Inter viaja. Torcedores do Sport, não…

Copa SurugaA 16ª rodada da Série A, marcada para este fim de semana, terá apenas 9 jogos. Isso porque o Internacional irá viajar para o Japão, e terá três jogos adiados no Brasileirão.

Na Terra do Sol Nascente, o Colorado disputará a Copa Suruga, que é uma competição criada pela Conmebol (para faturar algum $$$), reunindo o campeões da Copa Sul-Americana (Inter) e da Copa Nabisco do Japão (Oita Trinita). Essa final será em 5 de agosto.

Curiosamente, o atual campeão da copa da liga japonesa é o ex-time do novo técnico do Sport, Péricles Chamusca, que estava no clube desde 2004.

Assim, o Inter voltará ao Brasileirão só na 18ª rodada, e jogará justamente contra o Sport, em Porto Alegre, mas num dia bem incomum. A partida no Beira-Rio foi adiada para a segunda-feira, às 21h30. Essa mudança pegou de surpresa alguns rubro-negros que se programaram para ir até a capital gaúcha assistir ao jogo.

Abaixo, o texto enviado para o blog pelo leonino Willy Figueiroa, revoltado com a mudança, já que havia comprado a passagem para o domingo.

“Torcer para o Sport não é uma tarefa fácil, nem mesmo fora de Pernambuco. Cerca de 12 torcedores do Sport, comparam, em junho de 2009, passagens aéreas para assistir ao jogo Internacional/RS x Sport/PE, no Beira-Rio no dia 09 de Agosto, em preços promocionais pela Gol Linhas Aéreas. Tudo ocorria normalmente, e seria uma viagem em prol do Sport Club do Recife. Mas, como sempre, “torcer para o Sport não é fácil”. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em seu site oficial, modificou em seu calendário os horários dos jogos. Colocando-o para o dia 10 do mesmo mês, dia este que seria a volta dos torcedores do Sport para Recife. Como o ingresso se trata de preços promocionais, fica inviável a remarcação. Torcedores podem processar a CBF pela falta de aviso prévio e de respeito perante eles.” 😯

Chama da rivalidade

Libertadores-2009: Sport 1 x 0 Palmeiras (Verdão 3 x 1 nos pênaltis)

Os caminhos dos dois clubes foram bem diferentes após aquele 12 de maio…

Eliminado nos pênaltis da Taça Libertadores da América, o Sport viu o seu ano de 2009 ruir em questão de segundos após a defesa de Marcos no chute de Dutra, na última cobrança das oitavas de final.

Tristeza em plena Ilha do Retiro.

SportPalmeirasUm revés que marcou o clube, pois o time não se acertou mais no Brasileirão…

De favorito a uma nova vaga na maior competição das Américas (com um time bem montado e com o apoio da torcida), a equipe ficou estagnado na zona de rebaixamento da Série A.

Frustrações em casa, derrotas no último minuto longe da Ilha (já foram 3 assim) e a perda gradativa da confiança. Da torcida e do próprio time. Como consequência, o interino Levi Gomes já aguarda a chegada do 3º técnico do Sport na competição, na qual o Leão tem apenas 13 pontos em 15 jogos.

Já o Palmeiras, que acabou saindo da Libertadores na fase seguinte, conseguiu evitar o baque. A dor da eliminação no Palestra Itália também foi grande, mas até que Luxemburgo suportou a carga. Porém, acabou saindo depois por causa de problemas internos sobre a negociação do atacante Keirrison.

Libertadores-2009: Palmeiras 1 x 0 SportMas o time centrou fogo no Nacional. Não guardou mágoas da Libertadores.

E foi somando pontos, vitórias, viradas… E chegará novamente na Ilha do Retiro, neste sábado, na ponta do campeonato, com 31 pontos nos mesmos 15 jogos.

O Verdão mudou de técnico também. Ninguém menos que o atual tricampeão brasileiro Muricy Ramalho. Que recebeu das mãos de Jorginho um time arrumado, com confiança, algo pra lá de importante no futebol.

