Podcast 45 (121º) – Santa e Salgueiro em vantagem e análise sobre Diego Souza

Foram seis gols nos jogos de ida das semifinais do Pernambucano. Os tentos escreveram histórias bem distintas, com quatro a favor do Santa sobre o Central e dois do Salgueiro diante do Sport. No 45 minutos, analisamos as partidas e os caminhos para os jogos de volta, no domingo. Em relação ao Leão, em situação complicada, o foco foi Diego Souza, com estatísticas de suas participações no mata-mata. Por fim, um entrevista exclusiva com a tenista pernambucana Teliana Pereira, campeã do WTA de Bogotá.

Neste 121º podcast, com 1h29min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Magrão e a decepcionante relação com a Torcida Jovem, recorrente entre atletas e organizadas

Magrão com a camisa da Torcida Jovem. Crédito: Torcida Jovem/facebook

Há exatamente dez anos, o goleiro Magrão chegava ao Sport.

À parte da questão técnica, em campo, o ídolo passou quase ileso em polêmicas fora dele. Tanto que tem o respeito até de torcedores adversários.

Mas não é infalível (ninguém é).

E justamente na data marcante, o camisa 1 do Rubro-negro vestiu a camisa da Torcida Jovem, organização proibida pela justiça de frequentar os estádios por causa de episódios violentos nos últimos anos.

A foto foi compartilhada na página da facção no facebook.

A explicação oficial da imagem (uma homenagem da organizada ao jogador) deixa claro que o Leão tentou coibir a foto, cujo registro foi feito dentro das dependências da Ilha. Ou seja, a colaboração partiu realmente do goleiro.

“A diretoria do nosso clube, talvez por não pensar em nenhuma homenagem ao nosso ídolo, está coibindo a presença do mesmo na sede da nossa entidade para completar toda a programação prevista. Pensando nisso, nos deslocamos para Ilha do Retiro e prestamos nossa homenagem no local ao nosso ídolo, infelizmente não poderemos contar com a sua presença em nossa sede.” 

O Sport proíbe o uso da imagem dos seus jogadores pelas organizadas.

Outros jogadores consagrados já fizeram o mesmo no futebol recifense? Várias vezes, nos três grandes clubes. Para citar os casos mais recentes, Neto Baiano, Marcelinho Paraíba, Kieza, Eduardo Ramos, Dênis Marques etc. Até técnicos, como Lisca, e presidentes. Sem contar os gestos característicos.

Qual é a diferença, então? Em relação aos atletas, talvez, o tempo de casa de Magrão. Desconsiderando a tese de coação, havia tempo (e conhecimento) suficiente para saber exatamente a relação uniformizada/clube/violência.

Na atual relação com torcidas organizadas, parece um contrassenso à imagem.

Qual é a sua opinião sobre o episódio? Comente.

Atualização, com a nota oficial do Sport e a posição de Magrão:
“Hoje à tarde, fui surpreendido, dentro do clube, por um grupo uniformizado pedindo para tirar uma foto comigo. Não me senti confortável em recusar. Mas não autorizei explorar a minha imagem, pois, inclusive, tenho contrato de cessão de imagem com o Sport, até porque sei que o clube não compactua com torcidas organizadas”.

Neto Baiano com a Torcida Jovem. Foto: Diario de Pernambuco

Marcelinho Paraíba com a Torcida Jovem. Foto: Diario de Pernambuco

Kieza e Eduardo Ramos com a camisa da Fanáutico. Foto: Fanáutico/Fotolog

Lisca com a camisa da Fanáutico. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Dênis Marques com a camisa da Inferno Coral. Foto: CoralNet

Camisa da Inferno Coral no Santa Cruz de 2011. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press