Player of the Year, o destaque dos clubes ingleses como inspiração aos recifenses

Player oh the Year 2015 de Chelsea (Hazard), Manchester United (De Gea) e Liverpool (Philippe Coutinho). Crédito: clubes/divulgação

Ao fim de qualquer campeonato de futebol, seja lá onde for, é uma tradição a eleição do melhor jogador. Seja por critérios técnicos, subjetivos etc. Dos torneios em divisões menores à Copa do Mundo. Mas há também a abrangência anual, com federações e confederações definindo o craque da temporada, tendo como auge, sem dúvida, a Bola de Ouro da Fifa, em vigor desde 1991. Indo além, existe até uma escolha interna dos próprios clubes. Isso mesmo. Na Inglaterra, o Player of the Year é uma tradição de longa data. O Chelsea, por exemplo, elege o seu melhor jogador no ano independentemente do desempenho do time (pode ser campeão europeu ou rebaixado) desde 1967.

Acima, os eleitos de Chelsea (Hazard), Manchester United (De Gea) e Liverpool (Philippe Coutinho) em 2015. Nota-se o alto nível da festa, com troféus especiais, transmissões exclusivas e engajamento da torcida, com a escolha baseada na opinião dos torcedores (e/ou sócios) e da comissão técnica. As festas também contam com outros prêmios, como a revelação da temporada, o gol mais bonito e os novos integrantes para o hall da fama particular.

No Recife não há nada do tipo, mas vale ao menos estudar a ideia, que poderia encorpar as ações de marketing. A partir da ideia inglesa, o blog escolheu os principais nomes alvirrubros, tricolores e rubro-negros na década vigente. Uma artilharia, um acesso, uma atuação inesquecível numa final, um ano regular ou o fato de ter sido a exceção num mau momento. Tem de tudo. No twitter, analisei alguns jogadores com torcedores, acatando algumas sugestões, outras não. Obviamente, as três listas estão abertas a críticas e dicas de novos nomes…

Náutico
2011 – Kieza (atacante), goleador da Série B (21 gols), com acesso à elite 
2012 – Kieza (atacante), 13 gols na Série A, levando o time à Sul-Americana
2013 – Maikon Leite (atacante), destaque solitário num ano horrível (8 gols na A)
2014 – Vinícius (meia), titular o ano inteiro, decisivo para o vice estadual
2015 – João Ananias (volante), pilar defensivo na boa campanha na Série B

Santa Cruz
2011 – Tiago Cardoso (goleiro), craque do Estadual e decisivo no acesso à C
2012 – Dênis Marques (atacante), artilheiro do PE (15 gols) e da Série C (11)
2013 – Tiago Cardoso (goleiro), destaque no tri estadual e no acesso à Série B
2014 – Léo Gamalho (atacante), 32 gols na temporada
2015 – João Paulo (meia), destaque no título estadual e no acesso à Série A

Sport
2011 – Marcelinho Paraíba (meia), melhor jogador na campanha do acesso
2012 – Hugo (meia), apesar do descenso, até recuperou o time (8 gols na A)
2013 – Marcos Aurélio (meia), 32 gols e destaque no acesso à Série A
2014 – Neto Baiano (atacante), destaque nos títulos do Nordestão e do Estadual
2015 – Diego Souza (meia), 9 gols e 10 assistências no 6º lugar na Série A

Como curiosidade em relação ao “Jogador do ano”, eis os nomes escolhidos pelos supracitados clubes ingleses no mesmo período. No caso do United, o troféu faz uma homenagem a um famoso ex-treinador, Matt Busby, que treinou o time de 1945 a 1969 e em 1971, conquistando cinco títulos ingleses e a primeira Champions League do clube, em 1968. Por sinal, caso algum time pernambucano adotasse a ideia, qual seria o nome do troféu?

