Dos seis países do continente, pelo menos um representante estará nas oitavas de final do Mundial da África do Sul. Honra que pertence a Gana, que já havia passado para a segunda fase há quatro anos.
Desta vez, Gana se classificou com uma campanha muito irregular. Uma vitória, empate e uma derrotase. O revés aconteceu nesta quarta-feira. Contra a poderosa Alemanha, o time africano pouco fez. Os germânicos ganharam por 1 x 0, com um golaço de Mesut Oezil, fechando a chave com uma econômica liderança (6 pontos).
Para a seleção de Gana avançar mesmo perdendo (de novo), a Sérvia precisou fazer a sua parte…
O resto da ex-Iugoslávia, que empolgou ao bater a Alemanha na rodada anterior, fraquejou e caiu diante da Austrália.
Vitória merecida da turma dos cangurus por 2 x 1. E ambos já podem se dirigir ao Aeroporto de Joanesburgo e comprar a passagem de volta.
Pai e filho nas oitavas de final. As duas nações de língua inglesa mais ricas do mundo seguem na cruzada da Copa de 2010. Inglaterra, com direito ao manto vermelho campeão mundial em 1966, e Estados Unidos, o mais aplicados dos alunos no football, ou soccer para os norte-americanos.
São duas das maiores torcedores presentas na África. A maior? Surpreendentemente, é a dos EUA, que foi a torcida estrangeira que mais comprou ingressos para o Mundial.
Nesta quarta, a Inglaterra venceu a Eslovênia por 1 x 0. O English Team teve chance de fazer mais. Mas encontrou um adversário na parede e que chegou a ter a vaga na mão ainda na segunda rodada. Mas que sofreu um duro golpe no fim da chave.
Apesar do revés, o país menos populoso da Copa estava avançando. Mas a rodada dupla reservou um pouco de justiça. Jogando bem melhor, os EUA iam empatando sem gols com a Argélia…
O time norte-americano teve até um gol mal anulado, de Dempsey. Mais um! Já havia sido assim contra a Eslovênia, quando o “árbitro” não permitiu a virada para 3 x2.
Mas, aos 47 do segundo tempo, houve a implosão da vaga eslovena e a explosão de alegria da classificação dos EUA, com um gol na raça de Donavan, no rebote: 1 x 0.
A Fifa vai anunciar em dezembro deste ano as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Essa é a primeira vez que a entidade define de uma só vez dois Mundiais. Ao todo, nove candidaturas foram oficializadas (saiba mais AQUI).
Mesmo assim, já tem gente que já está pensando bem mais longe… Uruguai e Argentina já lançaram uma candidatura conjunta para 2030! Veja AQUI.
Aproveitando o bom desempenho na África, o Uruguai já começa a reforçar a sua “campanha” pelo centenário da Copa, que começou justamente lá, em Montevidéu, em 1930. Os torcedores charrúas já criaram até mesmo um logotipo do torneio, que não leva em conta a Argentina, diga-se… Um sinal da velha rivalidade do Río de la Plata?
No blog oficial da Copa de 2030 já tem até a contagem regressiva…
Faltam apenas 19 anos, 11 meses e 21 dias.
Se possível, a minha pessoa estará com 48 anos nesse Mundial. Jajá chega.
Aos poucos, o mata-mata da Copa do Mundo vai ganhando forma. Nesta terça-feira, dois duelos das oitavas de final foram firmados. Confira uma breve análise das chaves.
Uruguai x Coreia do Sul
Estádio Nelson Mandela Bay
Port Elizabeth, sábado, às 11h
Os bicampeões mundiais, perdidos no tempo, querem recuperar o respeito em 2010. No mínimo isso. Com uma campanha surpreendentemente sólida e um futebol aplicado, a Celeste Olímpica aparece como favorita contra o rápido time asiático, que marcou cinco gols na primeira fase. Nada mal. Será uma disputa equilibrada.
Argentina x México
Estádio Soccer City
Joanesburgo, domingo, às 15h30
Desde a traumática classificação para a Copa nas duas últimas rodadas, a Argentina engrenou. Ganhou cara de time, conjunto e carisma, na imagem absoluta do seu técnico. Maradona caminha para virar imortal em Buenos Aires. Vale destacar que o jogo é um replay das oitavas de 2006 (vídeo). Provavelmente, com o mesmo final.
