O blog publicou, no começo desse mês, a lista com as maiores negociações da história do futebol pernambucano (no plano real). O volante, e agora ex-rubro-negro, Daniel Paulista está deixando o Recife rumo ao Rapid de Bucareste, da Romênia. O Sport receberá R$ 2 milhões pela transação, que já entra na lista como a 3ª maior negociação de Pernambuco.
Curiosamente, os dois primeiros lugares também pertencem ao Leão (Jackson, por R$ 3,5 mi em 1998, e Bosco, por R$ 2,2 mi em 1999). Todo o dinheiro da venda de Daniel será utilizado na compra do centro de treinamento do Intercontinental. Um recurso muito bem utilizado.
Você pode ver a lista com as maiores transações do futebol pernambucano AQUI.
Candidato à presidência do Santa Cruz para o próximo biênio, Romerito Jatobá já deixou público como pretende tentar oxigenar o clube na próxima temporada. E a medida seria drástica: moratória. Um ato unilateral declarando a suspensão do pagamento de todas as dívidas da atual gestão (o clube teria algo em torno de R$ 50 milhões em dívidas).
“Comigo vai começar tudo do zero. Temos que assumir tudo em janeiro. Quem é que vai conseguir entrar no clube já precisando pagar quase R$ 70 mil de dívidas só para um jogador (se referindo ao volante Alexandre Oliveira)? Não dá”, afirmou Romerito, que presidiu o clube em 2005 e 2006.
Em 23 de dezembro de 2001 aconteceu o mais famoso caso de moratória nesta década. Foi quando o recém-empossado presidente da Argentina, Adolfo Rodriguez Sáa – no turbilhão da crise econômica dos hermanos -, anunciou a moratória da dívida externa (estimada na época em US$ 132 bilhões). Confusão geral na Casa Rosada (foto), sede do governo do país.
Trecho da reportagem do Diario sobre a crise argentina, na edição de 24/12/2001:
Novo presidente Argentina anuncia calote
Após jurar a Constituição Nacional no plenário da Câmara de Deputados, e com os gritos de “Argentina, Argentina!” de fundo sonoro, Adolfo Rodríguez Saá, o novo presidente da República começou seus primeiros minutos de mandato anunciando que o governo estava suspendendo os pagamentos da dívida externa pública. Rodríguez Saá, que tomou posse como presidente provisório até as eleições presidenciais diretas de março de 2002, definiu a dívida pública como “a maior negociata da História do país”. O novo presidente, que ficará no cargo interinamente até o dia 5 de abril, criticou a forma como foram realizadas as negociações sobre a dívida, e sustentou que haviam sido realizadas “sem levar em conta os interesses nacionais”.
Em 14 de março de 2007, durante uma visita ao governador de Pernambucano, Eduardo Campos, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, confirmou que o Recife receberá um jogo da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, que será realizada na África do Sul. Com a confirmação do Engenhão (no Rio de Janeiro) para o jogo de 10 de setembro, contra a Bolívia, restam agora mais cinco partidas da Canarinha em solo brasileiro.
Caso o dirigente máximo da CBF mantenha a decisão, o Brasil poderá jogar aqui contra Chile, Paraguai, Peru, Colômbia ou Venezuela. “Eles até já conseguiram tirar da CBF a certeza de que um jogo dessas eliminatórias será aqui em Pernambuco”, revelou um sorridente Ricardo Teixeira naquele dia (foto acima), durante a entrevista coletiva em um dos salões nobres do Palácio do Campo das Princesas. O evento marcou a apresentação da proposta pernambucana para ser subsede do Mundial de 2014.
O aguardado jogo em Pernambuco deverá ser realizado no Arruda, que precisará passar por uma série de reformas. O mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira, já revelou que prefere que a partida seja contra o Paraguai, em 9 de junho do ano que vem. A última vez que o Brasil jogou no Recife foi há mais de 13 anos, mais precisamente em 29 de junho de 1995, quando venceu a Polônia por 2 x 1, também no José do Rego Maciel (cujo gramado estava completamente alagado naquela noite).