Chelsea (Player of the Year), desde 1967
2011 – Petr Cech (goleiro), República Tcheca
2012 – Juan Mata (meia), Espanha
2013 – Juan Mata (meia), Espanha
2014 – Hazard (atacante), Bélgica
2015 – Hazard (atacante), Bélgica

Manchester United (Sir Matt Busby Player of the Year), desde 1988
2011 – Javier Hernández (atacante), México
2012 – Antonio Valencia (meia), Equador
2013 – Van Persie (atacante), Holanda
2014 – De Gea (goleiro), Espanha
2015 – De Gea (goleiro), Espanha

Liverpool (Player of the Season), desde 2002
2011 – Lucas Leiva (volante), Brasil
2012 – Skrtel (zagueiro), Eslováquia
2013 – Luis Suárez (atacante), Uruguai
2014 – Luis Suárez (atacante), Uruguai
2015 – Philippe Coutinho (meia), Brasil

Marcelinho, de ídolo a controvertido. Fora da Ilha

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/ Diario de Pernambucano

Sem dúvida alguma, um dos jogadores mais polêmicos do futebol pernambucanos nos últimos anos. E não era um menino…

Marcelinho Paraíba, 37 anos. Vestiu a camisa do Sport em 92 oportunidades.

Em seu primeiro jogo na Ilha, ainda em 2010,uma atuação empolgante. Contra o São Caetano, já com a camisa 10, marcou um golaço de falta e deu três assistências: 4 x 1.

Entre luvas e salários, chegou no Recife a peso de ouro, por R$ 110 mil mensais.

Naquele dia, 17 de agosto, justificou o investimento. Recebeu a nota 10 do Superesportes (abaixo). O time, porém, não subiu e Marcelinho só seria contratado de novo durante o Estadual do ano seguinte.

Sempre dando as cartas no time. Para o bem e para o mal.

Em campo, não limitou-se a reclamar de tudo, entre companheiros, marcação e árbitros. Batalhou também e fez grandes apresentações. Comandou, driblou, finalizou. Técnico.

Fora das quatro linhas, um comportamento controvertido. Que colocava em xeque o seu futebol. Entre  os casos de maior repercussão, a suspeita de estupro em Campina Grande, teste do bafômetro positivo no Recife, seguidas faltas nos treinamentos e o último capítulo, a falta de respeito ao técnico durante um clássico.

Apesar do status de “irrecusável” dado pelo Sport à proposta do Barueri, a verdade, francamente, é que o clube não fez o esforço para manter o jogador. Já era público e notório que não haveria uma renovação para 2013.

O seu contrato atual já apresentava uma curva descendente, com R$ 20 mil a menos por mês no contra-cheque em relação à sua primeira passagem.

Os episódios deste ano acabaram desgastando a própria diretoria, tendo sempre que conter os atos do jogador junto à torcida, para dar alguma satisfação.

No domingo, 13 de maio, na sua última partida pelo Sport (acima), uma nota 3.

Assim, vice-campeão estadual pela segunda vez, Marcelinho Paraíba deixa o Rubro-negro com 37 gols no currículo e com o prêmio de craque do Estadual de 2012.

No time, o melhor momento foi  no acesso à Série A, arrancado na raça. Mas também deixa, infelizmente, imagens que não se encaixam no perfil de um ídolo.

Ao Sport, a missão de encontrar um camisa 10 para o Brasileirão. Que a diretoria não faça a torcida sentir saudade de Marcelinho nos próximos meses…

Série B 2010: Sport 4 x 1 São Caetano. Foto: Diario de Pernambuco

Marcação absoluta no Mundão e empate a favor do Sport

Pernambucano 2012, final: Santa Cruz x Sport. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Alguém esperava um jogão na final do Campeonato Pernambucano?

Futebol arte, jogadas ensaiadas, toques de primeira etc. Alguém? Final que se preze é um jogo catimbado, tenso, de pura marcação.

Há anos é assim no futebol brasileiro, ainda que infelizmente, claro.