A Argentina, lotada de reservas, jogou para o gasto. E venceu por 2 x 0. Três jogos e três vitórias para a “Família Maradona”. O time se tornou o primeiro a encerrar a primeira fase da Copa com 100% de aproveitamento. A vítima foi a “quadrada” Grécia, que se despede do Mundial mais uma vez na fase de grupos, como em 1994.
Em Durban, também na terça, Nigéria e Coreia do Sul disputaram uma espécie de prévia das oitavas. Jogo corrido, valendo vaga, contra um adversário direto.
A Nigéria fez 1 x 0, sonhou com a vaga (a primeira da África em 2010) e tomou a virada… Depois, Yakubu perdeu um gol inacreditável para as Super-Águias. Lance histórico desde já. Logo depois, ele empatou de pênalti.
No fim, o 2 x 2 foi comemorado. Mas bem longe dali… Na capital Seul. A Coreia, que chegou à semifinal na base do “apito” em 2002, em casa, se classifica pela primeira vez longe de seu reduto. Os asiáticos choraram.
Uruguai e México classificados. Antes da rodada decisiva, na terça, os dois times já eram os mais cotados da chave para avançar para as oitavas de final da Copa de 2010. Mas não foi nada fácil. Pelo menos para a seleção mexicana, eterna coadjuvante.
Em Rustemburgo, o Uruguai completou a sua grande campanha na primeira fase do Mundial diante dos próprios mexicanos. Vitória da Celeste por 1 x 0, com um gol de Luis Suarez. Sete pontos, 4 gols a favor, nenhum sofrido e liderança. Time aguerrido demais, e, depois de um bom tempo, seguro na defesa. Defesa = Lugano.
Glória em 1930, 1950 e 2010? Por enquanto, o tri é um devaneio. Mas a mística pesa…
Já o México, que lutou bastante (foi uma boa partida), suou frio… Ficou com a segunda vaga e já enxerga a Argentina em seu horizonte. Mas, por vários minutos, viu um fantasma chamado Bafana Bafana.
Em Bloemfontein, a África do Sul não quis se despedir do seu próprio Mundial. A equipe atacou muito a atual vice-campeã França e fez 2 gols. Poderia ter feito mais.
Deveria ter feito mais! Mesmo com um a menos (Gourcuff recebeu o vermelho aos 25 do 1º tempo), os Bleus reagiram e marcaram um gol.
A África do Sul sai da disputa com uma vitória por 2 x 1. É a primeira vez, desde 1930, que o anfitrião sai logo na primeira fase. Uma pena, mas que agora siga a mesma festa na arquibancada. Valeu, África!
Chegou a última rodada da fase de grupos do Mundial. De terça até sexta-feira serão 16 jogos que vão definir os 16 times das oitavas de final. Dois países já estão lá, é verdade. Brasil e Holanda garantiram vaga, enquanto Camarões e Coreia do Norte já estão eliminados.
E nada como um bom simulador! O portal Globo.com disponibilizou um sistema que permite colocar resultados até a final da Copa. Faltando uma rodada, fiz a simulação (print screen abaixo). Alemanha e Espanha fora. Cravei empate nos dois…
Confesso que é difícil chegar a um consenso. O repórter do DP Celso Ishigami também fez o mesmo simulador. Na “minha” previsão: Brasil x Argentina (Inglaterra e Paraguai nas semifinais). Na de Celso: Brasil x Espanha (Uruguai e Inglaterra nas semifinais).
Chegamos à metade do número de jogos da Copa do Mundo de 2010. Já foram realizadas 32 das 64 partidas da competição na África.
Somando todos os bilhetes disponibilizados nos dez estádios, o número de ingressos foi de 1.860.852, o que geraria uma fantástica média de público de 58.151 (seria a 3ª maior da história). Deste montando de entradas, 1.569.447 ingressos foram vendidos, resultando numa média de público de 49.045 torcedores.
Esse dado corresponde a uma taxa de ocupação de 84,3%. É uma explicação razoável para os inúmeros “clarões” nas arquibancadas nesta fase – mesmo com as câmeras fugindo desses ângulos. Muitos ingressos encalharam na África do Sul. Várias empresas sul-africanas chegaram a “premiar” os funcionários com o ingressos, em acordos com o comitê organizador da Copa para preencher as lacunas nas modernas arenas.
