As grandes histórias do tênis são escritas no Grand Slam. No piso rápido, no saibro, na grama. Os maiores jogos, os desfechos mais impressionantes…
Tudo lá, na nata do circuito.
Este domingo marcou mais um dia histórico para este contexto, com um título caseiro, com o calor do público. Mais raro do que se imagina.
O escocês Andy Murray arrasou o sérvio Novak Djokovic na final de Wimbledon. Foi o primeiro título britânico no tradicionalíssimo torneio depois de 77 anos.
3 sets a 0. Na grama do All England Club, o mérito coube a um escocês, que cansou de ouvir uma certa piadinha…
“Britânico quando vence, escocês quando perde”.
Chega disso. Tem que respeitar esse Murray. Se bem que também será difícil alguém lembrar do apelido em Londres a partir de agora…
Na era moderna do tênis, iniciada em 1968, este foi apenas o primeiro triunfo de um britânico no mais tradicional torneio do Grand Slam.
Há dez anos um “tenista caseiro” não vencia um Grand Slam…
Australian Open, desde 1905
6 títulos profissionais – Rod Laver (1969), Ken Rosewall (1971 e 1972), John Newcombe (1973 e 1975) e Mark Edmondson (1976)
44 títulos na era amadora
Roland Garros, desde 1891
1 título profissional – Yannick Noah (1983)
37 títulos na era amadora
Wimbledon, desde 1877
1 título profissional – Andy Murray (2013)
35 títulos na era amadora
US Open, desde 1881
19 títulos profissionais – Arthur Ashe (1968), Stan Smith (1971), Jimmy Connors (1974, 1976, 1978, 1982 e 1983), John McEnroe (1979, 1980, 1981 e 1984), Pete Sampras (1990, 1993, 1995, 1996 e 2002, André Agassi (1994 e 1999) e Andy Roddick (2003)
66 títulos na era amadora
A Conmebol realizou o sorteio oficial da Copa Sul-americana.
Ao todo serão 47 clubes na décima segunda edição do torneio, que envolverá os dez países membros da confederação sul-americana de futebol.
Serão nove brasileiros, sendo oito na tradicional fase nacional e o São Paulo, atual campeão e que entrará só nas oitavas de final. Por sinal, as oitavas correspondem à “fase internacional”, seguinte aos mata-matas entre brasileiros.
Curiosamente, apenas o Brasil não teve seus clubes definidos no sorteio, uma vez que o complexo sistema reunindo Série A/2012 e Copa do Brasil/2013 ainda não foi concluído. Náutico e Coritiba estão garantidos, mas aguardam as suas posições na “lista”. Saiba mais sobre esta fórmula de classificação aqui.
Com a estrutura do chaveamento definida agora é possível projetar possíveis adversários dos futuros representantes do país.
Pelo caminho, times tradicionais como Colo Colo e Nacional de Medellín, campeões da Libertadores, além de Libertad e Barcelona do Equador. Espaço também para figuras como Inti Gás, El Tanque Sisley e Mineros de Guayana.
Brasil 8 x Brasil 1
O vencedor será o O4 e enfrentará O13, com o ganhador da chave G1 x G10
G1 – Montevidéu Wanderers (Uruguai) x Libertad (Paraguai)
G10 – Mineros de Guayana (Venezuela) x Barcelona (Equador)
Brasil 5 x Brasil 4
O vencedor será o O8 e enfrentará O9, com o ganhador da chave G14x G19
G4 – Guaraní (Paraguai) x Oriente Petrolero (Bolívia)
G9 – Inti Gas (Peru) x Atlético Nacional (Colômbia)
Brasil 6 x Brasil 3
O vencedor será o O14 e enfrentará O3, com o ganhador da chave G5 x G14
G5 – El Tanque Sisley (Uruguai) x Colo Colo (Chile)
G14 – Deportivo Pasto (Colômbia) x Melgar (Peru)
Brasil 7 x Brasil 2
O vencedor será o O12 e enfrentará O5, com o ganhador da chave G6 x G12
G6 – Blooming (Bolívia) x River Plate (Uruguai)
G12 – Itagui Ditaires (Colômbia) x Juan Aurich (Peru)
A Copa das Confederações de 2013 foi um sucesso absoluto de público.