Lista de jogos do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010
17/10/2007 – Brasil 5 x 0 Equador – Maracanã (Rio de Janeiro)
21/11/2007 – Brasil 2 x 1 Uruguai – Morumbi (São Paulo)
18/06/2008 – Brasil 0 x 0 Argentina – Mineirão (Belo Horizonte)
10/09/2008 – Brasil x Bolívia – Engenhão (Rio de Janeiro)
14/10/2008 – Brasil x Colômbia (a definir)
31/03/2009 – Brasil x Peru (a definir)
09/06/2009 – Brasil x Paraguai (a definir)
08/09/2009 – Brasil x Chile (a definir)
13/10/2009 – Brasil x Venezuela (a definir)
Ficha técnica do último jogo no Recife (29/06/1995)
Brasil 2 x 1 Polônia
Local: Arruda. Juiz: Wilson Souza (PE). Assistentes: Waldomiro Matias e Marcelino Tavares. Gols: Túlio aos 2 do 1º e aos 11 do 2º tempo; Juskowiak aos 25 do 2º. Cartões amarelos: Edmundo, Ronaldo, Zinho, Bukalski, Jakulski, Nowak, Marek Swierczewsky. Público: cerca de 20 mil pessoas
Brasil: Danrlei; Jorginho, Aldair, Ronaldão e Roberto Carlos; César Sampaio, Dunga, Souza (Sávio) e Zinho; Edmundo (Leonardo) e Túlio. Técnico: Zagallo
Polônia: Szczesny; Jakulski, Zielinski, Bukalski (Marek Swierczewsky) e Lapinsky; Waldoch, Nowak, Wieszczycky (Cereshevik) e P. Swierczewsky; Juskowiak e Kowalczyk (Dembinski). Técnico: Henryk Apostel
Foto acima: Souza (aquele mesmo que estava até pouco tempo atrás no América/RN) numa disputa de bola com Lapinsky.
Com as 15 medalhas conquistadas nos Jogos de Beijing, o Brasil soma agora 91 ao todo, contabilizando as suas participações desde 1920. Se mantiver o desempenho médio desde 1996 (variando entre 10 e 15 medalhas a cada ciclo olímpico), a histórica 100ª medalha certamente sairá em Londres, em 2012. O país é o maior medalhista na América do Sul. A Argentina vem em 2º lugar, com 66 medalhas (17 ouros).
Brasil: 91 medalhas (1920/2008)
20 ouros
25 pratas
46 bronzes
O líder geral do quadro (somando todos os pódios entre 1896 e 2008) são os Estados Unidos, com 2.301 medalhas.
O dia 24 de agosto de 2008 já está sendo considerado como o pior da história do Santa Cruz. O dia que marcou a eliminação do time na Terceirona e que deixou o clube virtualmente rebaixado à Série D. Uma queda surreal. No domingo, o Santa vencia o Campinense até os 45 minutos do segundo tempo, quando sofreu o gol de empate, no Arruda. Aquele capítulo parecia mesmo fadado a ser escrito de forma cruel.
Um fato não menos doloroso – mas de maior importância – aconteceu em 7 de dezembro de1975. Com um timaço (palavra fora do vocabulário coral atualmente), o Santa Cruz se tornou o primeiro time do Nordeste a chegar em uma semifinal do Campeonato Brasileiro da Série A. Com uma excelente campanha na fase anterior, o Tricolor decidiu a vaga para a decisão em um jogo único contra o Cruzeiro, em um Arruda (fotos) bem diferente (sem o anel superior, que seria construído apenas de 1982).
Com jogadores como Givanildo, Ramón e Fumanchu, o time coral abriu 1 x 0 no placar, em um pênalti cobrado por Fumanchu. O Cruzeiro empatou ainda no primeiro tempo. Mas a vantagem do empate era do Santa. Mas do outro lado também estava um dos maiores esquadrões do futebol brasileiro nos anos 70. O Cruzeiro tinha craques do porte de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Joãozinho. E com muita força, o time de Belo Horizonte virou o jogo para 2 x 1. O mesmo Fumanchu deixou tudo igual aos 28 minutos, mas a Raposa ganhou, de forma dramática, no último minuto. Aos 45 do 2º tempo.
O lance que decidiu a partida é contestado até hoje pela torcida tricolor, que alega impedimento de Palhinha. Apito mandrake das antigas.
