As Olimpíadas de Inverno estão acontecendo em Vancouver, no Canadá. Abaixo, um vídeo dos Jogos na neve… Acredite: é um vídeogame! O game oficial, lançado em janeiro pela Sega, para as plataformas do Playstation 3 e do Xbox 360.
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Parece que foi ontem
Santiago, Chile.
16 de favereiro de 2010.
Ruas tranquilas. Tarde agradável, com uma temperatura que não passou dos 26 graus.
No Mercado Central, tradicional ponto de encontro da capital chilena, turistas circularam nos quiosques e pararam para tomar uma cerveza em um ambiente pra lá de aprazível. Ou, quem sabe, para saborear uma centolla.
No fim daquela tarde (bem mais fria), o programa já estava agendado: estreia do Colo Colo na Taça Libertadores, no estádio Monumental David Arellano.
Seria a 200ª partida do “Cacique” na maior competição das Américas. Um jogo histórico, dando início à 28ª participação colo-colina na competição. Uma delas com o troféu de campeão, em 1991.
O visitante foi o frágil Deportivo Italia, que, naturalmente, não era do país da bota, mas da Venezuela. No fim, vitória apertada do tradicional time chileno por 1 x 0.
O jogo acabou no início da noite chilena (horário local: 21h!). Quem ainda tinha gás seguiu para os bairros de Bellavista e Providencia, para comemorar o resultado.
Mas nada de euforia entre os hinchas do “Eterno Campeón”, mesmo com a vitória na estreia, a 1ª após um jejum de 11 participações.
Nenhum furacão passou em Santiago.
A cidade não foi “invadida” pelas cores vermelha e preta.
As cervezas do tal Mercado Central não acabaram às 16h. Os garçons não precisaram aprender um pouco da língua portuguesa para dar conta da demanda.
O Monumental não viu uma torcida visitante com 1.800 pessoas, que sabe-se lá como arrumaram dinheiro para atravessar uma distância de 5.767 quilômetros… A maior invasão estrangeira da história do estádio.
No dia seguinte, os jornais do centro da cidade andina não acabaram logo nas primeiras horas, como na última abertura de Libertadores, por causa dos “gringos”, ensandecidos com a histórica vitória por 2 x 1.
Horas depois, o Aeroporto de Santiago não registrou filas enormes com centenas de integrantes da turma da fuzarca.
Não houve cazá-cazá.
Como em 18 de fevereiro de 2009.
Ele estava lá
La Plata, 5 de fevereiro de 1910.
Nesta cidade argentina, a 50 quilômetros da capital Buenos Aires, nascia neste dia Francisco Varallo. Um goleador nato, ainda “guri”. Com apenas 14 anos disputou a 1ª divisão da Argentina. 😯
Após defender o Gimnasia Y Esgrima, de sua cidade, partiu para a capital do país. Foi jogar num tal de Boca Juniors.
Lá, assinou o seu primeiro contrato profissional, por 7 mil pesos. Com a camisa xeneize, ele fez valer cada centavo investido pelo clube mais popular da Argentina.
Varallo foi campeão nacional em 1931 1934 e 1935. Em 222 partidas pelo Boca, marcou incríveis 194 gols! Marca que o transformou no maior artilheiro do clube. Só perdeu esse status em 2008, quando foi ultrapassado por Martín Palermo.
Ok… E daí!?
Francisco Varallo, ou simplesmente “Don Pancho”, é o único atleta vivo entre os 245 jogadores que participaram da Copa do Mundo de 1930, a primeira da história. Ao todo, 13 seleções disputaram o Mundial do Uruguai. Com apenas 20 anos, ele disputou a final contra os uruguaios, mas ficou o gosto amargo do vice.
Uma lesão no joelho esquerdo fez com que Varallo encerrasse a carreira com apenas 29 anos. Há 71 anos, ele vive com a lembrança de um final de Copa.
Abaixo, um vídeo raríssimo daquele Mundial. Imagens que Francisco Varallo viveu in loco, no gramado. Nesta sexta-feira, ele chega a um século de vida, podendo contar a todos, argentinos ou não: “Eu estava lá. Eu vi. Eu joguei!”
