A apatia do tricampeão termina com bote do Gavião no Agreste

Pernambucano 2014, 2ª rodada: Porto x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Uma apresentação fraca do tricampeão pernambucano.

Sem meias palavras, a atuação coral em Caruaru, na derrota por 1 x 0 para o Porto, deve ter irritado bastante o técnico Vica. Mesmo berrando na beira do campo, com os gritos repetidos pelos torcedores no tobogã do Lacerdão, o treinador não conseguiu traduzir as suas instruções em futebol no time.

A jovem equipe do Gavião do Agreste, apontada com o mais fraca entre as seis do turno principal do Estadual, não abdicou da compactação nesta quarta, fechadinho e tocando bem a bola no meio campo.

Enquanto isso, os tricolores, sem Gamalho, iam encontrando dificuldades para entrar na área, mesmo com 59% de posse – até o xodó Caça-Rato foi substituído sob vaias. Isso levou a mais finalizações de fora da área, sem perigo.

Freio de mão puxado? Pois é. O empate parecia encaminhado para os 5.248 torcedores presentes no jogo ruim, mas o cirúrgico Porto chegou à vitória.

Aos 26 minutos, após uma cobrança de escanteio pelo lado direito, o grandalhão Kiros executou a sua jogada aérea, para a surpresa de ninguém. Voou como um gavião, mais que a defesa recifense, e testou para as redes.

Derrota consumada à parte, o calendário segue apertado e no fim de semana já tem o Nordestão pela frente para o Santa. O time já mostrou mais futebol…

Até lá, Vica deverá cobrar bastante. Até que os jogadores compreendam.

Pernambucano 2014, 2ª rodada: Porto x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Leão começa a ganhar uma nova cara

Pernambucano 2014, 2ª rodada: Sport 4x0 Salgueiro. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Em formação, o Sport vem sendo alvo de merecidas críticas em 2014. Pelo milionário orçamento, esperava-se uma qualificação técnica mais rápida no elenco, sobretudo com a Série A pela frente.

A diretoria se mexeu primeiramente na defesa, trocando quase todo mundo. Com a “cozinha” reformada, seria preciso apurar um melhor condicionamento físico, algo latente durante a primeira fase do Nordestão.

Na esperada estreia no Pernambucano, em um jogo válido na verdade pela segunda rodada, o Leão atuou de forma segura. Se posicionou bem, se impôs e agradou aos 11.673 torcedores na Ilha, nesta quarta.

Avaliado de forma severa por causa da idade, Durval já mostra uma diferença gritante em relação à era Tobi. Já Páscoa, zagueiro e volante, parece ter sido o achado entre os novos contratados, correndo o campo inteiro.

Assim, a equipe treinada interinamente por Eduardo Batista, chegou ao terceiro jogo seguido sem sofrer gols. E foi além, pois o ataque funcionou com gosto.

Contra o Salgueiro, o mais forte do interior, o Sport goleou por 4 x 0, numa noite com inúmeras oportunidades criadas e jogadores testados. Neto Baiano – um brigador, com dois gols de um camisa 9 -, Érico Júnior, Felipe Azevedo (aleluia), Sandrinho e Éverton Felipe. Todos trataram de participar.

A palavra da noite, aliás, é esta. A tal “participação” gerou uma importante coletividade e fez com que o Leão tivesse realmente uma cara de time. Ainda longe da qualificação esperada para o Brasileirão, mas ao menos com potencial.

Pernambucano 2014, 2ª rodada: Sport 4x0 Salgueiro. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Os blocos carnavalescos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros

Blocos de carnaval de Náutico, Santa Cruz, e Sport. Fotos: nauticonews.com.br, loucospelosanta.com.br, zemais.blogspot.com.br e Julio Pontes

Na época carnavalesca, nada de uniformes no futebol no estado. Mas nem assim a paixão clubística é deixada de lado. Pelo contrário, continua arrastando multidões.

As camisas alvirrubras, tricolores e rubro-negras cedem lugar às fantasias. Nos festejos de momo há espaço também para as camisas dos blocos, com inspiração nos maiores clubes de Pernambuco.

Entre blocos e troças carnavalescas, Náutico, Santa Cruz e Sport têm as suas versões na folia em todo o estado. No Recife Antigo, nas ladeiras de Olinda, nos papangus no interior…

Confira os estandartes, da antevéspera carnavalesca, ainda na quinta, à quarta-feira de cinzas. O mais antigo de todos é o Timbu Coroado, criado na década de 1930.

Abaixo, a lista de blocos e alguns vídeos. Entre parênteses, o local de origem, o ano de fundação e o dia do desfile.

