E, acima de tudo, a falta de um lugar marcado no estádio.
A arena pernambucana para o Mundial de 2014 deverá contar com um sistema moderno para a comercialização de entradas. Um salto para o futebol pernambucano.
Venda em 3D.
Os 46.214 assentos do estádio em São Lourenço deverão ser digitalizados pela Soft.Zone, empresa pernambucana de software que negocia com a Odebrecht para fornecer o I.I. (Imóvel Interativo) à arena. O programa custou R$ 220 mil!
Detalhe: a venda em 3D também será acessível em celulares.
A Soft.Zone desenvolveu uma versão de uma arena virtual com exclusividade para o blog, com uma ideia do que vem por aí. Confira AQUI.
O estádio, em 2014, terá a mesma modelagem da arena do estado.
Confira a reportagem completa neste domingo, no Diario.
Após o título continental do Internacional, correu a notícia de que o Brasileirão teria apenas três vagas na Libertadores do ano que vem.
A justificativa seria o fato de que agora o campeão da Copa Sul-americana garante uma vaga na fase de grupos da Libertadores.
Essa notícia causou repulsa.
Seria um ato incrivelmente sem noção da Conmebol. Mais um na história.
Desde 1962, o campeão da Libertadores sempre gerou uma vaga extra ao país.
No caso, o Brasil, que atualmente tem direito a cinco vagas, ficaria com seis em 2011.
Nesta sexta-feira, a Conmebol parece ter “voltado atrás” e ratificou a vaga extra ao campeão da Libertadores.
Teremos seis vagas na próxima edição do maior campeonato das Américas.
Com duas vagas extras – em caso de título na Libertadores e na Sul-americana -, a lógica seria que o Brasil pudesse ter até sete vagas na Libertadores. Porém, não será mesmo assim.
Caso algum time brasileiro conquiste a vigente Copa Sul-americana, o 4º lugar da Série A será penalizado, perdendo a sua classificação. Assim, o G4 viraria G3…
Nesse cenário, o 3º lugar também sofreria, pois a sua vaga na fase de grupos acabaria, dando um passo para trás, iniciando a competição na Pré-Libertadores.
E pensar que a Venezuela tem três vagas na Libertadores… É demais.
O técnico Celso Roth tinha apenas 40 anos quando conquistou o seu primeiro título profissional. Ganhou o Gauchão de 1997 treinado o Internacional.
Depois, assumiu o rival Grêmio. Em 1999, comandando o Tricolor, ganhou duas taças : outro Gauchão e a extinta Copa Sul.
Sempre o mesmo estilo linha-dura. Chamado algumas vezes de retranqueiro.
A peso de ouro, foi contratado pelo Sport em 2000. Era jovem, apontado como o sucessor de Luiz Felipe Scolari, mas o Leão abriu o cofre de forma quase desnecessária.
Eram R$ 120 mil mensais para um técnico em ascensão.
Ele veio para o Recife com uma boa dose de mau humor e teimosia tática.
Pegou um plantel com atletas em grande fase, como Leonardo, Bosco, Adriano, Sangaletti, Nildo e Leomar. Roth taxou o grupo de “mediano”. O clima turbulento.
Mas não é que mesmo assim ele ganhou mais um campeonato?
Com muito esforço, conquistou a Copa do Nordeste (veja AQUI).
Mas o time seguia travado, tropeçando e irritando a torcida (época do “Burroth”). Acabou caindo depois de uma derrota diante do Náutico, por 2 x 1. Em plena Ilha.
O Leão não perdia em casa para o Timbu havia cinco anos! Demissão consumada em 7 de maio de 2000, com uma trajetória de 20 vitórias, 7 empates e 4 derrotas.
E uma taça! A última… Depois, foram 10 anos sem uma medalha de ouro sequer.
E olhe que Roth treinou mais de dez clubes da Série A. Se adaptou aos pontos corridos, realizou boas campanhas e manteve o seu nome na lista de sondagens dos grandes.
Neste ano, estava no Vasco, ajustando o time, mas recebeu um convite da direção colorada, que estava sem paciência com o uruguaio Jorge Fossati.
E como não aceitar? Trocar um time irregular por outro já na semifinal da Libertadores?
