Mais uma chance para a obsessão olímpica do Brasil

Brasil nas Olimpíadas. Vice em 1984 e 1988 e bronze em 1996 e 2008

No mosaico, imagens da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos, perto do ouro…

Em 1984 e 1988, ficou com a prata. Sucumbiu na decisão diante de França e União Soviética. Em 1996 e 2008, o bronze. Nas semifinais, derrotas para Nigéria e Argentina.

Em 2012, mais uma chance para a seleção nacional, a 12ª na história.

Oficialmente, o torneio olímpico de futebol foi implantado em 1908. Desde então, apenas em 1932 não houve a competição, que já contou com diversos regulamentos em relação à convocação, sob as rédeas da Fifa, numa tentativa de evitar a concorrência.

Essa disputa COI x Fifa acabou refletindo diretamente no desempenho do Brasil.

Ao contrário da Copa do Mundo, onde detém o recorde de participações, presente nos 19 Mundiais, na Olimpíada a Seleção só entrou em campo em metade das 22 edições.

Para completar, o país, pentacampeão mundial, passou um bom tempo sem dar muita bola à Olimpíada, com o desinteresse da antiga CBD, a precursora da CBF.

O time de 1952, em Helsinque, foi bem aquém da capacidade técnica da época. Não passou das quartas de final. Era o início do longo jejum, ainda vigente.

Depois veio a forte concorrência dos países socialistas. Quase desleal, na verdade. A turma da cortina de ferro se dava bem com a pelota devido ao caráter “amador” dado às suas seleções, numa brecha burocrática do regime comunista.

Não por acaso, o Brasil foi eliminado quatro vezes seguidas na primeira fase. A partir de 1984, o Comitê Olímpico Internacional passou a aceitar jogadores profissionais.

Naturalmente, os brasileiros melhoraram o rendimento. Ainda assim, havia a condição de que esses atletas não poderiam ter disputado uma Copa do Mundo.

A partir de 1992, essa norma caiu. Mudou para a configuração atual, com atletas profissionais de até 23 anos, com o reforço de três jogadores acima desta faixa etária.

Mesmo com craques como Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho, o Brasil conseguiu no máximo duas pratas e dois bronzes. Está abaixo dos 16 países campeões.

A Hungria segue com o recorde de três medalhas de ouro. Que Neymar, Oscar, Lucas e companhia coloquem o Brasil no rol de campeões olímpicos em 2012.

Retrospecto da Seleção nos Jogos Olímpicos
11 participações em 22 edições (50%)
48 jogos (nenhum título, 2 decisões e 5 semifinais)
28 vitórias (58,33%)
5 empates (10,42%)
15 derrotas  (31,25%)
95 gols marcados (média de 1,98)
57 gols sofridos (média de 1,18)

Retrospecto da Seleção na Copa do Mundo
19 participações em 19 edições (100%)
97 jogos (cinco títulos, 7 decisões e 10 semifinais)
67 vitórias (69,08%)
15 empates (15,46%)
15 derrotas (15,46%)
210 gols marcados (média de 2,16)
88 gols sofridos (média de 0,90)

Medalhas de ouro de 1984, 1988, 1996 e 2008

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