Depois, o time mineiro acabou perdendo o título para o Internacional, mas no ano seguinte ganhou nada mais nada menos que a Taça Libertadores, e logo com a vaga que estava nas mãos do Santa. Com a derrota, o Tricolor acabou em 4º lugar no Nacional (que diferença, hein?). Anos depois, o agora comentarista Raul Plassmann disse que aquela semifinal de 1975 foi uma de suas maiores atuações. Mas logo contra o Santinha, Raul…
Santa Cruz 2 x 3 Cruzeiro (07/12/1975)
Local: Arruda. Árbitro: Romualdo Arppi Filho (SP). Gols: Fumanchu aos 32 e Zé Carlos aos 43 do 1º; Palhinha aos 2, Fumanchu (pênalti) aos 28 e Palhinha aos 45 minutos do 2º tempo. Cartões Amarelos: Pedrinho e Carlos Alberto Rodrigues, Vanderlei e Palhinha. Público: 38.118 torcedores
Santa Cruz: Jair; Carlos Alberto Barbosa, Lula, Levir Culpi e Pedrinho; Givanildo, Carlos Alberto e Alfredo (Volnei); Fumanchu, Ramón e Pio. Técnico: Paulo Emílio
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Eduardo Amorim (Isidoro); Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
Penta estadual em 2000, Copas do Nordeste, Norte-Nordeste, Série B…? Sem chance.
De acordo com o ex-presidente do Sport, Homero Lacerda, o maior título da história do Rubro-negro é o Campeonato Pernambucano de 2006.
Isso mesmo, aquela final contra o Santa Cruz proibida para cardíacos, e decidida nos pênaltis, em plena Ilha do Retiro. Uma taça que poderia estar guardada no museu tricolor, caso Lecheva não tivesse errado a sua cobrança, que teria dado o bicampeonato ao Santa. No jogo, disputado em 9 de abril de 2006, o Santa venceu por 1 x 0, gol de Neto aos 45 minutos do 2º tempo. Nos pênaltis, vitória leonina por 5 x 4, com uma cobrança certeira do hoje alvirrubro Hamilton.
“O Sport estava há cinco anos na Segunda Divisão, quase caindo para a Terceira, e o Santa tinha um timaço. Acho que foi o melhor time da história do Santa Cruz, com Carlinhos Bala, Cléber, Rosembrick e Osmar. Já a gente contava com Marco Antônio… Mas precisávamos vencer. Se o Sport não tivesse sido campeão, o clube poderia estar hoje na mesma situação em que se encontra o Santa Cruz”, afirmou Homero.
Eu entrevistei o ex-mandatário rubro-negro ontem à noite, durante o debate na rádio Transamérica, que também contou a presença dos ex-presidentes Romerito Jatobá (Santa Cruz) e Márcio Borba (Náutico). Um dos temas, como não poderia deixar de ser, foi o desastre do Santa Cruz na Terceirona. Homero Lacerda, por sinal, acredita que a queda do Santa poderá prejudicar diretamente o Leão.
“O Santa na Série D poderá trazer prejuízo à rivalidade sim, e isso poderá esvaziar o Pernambucano. O Sport cresce por causa dessa rivalidade contra Santa e Náutico. E o fim disso fere os interesses do Sport. Boa parte da nossa torcida pode estar gostando da derrocada do Santa Cruz, mas acho que essa opinião é equivocada”, completou Homero, que não fez a menor questão de esconder o desejo de voltar a comandar o Sport em 2009.
Será que o torcedor rubro-negro concorda com a opinião de Homero Lacerda sobre o maior título do clube? Opine!
Curiosidade: TODOS os jogadores citados por Homero acabaram sendo contratados depois pelo Sport. Ao dizer que o time coral de 2006 foi o melhor da história do Santa, Homero colocou em “2º lugar” a equipe de 1975, semifinalista da Série A.
Caso o Santa Cruz não consiga ir contra a lógica e seja mesmo rebaixado à Série D, o Tricolor abrirá o maior abismo da história do futebol brasileiro, em relação a uma rivalidade local. Com o Sport na Taça Libertadores do ano que vem e o Santa na Quarta Divisão, o Clássico das Multidões superaria o clássico carioca Vasco x Fluminense. Em 1999, o Vasco jogou a Libertadores (o Gigante da Colina era o atual campeão), enquanto o Flu participou da Terceira Divisão.
O Tricolor carioca, aliás, sagrou-se campeão da Série C daquele ano. Assim como pode acontecer agora, o Flu também foi tri-rebaixado. Como isso foi possível se naquela época só existiam três divisões? A resposta é uma mancha na história do clube carioca, que virou a mesa ao ser rebaixado na Série A de 1996. Como a bola “pune”, o time caiu de novo em 1997, e dessa vez foi mesmo rebaixado.
Em 1998 chegou ao fundo do poço, quando caiu para a Terceirona. Curiosamente, o culpado foi o Santa Cruz, que venceu o Volta Redonda por 3 x 2, na última rodada da Segundona, eliminando o Flu. O gol da vitória foi marcado pelo zagueiro Rau, aos 43 minutos do segundo tempo, em um Arruda repleto por 55 mil pessoas.