O post será atualizado com a confirmação de mais blocos…

Náutico
Timbu Coroado (Recife, Aflitos/1934, domingo)
Nação Alvirrubra (Bezerros/2001, segunda-feira)
Alvirrubros em Folia (Pesqueira/2009, segunda-feira)
Timbu Coroado (Limoeiro, sábado)

Santa Cruz
Cobra Fumando (Recife, Arruda/1992, segunda-feira)
Triloucura (Bezerros/2004, segunda-feira)
Minha Cobra (Olinda, Sítio Histórico/2006, segunda-feira)
A Cobra Vai Subir (Afogados da Ingazeira/2008, terça-feira)
Paixão Coral (Pesqueira/2009, segunda-feira)
Naza Coral (Nazaré da Mata/2011, domingo)
Tricolor na Folia (Timbaúba, segunda-feira)

Sport
Raça Rubro-negra (Bezerros/1994, terça-feira)
Leão da Barra (Goiana/2000, terça-feira)
Nação Rubro-negra (Pesqueira/2002, sexta-feira)
Rubro-negro de Coração (São José da Coroa Grande/2007, segunda-feira)
Cazá-Cazá (Nazaré da Mata/2008, terça-feira)
Cazá Cazá (Afogados da Ingazeira/2012, domingo)
Bloco do Sport (Condado/2012, terça-feira)
Leões da Mata (Palmares/2013, quinta-feira)
Leões na Folia (Ipojuca/2013, terça-feira)
Torcida do Sport (Bom Jardim, terça-feira)

Uma Taça Fifa inteiramente de chocolate, em qualquer esquina

Troféu de chocolate da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Garoto/divulgação

A Copa do Mundo é uma marca pulsante no mercado. A concorrência para associar produtos ao maior torneio de futebol, de forma oficial, é enorme.

Não por acaso, os contratos costumam ser exclusivos junto à Fifa. Assim, as prateleiras a cada esquina recebem a cerveja oficial, o refrigerante oficial, a camisa oficial, a bola oficial, o boneco oficial… E até o chocolate oficial.

Pois é. A Garoto é uma das patrocinadoras da edição de 2014, no Brasil. Aproveitando o “direito adquirido”, a empresa, com previsão de investimento de R$ 200 milhões em ações de marketing até o evento, lançou uma réplica do troféu inteiramente de chocolate ao leite.

O produto embrulhado de dourado terá 25 centímetros de altura, pesando 300 gramas e com preço sugerido de R$ 50. Já a taça original, criada há quatro décadas, tem 36,8 centímetros e 6,175 quilos. O valor da peça oficial, com cinco quilos de ouro dezoito quilates, até hoje não foi calculado…

Todas as moedinhas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

A Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, terá uma enorme série de moedas comemorativas. Serão 36 modelos. O Banco Central lançará as moedinhas especiais entre agosto de 2014 e fevereiro de 2016. Ao todo, são quatro de ouro (com valor de face R$ 16), 16 de prata (R$ 5) e 16 bimetálicas (R$ 1).

A ideia foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio. Nas douradas, com o Cristo Redentor, os lados reversos têm alguns dos maiores símbolos olímpicos, como a corrida de 100 metros, salto em altura, luta olímpica e a tocha.

Nas pratetadas estão temas do Brasil, incluindo flora, fauna arquitetura e música. Na última, semelhante às atuais moedas de um real, os esportes presentes. O cronograma de lançamento será dividido em quatro datas, com a emissão de quatro moedas comuns, quatro prateadas e quatro douradas.

Relembre as moedas da Copa do Mundo aqui.

Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Conselho Monetário Nacional (CMN)/divulgação

Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Conselho Monetário Nacional (CMN)/divulgação

Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Conselho Monetário Nacional (CMN)/divulgação

Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Conselho Monetário Nacional (CMN)/divulgação

Moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Conselho Monetário Nacional (CMN)/divulgação

Os caboclos de lança que pesam uma tonelada no futebol

Caboclos de lança de Náutico, Sport e Santa Cruz. Crédito: Juna d m-fard junior/divulgação (Náutico e Santa) e Cláudio Maranhão/flickr (Sport)

O caboclo de lança é um dos principais símbolos do carnaval pernambucano.

Atrelado inicialmente ao maracatu rural, a colorida vestimenta com chapéu, gola de lantejoulas, óculos, surrão e lança logo se tornou constante nos carnavais, nas ladeiras de Olinda e no Recife Antigo.

Na mistura de todos, o futebol sempre tem o seu espaço. Como nas fantasias dos lanceiros folclóricos inspiradas nos três maiores escudos do estado.

No maracatu, confira as versões do Timbu, da Cobra Coral e do Leão.

