Vandalismo da torcida organizada nos Aflitos, um protesto às avessas

Supostos integrantes da Fanáutico protestaram na frente dos Aflitos, na Avenida Rosa e Silva de forma violenta. Ameaçaram diretores, fecharam a rua e atacaram os carros do Diario de Pernambuco e do Jornal do Commercio, presentes no local para a cobertura do episódio.

No dia do aniversário do Náutico e no Dia do Jornalista. Emblemático.

O vídeo, com parte da agressão sofrida pela imprensa, foi gravado por Victor Urquiza, em um edifício vizinho ao clube.

 

A cordialidade anual nos grandes clubes via twitter, versão Náutico 114 anos

Nos últimos anos, a rede social vem se transformando em uma ferramente interessante para a interação entre clubes rivais. Se o contato formal entre as agremiações é escasso, no Twitter e no Facebook basta postar uma mensagem para propagar o objetivo. Neste 7 de abril de 2015, Santa Cruz e Sport desejaram feliz aniversário ao Náutico, que completou 114 anos.

 

Sport x Bahia, 83 anos de história, 80 partidas e vantagem baiana

Sport e Bahia já se enfrentaram 80 vezes desde o primeiro duelo, em 25 de fevereiro de 1932, no antigo Campo da Avenida Malaquias, a primeira casa rubro-negra. O Leão tem vantagem sobre quase todos os clubes do Nordeste, mas tanto no histórico geral quanto nos mata-matas oficiais, o Tricolor de Aço se apresenta como o maior algoz pernambucano na região. Disparado.

O retrospecto absoluto entre os maiores clubes nordestinos aponta 33 vitórias do Bahia, 20 vitórias do Sport e 27 empates. Os próximos jogos serão na semifinal do Nordestão de 2015. A partir disso, relembre os mata-matas, com uma vantagem não menos indigesta (5 x 1) para os tricolores de Salvador.

Taça Brasil de 1959 – quartas de final 
Taça Brasil de 1959, quartas de final: Sport 6x0 Bahia. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

O primeiro duelo oficial, na pioneira edição da Taça Brasil, foi na verdade uma melhor três. Após a derrota em Salvador, o Leão devolveu com juros na Ilha, com um 6 x 0, o maior placar da história do confronto. Como saldo de gols não era critério de desempate, houve um terceiro jogo, também no Recife. E aí entra em cena o folclórico dirigente baiano Osório Villas Boas, que ofereceu uma festa aos rubro-negros pelo “grande resultado”. A farra cambaleou o time – reza a lenda – e o Baêa passou por cima 2 x 0. Depois, conquistaria o título nacional.

27/10/1959 – Bahia 3 x 2 Sport
30/10/1959 – Sport 6 x 0 Bahia
03/11/1959 – Sport 0 x 2 Bahia

Taça Brasil de 1963 – quartas de final 
Taça Brasil de 1963, quartas de final: Bahia 1x0 Sport. Foto: Arquivo DP/D.A Press

Mais um confronto decidindo a fase Norte-Nordeste da competição nacional, com status de “Campeão do Norte”. O Tricolor de Aço já havia construído uma imagem nacional, com o título de 1959 e o vice de 1961. Chegou à terceira final eliminando o Leão mais uma vez, vencendo na Fonte Nova.

25/09/1963 – Sport 2 x 2 Bahia
29/09/1963 – Bahia 1 x 0 Sport

Brasileirão de 1988 – quartas de final
Brasileirão de 1988, quartas de final: Bahia 0x0 Sport. Imagem: reprodução/Bobô

Os rivais se enfrentaram três vezes naquele Campeonato Brasileiro, com três empates. Nas quartas, que garantiria um nordestino entre os quatro melhores, públicos gigantescos, com 39 mil na Ilha e 58 mil na Fonte Nova. A disputa só acabou na prorrogação, com o empate sem gols favorecendo os baianos. No tempo extra, os leoninos tiveram uma chance incrível, com Nando Lambada perdendo o gol cara a cara com o goleiro Ronaldo.

