista bon vivant havia conquistado a maior série de vitórias nas duas competições mais tradicionais da modalidade na open era.

Se tornou o primeiro a ganhar US$ 1 milhão em prêmios em um mesmo ano, 1979. Mas se existe algo óbvio no esporte é que recordes existem para ser quebrados.

O primeiro caiu na Inglaterra. Com os títulos de 1981, batendo o próprio Borg na decisão, 1983 e 1984, o norte-americano John McEnroe ensaiou a caminhada. Parou por aí. Coube ao seu compatriota Pete Sampras estabelecer um novo reinado.

Campeão sete vezes entre 1993 e 2000, perdendo apenas uma edição, em 1996, Sampras transformou a arte do saque e voleio. Definitivo? O suíço Roger Federer, em plena atividade, já ganhou seis taças depois disso…

Se a coroa britânica já está bem no passado, na terra batida a sua dinastia durou mais tempo. O jogo mais cadenciado visto no saibro é uma especialidade de poucos.

Talvez por ter acompanhado o mito de perto, o sueco Mats Wilander até aprendeu direitinho. Foi tri em 1988. De origem plebeia no tênis, o brasileiro Gustavo Kuerten atravessou o Atlântico, desbravou Paris e também triunfou três vezes na quadra central. Reinados curtos. Até a garra inabalável do espanhol Rafael Nadal.

Nadal é praticamente imbatível em Roland Garros. Em 53 partidas, venceu 52. O único revés ocorreu diante de Robin Söderling, sueco. Discípulo de Borg…

O sétimo título de Nadal, conquistado nesta temporada, evitou o career grand slam de Novak Djokovic e o colocou com o maior tenista da história do saibro. Com 35 títulos, segue atrás do austríaco Thomas Muster (40) e do argentino Guilhermo Villas (45).

Essa estatística, considerando todos os torneios, não o diminui em nada. Como também não fez a menor diferença para Björn Borg, unanimidade no piso vermelho até este 11 de junho de 2012, quando perdeu a sua segunda coroa.

Virou uma lenda eterna, até por ter encerrado a carreira de forma inesperada em janeiro de 1983, com apenas 26 anos, 64 títulos e 608 vitórias em 735 jogos…

Björn Borg em Wimbledon

Ah, Maria… 400 vezes

Maria Sharapova se classifica para a semifinal de Wimbledon. Foto: Wimbledon/divulgação

Musa do tênis, a russa Maria Sharapova alcançou uma marca expressiva nesta terça.

A tenista de 1,88m avançou para a semifinal do tradicional Grand Slam de Wimbledon. Feito pela 4ª vez na carreira, aliás.

Carreira profissional iniciada há dez anos, em 19 de abril de 2001.

Agora, aos 24 anos – sim, ela começou com apenas catorze anos -, Sharapova conseguiu a sua vitória de número 400, sempre com o seu gritinhocaracterístico.

Contabilizando as 97 derrotas, ela tem um ótimo aproveitamento de 80,4%. Ex-número 1 do mundo, a russa tenta o segundo título em Londres, onde ergueu a taça em 2004.

Nas fotos deste post, a alegria de Maria após a histórica vitória. Ela merece.

Abaixo, uma compilação da bela de saia branca na grama inglesa. Com áudio…

Para fazer história, só com 11 horas e 6 minutos

Wimbledon 2010: Isner vence Mahut após jogo de 11 horas. Foto: ATP/divulgação

Imagine um jogo com apenas duas pessoas durante 665 minutos.

Projete isso para o tênis, com o vigor físico das centenas de raquetas a cada partida.

Para completar, o cenário mais rápido da modalidade, nas quadra de grama do All England Club, no mais que tradicional Grand Slam de Wimbledon.

Uma partida de cinco sets espalhados em três dias de disputa, uma vez que foram necessárias várias paralisações (chuva, luz e desgaste físico).

No 5º set, um placar que diz tudo: 70/68, uma vez que não há tie-break.

E assim foi escrita a partida mais longa da história do tênis, com vitória de John Isner sobre Nicolas Mahut, na acanhada quadra 18, em 2010.

Eis que, exatamente um ano depois, um sorteio digno dos deuses do esporte aponta o mesmo jogo para a abertura da 125ª edição de Wimbledon, nesta segunda-feira!

Dados levantados por Lucas Fitipaldi, repórter do Superesportes e colaborador do blog:

11 horas de duração em 3 dias, 5 sets, 183 games, 980 pontos, 114 bolas utilizadas, 215 aces e 490 winners.

Sim, foi apenas um jogo.

Boa parte da marca se deve mesmo ao último set, com 8 horas e 11 minutos.

Para se ter uma ideia, a partida mais longa até então havia sido em 6 horas e 33 minutos, em Roland Garros, em 2004… Pois é. Isner e Mahut, ainda com lembranças vivas de um épico, voltam a fazer história. Desde que sejam 11 horas e 6 minutos.

Confira o ranking com os 10 jogos mais longos da história do tênis aqui.

Top 10 Sports Moments

TIME

O site da norte-americana TIME Magazine elaborou uma lista com os 10 melhores momentos do esporte em 2009. Abaixo, os três primeiros lugares da lista. O segundo surpreende qualquer país tropical. Confira a lista completa AQUI.

1º) Final de Wimbledon. A decisão do Grand Slam disputado na grama teve nada menos que 70 games, num jogaço entre o suíço Roger Federer e o americano Andy Roddick. Com a vitória por 3 sets a 2, numa disputa de 16-14 no set final, Federer conquistou o seu 15º Grand Slam, se tornando o maior de todos os tempos. Foi a final com mais games na história centenária de Wimbledon. Trecho do texto da Time:

“Quando o resultado de um 5º set se assemelha com o placar de um jogo de futebol, você sabe que presenciou um clássico numa partida de tênis em Wimbledon”. Naturalmente, o “futebol” do texto é o americano, onde o placar realmente terminar em algo como 16-14, 22-15, 18-10 etc. Abaixo o vídeo da história final.

2º) Aberto de Golf da Inglaterra. Tom Watson, de 59 anos, quase se tornou o campeão mais velho de um torneio deste porte. Teria sido o seu 6º título, 32 anos de sua primeira conquista. Mas na reta final, ele acabou perdendo o Aberto para Stweart Cink. Enquanto todos os jornalistas pensavam que ele ficaria ‘deprimido’ com o resultado, ele soltou a pérola: “Querem um título (pra matéria) bom? ‘O velhote quase conseguiu'”. Veja mais AQUI.

3º) Usain Bolt. O jamaicano, que já havia feito estrago na Olimpíada de Beijing, surpreendeu o planeta mais uma vez, ao quebrar novamente o recorde mundial nos 100 meotrs rasos, no Mundial de Berlim, com a marca de 9s58, tirando 0s11 do recorde anterior. A maior diferença desde a implantação do relógio eletrônico em 1968. Um raio! E olhe que nos 200m, ele fez 19s19 e também quebrou o recorde. Veja mais AQUI.