Os dez nomes dos Refugiados Olímpicos, representando mais de 60 milhões

Time dos refugiados nos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: unhcr.org

Pela primeira vez na história, a Olimpíada irá acolher uma equipe de refugiados durantes as competições. Uma equipe pequena, mas que representa um duro tema atual, com números exorbitantes. Somente em 2015, segundo a ONU, mais de 60 milhões de pessoas que fugiram de seus países devido às guerras e perseguições, na maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

Oficialmente chamado de Team Refugee Olympic Athletes (Team ROA), a delegação terá dez nomes, já confirmados pelo comitê olímpico internacional após uma seletiva com 43 candidatos. Com tratamento idêntico às 206 nações filiadas, o “Time de Refugiados” participará de todo o programa no Rio de Janeiro, como as boas vindas na cerimônia de abertura no Maracanã, marchando à frentes do país-sede, inclusive, e alojamento na Vila Olímpica, tomada por quase 11 mil competidores. Em qualquer representação do time, incluindo algum pódio, a bandeira e o hino serão os temas olímpicos oficiais.

O grupo, formado por seis atletas, dois nadadores e dois judocas, recebeu suporte para treinamento, incluindo técnicos e preparados físicos. A pretensão é simples. Literalmente, competir. Todos os custos são providos pela organização assistencialista Olympic Solidarity, numa ajuda que deve se estender após o evento na Cidade Maravilhosa e às próximas edições, ampliando a equipe.

Treinamento da equipe de atletismo do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

Conheça os atletas da 207ª delegação dos Jogos Olímpicos de 2016…

James Nyang Chiengjiek, 28 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Correndo bem, eu estarei fazendo algo bom para ajudar os outros”

Yusra Mardini, 18 anos
Naturalidade: Síria
Refúgio: Alemanha
Modalidade: natação (200 metros livres)
“Eu quero mostrar a todos que depois da dor, depois da tempestade, vêm dias calmos”

Yolande Mabika, 28 anos
Naturalidade; Congo
Refúgio: Brasil
Modalidade: judô (peso médio)
“Judô nunca me deu dinheiro, mas me deu um coração forte”

Paulo Amotun Lokoro, 24 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalide: atletismo (1.500 metros)
“Antes de eu chegar aqui, eu não tinha nem tênis para treinar”

Rami Anis, 25 anos
Naturalidade: Síria
Refúgio: Bélgica
Modalidade: natação (100 metros borboleta)
“A piscina é a minha casa”

Treinamento da equipe de natação do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

Yiech Pur Biel, 21 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Eu posso mostrar aos meus companheiros refugiados que eles têm chance e esperança na vida”

Rose Nathike Lokonyen, 23 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Eu estarei representando o meu povo no Rio”

Popole Misenga, 24 anos
Naturalidade: Congo
Refúgio: Brasil
Modalidade; judô
“O judô me ajudou dando-me serenidade, disciplina e compromisso”

Yonas Kinde, 36 anos
Naturalidade: Etiópia
Refúgio: Luxemburgo
Modalidade: atletismo (maratona)
“Nós podemos fazer tudo no campo de refugiados”

Anjelina Nadai Lohalith, 21 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (1.500 metros)
“No último ano, a fome foi muito difícil”

Treinamento da equipe de judô do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

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