Estrago causado a longo prazo pelo calendário, em 400 jogos

Buffon e Magrão (@sportrecife)

Eles não se conhecem. Não falam a mesma língua. Nunca se enfrentaram. Na verdade, isso nunca chegou nem perto de acontecer. Ambos são pra lá de trintões.

Gianluigi Buffon, 34 anos. Alessandro Beti Rosa, o Magrão, 35. Um dos únicos aspectos em comum é a prática embaixo das traves na vida futebolística.

O goleiro italiano é um símbolo da Juventus.  O brasileiro já é apontado como o melhor camisa 1 da história do Sport. Porém, ainda existe mais um fato em comum…

O número de jogos pela Velha Senhora e pelo Leão da Ilha.

Nesta temporada ambos chegaram a 400 partidas oficiais pelos respectivos clubes. E aí entra um questionamento sobre os calendários, do Brasil e da Europa.

Magrão está no time recifense desde 2005. Buffon atua na equipe de Turim desde 2001.

Com quatro anos a menos, e considerando que a titularidade só veio no segundo semestre de 2006, Magrão chegou ao feito em 30 de agosto, no empate em 1 x 1 com o Flamengo, pelo campeonato nacional, no Rio de Janeiro.

Já o arqueiro e capitão da Juve, machucado durante quase toda a temporada 2010/20111, estabeleceu a expressiva marca nesta quarta-feira, no duelo contra o Chelsea, em Londres, na estreia da Champions League.

Mesmo caindo na segunda fase da Copa do Brasil, o Sport chegará ao fim do ano com 67 jogos oficiais. Já a Juventus, caso conquiste a Liga dos Campeões, a Copa Itália e dispute as Supercopas (Uefa e Itália), chegaria a no máximo 58 apresentações.

Em 2008, quando venceu a Copa do Brasil, o Sport jogou 72 vezes! O mínimo aqui é uma carga de 62 partidas, para quem disputa as duas primeiras divisões. Lá, 45.

Do lado de cá, os deficitários campeonatos estaduais apertam bastante o calendário, deixando uma pré-temporada de duas semanas. Isso quando ela não é antecipada por causa de algum torneio inchado. Fato que ocorre em Pernambuco, diga-se.

Nota-se que mais jogos não significa mais dinheiro. Longe disso no Brasil. Uma partida bem organizada, com qualidade técnica e boa arrecadação, vale mais no orçamento geral do que uma pilha de partidas de nível duvidoso e público mandrake.

Como já foi dito no blog, a média na taxa de ocupação dos estádios brasileiros na Série A é de 40%, baixa. Aumentar esse número paralelamente a uma revisão no calendário parece o mínimo necessário para transformar a estrutura nacional em algo viável.

Atualmente, os clubes vivem basicamente da venda de jogadores e das supercotas de TV. Ainda assim, com o profissionalismo mal das pernas, as dívidas seguem aumentando.

Ou seja, é o gato correndo atrás do rabo. Para que outros cheguem a 400 jogos (ou perto), identificados com os uniformes, os clubes precisam de mais fontes de receita.

Encher o estádio a preço justo pode ser uma, de forma regular. E não é preciso jogar 70 vezes em um ano para cumprir esta meta. Nem realizar clássicos a torto e a direito.

É preciso transformar o jogo de futebol em negócio. E não apenas a matéria-prima, os jogadores. O potencial existe e é de até 29 bilhões de dólares (veja aqui).

Buffon e Magrão realmente não se conhecem. Curiosamente, essa distância entre eles só deixa ainda mais explícita a agenda mal construída no futebol do Brasil.

Imagine esse ufanismo na Copa do Mundo

Ronaldo e a campanha "Pessimista, pense bem". Crédito: Brahma

Uma frase corriqueira vem marcando a preparação do Brasil para a Copa do Mundo…

“Imagine na Copa!”

O pessimismo está atrelado aos inúmeros problemas de infraestrutura do país. Mesmo com a aproximação do evento, essas deficiências parecem estáticas.

Ainda mais considerando o investimento de R$ 64 bilhões, superior aos últimos três Mundiais, somados. Trânsito caótico, aeroportos sucateados, falta de segurança etc.

Difícil encontrar quem nunca fez esta indagação, sobretudo nas doze subsedes.

Confira então a nova propaganda produzida pela Brahma, que usou exatamente esse tema como fonte de inspiração, com Ronaldo Fenômeno estrelando a campanha.

