O 45 minutos fez um raio x da movimentada semifinal nordestina entre Bahia e Sport, finalizada com a classificação dos baianos. Qual é o “tamanho” da culpa de Elber pelo gol perdido na Fonte Nova? E de Eduardo? Analisamos a necessidade de reforços para a Série A. Por fim, também entrou na pauta a crescente imagem da Copa do Nordeste, consolidada como principal torneio da região, apesar de ainda ignorada por parte da imprensa do Sul-Sudeste.
Nesta 119ª edição, com 1h26min, gravada logo após a partida, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A final da 12ª edição da Copa do Nordeste será entre Ceará e Bahia.
A finalíssima, inédita, reúne os últimos invictos da Lampions League.
Os times estabeleceram campanhas praticamente iguais, restando apenas o saldo de gols para definir o mando de campo no jogo de volta. No caso, as partidas serão nos dias 22 (Fonte Nova) e 29 de abril (Castelão). Promessa de 100 mil torcedores em campo no confronto.
Teremos uma final de grande porte, com o Vozão na briga pelo segundo ano seguido. A taça dourada segue como o maior sonho do clube alvinegro.
Enquanto isso, o Baêa, sob nova gestão, quer voltar a comemorar uma grande conquista depois de 13 anos, desde o bicampeonato nordestino.
Ao campeão desta temporada, a vaga na Copa Sul-Americana e uma premiação absoluta de R$ 2,74 milhões. O vice ficará com R$ 1,24 milhão.
O Bahia manteve a escrita em mata-matas contra o Sport, ampliando o histórico para 6 x 1. Numa Fonte Nova tomada por 40 mil torcedores, neste domingo, o meia Souza, ex-Náutico, marcou três vezes e comandou a virada do tricolor de aço sobre o atual campeão nordestino. Com direito a um segundo tempo movimentadíssimo no placar, Bâea 3 x 2, avançando à grande final.
A eliminação do Rubro-negro, que chegou a ficar pertinho da vaga em Salvador, tem inúmeras explicações, sem nem precisar voltar ao jogo de ida, na Ilha. Analisando apenas o jogo de volta, alguns pontos foram fundamentais.
1) A chance desperdiçada por Elber, aos 30 minutos, deixaria 2 x 0 favor do Leão, que já vencia após cabeçada certeira de Diego Souza. Seria uma vantagem muito difícil de reverter no formato com gol qualificado fora de casa, ainda mais com o mandante tão mal em campo até então.
2) A mudança de Neto Moura por Danilo. A escalação do jovem meia foi surpreendente, mas Neto fez valer a confiança do técnico, com um ótimo primeiro tempo, protegendo a intermediária. Já a entrada do lateral/volante/meia/etc, no intervalo, tirou a estabilidade tática do time – Neto saíra por opção técnica. Fora o fato de que Danilo entrou nervoso além da conta.
3) Dois gols sofridos em dez minutos. Em um chute de fora da área (falha de Magrão) e um pênalti polêmico (bem marcado, apesar de inúmeros outros lances parecidos serem ignorados – foto acima), o versátil Souza virou o jogo. Era visível no rosto dos leoninos a incredulidade pelo resultado.
4) Nem mesmo após o novo empate (2 x 2), com Renê cobrando falta e Douglas Pires falhando bisonhamente, o time colocou a bola no chão. O segundo tempo do Sport foi praticamente nulo na criação de jogadas. Mas o terceiro gol baiano também teve uma cota de azar, com Vitor desviando para a própria meta. Magrão ainda salvou, mas o dia era mesmo Showza.
5) A pontaria de Felipe Azevedo. As duas últimas grandes oportunidades caíram nos pés do atacante, que voltou após duas semanas de molho. Apesar da força imposta nas finalizações, ele sequer acertou a barra.
6) Eduardo Batista. O técnico conseguiu a proeza de desconstruir a sua própria proposta de jogo, que estava funcionando. Após a saída de Neto, a entrada de Régis no lugar de Mancha (e não de Danilo, perdido em campo) só completou o serviço. Eduardo tem crédito, mas o erro foi fatal.