Certificado para os voluntários. Mas de cada 10 inscritos, 3 desapareceram

Certificado de voluntários na Arena Pernambuco. Crédito: Thais Lima/Instagram

Agora sim, dados oficiais.

A debandada de voluntários na edição brasileira da Copa das Confederações havia sido noticiada pelo blog.

No Recife, teve gente que fez todo o processo de treinamento apenas para pegar o kit da Adidas, cuja gama de produtos estava avaliada em R$ 1 mil.

Após a entrega, vários voluntários não deram mais as caras.

Dias depois, a Fifa confirmou o fato ao blog através de um e-mail (veja aqui).

Agora, a entidade divulgou números sobre o programa de voluntariado.

A média de ausência nas seis subsedes foi de 30% durante toda a semana. Nos dias de jogos o índice foi um pouco menor, 20%.

Ao todo foram 5.652 voluntários inscritos, dos quais 265 vieram de outros países. O perfil aponta 39% entre 16 e 25 anos e 38% entre 26 e 40 anos.

Vale destacar, claro, os voluntários que cumpriram toda a carga de trabalho no torneio em diversas frentes, como mídia, operação, hotelaria etc.

Ao fim do programa, cada voluntário recebeu um certificado oficial e uma medalha especial do torneio.

Em 2014, na Copa do Mundo, o programa deverá selecionar 18 mil pessoas.

Intransigência sobre as necessidades especiais a todo custo pelo Padrão Fifa

Imagens da acessibilidade na Arena PE. Crédito: Youtube/reprodução

A Arena Pernambuco foi concebida para receber torcedores com necessidades especiais, uma lacuna gritante nos estádios de futebol do país.

Em São Lourenço existem vários espaços para cadeirantes e acompanhantes, mas a estrutura não pode ser limitada a isso.

O entorno do estádio também precisa ser pensado desta forma.

E, sobretudo, a sua operação, com pessoas capacitadas, prestativas.

Na Copa das Confederações certamente teve gente assim.

Mas infelizmente também teve gente como essas do vídeo produzido por torcedores paraibanos no primeiro jogo na arena pela Copa das Confederações.

Em nome de um padrão quadrado a intransigência ganha corpo, com falta de educação, abuso de autoridade, desrespeito ao turista…

O vídeo acabou sendo divulgado pelo twitter pelo ex-craque e deputado Romário.

“Independentemente do problema do senhor…”

Neymar Jr, a evolução publicitária de Neymar

Camisas de Neymar na Seleção Brasileira e no Barcelona em 2013

Neymar é craque, midiático e milionário.

E tem apenas 21 anos.

Mas joga futebol profissionalmente desde 2009.

No Santos e na Seleção Brasileira são mais de 270 jogos e 165 gols.

Agora, irá vestir a camisa do Barcelona, ao lado de Lionel Messi.

Neymar.

Nome já popular na torcida, de norte a sul do país e cada vez mais no exterior.

Mas…

O marketing não enxerga desta forma.

Aos poucos, uma mudança pontual. A nomenclatura do atleta ganhou o “Jr”, já estampada nas camisas da Canarinha e do Barça em 2013.

O objetivo não é relembrar a todos pela enésima vez que o seu pai, Neymar, cuida de sua carreira.

Na verdade, foi a visão de alguém que imaginou nas suas iniciais, “NJR”, o possível caminho para consolidar uma marca internacional (veja aqui).

Como R9, de Ronaldo, e CR7, de Cristiano Ronaldo.

Ideia da Agência Loducca, já compartilhada pelos doze patrocinadores do jogador e pelos diversos produtos licenciados.

Aguém irá chamá-lo de Neymar Jr.?

Conforme dito, ele tem apenas 21 anos. Tem no mínimo nove temporadas em alto nível nos gramados. Tempo suficiente para impor essa marca.

Um pequeno detalhe que, vejam só, pode valer mais alguns milhões na conta…

Na raça, na técnica, num clássico. E a Seleção vai pelo tetra das Confederações

Copa das Confederações, semifinal: Brasil 2x1 Uruguai. Foto: Michael Regan/Fifa

Clássico. Não adianta apontar na véspera uma ampla superioridade técnica, o fator casa, a confiança adquirida. Nada.

Um duelo entre brasileiros e uruguaios valendo nada já é muita coisa no futebol. Valendo uma vaga na decisão de uma Copa… Aí vira guerra.

