Batalhinha dos Aflitos

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

Assim que o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca encerrou o jogo nos Aflitos, na noite desta terça-feira, uma certa frase rendeu bastante no microblog Twitter.

Por sinal, foi o título deste post.

Ironia que remete, obviamente, ao jogo de 2005 contra o Grêmio, também na Série B.

Desta vez, um jogo duríssimo, com cara de revanche. Na estreia, o Náutico havia sido goleado pela Portugusa por 4 x 0. O Timbu evoluiu desde então e subiu na classificação.

Saiu da lanterna na primeira rodada para uma consolidada 3ª colocação.

Então, nos Aflitos, diante de 16.548 torcedores, uma verdadeira panela de pressão. O Alvirrubro criou as suas chances no primeiro tempo, assim como a lúcida Lusa. Dessa vez, Kieza e Edno não decidiram.

No fim do primeiro tempo, o lance que decidiu a história do jogo.

Ferdinando derrubou Kieza e recebeu, merecidamente, o segundo cartão amarelo. Foi expulso. Em seguida, por reclamação, Marcelo Cordeiro também ganhou o vermelho.

Em dois minutos, o Náutico via surgir uma chance claríssima para derrubar o perigoso ponteiro, com cinco vitórias como visitante e só uma derrota longe do Canindé.

E foram 49 minutos de vantagem no segundo tempo, incluindo os acréscimos, com o Náutico martelando o adversário, completamente fechado pelo técnuico Jorginho.

A cada gol perdido, mãos na cabeça na lotada arquibancada em Rosa e Silva.

Kieza, Rogério, Philip e Eduardo Ramos perderam as melhores oportunidades.

O empate sem gols acabou não saindo do placar. Um 0 x 0 frustrante.

Em dois jogos seguidos contra os melhores, Ponte e Lusa, dois empates nos quais a vitória pernambucana esteve muito perto. Pelo contexto, foi, sim, uma batalhinha.

Nada que mude o foco de um time a quatro pontos do 5º lugar, firme no G4. Menos mal.

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

O ponto mais comemorado dos últimos tempos

Série B 2011: Icasa x Sport. Foto: Álvaro Claudino (Sport)/divulgação

Os rubro-negros estiveram presentes no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte.

Em número pequeno, mas com o desejo de ver a terceira vitória seguida na Série B.

Se com apenas 25 minutos de treino com PC Gusmão o Sport passou por cima do Vila Nova, a expectativa era de que após uma semana de trabalho intenso na Ilha o time leonino apresentasse um padrão de jogo ainda mais consolidado diante do Icasa.

Pois aconteceu exatamente o oposto na noite desta terça-feira.

O Sport jogou muito mal, em uma de suas piores atuações nesta Segundona.

Uma passividade incrível na defesa, sem gana na marcação, uma sequência interminável de passes errados no meio-campo e uma dupla de ataque que não chutou, não tabelou e não colaborou nem com a articulação nem com a pressão na saída de bola.

Ainda assim, um empate salvador na abertura do returno, 2 x 2.

Resultado através de duas cobranças de falta. Aos 22 minutos do primeiro tempo, no ângulo esquerdo do goleiro, e aos 43 da etapa final, no cantinho.

Ambas com a assinatura do meia Marcelinho Paraíba, veterano, contestado, cobrado e ainda diferenciado. Não foi brilhante, mais teve uma dose de lucidez e empenho.

Ele evitou uma derrota diante do Icasa, que, se não jogou bem, pelo menos agrediu o Sport na maioria do tempo e ainda contou com a sorte, vendo um gol contra ridículo do Leão – de Tobi para Gabriel, de Gabriel para as redes – e com um gol duvidoso.

Aqueles torcedores rubro-negros que encararam a viagem até o Ceará estão aliviados, certamente. Outros tantos que acompanharam a partida em Pernambuco devem ter consciência de que o futebol foi abaixo da crítica.

Esse pontinho valeu como uma vitória de ocasião. Cobre mais, PC. Bem mais…

O secreto Ricardo Xavier em três atos

Site do São Caetano

Ricardo Xavier mostrou mais uma vez o bom futebol.

