Eurocopa – Dia 10: Cristiano Ronaldo e germânicos avançam

Eurocopa 2012: Portugal x Holanda. Foto: Uefa/divulgação

Equilíbrio total e tensão até os últimos instantes no grupo B da Eurocopa.

A Holanda, com a pior situação no grupo até este domingo , marcou o primeiro gol da rodada, em um chutaço de Van Der Vaart, aos 11 minutos. Embolava de vez a chave.

Até que Cristiano Ronaldo conseguiu desencantar na Euro e empatou aos 28.

Enquanto isso, o duelo em velocidade de dinamarqueses e alemães seguia parelho, empatado em 1 x 1 até aquele mesmo instante.

Ao fim dos primeiros 45 minutos, avançavam Alemanha e Dinamarca. No estádio Metalist, na Ucrânia, mais pressão para a turma de Cristiano Ronaldo diante da Laranja.

No 2º tempo, o craque – que balançou as redes nas últimas três Eurocopas e nos dois Mundiais – virou o jogo aos 29, colocando enfim os lusos na zona de classificação às quartas. Portugal 2 x 1. Holanda, atual vice-campeã do mundo, sai com três derrotas…

Com o resultado, bastava um golzinho em Lviv para a Dinamarca despachar o time germânico, o maior campeão europeu, com três troféus.

Esbanjando entrosamento e qualidade, a Alemanha confirmou a sua vaga aos 35 minutos, através de Bender, cravando a terceira vitória na competição: 2 x 1.

Nas quartas, Portugal x República Tcheca e Alemanha x Grécia. Favoritos?

Em 20 jogos, nenhum empate sem gols na Euro. Deveremos ter confrontos animados…

Eurocopa 2012: Alemanha x Dinamarca. Foto: Uefa/divulgação

Cinquentenário do domínio brasileiro nas taças do futebol

Copa do Mundo 1962, final: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia. Foto: CBF/divulgação

Há 50 anos a Seleção Brasileira conquistava o bicampeonato mundial.

O triunfo em Santiago, no Chile, transformava o Brasil de vez no “país do futebol”.

Quase 70 mil pessoas no estádio Nacional viram o auge de Garrincha, que tomou para si aquela Copa, depois que Pelé se machucou no início da competição.

Com 25 anos, Mané esbanjou habilidade, arte e marcou gols decisivos.

O anjo das pernas tortas liderou tecnicamente um time bem experiente, com a base de 1958. Estavam lá Nilton Santos, de 37 anos, Didi, 34, Djalma Santos, 33, e Gilmar, 32.

A caminhada invicta teve o seu desfecho em 17 de junho de 1962.

Masopust até abriu o placar para a Tchecoslováquia aos 15 minutos, mas o atacante Amarildo, o “Possesso”, empatou dois minutos depois.

Possesso? Sim, este é o célebre apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues àquele que conseguiu substituir Pelé à altura. Apelido com cara de sobrenome.

Na etapa final, Zito virou o jogo aos 24. Aos 33, Vavá cravou o 3 x 1 do título.

Acompanhando a decisão pelo rádio, a torcida brasileira festejou a conquista nas ruas e só pôde assistir ao jogo dois dias depois, no cinema. TV ao vivo, só a partir de 1970.

Desde que o capitão Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet, o Brasil mantém o status de maior campeão. Até ali, Itália e Uruguai eram os maiores vencedores, bicampeões.

O tri da Seleção em 1970 só seria igualado em 1982 (Itália) e 1990 (Alemanha). Igualado sim, ultrapassado jamais. Em 1994, o tetra. Em 2002, o penta. Pioneiros.

Portanto, este 17 de junho de 2012 é o jubileu do gigante…

Jubileu do Possesso

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962. Arte: Greg/Diario de Pernambuco

Aos 71 anos, Amarildo segue a sua vida de forma tranquila no Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, contudo, o telefone tocou algumas vezes, quebrando a rotina pacata. Gente que nunca o viu em ação nos gramados, ao vivo. Nem mesmo os pais…

Eram pessoas ávidas em recontar com orgulho a história construída pelo atacante, o substituto do insubstituível em plena Copa. Agora um senhor, Amarildo continua simpático ao relembrar os melhores momentos de sua carreira, quando sacudiu o país.

No Superesportes, a tarefa, acompanhada pelo prazer de um apaixonado pelo futebol, coube ao repórter Lucas Fitipaldi, que conseguiu entrevistar o ex-jogador e arrancou detalhes sobre a trajetória do bicampeonato mundial da Seleção, 50 anos depois.

