O tempo quente só deu uma trégua no finzinho, com uma chuva fina no duelo com domínio do Salgueiro no primeiro tempo e o Santa Cruz no no segundo.
O saldo do esforço parcial, em 45 minutos, foi o empate em 1 x 1 neste domingo.
O Carcará começou a partida pressionando bastante o Tricolor, utilizando bem os seus atacantes, Kanu e Fabrício Ceará. Enquanto isso, o personagem de sempre, Tiago Cardoso, ia praticando boas defesas.
Antes do intervalo, quando o visitante já havia adiantado a marcação, o Salgueiro abriu o placar. Aylton Alemão cabeceou aos 42, após um escanteio. O curioso foi a bobeira da zaga, pois jogador sequer pulou para alcançar a bola.
A concentração tricolor é na Copa do Nordeste, mas outra derrota fora de casa no Estadual poderia complicar uma classificação facílima – são quatro vagas para seis candidatos. Assim, levemente ameaçado, o Tricolor correu mais na etapa final e cresceu de produção, usando as suas laterais.
Cassiano e Gamalho tentaram, mas sem direção nos chutes. Pior foi Everton Sena, livre na pequena área. Isolou. Já no abafa, o gol coral saiu aos 39. Nininho acertou o pé, homenageou o pai e tranquilizou o Santa na briga pelo tetra…
A primeira vitória alvirrubra na Arena Pernambuco nesta temporada. Já era hora.
O falso sentimento de que o estádio era o principal culpado pelo péssimo desempenho do time já crescia na torcida do Náutico.
De fato, o gramado em ótimo estado forçou a equipe a mudar o seu estilo de jogo, mas a transição será natural em todos os clubes tradicionais do país.
Jogando bola, usando bem os espaços no campo e a velocidade imposta pela grama baixa, o Timbu conseguirá somar os pontos necessários.
Neste domingo, começou a fazer as pazes com a arena, com a sua casa.
Nada de tropeços, como os três na Copa do Nordeste, que custaram a classificação. Desta vez, uma goleada por 3 x 0 sobre o Porto.
Marcus Vinícius, Pedro Carmona e Hélder abriram uma larga vantagem ainda no primeiro tempo, levantando das cadeiras vermelhas o desconfiado público vermelho e branco que trocou a prévia carnavalesca pelo futebol.
Foram 5.253 torcedores, que aplaudiram o rendimento da equipe de Lisca.
Enfim, somaram bom futebol ao conforto.
No geral, foi apenas a 5ª vitória timbu na Arena em 23 apresentações. Esta tarde pode ter sido também o ponto de partida para a mudança, pra lá de necessária.
A igualdade entre Sport e Central, na Ilha do Retiro, foi um detalhe na noite.
O sábado, desde já histórico, marcou o dia em que a Torcida Jovem, a massa amarela atrás da geral da sede, foi vaiada pela torcida do Sport.
Pela torcida do Sport que veste as verdadeiras cores do clube, vermelho e preto.
Uma equipe formada com nove reservas, mais um gol de Neto Baiano, uma aguerrida Patativa, precaução visando o CSA pelo Nordestão…
Tudo isso no empate em 1 x 1, mas que realmente ficou em segundo plano.
O ato de protesto da maioria no estádio, com 12.277 presentes, pode marcar uma mudança de comportamento no futebol local – alvo de 800 crimes cometidos nos últimos cinco anos por supostos integrantes das organizadas dos grandes clubes do estado, segundo o Ministério Público.
Tudo começou com a insatisfação da direção da uniformizada, criticada pelas seguidas confusões com a participação de potenciais membros. A última, em João Pessoa, obrigou o clube a jogar de portões fechados.
Por isso, através do facebook, cuja página do grupo conta com 100 mil adeptos, foi dada a orientação para que no primeiro tempo todos ficassem em silêncio.
Para que ignorassem o seu único objetivo ali, o de apoiar o Rubro-negro em campo – como realmente foi um dia nesses dezoito anos de história da TJS.
Enquanto isso, outros setores da Ilha continuaram vivos, cantando músicas com o nome do Leão, sem a necessidade de ofensas.
Veio o intervalo e a enorme massa amarela acordou, conforme a orientação.
“Uh, a Jovem aê!”, o primeiro grito.
A tradicional auto-ostentação desta vez foi vaiada, num volume bem acima.
A manifestação da organizada acabou se tornando o protesto dos demais.
Que esse ato abra a mente dos dirigentes. Os torcedores de bem não aguentam mais. E eles são, sem dúvida alguma, maioria. E querem voltar.
Até torcedores de Náutico e Santa elogiaram o episódio nas redes sociais, o que só mostra que a paciência com a Fanáutico e a Inferno Coral está no limite…
O carnaval já está chegando. Enquanto as ladeiras não ficam lotadas, ainda é possível até correr. No sábado, a Cobra Coral venceu a quarta edição da Corrida de Mascotes, realizada uma semana antes do carnaval olindense.
