Edno Melo, o presidente do Náutico para o biênio 2018/2019. Futuro incerto até lá

Edno Melo eleito presidente do Náutico para o biênio 2018/2019. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

Em 13 de dezembro de 2015 ocorreu a eleição mais disputada da história do futebol pernambucano, com Marcos Freitas vencendo Edno Melo por apenas 10 votos de diferença (777 x 767). Entretanto, o palanque alvirrubro não foi desarmado. Por problemas de saúde, o presidente renunciou, com Ivan Brondi assumindo. Com a grave crise financeira houve uma intervenção branca do conselho deliberativo, antecipando o novo pleito, de dezembro para 16 de julho de 2017. E mais uma vez o empresário Edno Melo se apresentou na disputa. Desta vez, sozinho. Junto ao vice Diógenes Braga, foi aclamado com 362 votos, assegurando o comando do Náutico no biênio 2018/2019.

Antes de assumir, vai continuar num processo de transição, já fazendo parte do departamento financeiro – cujo passivo chegou a R$ 155.639.544. O plano de metas de sua chapa (Resgate Alvirrubro, abaixo) foi construído em seis eixos, sendo o primeiro a volta ao estádio dos Aflitos, prevista para o segundo semestre do próximo ano. Além disso, há o “reposicionamento no cenário local e nacional”. Para isso, ainda depende dos resultados no futebol da gestão vigente. Iniciar o trabalho na Série B seria o básico para este planejamento…

Os presidentes do Náutico no século XXI
2001 – André Campos (1 Estadual)
2002 – Sérgio Aquino (1 Estadual)
2003 – Eduardo Araújo
2004/2007 – Ricardo Valois (1 Estadual, 1 acesso à A e 1 vice no PE)
2008/2009 – Maurício Cardoso (2 vices no PE e 1 rebaixamento à B)
2010/2011 – Berillo Júnior (1 acesso à A e 1 vice no PE)
2012/2013 – Paulo Wanderley (1 vaga na Sula e 1 rebaixamento à B)
2014/2015 – Glauber Vasconcelos (1 vice no PE)
2016 – Marcos Freitas
2016/2017 – Ivan Brondi (a definir…)
2018/2019 – Edno Melo

O plano de metas da chapa "Resgate Alvirrubro", eleita no Náutico para o biênio 2018/2019

Emerson Sobral, de árbitro recordista de mata-matas e geladeiras a diretor da Ceaf

Emerson Sobral como árbitro e dirigente. Fotos: Ricardo Fernandes/DP e FPF/divulgação

A formação de Emerson Sobral na arbitragem ocorreu em 1995. Trabalhou no futebol pernambucano, onde chegou a obter a categoria “CBF”, deixando o quadro em 2017, já aos 43 anos. Na verdade, ocorreu uma transferência, assumindo imediatamente a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol, a Ceaf-PE, no lugar de Salmo Valentim. Como se sabe, o quadro local não é dos melhores – na visão do blog -, com um número elevado de lambanças. E Emerson Sobral está intimamente ligado a isso. Embora seja o recordista de jogos na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com sete aparições entre semifinais e finais (apitou a decisão de 2015), o agora dirigente também acumulou o maior número de punições por erros cometidos. Nesta década, foi três vezes para a “geladeira” (abaixo), sendo duas no cenário local e uma no Brasileirão. Com essa experiência, terá bastante trabalho a partir de agora.

“Participamos de um dos estaduais reconhecidamente mais difíceis do país pela sua tradição e competitividade e tudo isso nos coloca como sendo um dos melhores quadros de árbitros do Brasil.”

18/01/2012 (punido no Estadual)
Afastado ao errar em dois jogos. No 1º, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Santa. No 2º, não marcou um pênalti em cima de Rogério, do Náutico, e depois assinalou um pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.

24/03/2013 (punido no Estadual)
No jogo Ypiranga 2 x 2 Sport, na oitava rodada do segundo turno, assinalou um pênalti polêmico para a Máquina de Costura e marcou uma falta inexistente aos 44 do 2º tempo, no lance que acabou saindo o último gol.

02/09/2015 (punido na Série A)
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão, em Campinas, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada time. No caso do time mineiro, marcou a falta fora da área. No lance da Macaca, sequer assinalou falta.

Número de jogos de Sobral no Pernambucano (e o % sobre o torneio)
2014 – 16 jogos (11,4% de 140)
2015 – 14 jogos (11,2% de 124)
2016 – 11 jogos (11,4% de 96)
2017 – 11 jogos (11,5% de 95)

Ranking de jogos no mata-mata do Pernambucano (desde 2010)
7 partidas – Emerson Sobral (PE)
6 partidas – Sebastião Rufino Filho (PE)
4 partidas – Nielson Nogueira (PE)
3 partidas – Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE) e Wilton Sampaio (Fifa-GO)

Confira a lista completa de árbitros no mata-mata local clicando aqui.

