Incendiando a festa do futebol, só fora das arquibancadas

Torcida do Náutico recebe o time na sede dos Aflitos. Foto: Simone Vilar/Náutico

Em uma luta incessante para transformar o futebol cada vez mais em “peça de teatro”, a Fifa resolveu agora probir o uso de sinalizadores nas arquibancadas.

No Brasil, a prática já era uma tradição, na entrada dos times, ao sair um gol etc. Mas, para a entidade que comanda o futebol, é um artifício que não cabe mais nas arenas.

Nos Aflitos, o tom vermelho dos sinalizadores transformou o estádio inúmeras vezes em um caldeirão. Aos alvirrubros, o dever de continuar a calorosa recepção do elenco. A cada chegada do Timbus entra em ação o projeto Avenida Rosa e Silva em chamas.

Até onde se sabe, a Fifa não tem competência alguma para vetar este movimento, fora do estádio, que funciona como um importante incentivo. Mantém a aura das massas…

Nos pontos corridos na Série A, um sistema iniciado em 2003, o Náutico tem a 16ª maior média de público. Em suas três participações com o modelo vigente no campeonato brasileiro, o Alvirrubro teve um índice de 14 mil torcedores nas 57 partidas no Recife.

A partir de 2013 esses dados serão alimentados na Arena Pernambuco, com 46.214 lugares. Será que teremos algo como a “Radial da Copa em Chamas”?

O mesmo vale para as torcidas rivais do estado, no Arruda e na Ilha do Retiro. O mau comportamento de alguns vai tirando o brilho das festas de outros tantos.

Qualquer dia alguém vai acabar pedindo “silêncio” durante o jogo… Mesmo no gol.

Desafios mortais da Adidas

Canhão

Um treino completamente distinto do futebol atual, com ventiladores, luminosos, jatos d’água etc. É a campanha da Adidas, “Desafios Mortais”, com a nova chuteira Predator.

A fabricante de material esportivo chamou boa parte de sua tropa de choque para o vídeo, como Xavi, Van Persie, David Villa, Casillas, Daniel Alves, Sandro e Xabi Alonso.

São vários desafios na peça de um minuto, com a ajuda de boa edição gráfica, dando sequência à animada briga publicitária no futebol, Adidas x Nike.

Lionel Messi, que tem uma linha própria na Adidas (F50), ficou de fora. Por enquanto.

Eurocopa – Dia 1: Alívio polonês e open bar russo

Eurocopa 2012: Polônia 1 x 1 Grécia. Foto: Uefa/divulgação

Com muitos gols, começou a Eurocopa 2012, o Mundial sem Brasil, Argentina… e Uruguai.

Na abertura, em Varsóvia, a renovada seleção polonesa começou empolgando, mas no fim os 56.070 torcedores alvirrubros tiveram que se contentar com o 1 x 1, nesta sexta.

Lewandowski, a caminho do Manchester United, abriu o placar aos 18 minutos. E olhe que os donos da casa ainda viram a Grécia ficar com um jogador a menos.

Mesmo com a limitação técnica e a inferioridade numérica, os campeões europeus de 2004 deram outra prova de superação. Por pouco não veio a virada grega.

O pênalti cobrado por Karagounis foi defendido por Tyton, o terceiro goleiro da Polônia. O primeiro, Szczesny, havia sido expulso. O segundo, Fabianski, estava lesionado.

No complemento da primeira rodada grupo A, em Wroclaw, o duelo entre República Tcheca e Rússia, herdeiras das tradicionais Tchecoslováquia e União Soviética.

Seriam os dois favoritos da chave? De fato, a partida foi bem melhor que o jogo de abertura. Muita força física, alguns lampejos de habilidade e cruzamentos? Some a isso a velocidade russa nos contragolpes, bem armados. E incríveis finalizações.

Em um desses lances, Dzagoev aproveitou o rebote de uma cabeçada na trave e encheu o pé, vencendo o goleirão Petr Cech. Shirokov ampliou ainda no primeiro tempo.

Pilar diminuiu aos 7 da etapa final, reanimando o confronto. Mas o time da Rússia, crescendo na bolsa de apostas, fez uma partida de muita organização tática.

Aos 33, Dzagoev marcou o seu segundo gol. Na sequência, aos 36, Pavlyuchenko definiu a goleada do primeiro líder da Euro desta temporada, 4 x 1. Haja vodca em Moscou!

Eurocopa 2012: Rússia x República Tcheca. Foto: Uefa/divulgação

Há 15 anos, Gustavo Kuerten acordava o Brasil no domingo

Gustavo Kuerten ergue o troféu de Roland Garros de 1997

Por mais que a lembrança das raquetadas no saibro sigam recentes, o ano era 1997…

O Brasil já não acordava com a mesma empolgação esportiva na manhã de domingo.

A Fórmula 1 sem um ídolo não era a mesma coisa. Não é até hoje, diga-se.

Foi quando surgiu um catarinense de 21 anos, com uma camisa berrante nas cores azul e amarelo, bem diferente do tom sóbrio que marcava o circuito de tênis.

Como um cometa no esporte, Guga foi derrubando todos os adversários na mais improvável das caminhadas em Paris.

Estreia contra Slava Dosedel (3 a 0). Na sequência, só feras. Jonas Bjokman (3 a 1), Thomas Muster (3 a 2), Andrei Medvedev (3 a 2), Yevgeny Kafelnikov (3 a 2) e Filip Dewulf (3 a 1), na semifinal.

Durante duas semanas, Roland Garros se curvou àquele talento. Ainda mais pela origem, pois não havia brasileiro algum com um desempenho tão espetacular.

Na final, o embate contra o espanhol Sergi Burguera, bicampeão do Aberto da França em 1993 e 1994. Experiente e vencedor. A última barreira para a história.

Ali, o sonho de Guga já parecia realizado. Mas era apenas o primeiro de muitos.

O seu destino reservava inúmeras glórias a partir dali.

Em 8 de junho 1997, há exatamente 15 anos, Kuerten tornava-se campeão de Roland Garros pela primeira vez ao cravar 3 sets a 0 (6/4, 6/3, 6/2).

Naquela quadra central, de terra batida, ele seria rei, com o tricampeonato. Também com o status de número 1 do mundo, que chegaria em 3 de dezembro de 2000.

Abaixo, o registro histórico do dia em que o torcedor brasileiro voltou acordar feliz numa manhã de domingo…

Cazá Cazá, direto do telão

Não adianta só um placar moderno. É preciso utilizar os recursos à disposição.

No caso do Sport, a mudança foi no grito de guerra do clube, o cazá-cazá.

No jogo contra o Palmeiras, o papel coube ao técnico Vágner Mancini, que gravou um vídeo antes da partida. No telão, a imagem do técnico e as palavras para a torcida.

Confira a íntegra do vídeo, que deverá ter várias versões ao longo desta Série A.

Veja também o vídeo dos bastidores da vitória leonina aqui.