As bandeiras eternamente não-olímpicas

Bandeiras de Sealand, Redonda, Anbid e Dover do Sul

Foram 205 bandeiras tremuladas no Estádio Olímpico, em Londres.

Ao todo, 204 nações presentes na grande festa, com humor e rock.

Uma bandeira especial foi reservada para quatro atletas, que desfilaram na cerimônia de abertura dos Jogos de 2012 com o emblema do Comitê Olímpico Internacional.

Competidores inseridos no evento, mas envolvidos em um imbróglio diplomático.

Três deles pela Antilha Holandesa, cujo comitê esportivo foi dissolvido, voltando a integrar a Holanda na Olimpíada. Ganharam o direito de seguir à parte. E mais um maratonista pelo Sudão do Sul. País tão novo que sequer conta com órgãos reguladores.

Mas e o que dizer dos micropaíses? Esses aí ficariam  de fora de todo jeito.

A começar pelo reconhecimento internacional. Na verdade, pela falta dele.

Seja pela ONU, Fifa ou COI. Por mais que clamem independência, eles não são aceitos.

E não é uma questão guerra ou embargo internacional.

Na verdade, são territórios irrisórios, sem qualquer estrutura operacional ou, vejam só, população. Existem no papel. Obras de diplomatas excêntricos. Dezenas deles!

Eis quatro exemplos famosos.

1) Sealand, uma base abandonada na costa britânica, reocupada em 1967. Para evitar um ato impopular, o governo não retomou o território, ocupado por uma família inglesa.

2) Redonda, uma ilha desabitada no Caribe, independente desde 1865. A monarquia já teve três reis. O primeiro deles, Matthew Dowdy Shiell, sequer morava na ilhota.

3) Reino de Anbid, na costa do lado Erie, nos Estados Unidos, criado em 2000. Tem como lema “Defensores da Fé” e utiliza um calendário à parte do gregoriano.

4) Dover do Sul, no sul da Ilha da Tasmânia, desde 2009. Surgiu depois da coração do Rei Lucien I, entediado no último ano do colégio e admirador de Sealand.

Ainda assim, segundo seus presidentes e reis, são nações independentes…

Até poderão participar da Olimpíada, mas com um papel simples: espectadores.

A arte impressionista em um recorde mundial sem visão

Alvo no arco e flecha

Um sul-coreano quebrou o recorde na disputa de arco e flecha nos Jogos de Londres.

Até aí, nada demais. Outros tantos ainda serão superados nesta edição.

Apesar de ter sido o primeiro recorde mundial quebrado na Olimpíada de 2012…

Na prova a 70 metros do alvo, Dong Hyun fez 699 pontos. Em 720 possíveis.

Hyun tem apenas 10% de visão no olho esquerdo e 20% no olho direito.

Sequer usa óculos.

Alvo no arco e flecha. Arte: Maria Eugênia Nunes/Diario de Pernambuco

Legalmente, o asiático é considerado cego pela Organização Mundial de Saúde.

Segundo o atleta, o alvo se parece com um “quadro impressionista atingido por água”.

Vale destacar que a antiga marca pertencia ao próprio Dong Hyun.

O desempenho foi estabelecido ainda na fase preliminar!

É um verdadeiro fenômeno do esporte, daqueles bem difíceis de compreender.

Olimpíadas, arte por toda parte…

Quadro impressionista

A tradução de Sgt. Pepper’s para os Jogos Olímpicos

Capa do Diario de Pernambuco: 27/07/2012

Dia da abertura oficial da Olimpíada de 2012, em Londres.

O desfile no Estádio Olímpico, sempre com uma festa daquelas, coloca o torcedor de vez na rota dos Jogos, com duas semanas eletrizantes, com mais de 300 competições.

Haja tempo diante da televisão a partir de agora até o dia 12 de agosto. Como diz a capa do Diario de Pernambuco desta sexta, a Olimpíada é pop.

E não é por acaso. Não mesmo…

A primeira página do jornal foi livremente inspirada na icônica capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, lançado em 1967.

A foto do disco é obra de Michael Cooper. A colagem feita por Peter Blake inclui rostos célebres, como Marilyn Monroe, Marlon Brando, Bob Dylan e Cassius Clay.

Veja quem é quem na capa do Beatles clicando aqui.

Capa de Sgt. Pepper's, dos Beatles, a e homenagem dos Simpsons