Meta mínima: 39.756 tricolores

Convocação da torcida do Santa Cruz. Crédito: CoralNetComeça uma campanha maciça do Santa Cruz.

Durante toda a semana, o povão coral será convocado para mais uma prova de grandeza no Arruda, mesmo na Série D. A ilustração ao lado é do próprio site do clube, o Coralnet (veja AQUI).

Nesta terça, serão colocados à venda 50 mil bilhetes, mas o clube espera ir além, até a reserva técnica, chegando ao limite da capacidade atual do estádio, de 60.044 pessoas.

Se acontecer, o Santa ficará no “topo”.

Hoje, a maior média de público do Brasileiro pertence ao Fluminense, da Série A, com 27.457 pessoas. Foram 8 jogos no Maracanã.

A Cobra Coral levou 70.076 pessoas em três jogos no Mundão e tem um índice de 23.359.

Para chegar a pelo menos 27.458 e assumir a “liderança” de público em todas as quatro divisões nacionais, o Santa precisa de 39.756 torcedores no próximo domingo, contra o Guarany/CE.

Com a lotação esgotada (60.044 pessoas), a média ficaria em 32.530!

Acredito em mais de 40 mil. Ou seja: suficiente. Você vai?

Na escala de domingo do Superesportes, do Diario, é a minha vez. Até o Arruda…

O Flu receberá o Palmeiras no Rio na quarta-feira. Depois, a conta recalculada.

Expansão do mercado do Estadual

Petrolina

Boa Viagem, Piedade, Casa Caiada ou Barra de Jangada…? Longe do mar. Petrolina.

Em 2001, o maior município do Sertão de Pernambuco tinha uma população de 220 mil moradores. Já era há um bom tempo o principal polo econômico do Rio São Francisco.

Em 2010, o IBGE estima que a população de Petrolina seja de 285 mil habitantes.

Tanto no primeiro quanto no último ano da década, a cidade não esteve representada na elite do Estadual. A ausência de Petrolina no Pernambucano é uma grande lacuna.

Fica a 734 quilômetros do Recife? Sim, e daí? Um dia o Estadual pode ter sido um “campeonato citadino”. Era, de fato, até os anos 50. Se hoje defendemos a interiorização da competição, é preciso contar com os grandes mercados do estado.

E Petrolina é, sem dúvida alguma, um dos principais, com um PIB de R$ 1,77 bilhão.

Mas se 2001 e 2010 ficaram marcados por esse vazio no certame, os anos seguintes contaram com a cidade nas melhores pelejas do nosso futebol.

No próximo dia 11 de novembro, o Petrolina Social Futebol Clube vai completar 12 anos de fundação. Novo ainda, mas, neste domingo, a Fera Sertaneja já chegou ao seu 2º título da segunda divisão. Repetiu o feito de… 2001.

O time foi treinado por Neco, o que já demonstra de certa forma o tamanho do investimento para o acesso. O Petrolina participou da Série A2 com uma folha de R$ 100 mil, altíssima para o padrão da deficitária competição profissional.

Não por acaso, o time goleou o Belo Jardim por 5 x 1 na última rodada e ficou com o título. Na classificação geral, abriu uma vantagem de 10 pontos. Acesso merecido!

Aos grandes do Recife, a certeza: agendem passagens para o Aeroporto Nilo Coelho.

Saiba mais sobre o desfecho da Série A2 clicando AQUI.

Veja mais fotos aéreas de Petrolina AQUI.

O time de todos subiu

América Futebol ClubeUm domingo histórico para o futebol pernambucano.

Como é possível…? Sport, Náutico e Santa Cruz folgaram na data magna do futebol. É verdade, mas…

Jogando nas entranhas do futebol do estado, quase escondido, uma das forças mais tradicionais ressurgiu.

Na última rodada da Série A2, atuando fora de casa, em Chã Grande, o América venceu o Decisão por 4 x 1 e ficou com uma das duas vagas à elite do Estadal de 2011.