E quando o nível técnica não colabora… Pois é. Foi o caso do Arruda, esta tarde.

Tudo bem que tricolores e rubro-negros até encomizaram nas reclamações junto à arbitragem, neste domingo, mas os papéis de Hamilton, Anderson Pedra, Memo e Rivaldo foram bem executados. Travaram demais o jogo.

Foram pouquíssimas chances. E olhe que Zé Teodoro, quem diria, armou um Santa mais aberto, para buscar o jogo. Um 4-4-2 com Luciano Henrique e Natan na articulação.

No primeiro tempo, contudo, apenas uma oportunidade efetiva dos corais, num rebote que o zagueiro Vágner, com o gol vazio. O beque chutou por cima.

Pior ainda estava o Leão, em um 3-5-2 recheado de zagueiros e volantes. Aos 40 minutos, já com uma atuação irritante devido à má saída de bola, o Sport enfim atacou.

Jael recebeu na área, girou sobre o marcador e bateu no cantinho e Tiago Cardoso, que fez uma defesaça. E só. Na etapa complementar, os mandantes cresceram na partida.

Nada do outro mundo, mas o volume coral foi superior no restante do jogo. Zé chegou ainda promoveu a entrada de mais dois atacantes, Branquinho (bem) e Bala (mal).

Enquanto isso, o Rubro-negro parecia abdicar do ataque. No fim, empate em 0 x 0 no primeiro jogo da final do Pernambucano de 2012. Resultado justo.

Esse empate sem gols, de poucas emoções, é a cara do torneio desta temporada, tecnicamente comprometido.

Mas a verda é que o Leão está a um empate da taça, no próximo domingo na Ilha do Retiro. Ao Santa Cruz, só resta a vitória. No dia 13, os rivais vão precisar jogar mais…

Pernambucano 2012, final: Santa Cruz x Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Enfim, conheceremos o campeão pernambucano de 2012

Final do Campeonato Pernambucano de 2012: Sport x Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sport e Santa Cruz vão decidir o título pernambucano pela 22ª vez (veja aqui).

Apesar do campeonato manchado pelo péssimo nível das arbitragens e por jogos sem muita emoção, chegou a hora da verdade, de decidir o vencedor desta temporada.

Atual campeão, o Tricolor de Zé Teodoro busca o bi, feito que não alcança há 25 anos. Curiosamente, diante do mesmo adversário e no mesmo palco da finalíssima, a Ilha.

Enquanto o rival luta pelo 26º troféu, o Leão de Mazola vai pelo 40º título, o que colocaria o time num patamar bem seleto no futebol nacional, no clube dos quarentões.

Ao Rubro-negro, que almeja a revanche pela perda do hexa, a vantagem de dois resultados iguais nesta decisão, tensa desde já. Uma bonificação importante, sobretudo pelo momento que vive a equipe, sem apresentar um bom futebol.

Não que a Cobra Coral esteja jogando o fino. Não está. Mas cresceu nesta reta final. Era mesmo necessário, pois perdeu os dois duelos na fase classificatória.

Portanto, vamos ao capítulo final desse controvertido Campeonato Pernambucano. Os protagonistas serão Marcelinho Paraíba e Dênis Marques, os artilheiros, com 14 gols.

O primeiro ato será no Arruda, no dia 6 de maio. No domingo seguinte, Ilha do Retiro.

A sorte está lançada…

Quem será o campeão pernambucano de 2012?

  • Sport (51%, 1.257 Votes)
  • Santa Cruz (49%, 1.225 Votes)

Total Voters: 2.481

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Final do Campeonato Pernambucano de 2012: Sport x Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sport despacha o Náutico de novo e luta pelo 40º estadual

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Pelo terceiro ano consecutivo, o Sport eliminou o Náutico do Estadual. Em jogo sem muitas emoções, um empate em 0 x 0 neste domingo, na Ilha do Retiro.