Em 1962, o destino escreveu certo por linhas e pernas tortas. Pelé não deixou de ser Pelé por sua ausência em grande parte da campanha no Chile. Amarildo, porém, jamais seria Amarildo, “O Possesso”, não fosse a lesão do Rei…

Pelé machucado, o que fazer?
“Pelé era uma figura respeitada por todos. Ninguém, sob hipótese alguma, queria perdê-lo. A verdade é a seguinte: ele pouco se machucava, e eu nem imaginava jogar aquela Copa. Nunca fui reserva em toda minha carreira. Só naquele time. Não tinha jeito de jogar na frente do Pelé, né?”

Lembrança eterna
“Ganhar uma Copa do Mundo é o máximo na carreira de um jogador. As lembranças da final e daquele jogo contra a Espanha são as mais vivas na minha memória. É como um filme. Fica passando pela cabeça o resto da vida. Você não esquece nunca. Guarda.”

Conselho real
“Pelé chegou pra mim e falou: ‘Não se preocupe. Você vai jogar com os mesmos caras do Botafogo. Não pense em mim’. Era meio time do Botafogo. Isso me ajudou.”

Com personalidade
“Eu nunca tremi. Em jogo nenhum. Sempre tive confiança nas minhas possibilidades. Já era acostumado a jogar com Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos… Por isso, não me sentia inferior a ninguém. Nem ao próprio Pelé.”

Encarnando o Possesso
“Minha carreira estava em jogo naquele dia. Eu sabia que meu futuro dependia daquela atuação. Se as coisas não dessem certo, se o Brasil fosse eliminado, a culpa recairia sobre mim. Foi um chororô geral quando Pelé se machucou. O país inteiro acusou o golpe. Felizmente, entrei e fiz o que tinha de fazer. Liquidei a classificação.”

Batizado por Nelson Rodrigues
“Adorei o apelido. Eu era mesmo um ‘possesso’ dentro de campo. Jogava pro time os 90 minutos. Via cada jogo como uma batalha. Foi um apelido que encaixou direitinho”.

Garrincha, o bicho-papão
“Ele saiu da ponta direita e foi jogar em toda a parte. Fez gol de cabeça, de falta, de fora da área. Jogou de centroavante, vinha buscar a bola no meio. Fez de tudo. Eu sei que contribuí muito, mas Garrincha foi o bicho papão daquela Copa. Os adversários o temiam tanto quanto Pelé. Até porque ele já era conhecido no mundo inteiro. Foi, sem dúvida, o jogador mais importante.”

Às futuras gerações
“Costumo dizer o seguinte: mais difícil do que chegar ao topo é permanecer por lá. Os jovens como Neymar, por exemplo, precisam ter consciência disso. Depois que subi um degrau na minha carreira, nunca mais desci.”

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962

Eurocopa – Dia 9: Tchecos e gregos seguem no detalhe

Eurocopa 2012: Polônia 0x1 República Tcheca. Foto: Uefa/divulgação

Início da última rodada nos quatro grupos da Eurocopa, sempre com duelos ao mesmo tempo, para evitar qualquer arrumadinho. Na chave A, neste sábado, chuva, drama, gols perdidos pelos ídolos e uma classificação baseada em um critério pouco ortodoxo.

Avançaram às quartas de final a República Tcheca e a Grécia. Quando poloneses e tchecos já batiam cabeça no segundo tempo, o visitante roubou a bola no meio campo e numa troca de passes em velocidade, Jiracek driblou um defensor e marcou, aos 27.

Somado às chances desperdiçadas por Lewandovski, os tchecos despacharam os donos da casa em Wroclaw ao vencer por 1 x 0. Líder, depois da goleada sofrida na estreia…

Em Varsóvia, o confronto direto, curiosamente nesta mesma partida, definiu a história.

O camisa 10 Karagounis, que completou 120 partidas e tornou-se o atleta com mais atuações pela seleção grega, havia perdido um pênalti na estreia. Desta vez ele foi decisivo a favor do país, que alenta na Euro o desânimo do colapso econômico.

Após uma falha da defesa russa pelo lado esquerdo, ele roubou a bola, invadiu pela diagonal e bateu cruzado, forte. Gol nos descontos no primeiro tempo.

Tento que deixava a Grécia com a improvável classificação. Os russos ainda impuseram uma pressão incrível na etapa final, com até oito jogadores na área. Tudo por causa do complicado sistema de classificação da Euro, com o confronto direto antes do saldo.