Maiores disparidades nas rivalidades locais
2009 Sport – Libertadores
Santa Cruz – Série C (ou Série D)
1999
Vasco – Libertadores
Fluminense – Série C
2003 Paysandu – Libertadores
Remo – Série B
1995, 1996 e 2007
Goiás – Série A
Vila Nova – Série C
Com o amargo empate por 1 x 1 com o Campinense/PB, ontem à tarde, no Arruda, o Santa Cruz está praticamente rebaixado à Série D (nome bonitinho da Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro). O presidente tricolor, Edson Nogueira, assumiu o clube em 9 de dezembro de 2006 para comandar o clube por dois anos. Naquele ocasião, o clube estava rebaixado à Série B, e com uma dívida de aproximadamente R$ 50 milhões.
Em dois anos de mandato, Edinho viu o Santa cair da B para a C, ficar no abismo da Terceirona e afundar no Pernambucano (terminando na 6ª e 7ª colocações em 2007 e 2008, respectivamente). Sem dúvida alguma, foi uma gestão desastrosa. Agora, qual seria a melhor atitude para o presidente coral? Participe da nova enquete do blog.
O gol do Grêmio, marcado aos 49 minutos do segundo tempo, evitou a 7ª vitória do Náutico na Série A. Com o triunfo, o Alvirrubro sairia da zona de rebaixamento. Esta foi a 4ª vez neste Brasileirão que o Timbu perdeu pontos preciosos nos instantes finais da partida.
16/07 – Portuguesa 3 x 2 Náutico (-3 pontos)
O time pernambucano vencia por 2 x 0, mas sofreu três gols no etapa final. O empate aconteceu aos 38 e a virada, através de Jonas, aos 45 minutos.
20/07 – Náutico 1 x 1 Internacional (-2 pontos)
Com um gol de pênalti, convertido por Radamés, o Timbu estava na frente do Colorado até os 41 minutos do segundo tempo, quando Nilmar aproveitou uma bobeira da zaga e empatou.
26/07 – Náutico 1 x 2 Coritiba (-1 ponto)
Em um jogo fraco, o empate seguia no placar eletrônico dos Aflitos até os 42 minutos, quando Keirrison desempatou, após um rápido contra-ataque.
24/08 – Náutico 1 x 1 Grêmio (-2 pontos)
Enfrentando o líder do Campeonato Brasileiro, o Alvirrubro fazia a sua melhor partida nos últimos tempos. Lutou bastante, abriu o placar e seguiu dando as cartas no jogo. Mas aos 49 minutos, faltou malandragem (como definiu o próprio técnico Roberto Fernandes), e o Tricolor Gaúcho chegou ao sofrido empate.
É óbvio que no futebol não existe o “se”, mas se o Náutico não tivesse vacilado nessas partidas, o clube de Rosa e Silva teria somado mais oito pontos, e estaria com 30 na classificação, em 9º lugar.
Mais um post falando da crise do Santa Cruz? Mais um texto dizendo que a chance de o clube ficar na Série C é remota? É inacreditável a situação do Mais Querido, que em 2006 estava na Série A do Campeonato Brasileiro, e que agora está a um passo (ou dois) de disputar a Série D em 2009. A maior queda da história do futebol brasileiro, sem medo de errar.
A torcida coral não merecia ver sua a esperança sumir aos 44 minutos do segundo tempo, no gol de empate do Campinense no Arruda (1 x 1). E é esse o motivo de mais um post falando da crise do Santa Cruz, e de sua chance remota de permanecer na Terceirona (olha o nível da bronca…).
A última rodada da 2ª fase da Série C será em 6 de setembro. O Santa Cruz enfrentará o Salgueiro, que luta pela vaga à próxima etapa, no Sertão. Apenas a vitória interessa. Em Campina Grande, os corais precisarão secar o Campinense, que não pode sequer empatar com o Icasa. E ainda precisa tirar uma diferença de dois gols de saldo em relação ao time paraibano. Isso para ficar na 3ª colocação do grupo 19. E dos oito grupos, a Cobra-Coral ainda precisa ser um dos quatro melhores terceiros lugares.
Milagres não tem acontecido com o Santa Cruz.
Esse domingo (24 de agosto de 2008) não foi apenas o pior dia da história do Santa Cruz. Foi também uma das páginas mais tristes da centenária história do futebol de Pernambuco.