O hexa não veio, mas o sonho do 40º título estadual segue vivo. Uma marca importante, pois apenas oito clubes do país chegaram a esta quantidade de taças (veja aqui).

O Rubro-negro, finalista em todas as edições do atual formato do Pernambucano, chega na decisão sem agradar ao seu torcedor. Nesta tarde, apenas 19.026 pessoas.

O troféu de campeão pode salvar o início de ano pouco promissor do Sport, que terá em maio a arrancada de sua principal missão em 2012, o Brasileirão.

Ao contrário dos anos anteriores, o Alvirrubro encarou esta semifinal em baixa. Chegou ao cúmulo de estrear um técnico nesta fase. Chegou ao seu limite técnico.

Como já havia ocorrido na partida anterior, porém, o Náutico foi melhor em campo no primeiro tempo e exigiu boas defesas do goleiro Magrão, apesar do ataque inoperante.

Com o meia Ramón solto, o Timbu procurou agredir. No Sport, um time precavido demais, utilizando a vantagem obtida nos Aflitos. Com três zagueiros e três volantes…

Com a retranca armada, o Leão praticamente abdicou do ataque, com Marcelinho muito isolado. Chance mesmo, apenas uma, com Jheimy. Acabou irritando a torcida.

Somente no primeiro tempo foram sete escanteios para os alvirrubros e nenhum para os rubro-negros, num indicativo sobre a disparidade no clássico até ali.

O centroavante Jael, já visado pelos leoninos pelo suposto excesso extracampo, foi para o jogo no lugar de Jheimy. No seu primeiro lance, um chute de fora da área, aos 38 segundos da etapa complementar. Gideão espalmou.

Teria sido a primeira mudança drástica no domínio em campo? Sim. Mesmo com o jogo amarrado, o Sport cresceu de produção, buscando mais o jogo.

Com a bola passeando mais no campo timbu, o Sport manteve a sua vantagem intacta.

Intacta sim, mas poderia ter sido vazada uma vez, a dez minutos do fim, caso o auxiliar Jossemar Diniz não tivesse assinalado impedimento no gol de Souza…

Na Ilha, uma comemoração contida. A finalíssima também será lá… Festa maior?

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Vitória rubro-negra nos Aflitos, com um pé na final

Pernambucano 2012, semifinal: Náutico 1 x 2 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Um bom clássico e um juiz perdidinho, sendo pressionado pelos dois times, distribuindo cartões para todos os lados e indeciso em vários lances polêmicos. Foram catorze.

Ricardo Tavares, árbitro do contestado quadro local, tornou-se no personagem principal do primeiro Clássico dos Clássicos na semifinal do Estadual de 2012. Bem nos lances capitais e péssimo na parte disciplinar, deixando os jogadores ainda mais nervosos.

Duelo quente neste domingo, pra lá de disputado, e que terminou com vitória do Sport por 2 x 1. Dois pênaltis marcados para o Leão, um vermelho parao Timbu e uma penalidade polêmica não assinalada. Vai ser tema de muita conversa de bar.

A última vitória leonina nos Aflitos havia sido no dia 13 de julho de 2008, na Série A, por 2 x 0. Desde então, nove partidas de invencibilidade alvirrubra em seu caldeirão.

Agora, o Leão só ficará de fora da decisão se for derrotado na Ilha do Retiro por dois gols de diferença. A última vitória timbu na casa do rival foi em 2004. Faz tempo.

Sobre a partida, com apenas 12 mil torcedores, o Náutico começou bem melhor, tendo Ramón como uma peça mais produtiva que o dispensado Eduardo Ramos.