Teve simplesmente a maior média de público de um torneio realizado no Brasil.
O índice de 50 mil pessoas a cada partida superou a então imbatível média do Mundial de 1950, na época do Maracanã com mais de cem mil pessoas.
Na verdade, esse novo recorde do futebol nacional só pôde ser ratificado porque a Fifa disponibilizou recentemente a súmula de todas as partidas disputadas na primeira Copa do Mundo organizada no país.
Historicamente, o torneio tinha um borderô absoluto de 1.337.000 pessoas, com uma média de 60.772. Era a segunda maior da história da Copa do Mundo, abaixo apenas da edição de 1994, nos Estados Unidos.
Para chegar a esta conta eram vários públicos arredondados, como a final entre brasileiros e uruguaios, com 200 mil pessoas, e a partida na Ilha do Retiro, com 20 mil espectadores, segundo o relato do próprio Diario de Pernambuco da época. Com dados oficiais, números menores.
O blog, então, revisou todos os jogos de 1950, listando uma queda de 291.754 torcedores de acordo com os dados oficiais e atualizados. A média acabou caindo de 60 mil para 47,5 mil pessoas. Ainda elevadíssima, mas não a maior.
Eis os campeões de bilheteria na história do futebol nacional
50.291 pessoas (16 jogos) – Copa das Confederações 2013
47.511 pessoas (22 jogos) – Copa do Mundo 1950
36.714 pessoas (14 jogos) – Mundial de Clubes 2000
31.513 pessoas (26 jogos) – Copa América 1989
26.885 pessoas (112 jogos) – Campeonato Carioca 1999
25.156 pessoas (90 jogos) – Campeonato Carioca 1979
23.344 pessoas (29 jogos) – Copa América 1949
22.953 pessoas (322 jogos) – Série A 1983
Confira agora o comparativo de todas as partidas dos torneios da Fifa de 2013 e 1950. Em 2014, na Copa do Mundo, teremos um novo recorde?
Copa das Confederações de 2013
Público total: 804.659
Média: 50.291
Jogos: 16
Brasil 3 x 0 Espanha – 73.531 (Maracanã, RJ)
Itália 2 x 1 México – 73.123 (Maracanã, RJ)
Espanha 10 x 0 Taiti – 71.806 (Maracanã, RJ)
Brasil 3 x 0 Japão – 67.423 (Mané Garrincha, DF)
Brasil 2 x 0 México – 57.804 (Castelão, CE)
Brasil 2 x 1 Uruguai – 57.483 (Mineirão, MG)
Espanha (7) 0 x 0 (6) Itália – 56.083 (Castelão, CE)
México 2 x 1 Japão – 52.690 (Mineirão, MG)
Espanha 3 x 0 Nigéria – 51.263 (Castelão, CE)
Brasil 4 x 2 Itália – 48.874 (Fonte Nova, BA)
Itália (3) 2 x 2 (2) Uruguai – 43.382 (Fonte Nova, BA)
Espanha 2 x 1 Uruguai – 41.705 (Arena Pernambuco, PE)
Itália 4 x 3 Japão – 40.489 (Arena Pernambuco, PE)
Uruguai 2 x 1 Nigéria – 26.769 (Fonte Nova, BA)
Uruguai 8 x 0 Taiti – 22.047 (Arena Pernambuco, PE)
Nigéria 6 x 1 Taiti – 20.187 (Mineirão, MG)
Copa do Mundo de 1950
Público total: 1.045.246
Média: 47.511
Jogos: 22
Brasil 1 x 2 Uruguai – 173.850 (Maracanã, RJ)
Brasil 6 x 1 Espanha – 152.772 (Maracanã, RJ)
Brasil 2 x 0 Iugoslávia – 142.429 (Maracanã, RJ)
Brasil 7 x 1 Suécia – 138.886 (Maracanã, RJ)
Brasil 4 x 0 México – 81.649 (Maracanã, RJ)
Espanha 1 x 0 Inglaterra – 74.462 (Maracanã, RJ)
Uruguai 2 x 2 Espanha – 44.802 (Pacaembu, SP)
