Calma, tricolores

Pernambucano-2010: Santa Cruz 1 x 1 Central

No Arruda, o clima “paulistano” do Recife não foi suficiente para afastar a torcida do Santa Cruz. Não chegou aos 40 mil tricolores convocados por FBC, mas o total de torcedores foi excelente: 22.797, no maior público do Pernambucano até agora.

O povão ainda pôde conferir a apresentação do meia Jackson, que já entrou no gramado com a camisa oficial, número 8. O jogador de 36 anos, principal contratação coral na temporada, não jogou, mas viu de pertinho o apoio maciço que terá nas arquibancadas do estádio José do Rêgo Maciel. E também as cobranças!

Com Elvis, Joelson e André Leonel, o Santa martelou bastante a Patativa no 1º tempo. Mas só martelou. Aos 29, um castigo que parece perseguir a Cobra-Coral, Geraílton, numa cabeçada no cantinho do goleiro Darci, abriu o placar no Mundão. O “Imperador de Caruaru” mostrou que o futebol não perdoa.

Até aquele momento, o Santa já havia perdido pelo menos quatro grandes oportunidades. O Tricolor ainda jogaria a segunda etapa com um atleta a mais, após a expulsão de Rodrigo Santos, ainda no primeiro tempo.

Porém, nem deu tempo, pois logo no começo André Paulino foi expulso, deixando tudo igual. Literalmente, pois 1 minuto depois, na base do “abafa”, Joelson mandou de voleio: 1 x 1. Bonita conclusão do atacante. Logo depois, Joelson foi substuído. Opção tática de Lori Sandri, que não contou muito com a aprovação da torcida…

Com o empate, as primeiras vaias de 2010. Calma, tricolores. O formato com um G-4 permite alguns erros nas 22 rodadas. Alguns, não muitos.

Fotos: Helder Tavares/DP

Evoluindo

Pernambucano-2010: Vitória 1 x 5 Sport

“Quem quer ser campeão tem que saber que vai encarar todos os tipos de campo.”

Frase dita pelo técnico Givanildo Oliveira antes do jogo deste domingo, contra a Acadêmica Vitória. A ordem do comandante rubro-negro ficará para a próxima, pois nesta tarde nem precisou.

No Carneirão, o Sport venceu por 5 x 1 e chegou a 72 rodadas consecutivas sem ser ultrapassado por pontos no Pernambucano, tabu que mantém desde 19 de fevereiro de 2006 (veja AQUI). Foi a primeira apresentação leonina no interior neste Estadual. Na verdade, nem tão longe assim, pois Vitória de Santo Antão fica a 53 km da capital.

Givanildo Oliveira repetiu a formação da estreia. Se contra o Araripina cada jogador corria para o lado oposto da bola, no Carneirão um mínimo de entrosamento já foi registrado. Com 1 minuto, uma rápida troca de passes pelo lado direito mostrou que desta vez o “futebol” também teria vez.

Com 5, a prova maior. Ricardinho, mostrando estrela, marcou mais uma vez, após uma bela jogada numa tabelinha com Nádson. Na saída do goleiro, um leve toque.

Aos 26, o futebol mostrou mais uma vez ser surpreendente. O lateral Júlio César – que havia perdido um gol inacreditável contra o Araripina – marcou um golaço, por cobertura. As vaias viraram aplausos em 4 dias.

Aos 34, num lance envolvendo o meia Sandro Miguel e o zagueiro Igor… Pênalti! Para o Sport… Na cobrança, Wilson cobrou bem e fez 3 x 0. Na etapa final, o mesmo Wilson cabeceou para fazer 4 x 0. Aos 35, o capitão Igor amplou, também de cabeça. Jadilson (ex-Sport) fez o gol de honra do Tricolor das Tabocas, de pênalti.

Vitória fácil, diante de um adversário muito mais frágil do que se esperava.

Mas a evolucão aconteceu. E é o que vale.

Espetáculo no vôlei

Superliga de Vôlei 2010: Sport/BMG 0 x 3 Rio de Janeiro/Unilever

Em 5 jogos até então, o Sport/BMG havia vencido 3. Os últimos 3, diga-se.