O time, agora de Gallo, só não foi eficiente nas conclusões. Chegava e assustava. O Sport, um tanto amarrado em campo, só levou perigo aos 21 minutos, quando Jael perdeu um gol cara a cara com Gideão, este muito bem em campo. Renê, pedindo para levar o segundo amarelo, foi sacado. Poderia, sim, ter recebido o cartão…

Gideão só não evitou os dois gols de Marcelinho. No primeiro, o camisa 10 escorou um cruzamento da linha de fundo de Jheimy. O duelo Gideão x Marcelinho ficou empatado depois, com o pênalti defendido com os pés. Antes, o Alvirrubro havia levado um pouco de justiça ao placar, no empate com uma cabeçada de Ronaldo Alves.

Nos descontos, Souza acertou a trave. A bola passou rente à linha e por pouco não virou. Isso tudo foi só no primeiro tempo, corrido. No segundo, um jogo mais catimbado.

As reclamações ganharam terreno de vez. Empurra empurra e futebol de menos. Num lance mais ríspido, aos 10, o segundo amarelo para Elicarlos nos primeiros minutos.

O primeiro cartão, polêmico, foi ao cair na área, na primeira etapa. O árbitro Ricardo Tavares interpretou como simulação. Na opinião do blog, de fato não foi pênalti na ocasião. Se era necessário o cartão, é outra conversa e que cabe discussão, claro.

11 x 10 em campo, jogo para o Leão? Não, pois o Timbu continuou bem. Mas aos 34 minutos, já com aquela cara de empate, veio a monstruosa vantagem para o Sport, com o gol da vitória. Novo pênalti, bem infantil, como o primeiro. De Jefferson em Moacir.

Na cobrança, Marcelinho bateu no cantinho. Gideão quase fez outra grande defesa, mas a bola acabou entrando. O 14º do meia. Festa rubro-negra, reclamação alvirrubra e mais um árbitro contestado. Começou o Campeonato Pernambucano de 2012…

Pernambucano 2012, semifinal: Náutico 1 x 2 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Papou a vaga na Ilha do Retiro e deixou a crise técnica

Copa do Brasil 2012: Sport 1x4 Paysandu. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Nas 14 participações anteriores o Paysandu jamais havia avançado em duas fases na Copa do Brasil. Com duas vitórias sobre um adversário duas divisões acima e ex-campeão, a primeira vez do tradicional clube paraense. Vaga assegurada.

O Papão da Curuzu repetiu a vitória de Belém. Goleou por 4 x 1 e despachou o Sport do mata-mata nacional, tido como prioridade no Leão neste primeiro semestre.

A noite desta quarta-feira, na Ilha do Retiro, escancarou de vez os problemas do Rubro-negro para o restante da temporada. Sobretudo no comando técnico.

Haja alterações sem sentido por parte de Mazola. Time titular indefinido, sempre.

Os primeiros 45 minutos do Sport foram constrangedores. Um arremedo de time, excessivamente lento e sem conseguir concatenar jogadas, errando passes curtos.

O Leão sequer conseguir impor uma pressão inicial sobre o Papão, bem postado e apostando nos contragolpes. Os paraenses chegaram com perigo duas vezes…

Enquanto isso, o Sport, refém da qualidade técnica do experiente meia Marcelinho Paraíba, via o seu principal jogador em uma noite pouco inspirada.

Como Willians se machucou, Mazola teve que colocar Jheimy. Mas faltou orientação.

O centrovante entrou ocupando uma posição completamente distinta de sua característica, na área. Jheimy parecia um meia, sem cacoete algum na função. Mas, talvez, estivesse com mais vontade que os demais.

Na etapa final, nova mudança. Entrou Marquinhos Paraná, que ainda busca um melhor condicionamento físico. Saiu Rivaldo. Era a senha para o time se tornar mais ofensivo.

Não houve melhora. Na verdade, até piorou. Aos 14, num contra-ataque, Renê falhou e Yago Pikachu, apagado até então, bateu cruzado e Magrão não foi bem no lance…

A situação foi definida aos 19 minutos, em nova resposta do Paysandu pela lateral, dessa vez pelo lado esquerdo. Gol de Heliton. Bruno Aguiar diminuiu aos 30. Insuficiente.

