O segundo empate sem gols seguido do Náutico, novamente desperdiçando oportunidades, ilustra pela enésima vez nesta Série B a deficiência no setor ofensivo, com atacantes que não decidem. Após o jogo na arena, contra o Bahia, o Timbu precisava vencer o Joinville, em má fase e pressionado por sua torcida, para tentar se aproximar do G4. Os resultados da rodada até ajudaram, assim como a falta de pontaria do rival, vice-lanterna. No fim das contas, o 0 x 0 no interior catarinense foi um festival de gols perdidos, com 5 finalizações certas dos pernambucanos e 4 dos mandantes. Fora as bolas raspando a trave.
Empenho, houve. Com Givanildo Oliveira cobrando uma melhor troca de passes no meio – inclusive com o som vazando na transmissão -, o primeiro tempo foi amarrado, mas com chances de ambos os lados. Com dois minutos, o atacante Jael já havia perdido um gol. Uma bola no travessão foi a resposta alvirrubra, assim como Gastón, também de longe. No segundo tempo, o Náutico piorou, com o time de Lisca (ex-comandante timbu) pressionando bastante. Muito bem, Júlio César fez boas defesas, salvando duas vezes após a defesa marcar mal.
Na reta final, era preciso arriscar mais. Bastava um contragolpe. Pois o Náutico teve dois. No primeiro, aos 36, Léo Santos vacilou de forma inacreditável. Acionado no decorrer do jogo, o atacante recebeu a bola livre, num contra-ataque com 3 contra 1. Chutou em cima do goleiro. Acredite, ele pegou o rebote, pingando, mas com a barra livre, e chutou por cima. Difícil não lembrar de Renan Oliveira, também livrinho no sábado, chutando em cima de Muriel, do Baêa. E assim o desperdício, em apenas quatro dias, já vai em quatro pontos...
Jogo fraquíssimo! A luta foi grande, mas os problemas são os mesmos da Era Gallo. Falta um cetroavante matador para colocar a bola para dentro e um meia com qualidade para fazer a transição rápida e para cadenciar o jogo. Agora é tocar a bola de lado que 2016 acabou, fazer 46 pontos e planejar um 2017 melhor.