Sim, um Ronaldo com cara de Tio Sam. Entenda clicando aqui.

Otimismo exagerado ou a Copa de 2014 poderá ser mesmo deste jeito…?

Diferença bilionária na avaliação futebolística do Brasil

Árvore de dinheiro

Qual é o verdadeiro potencial econômico do futebol brasileiro? Em apenas quatro meses, uma diferença incrível na avaliação sobre a economia do esporte mais popular do país.

Nos dois quadros, dados bilionários, mas bem aquém da capacidade real.

Em junho deste ano, o ministro do esporte, Aldo Rebelo, revelou que o futebol representava 0,2% do produto interno bruto do país. Na avaliação, o futebol teria um potencial para alcançar até 1,2%, com mais empregos, tributos e riquezas para o Brasil.

O montante reúne vários segmentos, como clubes, entidades, marketing, mídia, comércio, vestuário, artigos, equipamentos, eventos e serviços, com impacto extra em setores da economia como transporte, alimentação e hotelaria.

Agora, com a publicação do estudo “O PIB do Esporte no Brasil”, através da Pluri Consultoria, um novo cálculo. O futebol representaria hoje 0,85%, com potencial de chegar a 1% do PIB depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Eis um hiato gigantesco entre os valores do contexto atual do esporte bretão. Do ministro ao estudo recém-divulgado, uma diferença de US$ 16,12 bilhões.

Na ponta do lápis, então, todas as cifras em dólares, considerando o PIB do último ano no Brasil. A economia nacional foi finalizada em US$ 2,48 trilhões.

Versão Aldo Rebelo (Ministro do Esporte)
Atual: 0,2% = 4,96 bilhões
Projeção: 1,2% = 29,76 bilhões

Versão “O PIB do Esporte no Brasil” (Pluri Consultoria)
Atual: 0,85% = 21,08 bilhões
Projeção: 1% = 24,80 bilhões

Por outro lado, os dois dados são semelhantes na projeção mais otimista.

Um dos principais pontos negativos da atualidade é a taxa de ocupação de público nos estádios das principais divisões. Na Série A, o índice chega a 40%.

Mas vislumbra-se uma melhora nos próximos três anos, uma vez que estão sendo erguidas catorze arenas, sendo doze delas para a Copa do Mundo.

Esses cartoze estádios vão gerar cerca de 700 mil assentos com o padrão Fifa.

Confira outros motivos que travam o avanço econômico clicando aqui.

Por uma Copa do Nordeste com os nove estados

Nordeste

Desde 1969 a região Nordeste é formada por nove estados.

A divisão do Brasil em macrorregiões começou efetivamente em 1913. Mudanças drásticas foram registradas também em 1940, 1945, 1950 e 1960.

Em 1988, no lançamento da última Constituição Federal, houve a criação do estado do Tocantins e a adesão do arquipélago de Fernando de Noronha à Pernambuco.

E cá estamos, em um território gigantesco de 1.558.196 quilômetros quadrados, mais de 53 milhões de habitantes e um produto interno bruto de quase meio trilhão de reais.

O breve resumo geográfico do país é necessário para o restante do post.

Politicamente renegados no futebol, os estados do Maranhão e do Piauí estão fora da reedição do Nordestão, de volta ao calendário da CBF a partir de 2013 (veja aqui).

Mesmo com clubes como Sampaio Corrêa, Moto Club, Maranhão, Flamengo de Teresina e River, os dois estados não estão nos planos da Liga Nordeste para a competição regional, com R$ 40 milhões por edição. Nem da CBF e nem dos patrocinadores também.

Para fortalecer o futebol da região seria interessante considerar toda as nove unidades.

A Copa do Nordeste tem tudo para ser um sucesso, como foi num passado recente. Equacionar o crescimento dos times a apenas sete estados soa um tanto injusto.

Pelo menos esta é a opinião da maioria da torcida pernambucana. Dos 573 pessoas que participaram da enquete do blog, 74,69% não concorda com a ausência.

Você concorda com a ausência dos clubes do Maranhão e do Piauí no Nordestão?

SportSport – 302 votos
Não – 73,84%, 223 votos
Sim – 26,15%, 79 votos

Santa CruzSanta Cruz – 156 votos
Não – 77,56%, 121 votos
Sim – 22,43%, 35 votos

NáuticoNáutico – 115 votos
Não – 73,04%, 84 votos
Sim – 26,95%, 31 votos

NFL cisca no mercado brasileiro

Bola de futebol americano. Crédito: NFL

No mercado interno, a NFL é imbatível. As cifras são espetaculares.