O time precisava tirar 2 gols de saldo na rodada decisiva da competição. Era meio caminho andado para mais uma frustração do Mequinha, conhecido há anos pela simpatia e tido como o “segundo clube de todos os pernambucanos”.

Mas o América se superou e ficou com o festejado vice. Petrolina foi o campeão.

Longe da 1ª divisão desde 1995, o América Futebol Clube está de volta! Próximo do seu centenário (que será realizado em 12 de abril de 2014), o clube da Estrada do Arraial vem jogando no Ademir Cunha, em Paulista. Andarilho com a raiz no Recife.

O clube volta com o peso de 6 títulos estaduais: 1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944. A sexta conquista foi a última vez que a taça não ficou com o Trio de Ferro.

O time ainda tem 9 vices do Pernambucano (último em 1952) e 11 títulos do extinto Torneio Início… Fora os antigos clássicos: Náutico (Clássico da Técnica e da Disciplina), Sport (Clássico dos Campeões) e Santa Cruz (Clássico da Amizade).

É ou não é um domingo histórico? Torci muito pelo América, admito…

De forma modesta, o time já tenta faturar. As camisas oficiais do Alviverde estão sendo vendidas na sede, na Ceasa. Fone: (81) 3468-1000 (veja o site oficial AQUI).

Sociologia das paixões clubísticas

Diario de Pernambuco: 29/08/2010. Capa do Superesportes. Arte: Greg/Diario de Pernambuco“Em Pernambuco, o Santa tem a maior torcida que vai ao campo. Pode ser por conta desse sentimento de esperança. O torcedor vai ao estádio sonhando com a vitória, mesmo sabendo que o clube vai mal ele acredita no sucesso. Se o Náutico passasse por essa situação, talvez deixasse de existir. É uma torcida mais elitizada. A torcida do Sport é mais de momento. Talvez até possa superar a do Santa em número, mas ela é de momento. É como se fosse de moda… Como foi na Libertadores, onde era chique estar na Ilha.”

Por Denílson Marques, doutor em sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.

É um texto bem polêmico envolvendo os três clubes. A declaração faz parte da ampla reportagem “Um Fenômeno chamado Santa Cruz”, na edição deste domingo do Diario.

Leia a matéria completa dos repórteres Celso Ishigami e Diego Trajano clicando  AQUI.

Sobre a arte: o Diario de Pernambuco vem abusando do grafismo no Superesportes há algum tempo. Desta vez, a arte na capa do caderno foi assinada por Greg.

O sonho está acabando

Sonho

O fim do primeiro tempo no ABC Paulista era quase um sonho.

Digno do tal “carro-chefe” do Brasileiro da Série B de 2010.

Vitória parcial do Sport por 2 x 0 sobre o Santo André em uma rodada que também ajudava, com o empate entre Portuguesa e Bahia, no Canindé.

Jogando na Grande São Paulo, o Leão havia marcado com Igor e Ciro, em um confronto equilibrado até então, mas com a sorte de duas finalizações certas.

Até aquele momento, a diferença do pentacampeão pernambucano em relação ao G4 da Segundona caía para seis pontos.

Mas com uma zaga em uma fase tão ruim fica mesmo difícil acordar com uma realidade semelhante àquela do sonho. E a realidade, como sabemos, é um pouco mais cruel…

O suposto triunfo se transformou em uma ilusão numa tarde de sábado.

O Santo André pressionou bastante na etapa final. Ao todo, teve 17 escanteios, contra apenas 3 do time pernambucano.

Mesmo com o gol de cabeça, o capitão Igor seguia jogando o mesmo futebol abaixo da crítica das últimas rodadas. Hoje, culminou com uma expulsão.

Tudo bem que a sua falta saiu após um contra-ataque dado por Ciro, fominha lá na frente. Erros em sequência. Algo que não resulta em algo diferente de um tropeço.