Todo mundo vivo no tênis
Fanático por tênis (acompanha, finge que joga e escreve sobre o assunto), o repórter Lucas Fitipaldi aparece novamente para colaborar com o blog, com uma análise interessante sobre um fato histórico nesta semana.
O brilho do alagoano Tiago Fernandes, 1º brasileiro a sagrar-se campeão de um Grand Slam juvenil, parece ter refletido sobre o tênis brasileiro nesta terça. Refletido e inspirado alguns de nossos principais tenistas. Na bela capital chilena, Santiago, e no palco principal da próxima Copa do Mundo, a capital sul-africana, Johanesburgo.
Particularmente, não lembro a última vez em que no mesmo dia quatro brasileiros tenham vencido jogos em torneios de nível ATP. Talvez nunca tenha visto. Como se embalados pela conquista do nosso novo xodó, na Austrália, Thomaz Bellucci, João Feijão, Ricardo Mello e Thiago Alves ganharam nas suas respectivas estréias. Os três primeiros no Chile e o último na África.
Pode-se dizer que a única vitória esperada foi a de Bellucci. Mesmo diante de um perigoso adversário, o experiente equatoriano Nicolas Lapenti, 69º, dava pra apostar no nosso número 1, atual 35º do ranking mundial.
Bellucci já tinha levado a melhor sobre o adversário no último confronto entre ambos, no final do ano passado, no aberto de São Paulo. Pouco antes, porém, havia perdido em duelo válido pela Davis, dentro de casa. Depois de um primeiro set apático nesta segunda, 6/3 contra, o paulista atropelou com um duplo 6/1 na sequência.
Em Johanesburgo, Thiago Alves reencontrou-se com a vitória mais de seis meses depois de ter furado a primeira rodada em Wimbledon. Número 138 no ranking, ele passou pelo ucraniano Oleksandr Dolgopolov, 115º, por 5/7, 6/2 e 6/3.
Mas a maior surpresa do dia ficou mesmo a cargo de Feijão. A primeira rodada em Santiago contra o alemão Simon Greul, 63º do mundo, marcou a estreia do paulista, 208º, em torneios de nível ATP. Vindo do quali, ele superou uma batalha dramática para alcançar o maior feito da carreira. Ao final do primeiro set, o jogo parecia seguir um roteiro previsível. Um fácil 6/3 e o alemão rumava firme à segunda rodada.
Surpreso, me deparei com a virada do brasileiro. Com 6/4 a favor no segundo set e a vantagem de 4/2 no terceiro, ficou difícil não imaginar mais um triunfo do Brasil. Seria sofrido, porém. Em certo momento, parecia que não ia dar. No tiebreak, prevaleceu o tom verde e amarelo: 7/6 (7/5) foi o placar da terceira e decisiva parcial. Duas horas e 24 minutos depois, Feijão era recompensado.
Para encerrar o dia, no apagar das luzes, coube a Ricardo Melo fechar com chave de ouro. Atual 138º do mundo, ele não tomou conhecimento do uruguaio Pablo Cuevas, 47 º. Dois sets a zero, com parciais de 7/6 (7/5) e 6/3. Boquiaberto, tive a certeza de que o dia 2 de fevereiro de 2010 ficará marcado. Senão na história, pelo menos no campo estatístico.
Dificilmente veremos tal fato se repetir tão cedo. Sem dúvida, o dia de hoje merece registro. E talvez o blog seja mesmo o local mais adequado para homenagear algo que certamente passará batido.
Fotos: TênisBrasil
O futuro estava escrito
De promessa a realidade.
O título no Grand Slam da Austrália na categoria juvenil elevou o alagoano Tiago Fernandes ao posto de maior esperança do tênis brasileiro, que viu um cometa chamado Gustavo Kuerten passar nas quadras e depois desapareceu.
O tenista de 17 anos (que fez aniversário na véspera da decisão) chega para ratificar as indicações dos técnicos. O jovem treinado por Larri Passos (o mesmo de Guga) já havia sido citado pelo Diario em setembro de 2009 como uma surpresa.