29/01/1989 – Sport 1 x 1 Bahia
01/02/1989 – Bahia 0 x 0 Sport

Copa do Nordeste de 1994 – semifinal

Copa do Nordeste 1994, semifinal: Sport (4) 1x1 (3) Bahia. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

No Rei Pelé, em Maceió, os clubes fizeram o único jogo oficial fora do Recife ou de Salvador. Após o empate nos noventa minutos, o desempate ocorreu numa disputa de pênaltis, com Jefferson, o goleiro rubro-negro, salvando. Aquela foi a única vez que o Sport despachou o Bahia. Depois, o time pernambucano conquistaria a primeira Copa do Nordeste da história.

13/12/1994 – Sport (4) 1 x 1 (3) Bahia

Copa do Nordeste de 1997 – semifinal
Copa do Nordeste 1997, semifinal: Sport 1x1 Bahia. Foto: Clemilson Campos/DP/D.A Press

Na volta do Nordestão, o Vitória era o time mais badalado, com Bebeto e Túlio, mas a rivalidade entre os campeões nacionais chamou a atenção na outra chave. Com o formato da Copa do Brasil, o Bahia avançou devido ao gol fora de casa, festejando mais uma vez na Ilha do Retiro.

26/03/1997 – Bahia 0 x 0 Sport
23/04/1997 – Sport 1 x 1 Bahia

Copa do Nordeste de 2001 – final
Final do Nordestão de 2001: Bahia 3x1 Sport. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

O público por si só já transformaria a partida em um capítulo à parte, com 65.924 pagantes (dos quais 2 mil rubro-negros), o recorde no Nordestão até hoje. O público total foi de 69 mil. Em campo, jogo único na decisão, com o Baêa jogando bem melhor e vencendo sem dificuldades.

28/04/2001 – Bahia 3 x 1 Sport

O dia do jornalismo, nem sempre com acertos no mundo esportivo

Jornal de Madri (Marca) crava os novos "reforços" do Real Madrid. Crédito: reprodução/twitter

Hoje é o Dia do Jornalista.

No jornalismo esportivo, um dos momentos mais agitados na temporada é o de especulações e anúncios de novos reforços nos principais times.

Na mesma intensidade da ansiedade da torcida, aumenta a audiência nos sites e na circulação dos jornais. Um reflexo direto.

Nem sempre, obviamente, é possível acertar. Uma negociação desfeita faltando poucos detalhes, uma fonte não tão bem informada ou mesmo uma “perua”, como se diz aqui no Recife em relação às notícias sem fundamento algum.

E este contexto está muito além da cobertura de Náutico, Santa Cruz e Sport.

Vamos citar então os maiores clubes do mundo, Barça e Real.

A imprensa nas duas cidades é fortíssima, mas como qualquer periódico, incluindo aí, claro, o Diario de Pernambuco, tem os seus erros históricos.

Em Madri, o Marca, principal jornal esportivo da Espanha, já cravou Suárez, Neymar e até Ronaldinho Gaúcho com a camisa camisa merengue. Em negociações milionárias, todos acabaram no Camp Nou.

Em Barcelona, os principais concorrentes, Mundo Deportivo e Sport, bancaram os nomes de Benzema, Bale, Ozil e Kaká com o uniforme blaugrana. Todos acabaram assinando com o clube da capital.

O Sport chegou a informar a contratação de Cristiano Ronaldo pelo Barcelona.

Para esses erros, felizmente há uma infinidade de acertos, em primeira mão, inclusive. Assim é o jornalismo, apurando o máximo possível de informações. Na produção final, porém, nem sem sempre se acerta.

Jornais de Barcelona (Mundo Deportivo e Sport) cravando os novos "reforços" do Barcelona. Crédito: reprodução/twitter

Sem mata-mata, Estadual registra 414 mil torcedores e renda de R$ 4,8 milhões

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport 1x1 Santa Cruz, Salgueiro 4x1 Náutico e Serra Talhada 2x1 Central. Fotos: Daniel Leal/DP/D.A Press (Ilha), Jorge Burégio/FPF (Cornélio de Barros) e FPF/site oficial (Pereirão)

Resta apenas o mata-mata no Estadual de 2015. Claro, é a fase com o maior potencial de captação de público, e, também, a última chance de elevar o baixo índice de 3.666 torcedores – o pior desde 2005. Teremos oito jogos, incluindo a disputa pelo 3º lugar, que vale vaga nas Copas do Nordeste e do Brasil.