No Mineirão, com 58 mil pessoas, tivemos a atuação mais tensa da Seleção.

Não houve aquela pressão imposta ao adversário nos primeiros instantes. Desta vez, haveria uma marcação duríssima. E lances emocionantes.

Júlio César espalmando pênalti de Forlán, Fred mostrando oportunismo no finzinho do primeiro tempo, Cavani devolvendo o placar na retomada da partida, catimba, provocação, discussão e várias bolas raspando a trave.

Figa, reza e todo tipo de mandinga da torcida àquela altura…

Copa das Confederações, semifinal: Brasil 2x1 Uruguai. Foto: Alex Livesey/Fifa

Aos 41 minutos, num escanteio pela esquerda, novamente com participação direta de Neymar, Paulinho cabeceou para botar a Seleção Brasileira na final de sua própria Copa das Confederações.

Venceu o valente Uruguai por 2 x 1, levando susto até os descontos.

Foi um jogo para ser estudado, com a raça fazendo grande diferença no desenvolvimento de campanhas em torneios de grande porte.

Ao Brasil, a composição com raça, técnica e torcida a favor pode a verdadeira espinha dorsal. Algo esperado para 2014.

Antes, uma passagem no Maracanã. Na prévia  do sonho.

Em busca do tetracampeonato das Confederações. Da aura vencedora…

Copa das Confederações, semifinal: Brasil x Uruguai. Foto: Alex Livesey/Fifa

Jogadores escanteados aqui, mas destaques acolá

Jornais portugueses A Bola e O Jogo do dia 26 de junho de 2013, noticiando a transferência do zagueiro Maurício do Sport para o Sporting

Se tem algo comum no futebol pernambucano é a contratação de um jogador encostado em um grande clube do país.

Seja pela idade, má fase técnica, estado físico ou situação do contrato, o acordo acaba acontecendo, sem alarde na origem.

Aqui, o atleta chega sob holofotes. Apresentação oficial, fotos com o uniforme e aquele protocolo todo. Na imprensa, inclusive.

É curioso quando acontece a mesma situação no sentido inverso.

Não para clubes pequenos, mas para times de tradição mesmo, até no exterior.

Ou não surpreende as manchetes dos jornais portugueses A Bola e O Jogo com o zagueiro Maurício, do Sport, em negociação com o Sporting de Lisboa?

Eleito para a seleção do último campeonato estadual, Maurício vem esquentando o banco do Leão nos últimos tempos.

Na terça-feira, dois jornalistas lusitanos ligaram para a redação do Diario de Pernambuco em busca de informações.

Estavam apurando a manchete… Seria difícil acreditar.

A primeira das músicas oficiais da Copa do Mundo de 2014

Gaby Amarantos canta a música da Coca-Cola para a Copa do Mundo de 2014. Crédito: Youtube/reprodução

No Mundial da África do Sul, em 2010, duas músicas ganharam o público.

A música oficial e o tema da Coca-Cola, patrocinadora do evento.  Ou, respectivamente, Waka Waka, de Shakira, e Wavin´Flag, de K´nann (veja aqui).

Em 2014 já temos a primeira canção para embalar a Copa do Mundo…

A companhia de refrigerante foi a primeira a lançar. A faixa “Todo Mundo” é interpretada pela cantora Gaby Amarantos e com o grupo Monobloco. Confira.

Sobre a música da Fifa, o mistério segue. Tanto o ritmo quanto o cantor… Ideia?

Celeste muy amiga desde Campina Grande

Estádio Amigão, em Campina Grande

O velho clássico entre brasileiros e uruguaios volta a acontecer numa disputa eliminatória. Já foi final de Copa do Mundo, em 1950, de cinco edições da Copa América, 1919, 1983, 1989, 1995 e 1999, e de outras tantas semifinais.

Como nesta quarta, no renovado Mineirão, valendo uma vaga na decisão da Copa das Confederações. Apesar da tradicional rixa desde a Cisplatina, no Brasil os duelos vêm sendo bem favoráveis à Seleção.

O Brasil não perde do Uruguai no país desde 25 de novembro de 1992.

Era o primeiro jogo da Canarinha no interior do Nordeste. O estádio Amigão, em Campina Grande, recebeu o amistoso com vitória celeste por 2 x 1.

O Brasil entrou em campo com: Gilmar; Luís Carlos Winck, Válber, Ronaldão e Roberto Carlos; César Sampaio, Júnior, Raí e Zinho; Edmundo e Evair.