Durante o último Chesf Open do Recife, o repórter Lucas Fitipaldi, do Diario, produziu uma reportagem sobre o futuro do tênis brasileiro (veja AQUI).
Na época, o técnico Duda Matos (o único treinador profissional presente na competição) indicou Tiago Fernandes como ponto alto da safra nacional.
Com a conquista do título juvenil do Aberto da Austrália, Tiago Fernandes entrou no seleto grupo de brasileiros que já faturaram troféus em um Grand Slam. Antes dele, apenas três atletas do país tinham conseguido o feito. Confira
1) Maria Esther Bueno (18) – Wimbledon (simples – 59, 60, 64 – e duplas – 58, 60, 63, 65 e 66) , US Open (simples – 59, 63, 64, 66 – e duplas – 60, 62, 66 e 68), Aberto da Austrália (duplas – 60) e Roland Garros (duplas – 60)
2) Gustavo Kuerten (4) – Roland Garros (simples – 97, 00 e 01 – e duplas juvenil – 94)
3) Thomaz Koch (1) – Roland Garros (duplas mistas – 75)
O futuro chegou no futebol
O futuro chegou.
Arsenal e Manchester United disputaram o grande clássico do futebol inglês neste domingo, no moderníssimo Emirates Stadium, em Londres. Diante de 60 mil privilegiados torcedores bem acomodados.
Mas algumas centenas de pessoas fora da arena tiveram um privilégio ainda maior… Histórico, eu diria.
Em 9 pubs, espalhados em Londres Manchester (Inglaterra), Dublin (Irlanda) e Edinburgo (Escócia), essas pessoas acompanharam a primeira transmissão em 3D de uma partida de futebol.
Enquanto tomavam uma cerveja (uma? UMAS!), esses torcedores viram uma tecnologia moderna ser implantada. A “Sky Sports”, emissora que detém os direitos de transmissão da Premier League, lançou a ideia.
Os 9 pubs foram equipados com aparelhos de recepção de imagem 3D. Para evitar superlotação (quem não iria?!), a empresa não divulgou os nomes dos locais… Foi na sorte mesmo. Em breve, a tecnologia chegará aos assinantes britânicos da Premier – que possuírem aparelhos próprios, é claro.
O United se deu bem. Viu em 3D a grande vitória por 3 x 1. A honra do 1º gol do futuro foi de Nani. Ainda não há previsão para uma transmissão 3D ao vivo no Brasil. 😯
Em tempo: na Copa do Mundo de 2010, a Sony irá gravar 25 jogos em 3 dimensões. Depois, as partidas serão exibidas em telões em 7 cidades, incluindo o Rio de Janeiro.
Enquete: Título mundial de um brasileiro na F1 em 2010?
Ainda falta algum tempo para o início da temporada 2010 da Fómula 1. A maior categoria do automobilismo começará apenas em 14 de março, com o GP do Bahrein. Ao todo, serão 19 Grandes Prêmios.
No entanto, a F1 já movimenta não só a economia (milhões e milhões) como o noticiário internacional. Neste ano, 4 brasileiros estarão no grid. Dois deles em grandes equipes e outros 2 em equipes estreantes.
1) Felipe Massa, na Ferrari
2) Rubens Barrichello, na Williams
3) Bruno Senna, na Campos
4) Lucas Di Grassi, na Virgin Racing
Algum brasileiro poderá acabar neste ano com o jejum do país em títulos mundiais na Fórmula 1? O último triunfo foi conquistado por Ayrton Senna (tio de Bruno) em 1991. Por isso, esse é o tema da enquete desta semana. Participe!
Leia sobre as mudanças na F1 para esta temporada AQUI.
Última enquete: Você é a favor da volta do Campeonato do Nordeste em 2010?
Sim (89%, 119 votos)
Não (11%, 14 votos)
Total de votos: 133
Mistério da esfinge
Egito.