Federer reina na grama de Wimbledon pela 8ª vez e amplia lenda no Grand Slam

Roger Federer conquista o grand slam na grama pela 8ª vez. Foto: Roger Federer/twitter (@rogerfederer)

Em plena forma, o tenista Roger Federer conquistou o título de Wimbledon pela 8ª vez na carreira. Assim, desempatou a disputa com Pete Sampras, tornando-se o maior vencedor na grama do All England Club. Aos 35 anos, o suíço venceu os sete jogos por 3 sets a 0, numa campanha impressionante. Na decisão de 2017, não deu chance ao croata Marin Cilic, fazendo 6/3, 6/1 e 6/4 e voltando a ganhar a taça dourada após cinco anos.

Claro, ampliou o recorde nos torneios de simples do Grand Slam, chegando a 19 conquistas. Abaixo, os maiores vencedores ma “era aberta”, com o profissionalismo em vigor desde 1968, tanto no masculino quanto no feminino. Por fim, o ace que rendeu mais um capítulo brilhante a esta lenda do tênis.

Os maiores vencedores na Era Aberta

Torneios masculinos
Australian Open – Novak Djokovic, 6 vezes (2008, 11-13, 15 e 16)
Roland Garros – Rafael Nadal, 10 vezes (2005-08, 10-14 e 17)
Wimbledon – Roger Federer, 8 vezes (2003-07, 09, 12 e 17)
US Open – Jimmy Connors, 5 vezes (1974, 76, 78, 82-83); Pete Sampras, 5 vezes (1990, 93, 95-96, 2002); Roger Federer, 5 vezes (2004-08)

Torneios femininos
Australian Open – Serena Williams, 7 vezes (2003, 05, 07, 09-10, 15, 17)
Roland Garros – Chris Evert, 7 vezes (1974-75, 79-80, 83, 85-86)
Wimbledon – Martina Navratilova, 9 vezes (1978-79, 82-87 e 90)
US Open – Chris Evert, 6 vezes (1975-78, 80, 82); Serena Williams, 6 vezez (1999, 2002, 08, 12-14)

Os maiores campeões (soma dos 4 torneios)
19 – Roger Federer (Suíça)
15 – Rafael Nadal (Espanha)
14 – Pete Sampas (EUA)
12 – Nova Djokovic (Sérvia)

As maiores campeãs (soma dos 4 torneios)
23 – Serena Williams (EUA)
22 – Steffi Graf (Alemanha)
18 – Chris Evert (EUA)
18 – Martina Navratilova (EUA)

Duque, o treinador com mais títulos em Pernambuco e campeão no Trio de Ferro

Duque. Crédito: Placar/reprodução

Como técnico, Duque alcançou duas marcas expressivas no futebol pernambucano. Em 1975, quando tirou o Sport de uma fila de doze anos, com o “Supertime da Ilha”, o treinador chegou a sete títulos estaduais, igualando a marca, ainda vigente, de Palmeira, hepta em 1962. Ali, tornou-se também um dos quatro nomes com conquistas no Trio de Ferro. Campeão nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro. Para se ter uma ideia, o último a obter o feito foi o multicampeão brasileiro Ênio Andrade, no já distante ano de 1984.

Esses números dão lastro à carreira do mineiro no Recife, comandando alguns dos maiores times de cada clube. Não por acaso estava na área técnica observando o gol de Ramos, que deu o hexacampeonato ao timbu. Um ano antes esteve no Maracanã, num duelo contra Mário Travaglini, na decisão da Taça Brasil entre Náutico e Palmeiras. Após as quatro taças conquistadas no alvirrubro, onde fincou o seu nome como o melhor técnico da história do clube, foi ser campeão no tricolor, levando o lateral-direito Gena. Lá, encontrou Givanildo Oliveira (como volante), Luciano Veloso e Fernando Santana. Ganhou duas finais seguidas, contra Náutico e Sport.

Até então então, o leão havia sido vice-campeão em cinco dos seis títulos de Duque. Ele acabou se “redimindo” ao azeitar um timaço com Luciano Veloso (na maior, e mais polêmica, transação da época), Assis Paraíba e Dadá Maravilha. Davi Ferreira, para os chegados, aposentou-se da função no início dos anos 80, após se arriscar no Oriente Médio. Ainda virou comentarista de rádio no Rio de Janeiro, onde viveu até os 91 anos. Duque faleceu em 2017, mantendo um legado difícil de ser superado em Pernambuco.

“Eu era o preparador físico, o preparador técnico, o preparador tático e o homem que impunha a psicologia a serviço da equipe.”

Ranking de títulos pernambucanos entre treinadores

7 títulos, Palmeira: 1946 e 1947 no Santa; 1950, 1951 e 1952 no Náutico; 1961 e 1962 no Sport 

7 títulos, Duque: 1964, 1966, 1967 e 1968 no Náutico; 1970 e 1971 no Santa; 1975 no Sport 

5 títulos, Givanildo Oliveira: 1991, 1992, 1994 e 2010 no Sport; 2005 no Santa

Técnicos campeões pelo Trio de Ferro (e o ano do ciclo completo)

1960, Gentil Cardoso (55 Sport, 59 Santa, 60 Náutico) 

1962, Palmeira (46/47 Santa, 50/51/52 Náutico, 61/62 Sport) 

1975, Duque (64/66/67/68 Náutico, 70/71 Santa, 75 Sport) 

1984, Ênio Andrade (76 Santa, 77 Sport, 84 Náutico)