Até agora, a metrópole Joanesburgo recebeu oito jogos (quatro no Soccer City e quatro no Ellis Park). Já as cidades de Polokwane e Nelspruit receberam apenas duas partidas. O maior público foi justamente na abertura da Copa, em 11 de junho, com o empate entre a anfitriã África do Sul e o México, com 84.490 pessoas no Soccer City.
Já o menor (um dos mais baixos nos últimos 30 anos em Mundiais) foi em outro 1 x 1, com Nova Zelândia e Eslováquia. A atração não seduziu o público em Rustemburgo. Apenas 23.871 pessoas pagaram ingresso para entrar no estádio Royal Bafokeng.
Confira abaixo todas as médias de público da história da Copa.
De 20.000 a 30.000 torcedores:
1930 (24.139 em 18 jogos); 1934 (23.235 em 17 jogos); 1938 (26.833 em 18 jogos); 1958 (24.800 em 35 jogos); 1962 (24.250 em 32 jogos)
De 30.001 a 40.000 torcedores:
1954 (36.269 em 26 jogos); 1982 (39.699 em 52 jogos)
De 40.001 a 50.000 torcedores:
1974 (46.685 em 38 jogos); 1978 (42.376 em 38 jogos); 1986 (46.956 em 52 jogos); 1990 (48.368 em 52 jogos); 1998 (43.517 em 64 jogos); 2002 (42.268 em 64 jogos); 2010 (49.045 em 32 jogos)
De 50.001 a 60.000 torcedores:
1966 (50.459 em 32 jogos); 1970 (52.312 em 32 jogos); 2006 (52.491 em 64 jogos)
Acima de 60.001 torcedores:
1950 (60.772 em 22 jogos); 1994 (68.991 em 52 jogos)
A amarelada na primeira rodada foi grande. Vexatória e quase sem explicação.
Na tarde desta segunda-feira a Fúria encerraria a 2ª rodada da Copa do Mundo. E sob os olhares de todas as torcidas do planeta. Aquele time supertécnico, um dos maiores favoritos ao título, teria a sua segunda chance no Mundial contra Honduras.
Contra a fraca Honduras… Não havia espaço para um novo tropeço. Nenhuma bolsa de aposta cravava algo diferente de uma vitória espanhola.
E a Espanha venceu. Finalmente, “estreou” na Copa, com um triunfo básico por 2 x 0. E a chance jogar com uma simples vitória na última rodada e garantir a sua vaga nas oitavas de final, como todos esperavam.
Jogará novamente sob os olhares de todos… Mas desta vez não será pela curiosidade de ver um novo fracasso, mas sim de conferir de perto aquele tal candidato ao título. Em sua verdadeira prova de fogo. Todos querem ter a certeza se o enterro voltou.
Foram 559 minutos sem levar um gol. Recorde absoluto na Copa do Mundo.
A última vez que o ferrolho suíço havia sido vencido foi em 2 de julho de 1994, em Washington, na Copa dos EUA. A Espanha já vencia o jogo das oitavas de final por 2 x 0 quando Beguiristain fechou a conta, de pênalti, aos 41 minutos do segundo tempo (veja o gol “histórico” abaixo). Desde então, uma muralha.
Nesta segunda-feira, finalmente uma seleção quebrou essa marca da Suíça. Um país sem tanta tradição no futebol, e que – talvez por isso – não tenha a menor vergonha de jogar com 10 atletas dentro da área…
O gol do chileno Gonzalez, aos 29 do 2º tempo, saiu sete minutos após a quebra do recorde da história da competição, que pertencia à Itália, que ficou 550 minutos sem levar um gol entre as Copas do Mundo de 1986 (1 jogo) e 1990 (6).
A marca da Suíça passou pelas Copas de 1994 (1 jogo), 2006 (4) e 2010 (2) porque o time conseguiu a proeza de ser eliminado de um Mundial sem levar gol. Exclusividade da seleção helvética, que só saiu nos pênaltis, nas oitavas, após 120 minutos contra a Ucrânia. A Suíça está na história. Mas perdeu! Chile 1 x 0.
Enquanto isso, a América do Sul chegou a 10 jogos de invencibilidade no Mundial de 2010. Todos os 5 representantes lideram os seus grupos. São 8 vitórias e 2 empates.