No ranking da Fifa, a seleção aparece em 24º lugar. No continente africano, o país ocupa a 4ª posição. Uma das seleções mais tradicionais da África. Tem nada menos que 6 títulos da Copa Africana. É o maior campeão. Ganhou as duas últimas edições…
E está na final do torneio de 2010, cuja final será no domingo, contra Gana, em Luanda, em Angola. Egípcios em busca do inédito tricampeonato.
Ok. Mas e daí…? O Egito está fora da Copa do Mundo. Aliás… O Egito é um verdadeiro fracasso no Mundial. Só esteve lá 2 vezes. A primeira em 1934 e a última em 1990. Um hiato de 20 anos. E que não acabará neste ano, na África do Sul.
Em 18 de novembro, o país disputou um jogo-desempate das Eliminatórias contra a Argélia, em campo neutro (Sudão), e acabou perdendo por 1 x 0. Diante do mesmo adversário, na semifinal da atual Copa Africana, os egípcios golearam por 4 x 0… 😯
Uma potência em casa e um fiasco fora dela.
É curioso, porém, perceber que outros países africanos vêm se firmando com participações efetivas na Copa do Mundo. Gana, adversária na decisão africana, irá para o seu 2º Mundial seguido. Mesma situação viviva pela seleção da Costa do Marfim. Em 2010, Camarões estará pela 6ª vez numa Copa!
Como é possível uma disparidade tão grande? Experiência, técnica, tradição?
É complicado avaliar, mas é possível afirmar que o time egípcio é basicamente formado por atletas que jogam no país, sem intercâmbio algum. No exterior, apenas os meias Shawky (Middlesborough, da Inglaterra) e Abd Rabo (Al-Ahli, dos Emirados Árabes), o goleiro El-Hadary (Sion, da Suíça) e o atacante Mohamed Zidan, o mais bem sucedido, no Borussia Dortmund.
Os adversários do continente, porém, exportam dezenas de atletas para a Europa. Abaixo, três grandes exemplos.
Camarões: Eto’o, na Internazionale (Itália)
Costa do Marfim: Drogba, no Chelsea (Inglaterra)
Gana: Essien, no Chelsea (Inglaterra)
Mas essa “explicação” acaba não sendo suficiente porque o Egito mantém uma hegemonia na África contra esses mesmos jogadores. Estaca zero.
O problema, então, seria a “Copa do Mundo“?
Quarteto de volta pra casa
Ronaldo (33 anos), no Corinthians.
Adriano (27), no Flamengo.
Fred (26), no Fluminense.
Robinho (26), no Santos.
Os 4 atacantes convocados por Parreira para a Copa do Mundo de 2006 estão de volta ao país 4 anos depois. Algo bem incomum, diante de um mercado estrangeiro forte (e que agora ainda conta os petrodólares do mundo árabe).
Em 2006, os clubes dos craques:
Ronaldo no Real Madrid (ESP).
Adriano na Internazionale (ITA).
Fred no Lyon (FRA).
Robinho no Real Madrid (ESP).
É mesmo uma tendência essa volta dos astros ao futebol brasileiro? Coincidência…?
Mas, de certa forma, é ótimo para o futebol brasileiro, que viu nos anos 90 (e em boa parte da década atual) um fluxo de jogadores apenas para o exterior. Mas nunca no sentido contrário. Muitos deles saíram ainda com idade Sub-20!
A chegada de Romário em 1995, após o título mundial de 1994, foi uma exceção, que contou com um pool de empresas para trazer o gênio da grande área para o Fla. As empresas voltaram a bancar a volta das estrelas. O nível dos jogos por aqui agradece.
Tropa de elite na arquibancada
O “Rap das Armas”, que fez sucesso no filme Tropa de Elite, virou tema de um grito de guerra inusitado de uma torcida. Brasileira? Nada disso… Sueca!
A música é uma criação de Cidinho e Doca, dupla do funk proibidão carioca.
O vídeo abaixo foi feito no meio da torcida do Djurgardens, da capital Estocolmo, numa partida do Campeonato Sueco. O clube foi fundado em 1891…