O carnaval, aliás, é algo bastante presente nos grandes clubes pernambucanos, com fantasias, blocos, orquestras, canções de frevo, bonecos gigantes…

Sobre o carnaval nos grandes clubes, confira: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Esses nomes realmente pesam uma tonelada.

Ultrapassando todos os limites ao comemorar um gol

Comemoração bizarra de um gol na liga amadora da Itália. Crédito: Youtube/reprodução

Com mais de um século de bola rolando no mundo afora, a celebração de um gol já ocorreu de inúmeras formas.

Abraço coletivo, soco no ar, apontando a alguém específico, agradecendo a Deus, calado, marrento, se jogando no chão, com danças ensaiadas etc.

Todo dia surge uma nova. Esta aqui, porém, não deverá ser repetida tão cedo…

Na liga amadora italiana, numa várzea muito semelhante à nossa, um atacante ultrapassou todos os limites (físicos, até).

Ao marcar um gol para o Riolo Terni, aproveitando um rebote, o jogador foi até o banco de reservas e quebrou o acrílico em uma cabeçada… Estilo Zidane.

A torcida ficou atônita. E o árbitro não perdoou a graça.

No carisma, a campanha por Caça-Rato na Canarinha ganha as mídias sociais

Amistoso 2013: Suíça 1 x 0 Brasil. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A lesão muscular do atacante Fred, uma contusão corriqueira na carreira do jogador, acendeu o sinal de alerta na comissão técnica da Seleção Brasileira.

O centroavante foi um dos destaques no título da Copa das Confederações de 2013. Neste ano, segue como grande esperança para o Mundial.

Porém, em caso de desfalque, o técnico Luiz Felipe Scolari terá que buscar de forma urgente um substituto na linha ofensiva… Quem?

O UOL, um dos portais mais acessados do país, lançou uma enquete com 19 jogadores “cotados” para o posto. Entre eles, Flávio Caça-Rato.

Com um engajamento incrível da torcida do Santa Cruz, o folclórico CR7 do Arruda alcançou o primeiro lugar em menos de uma hora.

Para participar, clique aqui.

Desde a bandeira no amistoso contra a Suíça que a greia vai tomando conta…

Enquete no UOL, em 10/02/2014, sobre a vaga na Seleção Brasileira

O Comentarista da Palavra Abalizada

Luiz Cavalcanti. Crédito: projeto experimental O Comentarista da Palavra Abalizada

Um dos maiores nomes da crônica esportiva do estado é o de Luiz Cavalcanti.

O “comentarista da palavra abalizada”, alcunha surgida ainda na década de 1960, acompanhou durante muito tempo o trabalho do narrador Adilson Couto, na Rádio Jornal, compondo uma das transmissões mais populares do Recife.

Seu Lula, de 83 anos, começou a trabalhar no rádio em 28 e novembro de 1952, na cidade baiana de Ilhéus, onde nasceu. Chegou no Recife três anos depois, e até hoje permanece na cidade, com trabalhos em inúmeras rádios – atualmente na Olinda – e respeito absoluto de alvirrubros, rubro-negros e tricolores.

O vídeo de vinte minutos foi o projeto experimental em jornalismo de André Fontes e Ricardo Baroni, na Católica. Um resgate sobre o nosso futebol.

E o bordão clássico… Luiiiiiiz Cavalcaaaaantiii.

Luis Cavalcanti – O Comentarista da Palavra Abalizada from Ricardo Baroni on Vimeo.

Clássico em busca de uma Lua Cheia

Calendário lunar de fevereiro de 2014. Crédito: www.calendario-365.com.br

Se há um calendário que não muda sob hipótese alguma, é o calendário lunar.

As fases são cíclicas, com a lua nova, lua crescente, lua cheia e lua minguante.

Claro, ninguém usa esse calendário para produzir a tabela de um campeonato de futebol. Entre os principais pontos para esta composição estão os dias e horários com viabilidade para gerar bons públicos, a grade de transmissão na televisão, os intervalos mínimos entre as partidas de acordo com a lei etc.

Com tudo isso, ao adiar um jogo, considerando o apertado calendário brasileiro, a agenda fica asfixiada. É o caso do clássico entre Náutico e Sport na Arena Pernambuco, válido pela primeira rodada do haxagonal do Estadual.

Ainda mais ao relembrar a quantidade de tabelas lançadas.

Portanto, o jogo não será na Lua e nem marcado através do calendário lunar.

Na prática, seria difícil encontrar uma “Lua Cheia” para o clássico. A de fevereiro, no dia 14, até está vaga, mas não atende às exigências supracitadas…

É preciso ocorrer antes da 10ª rodada, em 30 de março. Qual data está livre?