Barueri 2 x 1 Salgueiro, na noite desta sexta-feira, em São Paulo. Fim da participação do estreante pernambucano na Série B, rebaixado à terceira divisão de 2012.
De fato, o Sertão local esteve representado na Segundona pela 1ª vez desde 1971.
Porém, dos 19 jogos do Carcará na competição, nenhum deles ocorreu na cidade a 510 quilômetros de distância do Recife. A população de Salgueiro ficou relegada ao PPV.
Em um dos planejamentos mais equivocados que já se viu no futebol pernambucano, o estádio Cornélio de Barros, que deveria ter capacidade para 10 mil torcedores, o mínimo exigido pela CBF para este Brasileiro, só começou a ser ampliado após o Estadual…
Assim, o Salgueiro jogou as suas 11 partidas do Pernambucano em casa.
Na Série B, muito mais importante e rentável, a equipe teve que jogar no Grande Recife, principalmente no Ademir Cunha, mas com passagens no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.
Em 19 jogos, apenas 63.565 pagantes registrados no Litoral, com uma média de 3.346 pessoas e uma campanha de quatro vitórias, três empates e 12 derrotas.
O índice no certame estadual foi de 4.335 pessoas. Precisa dizer mais?
Enquanto isso, a obra do novo estádio do município, com 10.360 lugares, segue em andamento. A previsão inicial de conclusão para agosto logo foi dissolvida. Atividade, só em 2012. Na Terceirona, contudo, a CBF exige estádios de pelo menos 5 mil lugares.
Orçada em R$ 6 milhões, a construção é uma realização tripla, com R$ 3 milhões do governo do estado, serviço e mão de obra doados pela Odebrecht e o restante pela própria prefeitura, com todo o material e equipamento (veja as fotos aqui).
Definitivamente, um vexame clubístico-público-privado nesta temporada.