Seguem na disputa Sport e Santa Cruz, protagonistas do campeonato das multidões, até aqui com liderança coral. No domingo, no Clássico das Multidões, 18.015 pessoas foram à Ilha do Retiro numa partida que pouco valia – contudo, o borderô só foi divulgado pelos rubro-negros na segunda. Capital à parte, os estádios Luiz Lacerda (Caruaru) e Cornélio de Barros (Salgueiro) devem registrar os maiores público no interior na edição de 2015.

Por sinal, Central e Salgueiro já ultrapassaram a média de público do Náutico, a penúltima do hexagonal principal. Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,8 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 384.056.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, 4 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 71.690 pessoas
Média: 14.338
Taxa de ocupação: 25,03%
Renda: R$ 1.169.822
Média: R$ 233.964
Presença contra intermediários (3): T: 32.833 / M: 10.944

2º) Sport (5 jogos como mandante, 3 na Ilha e 2 na Arena)
Total: 58.465 pessoas
Média: 11.693
Taxa de ocupação: 30,54%
Renda: R$ 1.002.062
Média: R$ 200.412
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (12 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 64.444 pessoas
Média: 5.370
Taxa de ocupação: 27,57%
Renda: R$ 628.565
Média: R$ 52.380

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 113 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 414.355
Média: 3.666 pessoas
TCN: 311.246 (75,11% da torcida)
Média: 2.754 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.800.708
Média: R$ 42.484
* Foram realizadas 116 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 243.503
Média: 8.116 pessoas
TCN: 151.047 (62,03% da torcida)
Média: 5.034 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.487.534
Média: R$ 116.251

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (10)

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro 4x1 Náutico. Foto: George Fernandes / Supramax

Foram 6 expulsões nas 27 primeiras partidas do hexagonal do título. Na derradeira rodada da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2015, foram nada menos que 5 cartões vermelhos distribuídos! Desfecho nervoso ma Ilha, no Cornélio e no Pereirão. Apenas um time saiu sem expulsão, o Sport. E o único pênalti marcado no fim de semana foi a favor do Leão, quando Danny Morais derrubou Samuel, sozinho na área (ambas as marcações corretas). Com isso, o Sport terminou na liderança dos rankings levantados pelo blog, tanto em penalidades a favor quanto em adversários expulsos.

Vale registrar a arbitragem no Cornélio de Barros. Lá poderia ter sido batido o 8º pênalti, mas o árbitro Nielson Nogueira voltou atrás na marcação – o lance foi fora da área. Consulta às imagens da TV? A confusão foi grande.

Pênaltis a favor (7)
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz e Serra Talhada
Sem penalidade: Náutico e Central

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa desperdiçou um pênalti

Sport evitou uma penalidade
Náutico evitou uma penalidade

Pênaltis cometidos (7)
2 pênaltis – Serra Talhada e Santa Cruz
1 pênalti – Sport, Náutico e Salgueiro
Sem penalidade: Central

Cartões vermelhos (11)
1º) Sport – 3 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Salgueiro – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Náutico  – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
4º) Central – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
4º) Serra Talhada – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
6º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 3 cartões vermelhos

Eis os líderes em todas as edições, considerando apenas as fases classificatórias, sem os mata-matas:

Mais pênaltis a favor
2009 – Náutico (7)
2010 – Náutico (11)
2011 – Náutico/Araripina (7)
2012 – Santa Cruz (8)
2013 – Sport/Porto (6)
2014 – Santa Cruz (2)
2015 – Sport (3)

Mais pênaltis cometidos
2009 – Ypiranga (11)
2010 – Porto (12)
2011 – Petrolina/América (7)
2012 – Araripina (10)
2013 – Belo Jardim (5)
2014 – Porto (4)
2015 – Santa Cruz/Serra Talhada (2)

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Sport

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico 0x2 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A busca pelo bicampeonato pernambucano teve uma campanha avassaladora no hexagonal, com 11 pontos a mais que o segundo colocado. Mesmo sem apresentar um grande futebol, mesmo escalando alguns times mistos. De toda forma, a superioridade técnica vista até aqui fica no passado a partir de agora. No mata-mata, com semifinal e final, a única vantagem possível é jogador a segunda partida em casa. Pouco. Mas é o regulamento, paciência.