Roth topou a aposta. E ganhou a mega-sena. Celso Roth, campeão da Libertadores. De fato, o time do Inter de fato melhorou bastante com a sua chegada…
O treinador pegou um time engessado e conseguiu tornar o Internacional em uma equipe veloz e competitiva, utilizando bem as peças de altíssimo nível como Tinga, D’Alessandro, Giuliano, Giuliano, Rafael Sóbis e Bolívar.
Deixou o 3-5-2 do time na Libertadores e encarou o 4-4-2. Deu certo.
Da Copa do Nordeste para a Copa Libertadores, uma década de aprendizado.
Internacional, campeão da Taça Libertadores da América de 2010.
Campeão não… Bicampeão!
A conquista desta quarta-feira se junta ao título de 2006. Por sinal, o Inter engatou a 5ª marcha e ganhou o seu 5º título internacional desde então. Com isso, ultrapassou o rival Grêmio, dono de quatro taças internacionais oficiais.
O Colorado venceu o Chivas novamente, agora por 3 x 2, num Beira-Rio ensandecido pelo clima. Pelo tão falado “espírito Libertadores”.
O Inter, com o lastro de 100 mil sócios em dia, chegou ao seu segundo título da Libertadores após garantir a vaga na competição com o vice-campeonato brasileiro.
Foi assim em 2005 e em 2009. No ano passado, por sinal, o time perdeu o título nos minutos finais, depois que o Flamengo virou o jogo sobre o Grêmio, no Maracanã. O título ficou com o Fla.
O torcedor colorado no vídeo abaixo sofreu com o gol sofrido pelo Grêmio naquela ocasião. Desta vez, seja lá onde estiver, esse mesmo torcedor deve ter ido à forra!
Essa história de vídeos motivacionais para os clubes está virando coisa séria… Cada vez mais os torcedores estão dominando as técnicas de edição, com boas produções. Abaixo, um vídeo feito para o Sport pela Azougue Vídeo Produções, com locução de Tony Araújo, texto de Rafael Pontes e edição de Cristiano Lima. Ficou bacana. Confira.
Era o primeiro jogo de Marcelinho Paraíba na Ilha do Retiro.
A estreia havia sido no sábado, em Bragança Paulista. Discreta.
Em casa, uma expectativa enorme sobre a contratação mais cara do Sport na temporada. Entre luvas e salários, um custo mensal de R$ 110 mil.
Meia-atacante. Qualidade no passe, velocidade, bom finalizador. Era a prova dos 9 do jogador. Na verdade, a prova do camisa 10.
O adversário não era qualquer um não. Enfrentar o São Caetano, 3º lugar no Brasileiro da Série B, tinha deixado a torcida bem desconfiada. Vai ou não vai? Uma dúvida que já se arrasta há várias rodadas no clube.
Mas ele correspondeu.
Pode até ser exagero das letras de alguém que estava no estádio, mas a verdade é que Marcelinho Paraíba teve uma das melhores estreias no Leão considerando os jogadores renomados dos últimos anos.
A vitória foi convincente. Uma goleada, aliás: 4 x 1.
Um scout rápido de Marcelinho: um golaço de falta e três assistências, sendo duas delas para o artilheiro Ciro, agora como 11 gols. Esse, por sinal, arrumou um bom companheiro no ataque.
Os números de Marcelinho realmente foram de um “meia-atacante”, que buscou a bola a todo instante, tabelou e mostrou uma visão de jogo diferenciada. Fim da partida, e os repórteres que o cercaram perguntaram qual nota ele daria para si mesmo.
“Dez”.
Com as devidas proporções que a Segundona exige, o craque teve uma atuação digna desta nota. Se foi 10, 9 ou 8,5… De fato, é bem subjetivo. Tanto faz a nota publicada nos jornais ou num blog. A grande atuação de Marcelinho foi percebida pela torcida.
No fim, ele ainda mandou o recado… Quer pintar o cabelo de vermelho e preto. Aí, só vai faltar mesmo o acesso à Série A. O mais importante, diga-se…
O título da Libertadores será decidido em Porto Alegre pela 3ª vez nos últimos cinco anos. Em 2006, o Internacional conquistou o título numa decisão contra o São Paulo, no Beira-Rio. No ano seguinte, o Grêmio viu a festa do Boca Juniors em pleno Olímpico.
