No sábado, duas derrotas pernambucanas na Série B. O tricolor foi goleado pelo Paraná de Lisca e o alvirrubro perdeu pela 5ª vez como mandante nesta competição. No domingo, na Fonte Nova, o rubro-negro conquistou uma grande vitória, a terceira como visitante nesta Série A. O 45 minutos comentou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 97 minutos de podcast. Ouça!
O Sport arrancou uma importante vitória na Fonte Nova, onde não vencia desde 1989! Mesmo desfalcado de Rithely, Diego Souza e André, todos suspensos, o leão conseguiu ser um time organizado taticamente, quase perfeito defensivamente e calibrado nos contragolpes, puxando em velocidade até os descontos do jogo, quando o colombiano Reinaldo Lenis enfim marcou o seu gol neste Brasileirão, definindo o 3 x 1 pra cima do Bahia.
Com a torcida tricolor marcando presença, com mais de 18 mil pessoas, o time do pressionado Jorginho começou com a proposta clara, buscando o centroavante Rodrigão. Referência na área. o grandalhão é técnico e abre espaço. Ocorre que as peças acionadas por Luxemburgo – que não costuma montar o rubro-negro para empates fora de casa, sendo 8 ou 8 – entraram em alta rotação. No meio-campo, Everton Felipe chamou a responsabilidade, ditando o ritmo do time. Um ritmo forte, deixando claro. Pressionando a saída do Baêa, os pernambucanos conseguiram armar vários contragolpes. O primeiro gol resume a partida: Mendoza arriscou um toque calcanhar, Rodrigo roubou a bola e acionou o colombiano Lenis. Avançando em velocidade, onde quase sempre leva vantagem, desta ele vez acertou a assistência, com Everton Felipe balançando as redes. Àquela altura, o Sport era melhor e a as reclamações da torcida da casa confirmavam – foco no lateral Régis Souza.
Ainda no primeiro tempo, com Lenis e Juninho, o Sport teve chances para ampliar. Desperdiçou, mas ao menos não parecia dar sinais de queda, apesar de erros técnicos dos atacantes. Na proteção, Patrick e Rodrigo não deixaram o meia Régis jogar. Desatento em alguns lances, Rodrigo foi ajudado pela ótima partida de Patrick, que mesmo amarelado continuou marcando bem.
Na etapa complementar, o Bahia voltou com o volante Juninho, forte na bola parada, no lugar do criticado Régis Souza. Voltou também mais compacto, dominando o Sport por 15 minutos. Quando saiu o empate, com Rodrigão cabeceando após uma sucessão de erros, como Mena errando na marcação e Ronaldo Alves tentando cortar uma bola aérea com os pés, o scout de finalizações já era de 13 x 6 a favor do mandante. Felizmente, para os rubro-negros, o time não sentiu o gol. Manteve a pressão alta e com volume de contragolpes. Mesmo perdendo vários (cabia goleada), conseguiu converter. Primeiro, já numa sequência de escanteio, Lenis passou por dois e bateu cruzado, com Ronaldo Alves se redimindo. Com a vantagem restabelecida aos 20, a palavra de ordem passou a ser ‘paciência’. Foi assim até os descontos, com o rival nordestino já baqueado, sem acompanhar os lances, como no terceiro gol, com Everton devolvendo o gol a Lenis. Isso mesmo, 1 gol e 2 assistências de Lenis em Salvador. Era mesmo dia de cair tabu…
Bahia x Sport em Salvador, pelo Brasileiro (13 jogos) 6 vitórias do Esquadrão 5 empates 2 vitórias do Leão (1989 e 2017)