Neste sábado, o time enfrentou uma verdadeira Seleção Brasileira…

O Rio de Janeiro/Unilever, atual tetracampeão da Superliga Feminina de Vôlei.

Nesta temporada 2009/2010, o time já somava 6 vitórias em 6 jogos. Só havia perdido um set. Um elenco cheio de estrelas: Carol Gataz, Fabi, Dani Lins, Érika…

E Bernardinho no banco. Ídolo.

Com uma atração esportiva assim, o público foi excelente no Ginásio Marcelino Lopes, tomado por 1.376 pagantes. Um calor daqueles, barulho danado, aperto… Mas valeu a pena. Até o elenco do time de futebol do Leão apareceu na quadra para acompanhar o jogão (foto de Helder Tavares/DP).

As meninas do Sport perderam? Sim. De forma categórica, por 3 sets a 0 (25 x 13, 25 x 9 e 25 x 19). Vaias? Nenhuma.

Superliga de Vôlei 2010: Sport/BMG 0 x 3 Rio de Janeiro/UnileverAplausos no fim. Para o espetáculo.

Um comportamento que não se vê no futebol, mas que no vôlei é quase regra.

Depois, espaço para a tietagem… E não é que Bernardinho vestiu a camisa do Sport? Ganhou de presente.

Realmente, a torcida do Sport conseguiu “dobrar” o técnico. 😎

Abaixo, um dos inúmeros vídeos produzidos (e postados no YouTube) pela torcida durante o jogo. Foi o 1º ponto do jogo. Alegria antes do show do adversário.

Veja a classificação da Superliga AQUI.

Carcará abatidos nos Aflitos, finalmente

Pernambucano-2010: Náutico 2 x 1 SalgueiroO Salgueiro sempre foi uma pedra no caminho do Náutico.

Até porque a história do confronto é bem recente…

Em 3 jogos oficiais nos Aflitos (todos pelo Campeonato Pernambucano), três empates: 1 x 1 em 2006, 0 x 0 em 2008 e 2 x 2 em 2009.

No ano passado, aliás, o Timbu vencia por 2 x 0, mas acabou tropeçando. Aquele jogo aconteceu em 17 de janeiro. Neste sábado, quase um ano depois (faltou 1 dia), nova tentativa. Mais uma vez pelo Estadual.

Na tarde desta sábado, o Carcará, que terminou a primeira rodada do Estadual na liderança, parecia que daria sequência a esse tabu em Rosa e Silva.

Aos 40 minutos do 1º tempo, o atacante França abriu o placar para o time sertanejo. O jogador provou o faro de gol, já que foi o artilheiro do Piauiense de 2009, com 23 gols, vestindo a camisa do 4 de Julho.

No segundo tempo, porém, o volante Derley comandou a vitória.

Foram dois gols do volante, um dos destaques do Timbu na última Série A, mesmo com o descenso. Uma atuação que marcou a sua 50ª partida com a camisa alvirrubra.

Uma vitória por 2 x 1 para apagar a péssima imagem deixada na estreia do técnico Guilherme Macuglia, que mudou nada menos que meio time para a partida deste sábado.

Acertou. 😎

O dia em que o Haiti venceu o Brasil

Amistoso-2004: Haiti 0 x 6 Brasil

O dia em que uma derrota por 6 x 0 foi comemorada como um título. Isso aconteceu em 2004, quando a Seleção Brasileira disputou um amistoso beneficente contra o Haiti, na capital Porto Príncipe.

Em 18 de agosto, o pobre país do Caribe parou para ver o time campeão do mundo.

Time titular do Brasil naquele jogo: Júlio César; Belleti, Juan, Roque Júnior e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Juninho Pernambucano, Edu e Roger; Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira

A cada gol do Brasil, sorrisos na arquibancada do estádio Sylvio Cator, superlotado. Festa total. Um jogo que parecida fadado a nunca acontecer, ainda mais em um amistoso, com as suas cotas milionárias. Mas aconteceu. E a causa foi a mesma que move o mundo em direção ao Caribe neste momento.