Nesta quarta, o Beira-Rio será palco da finalíssima mais uma vez. O Colorado joga por um empate contra o Chivas para ficar com o bi.
O jornal gaúcho Zero Horadesenvolveu um excelente infográfico com uma volta em 360º no estádio do Inter. São ângulos em vários setores. Para ver a partir do centro do gramado, clique AQUI.
Os números absolutos da 4ª pesquisa Lance!/Ibope foram divulgados em 31 de maio de deste ano (veja AQUI). Depois, o instuto foi mostrando outros dados do estudo, como torcidas mais jovens, mais velhas, mais ricas, mais pobres, por região…
Nesta terça-feira, chegou a vez de Pernambuco, como mostra o print screen acima. O Sport tem 33% da torcida do estado, seguido pelo Santa Cruz (12,8%) e Náutico (9%). Só depois do Trio de Ferro é que aparece algum “forasteiro”. O clube de fora mais bem colocado é o Corinthians, com 8,1%. É a segunda vez que o Timão aparece com um bom índice em pesquisa de torcidas por aqui…
Fora do Nordeste, o Náutico é o clube pernambucano com mais torcida, com 79.091. Depois, vem o Sport, com 50.156, e em 3º lugar, o Santa Cruz, com 40.510.
Talentoso e dono de arrancadas que conduziam o time às vitórias. O meia Eduardo Ramos rapidamente foi apontado como a “melhor contratação do Sport em 2010″.
E era verdade. Uma grata surpresa.
Começou jogou como segundo volante. Marcava e municiava Ricardinho, que havia sido o escolhido em janeiro para armar o time.
O tempo mostrou que Eduardo Ramos jogava bem mais que a posição que ocupava e que Ricardinho estava “cansado”, longe de ser um camisa 10 da Ilha do Retiro.
Mesmo atuando um pouco mais atrás, Eduardo Ramos foi mostrando a sua qualidade no passe e, sobretudo, nas passadas largas com a bola dominada.
Em 24 de janeiro, fui até Caruaru para fazer a cobertura do jogo Central x Sport para o jornal. O editor do Diario, Fred Figueiroa, também foi. Ainda no primeiro tempo, Fred comentou, lá do alto da cabine do Lacerdão:
“Esse cara joga bola. Sai para o jogo, é forte e chega no ataque. Pode jogar mais.”
Olhei para o lado e falei: “Tá bom, velho… Vai virar auxiliar de Givanildo Oliveira, é?”.
Brincadeira à parte, o jogador teve a segunda nota mais alta da vitória leonina por 2 x 1, com um 7,5. Abaixo apenas de Wilson, autor dos gols, com 9 (veja AQUI).
De fato, Eduardo Ramos rapidamente se transformou no principal articulador da equipe. Armou, deu assistências e marcou gols.
Foram muitos. Dez ao todo. O próprio meia chegou a dizer que nunca tinha tido uma fase “ofensiva” tão boa na carreira. Acabou como vice-artilheiro do time no Estadual.
Campeão e eleito o melhor jogador do Pernambucano, diga-se.
O status de ídolo já estava bem encaminhado.
Sucesso paralelo aos problemas particulares, um extracampo que comprometeu a sua passagem no clube. Goiano de Caçu, Eduardo passou a morar no Recife. Um jovem de 24 anos que conheceu a generosa noite da cidade. Em sua essência.
Em campo, uma displicência irritante para a torcida. Finalizações longe do padrão de outrora. O nível dos adversários havia melhorado? Sim. Mas não a ponto de fazer com que o jogador se tornasse opaco. As críticas foram inevitáveis.
Eis que na véspera do jogo contra o São Caetano, na Ilha, onde as vaias já eram algo comum para o camisa 8, o jogador pediu dispensa do clube. Problemas pessoais.
A pressão superou o talento. A noite superou a pressão. E não será fácil acordar.
A montagem que ilustra o post já circula há alguns dias na web. Marcou o jogador, segundo ele mesmo em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).