Nas ladeiras do Sítio Histórico, o mascote do Santa Cruz conquistou, de certa forma, o primeiro título do clube no ano do centenário.
O grande desfalque neste ano foi o Sport, que não mandou o mascote “Léo”. Campeão em 2011, o mascote rubro-negro caiu na corrida passada (veja aqui).
Confira o pódio de todas as ediçoes da Corrida de Mascotes em Olinda.
Os games de futebol ainda estão em processo de atualização para 2014, até mesmo os recém-lançados. As complementações são necessárias por causa da intensa troca de jogadores entre as equipes e os lançamentos de novos padrões.
Na surdina, os três grandes clubes do estado estão passando pelo processo.
Mesmo com o lançamento da nova versão, muitos jogadores permaneceram no game Pro Evolution Soccer 2013, sobretudo nos computadores. Isso acontece porque muitos atualizam os próprios jogos, através de “patchs” extraoficiais.
No modelo mais popular no Brasil, o BMPES, com 98 mil usuários registrados, as Séries A e B já estão fechadas no patch 7.00. Inúmeros clubes não licenciados foram incluídos, como o Santa – apenas Náutico e Sport estão no game original.
O internauta Erlon Gabriel enviou ao blog imagens dos principais atletas do trio. Cada jogador tem características distintas, levando em conta idade, técnica, velocidade, físico e resistência. O sistema processa uma pontuação média de cada um. Eis as fichas completas: Elicarlos (73), Caça-Rato (70) e Durval (77).
No patch também foram criados o Arruda, a Arena Pernambuco e a Ilha do Retiro – ausentes na versão oficial. Com esse gráfico, é possível simular o Clássico dos Clássicos, o Clássico das Multidões e o Clássico das Emoções…
O consumo de cerveja nos estádios brasileiros está proibido desde 2009.
A determinação partiu da própria CBF.
Naquele mesmo ano, alguns estados já haviam publicado leis estaduais com o veto, como Pernambuco. Aqui, a lei nº 932/2009 está em vigor desde 24 de março de 2009, quando foi sancionada pelo governador Eduardo Campos.
A proibição visava o combate à violência no futebol.
Cinco anos depois, há uma dúvida clara em relação aos resultados obtidos, uma vez que o número de crimes segue alarmante no esporte.
Paralelamente a isso, a pressão pela volta das bebidas alcoólicas foi aumentando. Entre os clubes, políticos, empresários… Fora os torcedores.
A Bahia aprovou neste mês a liberação, através da lei nº 20.506, votada na Assembleia Legislativa em 28 de janeiro e já assinada pelo governador Jaques Wagner. Contudo, há nessa decisão uma outra leitura da situação…
A Fonte Nova foi executada como uma parceria público-privada, como a Arena Pernambuco. Entre as fontes de receita, destaque para o milionário contrato de naming rights entre os gestores do estádio de Salvador e a cervejaria Itaipava.
Por R$ 100 milhões em dez anos, o nome virou “Itaipava Arena Fonte Nova”.
Curiosamente, o palco em São Lourenço também fechou com a empresa, incluindo tempo e valor, sendo rebatizado de “Itaipava Arena Pernambuco”.
Seria improvável que uma marca disposta a investir em uma década no empreendimento se sujeitasse a ficar proibida de vender o seu produto no período.
Não foi o caso da Bahia. Considerando o cenário semelhante em Pernambuco…
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitará o Recife pela terceira vez neste longo processo de preparação da subsede para a Copa do Mundo. Apesar do discurso oficial do dirigente, desta vez a pauta não será o estádio.
Nas anteriores, com caráter de inspeção, o cenário foi mesmo, a Arena Pernambuco. Em 26 de junho de 2012, quando a obra estava em 43%, e em 5 de março de 2013, com o empreendimento alcançando 90% de avanço físico.
Agora, mais uma vez uma visita, com o estádio pronto e em franca operação. A viagem foi anunciada pelo próprio francês nesta sexta (veja aqui).
Valcke retorna ao Brasil em 24 de março, em um tour por Fortaleza, Recife e Salvador. As três praças estiveram na Copa das Confederações, o que “diminui” as exigências para o Mundial, apesar da pressão sobre os planos de mobilidade.
O maior empecilho encontra-se em Pernambuco, com a fan fest cancelada na capital. Assim, um encontro entre Valcke e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, deve ser agendado. O gasto atrelado à cidade para o evento no Marco Zero, calculado em R$ 20 mi, já teria baixado para R$ 11 milhões, com alguns cortes.
No encontro, espera-se um possível acordo sobre as despesas.
Curiosamente, ambos sentaram lado a lado na última visita, em uma longa mesa com autoridades. Resta saber se a conversa resultará numa disputa (judicial) ou numa parceria (forçada). Se a cara dos dois for a mesma…
O Campeonato Pernambucano foi completamente recortado em sua fórmula visando a centésima edição, em 2014. Iniciou em uma fase classificatória, apenas com os intermediários. Agora, estão sendo disputados dois hexagonais paralelos, do título e da permanência. As três fases integram a primeira divisão.
