Eram quatro jogos sem derrota. Nos Aflitos e fora dos Aflitos, a mesma consistência.
Um time que se acostumou a jogar com tranquilidade, tocando a bola. Atento.
Neste domingo, esperava-se um Náutico mais preocupado em se defender em Belo Horizonte, onde jamais havia vencido o Cruzeiro.
Pois nos primeiros minutos, o Alvirrubro surpreendeu bastante o mandante, trocando passes e chegando com perigo à meta do goleiro Fábio.
Até ali, nos primeiros trinta minutos, nada de afaboção.
Porém, aquela impressão inicial acabou sendo realmente algo repentino demais.
Aos poucos, o Cruzeiro foi tomando as rédeas e passou a martelar. Só não controlou o nervosismo na primeira etapa. Os três impedimentos seguidos demonstram isso.
A partir dos 30 minutos, outro jogo, com pleno domínio mineiro. Ainda assim, o Náutico seguia aplicado defensivamente e voltou mais compacto na etapa complementar.
O time de Rosa e Silva parecia satisfeito com o pontinho no estádio Independência. Não havia acomodação, é verdade. Infelizmente, houve ua grande dose de desatenção.
Em um cobrança de falta aos 29, a zaga timbu deixou Borges sozinho na pequena área. Pois foi naquele espaço mínimo que o atacante se aproveitou para desviar para o gol.
O poder de reação foi nulo. Ou quase isso, uma vez que o atacante Kim, que entrara na vaga de Araújo, teve a chance do empate aos 35 minutos, num toque de letra.
Aos 42, o troco. Élber finalizou bem, sem chances para Gideão, ampliou.
O resultado até parecia consolidado, mas o time estrelado acelerou o ritmo e Wellington Paulista escorou um cruzamento nos descontos, fazendo 3 x 0.
Deu um placar de goleada a um jogo truncado até então. A goleada sofrida em Minas Gerais terminou com os alvirrubros perdendo a cabeça.
A expulsão de Kim após o apito final demonstra a mudança de personalidade na partida.