Aquele 18 de agosto de 2004 ficou marcado na memória dos haitianos como um dia de paz. Tudo o que o Haiti busca há séculos…

Abaixo, um vídeo com a emocionante passagem da Seleção no país.

Desafio às avessas

Pernambucano-2009: Santa Cruz 2 x 1 Central

Os desafios de Fernando Bezerra Coelho.

Em 2009, o presidente do Santa Cruz fez inúmeros desafios à torcida coral.

O primeiro foi o maior de todos. Para reabrir o Arruda (que havia passado por ampla reforma), o mandatário queria 60 mil pessoas no estádio, diante do Central, em 18 de janeiro, pelo Estadual. Foi atendido em 50%.

O público oficial daquele jogo foi de 30.086 torcedores. Visualmente, até parecia mais… Não importa se não chegou a “60 mil”, pois metade disso numa partida do Pernambucano, contra um time intermediário, já é muita coisa.

Na Série D, FBC reapareceu com a “proposta”. Convocou o povão para colocar mais de 40 mil pessoas no Arruda. Algo espetacular numa 4ª divisão nacional.

Novamente, êxito. Em 11 de julho, nada menos que 45.007 pessoas!

Curiosamente, outro jogo entre Santa e Central. Um empate por 2 x 2.

Para este domingo, o dirigente quer ver mais uma vez o Arruda com 40 mil pessoas.

O jogo? Santa Cruz x Central, é claro. 😯

Certamente, o público no Mundão será enorme… Mesmo que Fernando Bezerra Coelho não tivesse lançado o 3º desafio. Fazendo isso sempre, acaba parecendo um discurso demagógico. Ou de alguém que simplesmente não conhece a torcida tricolor. Os corais vão continuar enchendo o estádio, presidente…

Está na hora da torcida fazer um desafio ao dirigente: tire o Santa da Série D, FBC.

Foto: Ricardo Fernandes/DP

Volta Nordestão! Em 2011…

Placar de 2001 sobre o NordestãoUm campeonato com 16 times.

Com semifinal e final, em jogos de ida e volta.

Total: 19 datas.

A ideia proposta pela Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste é excelente. Mas emperra em algo lógico em 2010: a falta de datas.

Caso seja confirmado o acordo com a CBF (que ficaria livre de pagar uma indenização de R$ 15,2 milhões), o regional voltaria ainda nesta temporada (leia a matéria do DP AQUI).

Seriam utilizadas as 10 datas da Copa Sul-Americana (entre 11 de agosto e 8 de dezembro) e outras 9 a partir de maio, entrando até no período da Copa do Mundo.

Sou 100% a favor do Nordestão (fiz até um post em dezembro), mas atropelar um calendário só para emplacar a competição não parece a melhor saída. Se o acordo judicial sair (garantindo 3 edições), a LCFN poderia esperar até 2011. Sem Copa do Mundo, com tempo para captar patrocinadores, acordos vantajosos com a TV…

Tudo bem que a empresa TopSports já está no páreo para encontrar esses investidores. É provável que encontre, mas a toque de caixa.

Além disso, o Vitória está inscrito na Copa Sul-Americana, pois acabou em 13º lugar na última Série A do Brasileiro. 😯

Uma sugestão: Por que não realizar um torneio enxuto neste ano? Ou nos moldes de 1997, com mata-mata durante toda a competição (8 datas), ou como em 2000, com 4 grupos de 4 times e mata-mata a partir das quartas de final (12 datas).

Abaixo, alguns números das edições de 2001 (capa da revista Placar) e 2002, as mais bem sucedidas, e com o formato proposto pela liga para uma reedição. Veja mais sobre todas as edições do Nordestão, entre 1994 e 2003, AQUI.

Média de público
2001 – 8 mil (Série A: 11.401)
2002 – 11 mil (Série A: 12.866)

Faturamento
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões

Cota de TV (média) por clube
2001 – R$ 600 mil
2002 – R$ 750 mil

Kukê, Kukê, Kukê!

