Uma apresentação sólida, dominando as ações mesmo atuando na casa do adversário.
Assim foi o Náutico, vitorioso, na noite deste sábado.
O Atlético Goianiense vinha de cinco derrotas consecutivas no campeonato brasileiro, em crise. Dispensando jogadores e com o técnico balançando. Ao Timbu, era a chance de ouro para pontuar fora de casa, algo que até esta rodada não havia acontecido.
O técnico Alexandre Gallo tinha consciência disso. A postura do time, sem fissuras, deixou isso claro, com a marcação já na saída de bola do Dragão.
A ousadia tática no Serra Dourada deu certo, com a posse de bola pendendo para o lado pernambucano. Com o time nos eixos, o Alvirrubro necessitava, então, que desta vez o setor ofensivo fosse eficiente, “só”.
Pois é. A confiança fora depositada no faro de gol de Araújo, desfalque na apresentação passada por uma cláusula contratual junto ao Flu. Dito e feito.
Autor de quatro gols até então na competição, Araújo, 34 anos, abriu o placar aos 24 minutos, em uma forte cabeçada, após um cruzamento na medida de Lúcio.
Gol para deixar o experiente atacante no topo da artilharia. Que custo benefício!
Por sinal, os dois protagonistas da jogada decisiva já haviam sido o diferencial do time nos primeiros resultados positivos nesta Série A.
Em vantagem, o Náutico tentou evitar o comportamento natural de jogar para manter o resultado na etapa final. Até sofreu alguma pressão do Atlético, mas o rival, tecnicamente limitado, não ofereceu perigo de fato na grande maioria do tempo.
O único susto foi em uma cabeçada de Patric, que Alessandro tirou na linha.
Articulando contragolpes, o Náutico buscou o segundo gol. Não conseguiu, mas, ainda mais importante, prendeu a bola no campo adversário. Segurou o 1 x 0.
Três pontos que abalaram de vez a estrutura do Atlético, rachado, lanterna.
Na equipe de Rosa e Silva, o resultado deixou uma base sólida de confiança. E ajudou bastante a evitar o terremoto no abismo chamado Z4.