Do 4º lugar ao 7º, a campanha no Brasileirão é rigorosamente a mesma, com a tabela separando as equipes por ordem alfabética – algo que não existe na classificação final, é bom frisar.
Com o empate fora na estreia e a vitória em casa neste domingo (2 x 1 na Chapecoense), somando quatro pontos, o Sport larga dentro de seu otimista planejamento. O time manteve a 7ª colocação da estreia.
Curiosamente, o único time com 100% de aproveitamento após duas rodadas é o Fluminense, “rebaixado” na última rodada na Série A do ano passado, salvo pela polêmica perda de pontos da Lusa.
A 3ª rodada do representante pernambucano 04/05 – Internacional x Sport (16h00)
Jogos em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias leoninas, 6 empates e 6 derrotas.
Sem hipocrisia, mas ao olhar a tabela é possível que todos os outros dezenove integrantes da Série A exijam os três pontos em casa diante da Chapecoense, clube de menor receita na competição.
Se no Sport ocorreu isso, a meta foi cumprida, por 2 x 1. Mas foi bem difícil…
Desta vez homenageando a seleção mexicana, o Leão veio diferente neste domingo, com Rithely, como opção tática no lugar de Páscoa, e Renan Oliveira, devido ao desgaste de Wendel. O primeiro gol na Ilha não demorou. Aos 11, Rithely aproveitou um rebote e mostrou o motivo do interesse do Inter.
A marcação pernambucana começou bem ajustada, com um domínio de jogo.
Aos poucos, porém, o mandante foi dando espaço na sua intermediária. Cm o campo aberto, os catarinenses armaram um belo contragolpe, com a bola de pé em pé até a conclusão de Ricardo Conceição, com o gol vazio, aos 36.
A resposta do Sport foi instantânea, num golaço de Ananias. Se redimiu do erro no minuto anterior, que resultou no gol adversário. A verdade é que a equipe de Eduardo Batista não tomou grandes sustos no primeiro tempo, mas também não criou. A dupla Ailton/Renan não estava tão alinhada.
Na etapa complementar a ideia do Rubro-negro (verde!) era decidir logo. Só não conseguiu jogar bem. Errou bastante e viu a Chape acesa, com o camisa 10, Régis, bem inspirado, dando bastante trabalho a Ferron e Durval.
Entraram Danilo, Érico Júnior e Felipe Azevedo, mas o time não ficou mais ofensivo. Menos mal que a defesa segue compacta, como o ponto alto.
Na raça e com uma dose de sufoco, o Sport garantiu a sua primeira vitória no Brasileirão, diante de 13.671 torcedores – abaixo do esperado. Um resultado bem mais suado do que o previsto pela análise da tabela…
Os abomináveis atos de racismo continuam manchando o futebol. Desta vez, no entanto, a resposta foi incrível.
Durante o jogo Villarreal x Barcelona, pela liga espanhola, alguém jogou uma banana em direção ao brasileiro Daniel Alves, que iria cobrar um escanteio.
Sereno, o lateral pegou a fruta, descascou e comeu. Ao vivo, diante das câmeras televisão. Bateu o escanteio sem problemas.
E olhe que o Barça ainda “remontou” o placar, de 2 x 0 para 2 x 3…
Depois, o lateral da Seleção ainda ironizou o ato.
“Meu pai sempre disse: filho, come banana que evita câimbras. Como adivinharam isso? hahaha”
Parabéns pela atitude, Daniel Alves!
Caso não consiga assistir ao lance no vídeo abaixo, clique aqui.
O Campeonato Pernambucano já foi subsidiado pelo programa Todos com a Nota, do governo do estado, em oito edições: 1998 e 2008/2014.
A troca de notas fiscais por ingressos foi copiada na Paraíba em 1998, com o Vale Legal, e nesta temporada, com o Gol de Placa, com previsão de investimento de R$ 3 milhões. Em Pernambuco, com uma estrutura estendida a oito torneios junto à FPF, só no ano passado o total injetado foi de R$ 13 milhões.
Em 2015, segundo o presidente da federação pernambucana de futebol, Evandro Carvalho, o programa estatal poderá ser implantado em até onze estados. Apenas o Piauí teve o nome revelado. Todos teriam solicitado junto à secretaria da fazenda do estado uma transferência tecnológica do programa.
Nos últimos quinze anos a aplicação do TCN foi modernizada, mas basicamente no Recife. Da troca física de notas fiscais por um vale lazer ao cartão magnético acumulando pontos, com reservas por telefone ou internet, aplicativos e cadastro biométrico. Só na capital são 370 mil usuários.
De fato, a implantação do projeto em 1998 fez a média de público saltar de 2.080 para 10.895. Nas últimas edições, contudo, a torcida não foi tanto a campo no interior, apesar das médias oficiais de 5.548 e 6.318.
Caso confirmada a exportação de “know-how”, os demais campeonatos estaduais da região deverão registrar um aumento imediato nas médias de público.
Mas que o cenário seja o de 1998, com arrecadação e estádios realmente cheios.
Se conquistar um título na temporada futebolística já não é fácil, imagine dois.
Em Pernambuco, o raro cenário só aconteceu em cinco oportunidades em um século de competições oficiais organizadas pela FPF ou CBF e as suas respectivas precursoras, a FPD e a CBD.
Foram quatro dobradinhas do Leão e uma da Cobra Coral. O feito rubro-negro em 2014, com as taças do regional e do estadual no mês de abril, valeu até festa unindo as peças douradas na sede, antes da segunda rodada do Brasileirão.
1994 – Sport (Nordestão/Estadual)
2000 – Sport (Nordestão/Estadual)
2008 – Sport (Copa do Brasil/Estadual)
2013 – Santa Cruz (Série C/Estadual)
2014 – Sport (Nordestão/Estadual)
O Náutico já ergueu duas taças no mesmo ano. Em 1952, ano do tri no Estadual, venceu o Torneio dos Campeões do Norte-Nordeste. Em 1966, foi tetracampeão pernambucano e ficou com o troféu da Copa dos Campeões do Norte. Os dois regionais ainda aguardam a oficialização da confederação brasileira.
Nas regiões Norte e Nordeste, só o Paysandu conquistou a tríplice coroa. Foi campeão paraense, da Copa Norte e da Copa dos Campeões em 2002. Em 2000, o Sport chegou pertinho, mas foi vice na Copa dos Campeões.
O recorde no país pertence ao São Paulo, com quatro conquistas em 1993, todas internacionais: Mundial, Libertadores, Supercopa e Recopa.