Aquela foi a primeira e última apresentação da Seleção no interior da região.

Sombrinhas de frevo nas ilhas do Taiti

Taiti recebendo presentes dos voluntários pernambucanos. Foto: Fifa/divulgação

Último dia de trabalho na Arena Pernambuco.

Jogadores, voluntários e uma interação incomum nos dias anteriores.

Compenetrados na função durante duas semanas, os voluntários enfim tiveram uma folga, podendo sair um pouco da rigidez do programa da Fifa.

A troca de lembranças com as delegações foi algo comum.

A seleção do Taiti saiu do estádio de malas quase vazias. Deixaram camisas, colares e até uma bandeira.

Mas também levaram lembranças bem pernambucanas.

As sombrinhas de frevo.

Um pouquinho de Pernambuco na Polinésia Francesa…

As farras no futebol a uma língua soltinha da fúria

Mulheres e futebol

Impressiona a similaridade.

Começa em um viagem mais extensa, com clausura e treinos.

Uma folguinha aqui, outra ali.

E um rápido passeio para conhecer a cidade.

Sem alarde, a volta para o hotel, para dar sequência ao cronograma da comissão, com atividades, alimentação, preleção e vídeos de adversários.

Intertemporadas, torneios, sequência de jogos fora de casa, tanto faz.

Pode ser de um time da quarta divisão brasileira ou até a… Espanha.

Nível cultural e poder aquisitivo podem até separar esses mundos. A libido não.

Não são poucas as histórias no futebol com jogadores em farras suspeitas e declarações desencontradas em seguida, constrangidas.

Instiga num pagode, marcado por um amigo do amigo de um conhecido.

Segue a animação com baralho e dominó, muitas vezes a dinheiro.

Ah, as mulheres. As amiguinhas, presentes em qualquer cidade.

Lotam um carro, ou até dois. Surgem nos corredores do hotel, sob olhares desconfiados da gerência. Esta, aliás, mantém o sigilo.

Nos quartos, festa com doses a gosto até o sol raiar.

O futebol ainda flertava com o profissionalismo e já existiam histórias do tipo.

Veio a era digital, de fácil captação audiovisual, mas não o temor por um flagra.

Mas basta sumir um punhado de euros, dólares ou reais e uma língua soltinha, no sentido cabueta, e a farra vira polêmica.

Esposas, noivas e namoradas atônitas. Algumas até conscientes do perigo, mas sempre envoltas numa cortina de fumaça.

Difícil é explicar no dia seguinte…

Geralmente a coletiva é desmarcada. É preciso blindar o grupo.

Do XV de Novembro de onde Judas perdeu as botas à seleção campeã mundial.

104.241 torcedores e 18 gols na Arena Pernambuco na Copa das Confederações

Arena Pernambuco após o jogo Uruguai 8x0 Taiti, pela Copa das Confederações. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Uma lua cheia na despedida…

Encerrada a participação pernambucana na Copa das Confederações.

Passagem com a classe do toque de bola espanhol, a emoção do duelo entre italianos e japoneses, a supergoleada uruguaia e a despedida taitiana.

Em uma semana, foram três jogos no novo estádio em São Lourenço da Mata, com cinco países diferentes, sérios problemas de mobilidade, soluções emergenciais, melhora e ótimos públicos na Arena Pernambuco.

Nessas três partidas, com 84,5% do borderô composto por torcedores do estado, o palco recebeu ao todo 104.241 pessoas.

41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai
40.489 – Itália 4 x 3 Japão
22.047 – Uruguai 8 x 0 Taiti

Como contrapartida, o público presente viu vários craques e seleções tradicionais, com todo respeito aos taitianos, e muitos gols.

A média foi de 34.747 torcedores, excelente. Com 18 gols no campo, o índice de bolas na rede foi de incríveis 6 tentos a cada noventa minutos.

Você assistiu a algum jogo na arena nesta Copa? Qual será a maior lembrança?

Esse clima diferente em torneios da Fifa voltará ao estado apenas em 2014, numa escala ainda maior, com cinco jogos, numa tal de Copa do Mundo.

Com show de bola, o Brasil conquistou o tetra no 3 x 0 sobre a Espanha.

Arena Pernambuco no jogo Itália 4x3 Japão. Foto: Fifa/divulgação