A falta dessa confiança faz a outrora ensandecida torcida rubro-negra duvidar de um triunfo sobre o Palmeiras. No entanto, este jogo reserva uma esperança, que é a rivalidade construída nos últimos três anos. Será o 11º duelo entre dois times, que já se conhecem bastante, que já brigaram bastante. Marcos, Magrão, Igor, Pierre, Sandro Goiano, Cleiton Xavier, Ciro, Diego Souza… 😎

Abaixo, a lista infernal de jogos que acabou transformando esta partida em rivalidade.

01/08/07 – Palmeiras 1 x 2 Sport – Série A
04/11/07 – Sport 3 x 1 Palmeiras – Série A
24/04/08 – Palmeiras 0 x 0 Sport – Copa do Brasil
30/04/08 – Sport 4 x 1 Palmeiras – Copa do Brasil
08/06/08 – Sport 2 x 0 Palmeiras – Série A
04/09/08 – Palmeiras 0 x 3 Sport – Série A
08/04/09 – Sport 0 x 2 Palmeiras – Libertadores
15/04/09 – Palmeiras 1 x 1 Sport – Libertadores
05/05/09 – Palmeiras 1 x 0 Sport – Libertadores
12/05/09 – Sport 1 (1) x (3) 0 Palmeiras – Libertadores
01/08/09 – Sport x Palmeiras – Série A
14/11/09 – Palmeiras x Sport – Série A

Sonho dourado vira pesadelo

Um jogo que o Sport encarava como a “virada” na má fase do time o Brasileirão.

O primeiro jogo sem o técnico Emerson Leão. No seu lugar, o interino Levi Gomes.

Quando o Rubro-negro entrou no gramado do estádio do Mineirão, na noite desta quarta-feira, as cores da camisa não eram as tradicionais do clube. Mas uma outra que encheu a torcida de orgulho.

O Sport jogou com o padrão dourado. Pela primeira vez desde a Libertadores. 😯

A torcida esperava que o espírito do time fosse o mesmo. Foi durante 89 minutos.

O time encaixou a defesa, com o velho trio… Igor, César e Durval. Tocou bem a bola, fez o adversário correr bastante.

Série A-2009: Cruzeiro 1 x 0 SportCriou várias chances de gol. Algumas bem reais… Viu o adversário ficar com menos após o cartão vermelho para Diego Renan.

Mas não aproveitou…

O segundo tempo foi lá e cá, e o Cruzeiro cresceu. O Sport, porém, ainda arrumou alguns contra-ataques. Vandinho até que batalhou bastante, mas perdeu muitos gols… Aos 43, perdeu uma chance incrível.

No minuto seguinte – quando Dutra havia acabado de tomar o vermelho -, Kléber passou por dois leoninos e bateu no ângulo de Magrão.

Cruzeiro 1 x 0. Uma derrota para fazer o torcedor rubro-negro ir dormir tendo a certeza que o pesadelo da Segunda Divisão começa a se tornar real.

E logo no ano dourado do Sport.

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre a derrota do Sport AQUI.

Cartão vermelho para a esperança

Série A-2009: Náutico 1 x 2 SantosNa lanterna, jejum de 11 jogos e com muita pressão… E, para completar, com 1 jogador a menos durante 45 minutos. Assim fica difícil, Timbu.

Num jogo duro contra o Santos, na noite desta quarta, nos Aflitos, o Náutico ficou com 10 jogadoresno final do primeiro tempo, quando o zagueiro Gladstone tomou o segundo amarelo e foi expulso.

Se já era difícil com 11, com 10 tornou-se dramático. A situação piorou aos 22 minutos do 2º tempo. A promessa Neymar, que havia acabado de entrar, mandou para as redes de cabeça, após cruzamento de Madson, pelo lado esquerdo.

Mas o Alvirrubro até que lutou depois disso. E empatou. Aos 30, Gilmar foi derrubado na área pelo goleiro Felipe. O atacante bateu o seu 5º pênalti no Brasileirão. Com direito à paradinha, ele mandou no ângulo esquerdo do goleiro. Foi o 7º gol do atacante no Nacional, sendo 4 de pênalti.