Portanto, cabe a Eduardo Batista orientar um time já experiente (apesar das caras da base) sobre o espírito necessário. Funcionou no último ano, com a dupla conquista (Estadual e Nordestão), crescendo justamente nos mata-matas. E o primeiro exemplo deste ano foi duríssimo, contra o Fortaleza, pelo regional. Mesmo na Série C, o adversário só caiu nos pênaltis. Decisões de 180 minutos resultam num nivelamento natural. Será possível com o Salgueiro?

Outro ponto sobre a equipe é a obrigação de conciliar a agenda do time, dividida entre Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E com a Série A marcada já para 9 de maio, logo mais. A preparação física da equipe – algumas peças sentem bastante – será testada no limite. Em 2014 deu certo.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 5 classificações

Formação básica do Sport no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Diego Souza. Na prática, o meia-atacante não foi o melhor jogador do Leão no hexagonal. Vem aquém da sua qualidade técnica – a um valor salgado. Porém, tem a maior responsabilidade para ser o principal vetor ofensivo do time.

Aposta
Elber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante chegou sem alarde, mas logo na estreia marcou dois gols contra o Santa Cruz. Rápido, o jogador é o artilheiro rubro-negro na temporada, mesmo sem a titularidade absoluta.

Ponto fraco
Vitor. A saída de Patric para o Galo deixou uma lacuna quase irreparável na lateral direita. Alex Silva e Vitor, os concorrentes neste ano, não agradaram, com o segundo assumindo a titularidade por falta de opção. Falta intensidade.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
25 pontos (líder)
8 vitórias (quem mais venceu)
1 empate (quem menos empatou)
1 derrota (que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
5 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 3 Sport, em 31 de janeiro, no Arruda.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Central

Pernambucano 2015, 6ª rodada: Central 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Campeão da Taça Eduardo Campos, classificado à semifinal do Estadual após cinco anos, escrevendo a segunda melhor campanha, e um calendário garantido no segundo semestre com a presença na Série D. A temporada alvinegra está acima das expectativas de uma torcida sempre desconfiada.

Procurando pagar em dia, o Central foi montando um grupo sólido entre os concorrentes do interior, com um nome experiente na cidade no comando técnico, Laelson Lima. Nem mesmo o Salgueiro, com campanhas bem mais representativas nos últimos anos, o superou. Na semifinal, enfrentará o Santa Cruz, de lembranças em campeonatos brasileiros das Séries B, C e D.

Obter a inédita vaga no Nordestão (o rival Porto já disputou) e voltar à Copa do Brasil (participou 2 vezes) é a meta do clube, que alcançá-la como vice ou na 3ª colocação. Para isso, uma premiação de R$ 80 mil já está acertada pela diretoria. E pelo título? Ainda em negociação. Jogadores, diretoria e torcida sabem o preço de erguer o troféu máximo de Pernambuco pela primeira vez.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
1 participação e nenhuma classificação

Formação básica do Central no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Candinho. O mei distribui bem o jogo e arrisca bastante de fora da área. No Arruda, para citar o futuro adversário, acertou o travessão, e no Lacerdão foi o herói da classificação, com dois gols, um em cobrança de falta.

Aposta
Madona. Não é exatamente uma aposta, até pela idade, 29 anos. Entretanto, o lateral-esquerdo Janilson (sim, é aquele ex-Araripina, com o nome trocado) aumentou a variedade de jogadas de uma equipe limitada tecnicamente.

Ponto fraco
A preparação física. Foi justamente no confronto contra o Santa, no Lacerdão, que a Patativa apresentou essa deficiência em um maior grau, com o time com a língua do lado de fora aos 20 minutos do segundo tempo.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
14 pontos (2º lugar)
4 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
4 derrotas (2º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
10 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Central 1 x 0 Sport, em 1º de março, no Lacerdão .

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Santa Cruz

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A largada na 101ª edição do campeonato estadual foi a pior da história coral. Duas duras derrotas por 3 x 0. A classificação do Santa Cruz tornou-se preocupante na ocasião, com Ricardinho balançando. Contudo, a atual gestão (continuidade de ALN) prima pelo respaldo aos treinadores. Neste caso, funcionou. O técnico teve tempo para trabalhar, com intervalos de até 15 dias entre os jogos, devido à ausência no Nordestão e na Copa do Brasil.