Valente e com a mesma “sorte” de 2004, a Grécia venceu por 1 x 0 e avançou.

Russos e gregos terminaram com quatro pontos. Mesmo com dois gols a mais no saldo, a Rússia foi eliminada. Critério bizarro. Que não seja aplicado no Mundial.

Eurocopa 2012: Grécia 1x0 Rússia. Foto: Uefa/divulgação

Eurocopa – Dia 8: Toró francês e gol espírita dos ingleses

Eurocopa 2012: Ucrânia x França. Foto: Uefa/divulgação

Chuva torrencial em Donetsk. A bola só rolou quatro minutos até que o árbitro holandês Björn Kuipers suspendesse o duelo entre Ucrânia e França, nesta sexta.

Tromba d’água e raios! Pela primeira vez na história da Euro uma partida era suspensa por este motivo. No Mundial, a última vez foi em 1974, no jogo Alemanha x Polônia.

O jogo ficou paralisado por quase uma hora. A chuva diminuiu, fim dos raios e um gramado impecável, com um sistema de drenagem devidamente aprovado.

A longa espera não valeria pelo primeiro tempo, insosso. Destoava apenas Alou Diarra.

Na etapa final, uma França categórica. Em dez minutos, dois gols franceses, com Ménez e Cabaye. O segundo ocorreu em uma falha de posicionamento dos ucranianos.

Vitória por 2 x 0, a primeira dos Bleus na Eurocopa sem os astros Zidane ou Platini.

Completando a 2ª rodada do grupo D e de toda a competição, ingleses e suecos fizeram um jogaço, com duas viradas no placar. Tenso até os descontos.

Partida equilibrada, que começou com o centroavante Andy Carrol abrindo o placar em sua especialidade, a cabeçada. No comecinho do segundo tempo, um gol contra de Johnson e outro de Mellberg deram a vantagem aos suecos, aos 14 minutos.

O English Team acusou o golpe, mas tentou reagir. Com o chuveirinho. Conseguiu o empate cinco minutos depois. O goleiro Isaksson até operou um milagre em uma cabeçada de Terry, mas falhou num chute despretensioso de Walcott.

Aos 33 minutos, o goal da vitória da Inglaterra por 3 x 2, explodindo o estádio em Kyev. Um cruzamento e um gol de costas de Welbeck, tentando dominar a bola. Surreal.

Não confunda. As fotos deste post são realmente de jogos diferentes…

Eurocopa 2012: Inglaterra x Suécia. Foto: Uefa/divulgação

A exatamente um ano da Copa das Confederações

Contagem regressiva para a Copa das Confederações de 2013. Faltam 365 dias. Confira as imagens mais recentes das seis arenas selecionadas para o torneio.

Apenas com esses estádios serão gastos R$ 3,96 bilhões. Com a mobilidade urbana, Pernambuco gastará mais R$ 717 milhões visando o evento de 2013.

Dinheiro, pelo visto, tem bastante. Tempo, nem tanto. Hora de correr.

Confira também a evolução da Copa das Confederações e a tabela.

Arena Pernambuco (Recife)
Capacidade: 46.214 pessoas. Jogos: 3
Obra: 43%. Conclusão: fevereiro de 2013
Orçamento: R$ 532 milhões

Estádio Nacional (Brasília)
Capacidade: 70.042 pessoas. Jogos: 1 (abertura)
Obra: 59%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 800 milhões

Castelão (Fortaleza)
Capacidade: 64.165 pessoas. Jogos: 3 (semifinal)
Obra: 71%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 518 milhões

Mineirão (Mineirão)
Capacidade: 66.805 pessoas. Jogos: 3 (semifinal)
Obra: 62%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 665 milhões

Fonte Nova (Salvador)
Capacidade: 50.433 pessoas. Jogos: 3
Obra: 60%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 591 milhões

Maracanã (Rio de Janeiro)
Capacidade: 76.935 pessoas. Jogos: 3 (final)
Obra: 56%. Conclusão: fevereiro de 2013
Orçamento: R$ 860 milhões

Copa das Confederações, do Rei Fahd ao ensaio geral

Logotipo da Copa das Confederações de 2013

Falta exatamente um ano para o início da Copa das Confederações no Brasil.

O jogo de abetura será em 15 de junho de 2013, às 16h, no Estádio Nacional, em Brasília, com a presença da Seleção Brasileira. Serão 365 dias para organizar toda a infraestrutura para a 9ª edição do evento para o Mundial, atualmente chamado de teste, mas que há vinte anos era, na verdade, uma ode ao rei saudita. Confira.

1992 – Troféu extraoficial

Os petrodólares atraíram bastante jogadores e técnicos no início da década de 1990 ao Oriente Médio. A Arábia Saudita, nação mais rica da região, foi além, promovendo a Copa Rei Fahd, com os campeões continentais. Na primeira edição, só quatro times. Mas foi um sucesso de público, com 169 mil pessoas em quatro partidas, todas no estádio Rei Fahd, na capital Riad. Sob o olhar do rei, que morreria em 2005, aos 85 anos.

Bandeira da Arábia SauditaSede: Arábia Saudita
Campeão: Argentina
Vice: Arábia Saudita
Participantes: 4
Jogos: 4
Gols: 18 (média de 4,5)
Estádios: 1
Média de público: 42.375 pessoas
Artilheiros: Murray (EUA), Batistuta (Argentina), 2 gols

1995 – Estreia europeia no circuito

A novidade na 2ª Copa Rei Fahd, além do período de realização de dois em dois anos a partir dali, foi a presença do campeão europeu. Vencedora da Eurocopa em junho de 1992, a Dinamarca poderia ter participado da pioneira Copa das Confederações, mas declinou do convite. Em 1995, a seleção encarou a disputa e conquistou a taça, batendo a Argentina de Batistuta e Ortega por 2 x 0, com gols de Landrup e Rasmussen.

Bandeira da Arábia SauditaSede: Arábia Saudita
Campeão: Dinamarca
Vice: Argentina
Participantes: 6
Jogos: 8
Gols: 19 (média de 2,3)
Estádios: 1
Média de público: 20.625 pessoas
Artilheiro: Luis Garcia (México), 3 gols

1997 – Com a chancela da Fifa

Novamente na Arábia Saudita, a Copa Rei Fahd passou a contar com a chancela da Fifa, que deu a denominação atual. Posteriormente, a entidade oficializou os dois torneios precursores. A Copa passou a contar com oito países, formato mantido até hoje. Começava também o domínio da Seleção Brasileira na competição. Na decisão, um categórico 6 x 0 sobre os australianos, com três gols de Romário e três de Ronaldo. O ataque “Rô-Rô”.

Copa das Confederações de 1997Sede: Arábia Saudita
Campeão: Brasil
Vice: Austrália
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 52 (média de 3,2)
Estádios: 1
Média de público: 20.843 pessoas
Artilheiro: Romário, 7 gols

1999 – Sucesso de público

No torneio, apesar das 16 partidas na agenda, foram apenas duas subsedes, o Azteca (Cidade do México) e Jalisco (Guadalajara), ambos utilizados nos Mundiais de 1970 e 1986 e devidamente modernizados. Com uma seleção de novos, o Brasil fez ótimas partidas na Copa das Confederações do México, goleando a Alemanha por 4 x 0 e a Arábia Saudita por 8 x 2. Na decisão, com 110 mil pessoas no Azteca, o time da casa conquistou o seu primeiro título intercontinental, com um agônico 4 x 3 sobre a Seleção.

Copa das Confederações de 1999Sede: México
Campeão: México
Vice: Brasil
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 55 (3,4)
Estádios: 2
Média de público: 60.625 pessoas
Artilheiros: Ronaldinho, Al Otaibi (Arábia Saudita) e Blanco (México), 6 gols

2001- Um teste de verdade

Enfim, um torneio organizado com o status de teste oficial para a Copa do Mundo. A preocupação da Fifa se devia à logística de um torneio em dois países, feito inédito para a entidade. Cada país-sede emplacou três arenas, em um recorde que deverá ser igualado em 2013. Treinado por Emerson Leão, o Brasil com um time “B” foi despachado na semifinal. Os estádios do Mundial, os mais modernos do planeta até então, foram aprovados. Não houve atrasos.

Copa das Confederações de 2001Sede: Coreia do Sul/Japão
Campeão: França
Vice: Japão
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 31 (média de 1,9)
Estádios: 6
Média de público: 34.824 pessoas
Artilheiros: Suzuki (Japão), Hwang (Coreia), Carriere e Viera (França), Murphy (Austrália), 2 gols

2003 – Fatalidade sob os olhos do mundo

Cinco anos após o seu Mundial, a França voltou a organizar um torneio de grande porte e de grande audiência televisiva. A estrutura de 1998 ainda era mais do que suficiente. Aquele ano, contudo, ficou marcado pela morte do jogador camaronês Marc-Vivien Foé em plena semifinal contra a Colômbia, no estádio Gerland, em Lyon. O ato reforçou a pressão da Fifa pela segurança dos jogadores, com a rigidez dos cuidados médicos.

Copa das Confederações de 2003Sede: França
Campeão: França
Vice: Camarões
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 37 (média de 2,3)
Estádios: 3
Média de público: 30.731 pessoas
Artilheiro: Thierry Henry (França), 4 gols

2005 – Aprendendo com as falhas

Uma mudança definitiva na estrutura do torneio. A partir de 2005, a Copa das Confederações seria realizada de quatro em quatro anos, sempre no país-sede do Mundial, um ano antes. O objetivo seria, literalmente, testar a organização. No caso da Alemanha, funcionou, ainda que às avessas. Primeiro com a falha na cobertura retrátil da arena Waldstadion, em Frankfurt, que vazou durante um temporal no jogo Brasil x Argentina. Outro problema foi o número de invasões de campo: cinco. Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa 2006, classificou os episódios como uma “vergonha”. No Mundial, invasões contidas e nada de vazamentos na cobertura dos estádios.

Copa das Confederações de 2005Sede: Alemanha
Campeão: Brasil
Vice: Argentina
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 56 (média de 3,5)
Estádios: 5
Média de público: 37.694 pessoas
Artilheiro: Adriano, 5 gols

2009 – Prazo vencido para as arenas

O atraso nas obras dos estádios para o primeiro Mundial da África respingou no evento-teste. Johanesburgo foi o palco da abertura e da final, tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo. Ao contrário do Mundial, quando o belíssimo Soccer City recebeu as partidas, em 2009 foi o Ellis Park. A construção do maior estádio da cidade só seria finalizada em 21 de outubro daquele ano. A decisão entre brasileiros e norte-americanos aconteceu no dia 28 de junho. Um caso ainda pior ocorreu com a cidade de Port Elizabeth, que acabou de fora. A cúpula da subsede retirou-se do torneio em 8 de julho de 2008 porque o estádio Nelson Mandela não ficaria pronto a tempo para o prazo estipulado pela Fifa, em 30 de março de 2009. Assim, restaram apenas quatro cidades. Contexto semelhante ao de 2013, com as seis praças correndo contra o tempo.

Copa das Confederações de 2009Sede: África do Sul
Campeão: Brasil
Vice: Estados Unidos
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 44 (média de 2,7)
Estádios: 4
Média de público: 36.555 pessoas
Artilheiro: Luis Fabiano, 5 gols

Para 2013, seis países já estão classificados: Brasil, Espanha, Uruguai, México, Japão e Taiti.

As edições seguintes serão na Rússia (2017) e Catar (2021).

Eurocopa – Dia 7: Tropeço da Azzurra e Fúria de gols

Eurocopa 2012: Itália 1x1 Croácia. Foto: Uefa/divulgação

Um pouquinho de sorte para a Itália. Está faltando. Como na estreia da Euro, a Azzurra fez uma boa apresentação em Poznan. Abriu o placar, num golaço de falta do meia Andrea Pirlo, criou chances com Balotelli e Cassano, mas acabou cedendo o empate.

Novo 1 x 1. O tropeço nesta quarta feira complicou bastante a vida do calcio em busca do segundo título europeu, em um hiato que já dura desde 1968.

Agora, a Itália de Prandelli precisará vencer a Irlanda na última rodada e ainda vai ter que esperar o resultado do duelo entre espanhóis e croatas.

Isso porque a Fúria, atual campeã mundial e europeia, não vacilou e derrotou os irlandeses, cuja proposta de defesa a todo o custo não vem dado resultados práticos.

Num toque cadenciado e quase irritante, mas  com finalizações objetivas, a Espanha goleou a Irlanda por 4 x 0, em Gdansk, também na Polônia. Com um sistema que de vez quando gira com a curiosa formação 4-6-0, a Fúria marcou quatro belos gols.

Os dois primeiros gols que deram a liderança do grupo C saíram aos 4 minutos. Com o atacante Fernando Torres no primeiro tempo e com o meia David Silva no segundo. O meia, aliás, é o artilheiro da seleção pós-Mundial 2010, com dez gols.

No terceiro, aos 25, Torres foi lançado em velocidade e não titubeou. No fim, deixando claro a disparidade técnica entre as seleções, Fábregas recebeu na área e bateu cruzado, uma bomba. Apesar disso, a torcida irlandesa deu show de comportamento.

Eurocopa 2012: Espanha x Irlanda. Foto: Uefa/divulgação

Eurocopa – Dia 6: Superação portuguesa e vaga alemã

Eurocopa 2012: Polônia 3 x 2 Dinamarca. Foto: Uefa/divulgação

Uma história contada de verdade a partir dos minutos finais, de forma emocionante.

Portugal e Dinamarca disputavam um duelo com apresentações distintas em Lviv, nesta quarta. No primeiro tempo, os lusos abriram dois gols de vantagem, com Pepe e Postiga.

No finzinho, aos 41 minutos, o início da reação dinamarquesa, que passou a pressionar a saída de bola do adversário. O gol de Bendtner mostrou o poder de superação da equipe, que já havia surpreendido a Holanda na estreia.

Na etapa final, aos 35 minutos, após os incríveis gols perdidos por Portugal, Bendtner marcou de novo, empatou e pôs fogo na partida realizada na Ucrânia, pelo gripo B.

A sina de tropeços dos patrícios começaria a ser encerrada quatro minutos depois, quando Varela entrou no lugar de Raul Meireles. A improvável peça-surpresa.

Entrou inspirado, pois marcou um golaço a três minutos do fim, quando o Portugal já parecia desanimado. Em uma bola respingada na área, Varela furou de esquerda e depois, na segunda tentativa, encheu o pé de direita. Portugal 3 x 2.

O clássico entre holandeses e alemães, no estádio Metalist, era um dos mais aguardados desta primeira fase do torneio europeu. Considerando que até aqui a competição vinha oferecendo um cardápio de ótimos duelos, o jogo correspondeu demais à expectativa.

Bem disputado, com dois times extremamente técnicos e táticos. Há tempos em boa fase, a Alemanha venceu por 2 x 1 e já se garantiu nas quartas de final. Busca o tetra.

O resultado teve a assinatura do atacante Super-Mario, do Bayern de Munique.

Aos 24 minutos, após um belíssimo passe do meia Bastian Schweinsteiger, Mario Gomez, que recebeu em posição legal, girou rapidamente e concluiu com maestria. Com o time germânico pressionando, Gomez ampliou aos 38.

A atual vice-campeã mundial passava mesmo por maus bocado. Na etapa complementar, Van Persie até diminuiu, mas não evitou a segunda derrota na Euro. Eliminação à vista?

Eurocopa 2012: Alemanha 2 x 1 Holanda. Foto: Uefa/divulgação

Eurocopa – Dia 5: Blitz tcheca e tensão em Varsóvia

Eurocopa 2012: República Tcheca 2x1 Grécia. Foto: Uefa/divulgação

Com apenas cinco minutos a torcida tcheca já havia esquecido a goleada sofrida na estreia. A torcida vermelha cantava forte após o início fulminante, com dois gols.

Em jogadas de muita velocidade, Jirácek e Pilar marcaram os tentos que abriram a vantagem decisiva nesta wm Wroclaw, nesta terça.

Campeão europeu em 2004, o defensivo time grego não venceu um jogo na competição desde então. Trata-se de uma equipe que joga no erro do adversário. Com esse contexto, seria difícil reverter o quadro nesta segunda rodada da chave A da Eurocopa.

Mas os gregos até deram trabalho na etapa final. Gekas ainda diminuiu aos 8 minutos, num frangaço do goleiro Cech, e a seleção buscou o empate até os descontos.  O tchecos seguraram a vitória por 2 x 1.

Em um duelo de muita tensão, com uma história de dominío territorial na era comunista, Polônia e Rússia fizeram uma partida de muita correria, equilibrada.

O time da Rússia, que desponta com o bom futebol esteve melhor na primeira etapa, com o apoio de dez mil torcedores na arquibancada, tomada por mais 45 mil poloneses.

A ex-União Soviética acabou premiada com o gol de Dzagoev, aos 37 minutos do primeiro tempo. Na etapa final, o time parecia mais determinado a ampliar, mas a reação dos donos da casa mudou todo o panorama.

Blaszczykowski empatou aos 12 minutos, em um chutaço de fora da área, e depois o time alvirrubro batalhou bastante para virar o placar. Novamente, ficou no 1 x 1.

A última rodada promete… Polônia x República Tcheca e Rússia x Grécia.

Eurocopa 2012: Polônia 1x1 Rússia. Foto: Uefa/divulgação