Kuki

Kuki.

Nada menos que 389 jogos pelo Náutico.

Em quase 109 anos, ninguém vestiu mais a camisa alvirrubra do que ele.

Uma honra que já valeria um busto no clube. No mínimo.

Mas o “menino” foi além.

Gols? Foram “apenas” 179. O 4º maior artilheiro do clube. Na frente dele, só mitos de Rosa e Silva, como Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.

E olhe que o atacante até hoje briga por outros 5 tentos pelo time B, na Copa Pernambuco de 2003.

Esses números já o transformam em um mito. No primeiro deste século.

Literalmente, pois a sua história começou a ser escrita nos Aflitos em 2001, quando chegou já com 29 anos. Uma aposta digna de mega-sena. Vitória digna de prêmio acumulado.

Mas s história de Kuki parece ter tido o seu último capítulo nesta semana.

Jogador e diretoria não chegaram a um acordo.

Sempre achei que um clube é feito, sobretudo, de ídolos.

Kuki foi um dos gigantes da história do Náutico. Chegou numa fase sombria do Timbu e foi 3 vezes campeão pernambucano e 3 vezes artilheiro do Estadual.

Ele está na história do futebol pernambucano. Por cima.

A idade chegou, é verdade. Aos 38 anos, Kuki não rende mais como antes no ataque timbu. Mas a sua saída precisa ser digna de sua história nos Aflitos, e não decidida numa desavença em um escritório.

A torcida merece gritar “Kukê, Kukê, Kukê!” pela última vez.

E Kuki merece ouvir isso pela última vez.

Ranking dos pênaltis (1)

Pernambucano-2010: Central 2 x 2 VitóriaRecomeça a contagem sobre as penalidades no Campeonato Pernambucano. Nesta quinta, a primeira “parcial”. Serão 22 ao todo. Nesta primeira rodada, apenas duas penalidades. As duas foram convertidas.

A primeira delas, aliás, foi, também o primeiro gol do Estadual de 2010. A honra coube ao atacante Anderley, do Central, no empate por 2 x 2 com o Vitória, no Lacerdão. Foto: Giro dos Esportes.

Pênaltis a favor
1 pênalti – Central e Porto
Nenhum pênalti – Sport, Santa Cruz, Náutico, Vitória, Vera Cruz, Cabense, Ypiranga, Sete de Setembro e Salgueiro

Pênaltis cometidos
1 pênalti – Vitória e Salgueiro
Nenhum pênalti – Sport, Santa Cruz, Náutico, Vera Cruz, Cabense, Ypiranga, Sete de Setembro, Central e Porto

O mundo antes da América

Corinthians campeão mundial em 2000

Há exatamente uma década, a Fiel torcida do Corinthians comemorava a sua maior conquista. Em 14 de janeiro de 2000, o time paulista venceu o Vasco nos pênaltis, na final do 1º Mundial de Clubes realizado pela Fifa. A competição foi disputada no Brasil, com a presença de 8 equipes, divididas em duas chaves (Rio de Janeiro e São Paulo). Os dois representantes brasileiros lideraram as suas chaves, desbancando o favoritismo de Real Madrid e Manchester United e avançaram para a decisão.

No Maracanã, com mais de 20 mil corintianos, o Timão segurou o 0 x 0 e ganhou o título depois que o atacante Edmundo chutou pra fora a última cobrança. Confira no vídeo abaixo, em comemoração ao centenário do Corinthians, nesta temporada.

Apesar do título, a falta de uma Libertadores ainda rende muita gozação com o time, já que os 3 rivais no estado (São Paulo, Palmeiras e Santos) já venceram a competição. O goleiro Rogério Ceni chegou a soltar uma pérola sobre o título mundial do Corinthians:

“Para conquistar o mundo é preciso atravessá-lo”. 😈

Em 2010, uma nova participação na Taça Libertadores. Campeão no centenário…?

A média de público daquela competição foi espetacular: 36.714, em 14 jogos.