Aos 40 minutos, Heliton de novo, após falta não marcada. Nos descontos, a humilhação, com o gol de Rafael Oliveira. Foi o 27º gol sofrido pelo Sport em 24 jogos este ano!

Merecidamente, o Paysandu venceu na Ilha e está classificado às oitavas. Categórico.

O Paysandu terá o Coritiba pela frente. Novo sonho, visando as quartas de final. Ao Sport, o tempo cada vez mais escasso na preparação para a Série A. Faltam 39 dias.

Copa do Brasil 2012: Sport 1x4 Paysandu. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Pesadelo rubro-negro com o Bicho Papão em Belém

Copa do Brasil 2012: Paysandu 2 x 1 Sport. Foto: ANTONIO CICERO/FOTOARENA/AE

Há 51 anos o Sport não perdia do Paysandu… Isso mesmo, 18.628 dias.

O Papão, é bom lembrar, luta para chegar pela primeira vez em sua história nas oitavas de final da Copa da Brasil. Porém, o Mangueirão não estaria completamente lotado.

O rendimento do Leão em 2012, com uma folha de R$ 1,2 milhão, era bem melhor que a do adversário paraense, cujo elenco custa R$ 280 mil mensais. Motivo para otimismo?

Em campo, em Belém, o time rubro-negro levou o maior sufoco nesta temporada…

Perdeu por 2 x 1, na noite desta quarta-feira, e terá que vencer na Ilha do Retiro na próxima semana. Jogará pressionado na semana do Clássico das Multidões…

Pressão, aliás, foi do começou ao fim diante do Paysandu, principalmente com o jovem Yago Pikachu, folclórico por causa do nome, mas com qualidade.

Mesmo jogando no 3-6-1, o time pernambucano não conteve as investidas do Papão. O travessão acertado por Rafael Oliveira com 1min40s foi o primeiro indício.

O gol não demorou a sair, através de Pikachu, aos 15. E o placar quase foi ampliado.

Mesmo sem fazer uma boa partida, o empate leonino saiu aos 45 minutos.

Moacir estava ganhando todas as jogadas pela direita. O último passe, contudo, estava completamente descalibrado. Na terceira tentativa, uma assistência rasteira, nos pés de Jael. O Cruel girou e marcou. Era o gol do alívio momentâneo.

No começo da etapa final, Tobi, em noite pra lá de infeliz, cometeu um pênalti. Dessa vez, Pikachu falhou. Bateu no cantinho e Magrão salvou, com uma defesaça.

O dono da casa teve nem tempo de acusar o golpe, pois Adriano Magrão marcou de cabeça após cobrança de escanteio, numa falha gritante da zaga leonina. Eram cinco jogadores na área. Quantos se mexeram? Nenhum. Todos estáticos, presos no chão.

Depois do tento, o duelo ficou aberto, com chances sendo desperdiçadas uma a uma, algumas delas de forma inacreditável. Cada time acertou duas vezes a trave.

Neste momento, o Sport já vivia uma cena rara, com a saída de Marcelinho Paraíba, substituído pelo atacante Jheimy, que até atuou bem.

O camisa 10, no entanto, não escondeu a surpresa ao ver o número na plaquinha.

Surpesa ainda maior é saber que o Paysandu era, sim, um Bicho Papão…

Copa do Brasil 2012: Paysandu 2 x 1 Sport. Foto: ANTONIO CICERO/FOTOARENA/AE

Liderança ampliada, cartões zerados e goleada na Ilha

Pernambucano 2012: Sport 5 x 0 Serra Talhada. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Era preciso cumprir duas metas diante do Serra Talhada: ratificar a liderança na competição e “limpar” os cartões amarelos dos principais articuladores.

Nos dois casos, o objetivo maior era fomentar vantagens para a fase final do Estadual.