Assim, já foram realizados 89 jogos – seriam 90, caso o Clássico dos Clássicos na estreia não tivesse sido adiado. Nesta primeira atualização do blog em relação aos públicos deste ano, a média aparece com 4.952. Uma estatística baixa, mas que ainda assim não bate com o visual da maioria dos jogos.
A última edição com média abaixo de cinco mil pessoas foi a de 2007, com 4.509. Curiosamente, aquele foi o único torneio desde 1998 sem o subsídio do governo do estado, tanto o Todos com a Nota quanto o Futebol Solidário.
O blog irá acompanhar as médias de público dos seis candidatos ao título, através do borderô oficial. No caso dos intermediários, os dados da primeira fase foram computados. Ao voltar ao TCN, o Tricolor estabeleceu o maior público do ano no estado, com 28.712 torcedores no clássico contra os alvirrubros. Os corais lideraram a média do certame nas últimas cinco anos.
Mesmo com estádios bem vazios no primeiro turno, a arrecadação já chegou a quase R$ 3 milhões, com 88% do público oriundo dos bilhetes promocionais.
1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 36.721
Média: 18.360
Taxa de ocupação: 30,57%
Contra intermediários (1) – T: 8.009 / M: 8.009
2º) Sport (1 jogo como mandante)
Total: 12.736
Média: 12.736
Taxa de ocupação: 38,61%
Contra intermediários (1) – T: 12.736 / M: 12.736
3º) Salgueiro (10 jogos como mandante)
Total: 78.417
Média: 7.841
Taxa de ocupação: 79,07%
4º) Central (9 jogos como mandante)
Total: 66.363
Média: 7.373
Taxa de ocupação: 37,85%
5º) Porto (10 jogos como mandante)
Total: 55.310
Média: 5.531
Taxa de ocupação: 28,39%
O Náutico ainda não atuou como mandante.
Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).
Geral – 89 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 440.739
Média: 4.952 pessoas
TCN: 388.808 (88,21% da torcida)
Média: 4.368 bilhetes
Arrecadação: R$ 2.894.201
Média: R$ 32.519
Fase principal – 8 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 90.650
Média: 11.331 pessoas
TCN: 54.582 (60,21% da torcida)
Média: 6.822 bilhetes
Arrecadação: R$ 903.718
Média: R$ 112.964
A Cidade da Copa foi apresentada pelo governador do estado, Eduardo Campos, em 15 de janeiro de 2009. Um projeto faraônico, orçado em R$ 1,59 bilhão.
A construção de uma nova centralidade urbana na zona oeste da região metropolitana da capital pernambucana, a dezenove quilômetros do Marco Zero, teria um bairro de 40 mil habitantes, estádio de futebol, centro de convenções, hotéis, escolas, faculdade, centro de comando da polícia…
Tudo agregado em 270 hectares num rincão em São Lourenço da Mata.
O gasto, que na prática passaria dos dois bilhões de reais, entre recursos públicos e privados, seria aplicado em quatro fases distintas do projeto: 2014 (imagem acima), 2015-2019, 2020-2024 e 2025 (imagem abaixo).
Naturalmente, já estamos no limite do primeiro módulo. Confira as oito diretrizes e as respectivas subdivisões da primeira etapa, com prazo vencido.
1 – Arena Pernambuco e Arena Indoor
2 – Praça de Celebração e zonas de comércio, entretenimento e alimentação (72.000 m²)
3 – Centro de Convenções (9.500 m²) e hotel com 300 quartos
4 – Melhorias na área norte do Rio Capibaribe
5 – Campus Educacional
6 – Instalação de Segurança (Centro de Comando e Controle Integrado)
7 – Radial da Copa finalizada
8 – Grande loja de varejo ao longo da BR-408
Apenas a Arena Pernambuco e a Radial da Copa foram construídas.
Até o momento, a Cidade da Copa, na prática, não existe.
“A iluminação por LED não estava prevista no projeto inicial e, por isso, não havia sido licitada. Para viabilizar o plano de antecipação da obra para a Copa das Confederações, foi realizada a mudança no projeto da fachada, o que garantiu que entregássemos 8 meses antes da data prevista. De toda forma, estão sendo realizados estudos de viabilização técnica e financeira para a realização do projeto para a Copa.”
A explicação da Arena Pernambuco em sua fan page oficial no facebook é recorrente, tamanha a quantidade de perguntas realizadas pelos torcedores, e olhe que são 166 mil curtidores na página.
Apesar da pequena esperança dada na última frase da nota oficial, visando o Mundial, a beleza do projeto em três dimensões, numa fachada semelhante à da Allianz Arena, em Munique, deve mesmo ficar no campo virtual.
Saiba mais sobre a polêmica em relação à fachada de LED aqui.