Brasil 2 x 2 Suíça – 42.032 (Pacaembu, SP)
Suécia 3 x 2 Itália – 36.502 (Pacaembu, SP)
Inglaterra 2 x 0 Chile – 29.703 (Maracanã, RJ)
Itália 2 x 0 Paraguai – 25.811 (Pacaembu, SP)
Espanha 2 x 0 Chile – 19.790 (Maracanã, RJ)
Suécia 3 x 1 Espanha – 11.227 (Pacaembu, SP)
Iugoslávia 4 x 1 México – 11.078 (Eucalíptos, RS)
EUA 1 x 0 Inglaterra – 10.151 (Independência, MG)
Espanha 3 x 1 EUA – 9.511 (Durival de Britto, PR)
Chile 5 x 2 EUA – 8.501 (Ilha do Retiro, PE)
Uruguai 3 x 2 Suécia – 7.987 (Pacaembu, SP)
Suécia 2 x 2 Paraguai – 7.903 (Durival de Britto, PR)
Iugoslávia 3 x 0 Suíça – 7.336 (Independência, MG)
Uruguai 8 x 0 Bolívia – 5.284 (Independência, MG)
Suíça 2 x 1 México – 3.580 (Eucalíptos, RS)
O título da Copa das Confederações desta temporada foi o 26º de uma seleção brasileira em torneios chancelados pela Fifa.
Nesta conta absoluta, futebol campo masculino e feminino, futsal e beach soccer. O Brasil é disparado o país com mais conquistas, quase o triplo do segundo maior vencedor. No caso, a rival Argentina, dona de nove taças.
Das 88 competições oficiais da entidade, a Canarinha ganhou 29,5%!
As modalidades periféricas, na quadra e na areia, turbinam a estatística do Brasil, com nove troféus. Porém, mesmo se o levantamento considerar apenas os títulos no gramado a Seleção contaria com 17… Gigante.
Copa do Mundo (5) – 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002
Copa das Confederações (4) – 1997, 2005, 2009 e 2013
Campeonato Mundial Sub 20 (5) – 1983, 1985, 1993, 2003 e 2011
Campeonato Mundial Sub 17 (3) – 1997, 1999 e 2003
Mundial de Futsal (5) – 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012
Mundial de Beach Soccer (4) – 2006, 2007, 2008 e 2009
Ao todo, 22 países já ganharam algum torneio de seleções organizado pela Fifa.
Ranking de campeões da Fifa (88 edições)
26 – Brasil
9 – Argentina
8 – Alemanha
6 – França
5 – EUA
4 – Itália e Espanha
3 – México, Gana, União Soviética (Rússia) e Nigéria
2 – Uruguai, Portugal e Coreia do Norte
1 – Inglaterra, Dinamarca, Iugoslávia, Arábia Saudita, Suíça, Noruega, Japão e Coreia do Sul
Copa do Mundo – 1930/2010 (19 edições)
5 – Brasil
4 – Itália
3 – Alemanha
2 – Uruguai e Argentina
1 – Inglaterra, França e Espanha
Copa das Confederações – 1992/2013 (9)
4 – Brasil
2 – França
1 – México, Dinamarca e Argentina
Mundial Sub 20 – 1977/2011 (18)
6 – Argentina
5 – Brasil
2 – Portugal
1 – Iugoslávia, Alemanha, União Soviética, Gana e Espanha
Mundial Sub 17 – 1985/2011 (14)
3 – Brasil e Nigéria
2 – Gana e México
1 – União Soviética, Arábia Saudita, França e Suíça
Futsal – 1982/2012 (7)
5 – Brasil
2 – Espanha
Beach Soccer – 2005/2011 (6)
4 – Brasil
1 – França e Rússia
Copa do Mundo Feminina – 1991/2011 (6)
2 – EUA
2 – Alemanha
1 – Noruega e Japão
Feminino Sub 20 – 2002/2012 (6)
3 – EUA
2 – Alemanha
1 – Coreia do Norte
Feminino Sub 17 – 2008/2012 (3)
1 – Coreia do Norte, Coreia do Sul e França
Marcando a saída de bola do adversário, apertando ainda no campo de defesa.