O último Super Bowl, evento máximo do futebol americano, em sua edição 46, teve uma audiência superior a 163 milhões de telespectadores nos Estados Unidos.

A final arrecadou 430 milhões de reais em comerciais na televisão.

A média de público da liga é de 67 mil pessoas, com uma taxa de ocupação de 90%. Englobando todas as modalidades esportivas, nenhum torneio leva tantos torcedores.

As 32 franquias faturaram US$ 8,3 bilhões na última temporada.

Pois bem. Desde 2005 a direção da NFL vai expandindo a liga de forma concreta para fora dos EUA. Isso não se refere apenas às transmissões na televisão por assinatura.

A ideia é levar o jogo, de forma oficial, a outros países. A estreia foi bo estádio Azteca, na Cidade do México. Desde 2007 um jogo da temporada regular ocorre em Wembley, em Londres, com contrato assinado até 2016. E o que dizer da bolinha oval acima…?

A imagem foi postada na página oficial da NFL no facebook (veja aqui).

No Brasil, o esporte já conta com torcedores fiéis. Além do já consolidado gamepass, a transmissão online da competição, a NFL estaria estudando a possibilidade de realizar uma partida da pré-temporada no país. Seria o primeiro passo na América do Sul.

Sem dúvida alguma, o mercado brasileiro está em expansão. Basta lembrar dos outdoors do último Super Bowl colocados em dez cidades do país, incluindo o Recife (veja aqui).

Com as arenas a caminho, não duvide se em breve alguém gritar “touchdown” no país…

Probabilidades da Série A 2012 – A 13 rodadas do fim

Projeções dos sites Infobola e Chance de Gol sobre o rebaixamento na Série A 2012 a 13 rodadas do fim

Segue a atualização da matemática na elite do Campeonato Brasileiro.

No blog, duas projeções para evitar o rebaixamento à Série B da próxima temporada. Vale a atenção dos dois representantes locais.

Os cálculos “anti-rebaixamento” são do Infobola e Chance de Gol, respectivamente.

Confira a classificação atualizada da Série A e a projeção anterior.

Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Flamengo (28 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar do descenso seria de 43 pontos.

A projeção se manteve em relação à rodada passada.

Desta forma, o Náutico, cuja chance de cair varia entre 4% e 14,8%, precisa somar mais 12 pontos, em tese. Quatro vitórias. E ainda terá sete jogos nos Aflitos.

Já o Sport, cuja probabilidade de queda à segunda divisão vai de 73% a 85,3%, precisa de mais 19 pontos, ou 6 vitórias e 1 empate. Já sem espaço para tropeços.

Uma terceira fonte é a UFMG, com o Náutico em 10,4% e o Sport em 58,9%.

De tatu-bola a Amijubi, Fuleco ou Zuzeco

Mascote da Copa do Mundo de 2014 no Recife. Crédito: site da Fifa

Voto popular para a bola oficial e para o mascote da próxima Copa do Mundo. Depois da Brazuca, agora é o tatu-bola que será batizado pelo torcedor, com voto aberto.

Para participar, basta acessar o site da Fifa. O nome será revelado em 25 de novembro.

No site oficial, informações sobre o mascote e games para a criançada, além de imagens exclusivas. Acima, o mascote no Recife. Abaixo, uma enquete a la boca de urna.

Os números da enquete do blog sobre o nome da pelota, com 1.150 votos, foram praticamente os mesmos da votação oficial, com 1 milhão de participações (veja aqui).

Confira a descrição oficial de cada uma das três opções pouco ortodoxas.

Será que o nome “Tatu-Bola” já não seria autoexplicativo?

Amijubi
Amijubi é a união das palavras “amizade” e “júbilo”, duas características marcantes da personalidade do nosso mascote e que refletem a maneira de ser dos brasileiros.

Fuleco
Fuleco é a mistura das palavras “futebol” e “ecologia”, dois componentes fundamentais da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Zuzeco
Zuzeco foi formado dos elementos principais de “azul” e “ecologia”. Azul é a cor dos mares da maravilhosa costa brasileira, dos rios que cruzam o país e do nosso lindo céu.

Qual deve ser o nome do mascote oficial da Copa do Mundo de 2014?