Foram 9 gols no Pernambucano, ajudando o Náutico a terminar a fase de classificação em primeiro lugar. Chegou a ser cogitado como o craque da competição.

Acabou se machucando e deixou o clube.

Acertou com o São Caetano, longe da pressão da torcida.

Pronto para um recomeço, vinha brigando pela titularidade do time do ABC Paulista.

Na noite desta terça-feira, encarnou as atuações de sua passagem em Rosa e Silva.

Marcou uma, duas, três vezes. Hat-trick.

Poder de fogo suficiente para aniquilar o Salgueiro por 3 x 1, em uma briga direta contra o rebaixamento. O jogo chegou a estar empatado em 1 x 1, quando Tamandaré desperdiçou uma penalidade para os sertanejos.

Sinal de que nem a sorte vem ajudando… Já com o terceiro técnico, Barbieri.

Depois, do outro lado, o próprio Ricardo Xavier também cobrou uma penalidade.

Melhor tecnicamente, o centroavante não vacilou diante do Carcará. Se antes ele não estava nem mesmo na página do Azulão na web, agora já deve ser o destaque.

Uma mensagem para o novo presidente

Sede da Federação Pernambucana de Futebol. Foto: FPF/divulgação

Um novo capítulo começa a ser escrito, ainda sob o olhar incrédulo do torcedor…

Em uma solenidade fechada na tradicional sede da FPF, no bairro da Boa Vista, o advogado Evandro Barros Carvalho vai tomar posse nesta quinta-feira, de forma oficial, como o novo presidente da entidade que comanda o futebol pernambucano.

Ele ficará no poder de 1º de setembro de 2011 até 31 de dezembro de 2015.

São mais de quatro anos de gestão pela frente, em uma organização de 93 filiados e R$ 2,8 milhões de patrimônio líquido, registrando lucro nos últimos anos.

Evandro será o 31º mandatário da federação, cuja história começou em 16 de junho de 1915, ainda com o nome Liga Sportiva Pernambucana.

Até então primeiro vice-presidente executivo, ele chega à principal cadeira do futebol local – profissional, amador e feminino – com uma enorme responsabilidade, entre elas a de substituir Carlos Alberto Oliveira, cuja liderança era geral entre os clubes e ligas.

Então, este post é um espaço aberto para o torcedor… Portanto, participe. Opine!

O que você espera do novo presidente da FPF? Qual deve ser a principal atitude?

Qual mudança deve ser feita na estrutura do futebol pernambucano?

O que você que acha pode ser mantido em relação à gestão anterior?

A costura da primeira homenagem

Estátua de Rocky, na Philadelphia.

Durante a entrega do Troféu Lance Final, destinado aos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano deste ano, em 16 de maio, Carlos Alberto Oliveira subiu no palco para revelar o nome oficial do troféu do Estadual de 2012.

“Como forma de agradecimento a essa empresa amiga, correta, leal do futebol pernambucano, quero anunciar que o nome do troféu do próximo campeonato será Troféu Globo Nordeste.”

Agora, a cúpula da FPF estuda modificar a denominação da taça de campeão da próxima competição para “Troféu Carlos Alberto Oliveira”.

Ainda abatido, o secretário-geral da FPF, João Caixero, que também era amigo pessoal do dirigente, afirmou ao blog que a ideia já está sendo considerada.

“Carlos Alberto deu esse compromisso, divulgando o nome do troféu, mas a ausência dele nos move ao interesse de fazer uma homenagem. Vamos rever com a diretoria da FPF quando a vontade dele será cumprida (2012 ou 2013). Com a concordância da Globo, faríamos uma importante homenagem póstuma no próximo ano.”

Desde a notícia sobre o falecimento do mandatário, alguns torcedores chegaram a sugerir o nome de Carlos Alberto para a futura Arena Pernambuco. Por questões contratuais com o consórcio, porém, isso é basicamente impossível.

Mas tal homenagem já foi feita, em escala menor. Em Surubim, o campo local com capacidade para 4 mil pessoas chama-se Estádio Municipal Carlos Alberto Oliveira.

Até 1999, o nome era “Roberto Rivelino”, mas, após uma ajuda da FPF na ampliação da arquibancada, a nova denominação acabou sendo aprovada pela população.