Bola na área o tempo todo… Magrão espalmando no canto direito, no canto esquerdo, no alto… Só não dá para salvar sempre. E ele não conseguiu. O Ramalhão chegou ao empate aos 41 minutos, já com a neblina tomando conta do estádio.

Ali, 2 x 2. No Canindé, o Bahia atropelou e fez 4 x 2 na Lusa.

Consequência? O Sport acaba a 17ª rodada da Série B a 9 pontos do G4.

O time não perde há seis jogos. São 2 vitórias e 4 empates. Somou 10 pontos. Caminhada muito tímida, com o freio de mão puxado.

Hoje, o Sport está muito longe da volta à elite. O sonho está acabando.

Do Parkour ao Partoba

O Parkour é um esporte meio arriscado… Conhecida como a “arte do deslocamento”, a modalidade foi criada pelo francês David Belle. Descrição na página do esporte:

Parkour (por vezes abreviado como PK) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas.

Ok. Agora veja abaixo o lado B da história… O “Partoba”.

É punk

Série B-2010: Náutico 0 x 0 Brasiliense. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A recuperação não veio. Mais um 0 x 0 frustrante no Recife. Desta vez nos Aflitos.

Contra o Brasiliense, e a sua surreal camisa rock’n’roll, o Náutico ficou no empate na Série B, na presença de 9.300 torcedores.

No primeiro tempo, o goleiro Glédson fez pelo menos três ótimas defesas.

Salvou o time… Volta por cima, pois o camisa 1 do Alvirrubro já começava a receber algumas críticas da torcida após as últimas duas derrotas.

Mas a vida de qualquer goleiro sempre foi complicada. E olhe que Glédson era um dos destaques da equipe antes deste momento com alguma turbulência.

Voltando ao jogo, a noite desta sexta deu mesmo muito trabalho a Glédson, que ainda teve que segurar os meninos do Brasiliense (Iranildo, Acosta e Ruy) na etapa final.

As melhores chances foram mesmo do time candango durante toda a partida.

A vitória não passou nem perto do Náutico nesta rodada.

O técnico Gallo reconheceu isso e, certamente, já está cobrando uma reação do grupo nas próximas rodadas. De qualquer forma, o Alvirrubro chegou aos 28 pontos.

Segue fora do G4, mas está bem próximo… A duas rodadas do fim, a meta timbu de acabar o primeiro turno da Segundona com 33 pontos ficou comprometida.

Mas pelo menos a noite serviu para provar que a torcida alvirrubra pode mesmo confiar no seu goleiro para o restante da longa jornada na Segundona.

No lado do Brasiliense, bem que o clube poderia aposentar essa camisa musical, já que aposentar meio time seria bem mais difícil…

A nata da Copinha

Federação Pernambucana de Futebol (FPF)A FPF divulgou os nomes dos oito clubes que vão disputar a Copa Perambuco de 2010 entre 12 de setembro e 28 de novembro.

Turno único, com sete rodadas. Os quatro primeiros avançam para a semifinal, em jogos de ida e volta. Mesmo formato da final da competição.

Veja o regulamento completo AQUI.

Para inscrever um jogador, basta uma foto 3×4, certidão de nascimento, cópia do RG e atestado médico com exame cardiológico. Se for menor de idade, precisa da autorização do pai ou responsável.

Simples, não…? Até porque a competição é semiamadora. Ou seria semiprofissional?

Quase todos os participantes tem alguma tradição na Copa Pernambuco. O Santa Cruz vai em busca de um inédito tricampeonato consecutivo.

  • Sport (campeão em 1998, 2003 e 2007 e vice em 2000 e 2005)
  • Santa Cruz (campeão em 2008 e 2009 e vice em 1998)
  • Vitória (campeão 1995 e 2004 e vice em 1994)
  • Central (campeão em 2001 e vice em 1996, 1999 e 2009)
  • Porto (campeão em 1999)
  • Atlético Pernambucano (vice em 2008)
  • Decisão (vice em 2001)
  • Afogadense

Dos grandes do Recife, somente o Náutico ficou de fora.