Ganhando força física e raça (uma cobrança séria da torcida, inconformada com a apatia inicial), a Cobral Coral subiu na classificação nas costas do Náutico, derrotou o Central (adversário no mata-mata) duas vezes e acabou alcançando a vaga com tranquilidade. Até o improvável Betinho contribuiu.

No fim do hexagonal, a cena de João Paulo vibrando com o rosto ensanguetado após o gol marcado aos 47 minutos do 2º tempo, empatando o Clássico das Multidões, virou um ícone da determinação. Uma imagem trabalhada pelo clube e incorporada pela torcida. Com confiança, nem o jogo de volta da semifinal longe do Arruda preocupa. Não faz muito tempo e vimos um roteiro semelhante, de reviravolta e título Tricolor no fim. Em 2015, a busca é pela 28ª taça.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 3 classificações

Formação básica do Santa Cruz no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Tiago Costa. O lateral-esquerdo não renovou no fim de 2014, indo para o Ceará, mas rendeu pouco no Vozão e logo voltou ao Arruda. Chegou como o último reforço neste Estadual (o 17º no geral). Entrou e deu volume na lateral.

Aposta
Raniel. O meia de 18 anos começou o torneio temendo ficar de fora por causa da liminar sobre a sua suspensão por doping. Com a cabeça no lugar, focando o futebol, o garoto surpreendeu quando foi acionado, mesmo oscilando (normal).

Ponto fraco
O setor ofensivo. Foram apenas 9 gols em 10 jogos, menos 1 por jogo. O pior ataque do hexagonal. Com Bruno Mineiro de molho, o técnico Ricardinho vai se virando com Anderson Aquino, Betinho e Waldison. Nenhum agradou.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
14 pontos (3º lugar)
4 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
4 derrotas (2º que menos perdeu)
9 gols marcados (pior ataque)
11 gols sofridos (3ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 1 x 2 Santa Cruz, em 25 de fevereiro, na Arena.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Salgueiro

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Salgueiro 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Salgueiro está em mais uma semifinal do Estadual, a terceira em sua história. Terminou o hexagonal a 14 pontos de distância do líder Sport, seu adversário no mata-mata. Derrotado pelo Leão nos dois jogos na primeira fase, o time conta agora com um entrosamento melhor, sobretudo pelas boas campanhas no Nordestão e na Copa do Brasil – no certame local foram apenas três vitórias.

O Carcará chegou a atuar nas três frentes simultaneamente, já com uma formação com a cara do técnico Sérgio China, com muita força. Para alcançar a sua primeira final no Pernambucano, o Carcará terá que superar o seu passado. Nas duas primeiras semifinais disputadas, esteve pertinho da decisão, ganhando o jogo de ida no calor do Cornélio de Barros.

Em 2012, contra o Santa Cruz, teve o empate a favor, mas perdeu no Mundão. No ano passado, por causa do regulamento, até perdendo teria chance, através da disputa de pênaltis. Dito e feito, mas saiu derrotado de todo jeito, frustrando a população salgueirense, que assistiu à partida em um telão na cidade.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
2 participações (2012 e 2014) e nenhuma classificação

Formação básica do Náutico no Salgueiro 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Rodolfo Potiguar. Além da marcação, o cabeça de área vai ganhando mais liberdade no ataque. No Nordestão marcou um belo gol no Castelão e contra o Náutico, no 4 x 1 que valeu a vaga na semi, apareceu como centroavante.

Aposta
Anderson Lessa. O atacante começou a temporada desperdiçando um pênalti na Arena. Se recuperou, ganhou a titularidade e passou a ser referência na área. Ainda está longe daquele jogador que despontou no Náutico, em 2008.

Ponto fraco
Luciano. O experiente goleiro do Carcará já passou em inúmeras divisões do Brasileiro vestindo a camisa 1 do clube. Porém, falha mais do que a média, principalmente em finalizações de média distância.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
3 vitórias (5º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
5 derrotas (5º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
13 gols sofridos (5ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro, em 21 de fevereiro, na Arruda.