  • Fuleco (48%, 443 Votes)
  • Zuzeco (29%, 267 Votes)
  • Amijubi (23%, 217 Votes)

Total Voters: 927

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A 25ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 25 rodadas. Crédito: www.pe.superesportes.com.br

Fim da vigésima quinta rodada da Série A.

A parada era duríssima para o futebol pernambucano neste domingo. Contudo, dos seis pontos em jogo, os times do estado somaram quatro.

À tarde, o Náutico passou por cima do favoritismo do Atlético Mineiro e se saiu melhor no equilibrado jogo realizado nos Aflitos. Vitória por 1 x 0, numa cobrança de falta cirúrgica de Souza. Resultado que dá um lastro à campanha timbu.

À noite, o Sport surpreendeu demais no primeiro tempo. Jogando um grande futebol, abriu dois gols de vantagem. Mudou a postura de forma incrível e abriu mão do ataque na segunda etapa. Chamou o Inter, que veio forte. Ficou no 2 x 2. Perdeu uma chance daquelas de se aproximar da região fora do Z4.

A 26ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

22/09 (18h30) – Fluminense x Náutico

No Rio de Janeiro (8 jogos): 3 vitórias alvirrubras, 2 empates e 3 derrotas

23/09 (18h30) – Sport x Coritiba

No Recife (9 jogos): 5 vitórias rubro-negras, 4 empates e nenhuma derrota

Um ponto fora da casa, dessa vez sem comemoração no Sport

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Um desperdício que se repete, de forma nociva à classificação final dos rubro-negros.

Contra o Bahia, na Ilha do Retiro, uma atuação convincente no primeiro tempo. Finalizou dez vezes. Só não aproveitou tanto assim, marcando apenas um gol.

Contra o Internacional, onze chutes a gol na primeira etapa, jogando Beira-Rio. Tocando bem a bola e usando como nunca as laterais, o time teve um aproveitamento melhor, com dois gols. Nas duas apresentações, o Sport foi bastante superior aos adversários.

Até o intervalo. Quinze minutos no vestiário que mudaram profundamente a equipe.

Diante do Tricolor de Aço, passou a administrar o jogo, sem tanto empenho ofensivo. A marcação ficou mais frouxa. Mesmo sem atacar tanto, o visitante empatou no finzinho.

Neste domingo, em Porto Alegre, a situação foi ainda mais tensa, considerando a frenética luta rubro-negra para tentar deixar a zona de rebaixamento da Série A.

O Leão recuou excessivamente no pesado gramado do Colorado, castigado pela chuva durante todo o dia. Seu contragolpe foi anulado pelo Inter. Cansou. Não precisou sequer da pressão da torcida, com um estádio em obras e apenas 5.448 pessoas presentes.

Com o time pernambucano encostado na parede, sem saída de bola, o Inter pilhou a zaga rival. E o técnico Waldemar Lemos demorou além da conta para enxergar isso.

Os gols de Rithely e Gilsinho, que davam uma improvável vitória longe da Ilha, acabaram igualados pelos tentos de Cassiano, aos 17, e Leandro Damião, aos 30.

Após o empate o Leão seguiu encurrado. Por pouco não veio a virada gaúcha. De onze finalizações no primeiro tempo para apenas uma etapa complementar. Analisando friamente, esse pontinho conquistado com o 2 x 2 até poderia ser comemorado.

No entanto, o contexto parecidíssimo ao da partida contra o Bahia, na última quarta, indica que foram mais dois pontos perdidos. Jogando melhor, mas sem pontuar tanto.

Em 25 rodadas, apenas 5 vitórias. De empate em empate não se vai tão longe.

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Terceirona 2012 – 12ª rodada

Classificação da Série C 2012 após 12 rodadas. Crédito: pe.superesportes.com.br

Na décima segunda rodada da Terceirona, com mudança pernambucana no G4.

Derrotado pelo Treze por 2 x 1 , o Santa Cruz foi ultrapassado pelo próprio time paraibano e pelo Salgueiro, que novamente mostrou a sua força no Sertão.

Diante de 8.658 torcedores, o Carcará aplicou um 3 x 0 no lanterninha Guarany de Sobral, com gols de Júnior Ferrim, Elvis e Clébson.

A 13ª rodada para os pernambucanos, a primeira das cinco rodadas em setembro.

22/09 (16h00) – Paysandu x Santa Cruz
23/09 (16h00) – Salgueiro x Fortaleza