Batismo secreto da arena

Diário Oficial de Pernambuco, 20/08/2010, criando a Arena Pernambuco Investimentos

Arena Capibaribe? “Não.”
Arena Maracatu? “Não!”
Arena Pernambuco? “Não…”

De fato, a terceira resposta era a mais evasiva, segundo os envolvidos.

Desde que a arena inserida no projeto Cidade da Copa foi lançada, muito se falou da estrutura, viabilidade (ou não), localização etc.

Mas o nome – essa palavra quase “desnecessária” – acabou passando batido. Desde 15 de janeiro de 2009, quando o projeto foi apresentado, os nomes acima (entre outras ideias) foram divulgados. Pelo governo do estado, é bom ressaltar.

O Diario Oficial de Pernambuco oficializou a SPE (Sociedade de Propósito Específico) do estádio, chamada de Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A..

Uma placa da Odebrecht com o nome “Arena Pernambuco” também foi colocada no canteiro de obras. Agora vai ser difícil alguém afirmar que “não existe nome oficial”.

Existe sim! O que poderá acontecer (e é bem provável) é a assinatura de um contrato de naming rights, com a concessão do nome a alguma empresa.

No fim das contas, eu acho é que os torcedores vão acabar chamando o estádio é de Cidade da Copa mesmo… A conferir.

Rei de Pernambuco

Coroa

Hamilton.

Alagoano de Murici. Completou 30 anos em junho. Volante marcador. Eficiente. Conhecido como um “cão de guarda” em campo.

Muitas vezes, acaba sendo a única saída do treinador quando o jogo aperta.

Pela marcação pesada, acumula em série inúmeros cartões amarelos. E vermelhos. Saindo das quatros das linhas, a situação muda.

Ele torna-se um jogador quase “bipolar”, muito instável. Por isso, quase o regente de uma monarquia. Talvez tenha mesmo o rei na barriga.

Uma hora no Náutico, outra no Sport, depois no Náutico, e em seguida no Sport.

Ele não facilita em nada a negociação. Não cede. Como a maioria dos reis, diga-se…

Hamilton tem esse direito, é bom ressaltar. Mas a crítica vai ao futebol de Pernambuco, que se submete a esses personagens da bola. Fazem leilão, cobram adiantado etc.

Agora, o atleta chega ao Timbu pela segunda vez em 2010. Isso porque quis um contrato curto no Estadual. Depois de negociar com os rubro-negros, é claro.

É possível que ele forme uma boa dupla com Ramires no Alvirrubro? Demais. Mas, na minha opinião, o futebol local não pode ficar refém de jogadores assim.

Além desta imposição no contrato, Hamilton já se negou a jogar pelo Náutico na última rodada da Série A de 2008, quando sentiu uma lesão que jamais apareceu em exames.

O Timbu não caiu graças à melhor atuação do goleiro Eduardo pelo clube, que recebeu a nota 10 do Diario no 0 x 0 com o Santos na Vila Belmiro.

Mas é fato consumado. Hamilton está de volta e deve reforçar bem o time de Gallo na Série B. De qualquer forma, é bom reforçar também a segurança na sua fazendo em Sergipe, que costuma ser invadida quando os zeros não aparecem na conta bancária.

Náutico, 2008; Sport, 2009; Náutico, 2010; Sport, 2011; Náutico, 2012; Sport, 2013; Náutico, 2014; Sport, 2015; Náutico, 2016; Sport, 2017…

Aos 37 anos, chega. Aí, Hamilton vai se dedicar em tempo integral à sua fazenda.

Eis o verdadeiro Rei de Pernambuco.

Por que três coroas então? Porque Pernambuco tem outros reis do mesmo tipo…