Ou seja, com a vantagem de resultados iguais e sem jogadores pendurados na 22ª rodada, no clássico contra o Santa, pois os cartões serão zerados depois disso.

Na noite deste sábado, o Sport goleou o Serra Talhada por 5 x 0 diante de 15 mil pessoas na Ilha e se isolou de vez na primeira colocação, agora com 44 pontos.

Sem surpresa alguma, Marcelinho Paraíba e Willians receberam o terceiro amarelo.

Mais uma vez a Marcelinhodependência foi a cara da partida, na qual o adversário, que não vencia há quatro rodadas, chegou ao Recife com cinco desfalques.

Logo aos 5 minutos, com o dono da casa armado no 3-5-2, o Cangaceiro quase abriu o placar. Josias, de muito longe, acertou o travessão de Magrão. A resposta foi rápida.

Também da intermediária, mas em cobrança de falta, Marcelinho acertou o cantinho do goleiro e abriu o placar, aos 9. O camisa 10 era, ali, novamente artilheiro isolado.

A resposta do Cangaceiro? De novo, no travessão. Desta vez com Júnior Negrão.

Era um sinal de que a vantagem leonina no placar não refletia o desempenho das equipes no gramado da Ilha, melhor em relação ao “beach soccer” da partida anterior.

O Rubro-negro mal passava do meio-campo, sob forte marcação do Serra Talhada. Demorou a se impor no jogo. Demorou sim, mas conseguiu e produziu.

Na etapa final, os sertanejos tentaram manter o ritmo. Nos primeiros instantes, Júnior Negrão driblou Magrão e tocou para o gol. Rivaldo se esticou todo para salvar.

Como é de praxe, coube a Marcelinho resolver logo a parada na Ilha.

Aos 16, ele recebeu a bola de Rivaldo pelo lado esquerdo, invadiu a área e chutou no cantinho do goleiro, marcando o seu 12º gol no Estadual. Daí, o time deslanchou.

Inspirado no craque do time, Jael acabou com o jejum ao acertar uma bela cobrança de falta. Ruan, em um chute potente, marcou o seu primeiro gol como profissional.

No fim, Jheimy saiu do banco para marcar o 5º… O jogo amarrado virou farra.

Pernambucano 2012: Sport 5 x 0 Serra Talhada. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Vitória leonina, liderança e vaga na semifinal

Pernambucano 2012: Ypiranga 1 x 2 Sport. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Os rubro-negros não vão esquecer tão cedo o aperreio para obter a vaga na semifinal do Estadual de 2011. Favorito, o clube só conformou a classificação na 21ª rodada.

Em 2012, o lugar foi assegurado na 19ª, sem precisar de qualquer combinação.

Líder absoluto, o Sport foi até Santa Cruz do Capibaribe e precisou de bastante paciência para conquistar mais uma vitória no Estadual.

Depois de quase 250 minutos sem balançar as redes, o ataque funcionou bem e o time cenceu, por 2 x 1, na noite desta quarta-feira.

Marcelinho Paraíba jogou bem. Desta vez não marcou, mas ajudou a contestada turma da frente. Gols, só no segundo tempo, com Willians e Jheimy.

O Leão ainda acertou o travessão outras duas vezes. Foi bem melhor em campo e devolveu a amarga derrota nos descontos em plena Ilha, no primeiro turno.

Vale ressaltar que nos descontos, a Máquina de Costura diminuiu. Nada que impedisse a manutenção da liderança para o Leão.

Mesmo com as críticas da torcida sobre as substituições de Mazola, não é que dessa vez as mudanças deram certo? Renato e Marquinhos Gabriel entraram e corresponderam.

Sem o desespero de outrora, a vaga no mata-mata está confirmada.

Falta, agora, uma melhor preparação para a fase final. Vai escolher adversário…?

Pernambucano 2012: Ypiranga 1 x 2 Sport. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco