A possível implosão do sonho da Copa das Confederações

Sombrinha de frevo da Copa do Mundo de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Enquanto você se diverte no carnaval nas ladeiras de Olinda, na noite do Recife Antigo ou em alguma praia, a cúpula do governo do estado perde o sorriso ao falar da Copa das Confederações de 2013. Nem a folia consegue reduzir a apreensão.

O que era para ser um diferencial na candidatura pernambucana para a Copa do Mundo, uma vez que apenas seis das doze subsedes também foram contempladas com o torneio-teste, poderá se transformar num constrangedor episódio.

Escolhido de forma condicionada, assim como Salvador, o Recife só terá a presença confirmada pela Fifa de forma definitiva em junho. Antes, em março, a primeira visita do secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke.

Enquanto o cronograma foi cumprido em São Lourenço da Mata, mesmo com baralho da burocracia, o estádio não parecia ser o entrave local para a Copa das Confederações. A mobilidade urbana na metrópole era o tema que mais preocupava. Era…

Empacada em 30% da execuação das obras, contra 51% da Fonte Nova, a Arena Pernambuco sofreu bastante com a paralisação de oito dias no começo deste ano.

Entre janeiro e fevereiro, os 2.300 operários cruzaram os braços no canteiro. Paralelamente à queda de braço entre sindicato e construtora, foram 176 horas de trabalho perdido, uma vez que o expediente, em três turnos, chega a 22 horas por dia.

É muito, mas muito tempo desperdiçado. Ainda mais para quem já corria contra todos os prazos, apertadíssimos, numa falha interna. Não por acaso, o tom otimista dos políticos e executivos do estado mudou repentinamente. A certeza se transformou em ceticismo.

Houve o rumor sobre uma possível desistência oficial, para “focar o trabalho no Mundial”. A desculpa – não há outro jeito de descrevê-la – seria o fato de empregar tanto esforço para um jogo menor, como o duelo entre os campeões da África e da Ásia.

É claro que esse argumento não cola, pois um jogo deste porte – apenas uma suposição da tabela – esteve na mesa o tempo todo. O retorno de mídia superaria isso, pois o nome do estado circularia mundo afora um ano antes da “publicidade” de 2014.

Mesmo com todo o cronograma modificado (mobilidade e estádio), a expectativa é que todas as obras sejam finalizadas a poucas semanas do “vestibular” da Copa, agendado para começar em 15 de junho do ano que vem. Se não houver mais imprevistos, claro.

Da vitória política através do lobby costurado durante meses junto ao governo federal e CBF a um possível revés sem agentes externos, surge um impasse na carreira de muitos.

Um ou dois jogos, México x Japão ou qualquer outra partida meia boca… Não importa. Pernambuco entrou de cabeça na disputa e conhecia as regras. Ganhou o passe para a primeira festa da Fifa. Que não saia à francesa. Ou será expulso por um francês?

De fato, a resposta está com Valcke. E não adianta chamá-lo para o carnaval. Ele poderá até gostar do frevo, mas os interesses da Fifa estão bem além disso.

Embarque imediato, última chamada. Voo CBF/Miami

Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Atualização no fim do post…

Renúncia ou licença, o fato é que a saída de cena de um controverso personagem do futebol brasileiro nunca esteve tão próxima.

São 23 anos à frente da CBF, imune a duas  CPI’s, denúncias de favorecimento de contratos, tráfico de influência, entre outras irregularidades.

Ricardo Teixeira fez da confederação uma entidade milionária. Para o bem e para o mal.

Transformou a Seleção Brasileira em algo quase inexistente para o país, uma vez que os amistosos são comercializados a peso de ouro basicamente para o exterior.

Conta com o apoio de todas as federações, a FPF inserida, obviamente, por mais que cultive uma antipatia de todas as torcidas.

A Copa do Mundo de 2014 parecia o auge de sua gestão, mirando um novo patamar, a presidência da Fifa. Parecia.

O Mundial de 70 bilhões de reais, o mais caro da história, tornou-se um estorvo.

Obras que encarecem a cada dia, soluções de última hora, com o popular jeitinho, e os prazos perdidos em sequência. Uma vexame até o momento.

Pressão interna e externa, com o rumor sobre a divulgação oficial de contratos escusos com a empresa ISL, como denunciou o jornalista inglês Andrew Jennings.

A única solução seria, então, deixar o país. Passar a curtir a tranquilidade de Miami Beach, com a orla estilizada e areia branquinha, branquinha.

É claro que o dirigente reluta em deixar o poder e as vantagens de ser recebido com toda pompa por governadores, senadores e prefeitos, tendo a Seleção como banquete para ofertar em qualquer farra.

A inércia dos órgãos reguladores do país só reforça o desejo de ficar, fincar raízes.

Mas e se ele sair? E se Ricardo Teixeira realmente deixar a presidência da CBF?

O que mudará de fato na composição do futebol brasileiro?

Num cenário um pouco melhor, bem otimista…

Liga nacional, com distribuição de cotas de transmissão através de plano de metas, como classificação anterior, audiência e valor de marca.

Calendário ajustado e cumprido à risca, sem espaço para exceções, que acabam virando regra, como em Pernambuco, por exemplo.

Uma Seleção Brasileira mais presente, com partidas no país. Jogar apenas em Londres não ajuda muito a cativar a velha a paixão nacional.

Mas, de forma imediata, seria preciso elaborar uma Copa do Mundo arrojada, sem negociatas para encobrir os inúmeros problemas burocráticos nas 12 obras.

Dos encontros a portas fechadas à prestação de contas, auditada, revisada e corrigida. Ingressos compatíveis para os brasileiros. O preço será diferenciado (para cima), claro. Mas de forma justa.

A lista de ajustes é enorme. Seria presunção enumerar todas as mazelas em um post.

Enquanto engravatados de Norte a Sul se articulam acerca do novo nome (mais do mesmo), Teixeira vai reforçando o escudo. Primeiro com Ronaldo. Agora com Bebeto.

O trio forma o conselho do Comitê Organizador Local da Copa 2014 (veja aqui).

Talvez o melhor conselho ao mandatário seja cochichar “Boas compras em Miami”.

Após o carnaval, claro, pois ninguém é de ferro…

Às 18h22, a CBF publicou um comunicado. Teixeira segue como presidente. Teria sido tudo isso uma armadilha política? Ou estaria tentando ganhar tempo? Veja aqui.

Ronaldo, Ricardo Teixeira e Bebeto, integrantes do Comitê Organizador Local da Copa 2014. Foto: CBF/divulgação

Air Jordan

Michael Jordan

Michael Jordan ganhou 6 vezes o título da NBA, todos pelo Chicado Bulls.

Ganhou 5 prêmios de MVP, como melhor jogador da temporada do basquete dos EUA.

Ganhou 6 vezes o prêmio de MVP das finais da NBA.

Em 14 oportunidades o jogador foi selecionado para o All-Star, o time dos sonhos

Em três dessas partidas, foi o MVP do All-Star.

Foi o maior pontuado da NBA durante dez anos.

Anotou 32.292 pontos, com média de 30,1 por jogo.

Pegou 6.672 rebotes, com média de 6,2.

Deu 5.633 assistências, com índice de 5,3 por partida.

Campeão olímpico em 1984 e 1992…

Na sua biografia no site da NBA tem a seguinte mensagem:

“Por aclamação, Michael Jordan é o maior jogador de basquete de todos os tempos.”

Musas do tênis celebram Dia dos Namorados

No Brasil, o Dia dos Namorados acontece oficialmente em 12 de junho. Em grande parte do mundo, no entanto, a data é celebrada em 14 de fevereiro.

Confira uma mensagem das musas do tênis para a data de 2012, num vídeo oficial da WTA, a associação feminina. Participaram da campanha Caroline Wozniacki, Sam Stosur, Victoria Azarenka, Ana Ivanovic e Agnieszka Radwanska.

Faltou apenas a russa Maria Sharapova…

Realidade paralela de um novo estádio no Grande Recife

Obras do Estádio Rio Doce. Crédito: Jan Ribeiro/Prefeitura de Olinda

De fato, a obra está ganhando ritmo. As fotos desta postagem são de fevereiro deste ano, mas nunca é bom esquecer que a construção demorou para começar.

Após a batalha burocrática veio a primeira fase física, com a atualização diária da terraplenagem, 15%, 44%, 73%… 100%.

Em seguida, concreto e aço, com as fundações e as arquibancadas. Poder público envolvido, meta para a Copa do Mundo e futuro pós-2014 cercado de expectativa.

O projeto é milionário, obviamente. Além das acomodações no Padrão Fifa, o estádio contará com um complexo de lazer. O objetivo é revitalizar a partir do esporte a área localizada a cerca de 20 quilômetros do Marco Zero.

Um time profissional já está comprometido para a mandar os seus jogos no local.

Desta vez, acredite, o blog não está se referindo à Arena Pernambuco, mas ao Estádio Rio Doce, com previsão de conclusão até dezembro deste ano.

Um campo de futebol novinho em Olinda. O segundo em três anos. Haja demanda…

Em vez dos R$ 532 milhões do megaprojeto em São Lourenço, R$ 7 milhões.

De 46.214 lugares para 10.700. Substitua o Náutico pelo Olinda FC. Se o time alvirrubro tem os Aflitos, a equipe laranja já tinha à disposição o Olindão, em Jardim Brasil.

Enquanto a Arena Pernambuco será o grande palco do estado para o Mundial, o Estádio Rio Doce entrou na disputa para se tornar um dos Centros de Treinamento de Seleções (CTS) da Fifa para a competição. A vistoria será nesta semana (veja aqui).

Confira o design final do Estádio Rio Doce e mais fotos da obra aqui.

A dúvida, onipresente, é sobre a execução das obras até o prazo final.

Não importa o tamanho do estádio. Nem a localização…

Obras do Estádio Rio Doce. Crédito: Jan Ribeiro/Prefeitura de Olinda

Uma aula de fair play

Uma aula de fair play no duelo júnior entre os mexicanos Pachuca e Estudiantes.

O atacante Sergio Teran, do Estudiantes (de vermelho) tentou dar uma de esperto numa bola ao chão (onde deveria devolver a pelota) e o adversário cometeu um pênalti.

Atendendo a uma ordem do próprio técnico, Mauricio Gallaga, o atacante Gustavo Mendez finalizou para fora. O jogo estava 3 x 0 para o Pachuca…

Se fosse o seu time envolvido, qual seria a sua reação na cobrança do pênalti?

Libertem a Libertadores

Comunicado do Sportv sobre a transmissão da Libertadores de 2012

Essa foi a mensagem oficial do Sportv sobre o maior imbróglio televisivo de 2012.

O comunicado foi publicado no perfil da emissora no Facebook (veja aqui).

A Taça Libertadores da América, principal competição interclubes do continente, está sendo exibida nesta temporada de forma quase secreta…

Mesmo com Flamengo, Corinthians, Internacional, Vasco, Fluminense e Santos, a competição deverá ter doses homeopáticas na telinha brasileira.

O canal Fox Sports ainda não faz parte da grade das principais operadoras de TV por assinatura do Brasil (Sky e Net). Acredite, a briga é para entrar…

E aí está o grande impasse. A Globosat estaria tentando dificultar a entrada da Fox Sports, dono dos direitos de transmissão, para não sacrificar a audiência do Sportv.

O grupo Fox, por sua vez, poderia passar os jogos em outros canais de seu catálogo, mas não abre mão de transmitir as partidas no novo Fox Sports.

Como a Rede Globo só deverá passar os jogos para todo o país em fases mais avançadas, a Libertadores deverá continuar relegada às notícias pós-jogo.

Nunca o nome de um campeonato foi tão irônico…

Futebol africano em ebulição

Zâmbia, campeão da Copa da África de 2012. Crédito: Fifa/divulgação

De forma heroica, a Zâmbia conquistou o título da Copa Africana de Nações.

A vitória nos pênaltis sobre a Costa do Marfim, neste domingo, no Gabão, transformou o país no 14º campeão continental da África. Ao todo, 28 edições (veja aqui).

O número mostra o grande revezamento do troféu na região, que conta com 54 países.

Na Conmebol são dez filiados e oito campeões da Copa América, num total de 43 edições. Já a Uefa conta com 53 membros. Nas 13 edições da Eurocopa, 9 campeões.

Em 71º lugar no ranking da Fifa, a Zâmbia, vice em 1974 e 1994, fez história ao ganhar o torneio em um lugar marcado pela maior tragédia esportiva do país, que perdeu o time de futebol de 1993 em um acidente de avião.

Abaixo, um compacto em HD da final, incluindo a emocionante disputa de pênaltis, 8 x 7.

2,06 m de coração

Copa Davis 2012: John Isner. Crédito: Davis Cup/divulgação

Por Lucas Fitipaldi*

Nome: John, muito popular nos Estados Unidos. Sobrenome: Isner. Gigante. Não pelos seus 2,06 m. O coração é maior. Na sexta, o norte-americano protagonizou uma zebraça no primeiro dia de disputas do Grupo Mundial, a elite da Copa Davis. Vitória sobre Roger Federer, dentro da Suíça. Placar de 3 sets a 1, parciais de 4/6, 6/3, 7/6 (7-4) e 6/2. Vitória com letra maiúscula. A maior da carreira? Literalmente, não. Em 2010, Isner e o francês Nicolas Mahut realizaram o jogo mais longo da história do tênis, com 11 horas e seis minutos de duração e vitória do grandalhão por incríveis 6-4, 3-6, 6-7(7), 7-6(3), 70-68. Isso mesmo: 70/68 no quinto set.

Agora, esqueça o sentido literal da palavra. Esta foi uma vitória maior. Íncrédulo, o mundo do tênis acompanhou a melhor atuação da carreira de Isner. Detalhe para o quarto set, quando tirou três saques magníficos da cartola para sair de um 0/40. Game salvo, moral elevado. Refletido logo em seguida. Abatido, Federer teve o saque quebrado e Isner abriu 4/2, encaminhando ainda mais o “impossível”. Restou atropelar nos últimos dois games. Foi-se o set e o jogo, de maneira espantosa.

Ano passado, em Roland Garros, Nadal precisou de cinco sets para eliminá-lo. De lá pra cá, a confiança só tem aumentado. Atualmente, Isner ocupa o melhor ranking da carreira, 17º. O currículo, modesto, tem apenas quatro títulos de ATPs 250. Em novembro, chegou à semi no Master 1000 de Paris. Mais que resultados, no entanto, impressionam a capacidade de entender o jogo, não se entregar jamais e ir até a última gota do próprio limite. Quase sempre. Por isso é admirado. Isner despreza os limites e encara olho no olho qualquer adversário do outro lado da rede, mesmo no saibro, piso não compatível às suas características. A terra batida foi mais um obstáculo.

Mês passado, o Superesportes publicou uma análise sobre a crise do tênis norte-americano, intitulada “O declínio do império americano”. Mas nesta sexta, Jimmy Connors, Pete Sampras, Andre Agassi e todos os seus compatriotas, gênios da raquete ou não, voltaram a sentir orgulho. John Isner, um exemplo. Ah, ele colocou os EUA em vantagem sobre a Suíça: 2 a 0. Mais cedo, Mardy Fish bateu Stanislas Wawrinka por 3 a 2 em outro jogaço, que virou detalhe diante de um feito gigante. À altura de John.

*Lucas Fitipaldi é repórter do Superesportes

Copa Davis 2012: Roger Federer. Crédito: Davis Cup/divulgação

Os maiores públicos de todas as regiões de Pernambuco

Caminhão lotado...

Confira os recordes de públicos dos principais estádios do futebol pernambucano.

Recife
Arruda – 96.990 pessoas, em 29/08/1993. Brasil 6 x 0 Bolívia

Ilha do Retiro – 56.875 pessoas, em 07/06/1998. Sport 2 x 0 Porto

Aflitos – 31.061 pessoas, em 21/07/1968. Náutico 1 x 0 Sport

Zona da Mata
Carneirão, em Vitória – 10.081 pessoas, em 05/04/1998. Vitória 1 x 1 Náutico

Agreste
Lacerdão, em Caruaru – 24.450 pessoas, em 22/10/1986. Central 2 x 1 Flamengo

Sertão
Cornélio de Barros, em Salgueiro  – 9.044 pessoas, em 01/02/2012. Salgueiro 2 x 0 Sport