Tocando bem a pelota, envolvendo, variando o jogo.
No ataque, agrediu pelos lados, no alto, com enfiadas de bola… Dominou.
Bastou um minuto para o centroavante Fred comprovar pela enésima vez o faro de gol. Até deitado consegue mandar para as redes.
A Espanha, campeoníssima há três temporadas e líder do ranking mundial, via a sua estrutura desmoronar nos primeiros instantes.
O seu controle de bola, sem pressa, não teria mais espaço.
Em seus títulos na Euro de 2008 e 2012 e no Mundial de 2010 a Fúria não havia sofrido um mísero gol nos mata-matas.
Começar uma decisão já em desvantagem, contra a Seleção Brasileiro e no mítico Maracanã? Difícil.
A Canarinha, com uma base jovem e em busca de organização, lutava para dar esperança a um bom desempenho na verdadeira Copa, em 2014.
Em 22º lugar no ranking da Fifa, a sua pior colocação até hoje, o time dirigido por Felipão foi ganhando corpo no evento teste desde a estreia. Surpreendeu.
Venceu Japão, México, Itália e Uruguai. Foi ganhando confiança…
Para o tetracampeonato da Copa das Confederações precisaria vencer o melhor time da atualidade.
Precisaria jogar bem. E jogou muito!
Anulou a Espanha, deu olé, levantou a torcida, se impôs. Orgulhou…
Goleou.
Estabeleceu um categórico 3 x 0, com um golaço de Neymar e outro chute certeiro de Fred, além de mais dois gritos de “gol”, com a bola tirada por David Luiz em cima da linha e o pênalti desperdiçado por Sergio Ramos.
Campeão 100%.
Num Maraca repleto neste domingo, uma partida para embaralhar todas as discussões sobre futebol mundo afora.
A Espanha, claro, não, virou um time contestável por causa da derrota acachapante.
E nem o Brasil se tornou o favorito absoluto ao troféu de 2014.
Mas a festa, merecida, marcou o fim do sono de um gigante do esporte.
Ufanismo? Talvez… Mas tem que respeitar esse time verde e amarelo. Sempre.
Seis nomes disputam a bola de ouro da Copa das Confederações 2013.
Apesar desta ser a nona edição da competição, o prêmio foi instituído apenas em 1997, no terceiro torneio, quando a Fifa tomou as rédeas de toda a organização.
Das seis bolas de ouro entregues até hoje, quatro foram parar nas mãos de jogadores brasileiros. Desta vez, dois representantes do país estão na disputa pelo prêmio bancado pela Adidas, a mesma do Mundial. O favorito Neymar e o polivalente Paulinho.
Além deles, os espanhóis Iniesta e Sergio Ramos, o italiano Pirlo e o uruguaio Luis Suárez. Saiba mais sobre cada um aqui.
A eleição está computando votos dos jornalistas credenciados no evento no Brasil. É preciso escolher três nomes para as bolas de ouro, prata e bronze.
Votos do blog no prêmio oficial: Ouro/Neymar; Prata/Iniesta e Bronze/Paulinho.
Na sua opinião, quem serão os três melhores jogadores do torneio?
Bola de Ouro na Copa das Confederações
1997 – Denilson (Brasil)
1999 – Ronaldinho (Brasil)
2001 – Robert Pires (França)
2003 – Thierry Henry (França)
2005 – Adriano (Brasil)
2009 – Kaká (Brasil)
Atualização: O blog acertou a ordem dos três melhores da Bola de Ouro…
As redes sociais ainda formam um campo livre para todo tipo de preconceito.
No Brasil, episódios do tipo já terminaram até em processo na justiça.
No futebol, através da Copa das Confederações, o twitter acabou se transformando num canal para xingamentos entre espanhóis e brasileiros.
As vaias recebidas pela Fúria na entrada do time no Castelão, uma vez que boa parte do público estava a favor da seleção da Itália, fizeram com que alguns torcedores espanhóis perdessem a compostura via racismo.
Entre os diversos xingamentos, vários usuários usaram a palavra “mono”.
A tradução da palavra do espanhol para o português?
Macaco.
Falta de educação, do terceiro ao primeiro mundo… Repugnante.