No minuto seguinte, a festa quase virou pesadelo de novo, num gol incrível perdido por Kléber Pereira. Mas no fim, virou tristeza mesmo. E logo aos 47 minutos da etapa final… Rodrigo Souto de cabeça, após cobrança de escanteio. Vitória do Peixe por 2 x 1, mantendo o Timbu na lanterna, afundado. Agora com 12 jogos sem vitória.

Após a partida, os santistas pareciam estar com o discurso ensaiado:

“Jogar com um a mais facilitou um pouco a nossa vida aqui nos Aflitos”.

E como… 🙁

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br clicando AQUI.

0 x 0? Difícil…

Bola na rede

As duas defesas mai vazadas do Brasileirão até agora.

Este será o encontro marcado para as 19h30, nos Aflitos, entre Náutico e Santos.

O Peixe já sofreu 28 gols em 14 partidas. Dois por jogo! Mesmo assim, o Santos segue em 12º lugar, no meio da tabela. Tudo bem que está bem longe do que planeja o seu técnico. Para Luxemburgo, a missão é levar o time de volta à Taça Libertadores.

Já o Timbu viu a meta ainda mais vazada. Foram 31 gols nos mesmos 14 jogos. Média de 2,21 por jogo. É muito. Demais para um clube que não quer cair. Resultado? A lanterna da competição.

Mas como o técnico Geninho frisou bem, o time começou a acertar o ataque. O setor ofensivo marcou 5 gols nos últimos 2 jogos. O treinador disse que agora é trabalhar lá atrás. Pois o time também levou 5 gols em 2 jogos! 😯

Principais candidatos para tirar o zero do placar: Gilmar (6 gols), Kleber Pereira (5) Carlinhos Bala, Madson e Paulo Henrique (todos com 4) e Neymar (3). 😈

Post com a colaboração do repórter Márcio Cruz

A voz da experiência

Charge do Clássico dos Clássicos centenário, por SamucaResquício do centenário do Clássico dos Clássicos, em uma charge de Samuca, do Diario de Pernambuco.

Infelizmente, a situação é essa mesma… Todo mundo lascado nos gramados. Pelo menos no último fim de semana.

Bora reagir, Pernambuco!

Pantera perdida no mercado

Maurício Pantera, ex-Santa Cruz

1996 – Maurício Pantera deixa o Santa Cruz rumo ao Compostela, da Espanha. Valor da transação internacional: R$ 1,3 milhão.

2009 – Maurício Pantera deve deixar o Alecrim e acertar com ABC (ambos de Natal/RN). Valor da transação municipal: R$ 10 mil.

Aos 22 anos, o atacante era a maior revelação do Tricolor depois de Rivaldo (exagero?). Tanto que foi o primeiro jogador do clube negociado por mais de R$ 1 milhão. Maurício, que ganhou o apelido pela ‘garra’ em campo, havia sido o artilheiro da Série B de 1996, com 13 gols. E olhe que o Santa sequer chegou nas finais.

Não se adaptou ao frio europeu e retornou rapidamente ao Brasil. Passou por Grêmio e Sport, ainda na Primeira Divisão (veja AQUI). Depois, caiu em desgraça e virou um andarilho da bola.

Os anos passaram… Aquela força ofensiva mostrada no Santa – onde chegou a marcar um gol de bicicleta na Copa SP de Juniores antes daquela Série B – nunca mais voltou.

Aos 36 anos, Pantera ganha uma nova grande chance. Grande para a pretensão de quem parecia não ter mais ambição. Caso deixe o Alecrim e acerte com o rival ABC, o atacante saltará da Série D para a Série B.

Fotos: Arquivo/DP

Batalhas do Lacerdão

Série C-2008: Central 0 x 0 Santa Cruz

Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. Domingo, 16h. Central, a Patativa do Agreste… Santa Cruz, a Cobra-Coral do Povão… Esse contexto tem bastante história em jogos decisivos envolvendo os dois clubes. E nas mais diversas competições!

Neste domingo, o Alvinegro e o Tricolor vão se enfrentar pela Série D em um jogo tenso que pode valer a classificação antecipada do Central – juntamente com a eliminação precoce dos corais -, quanto o baque dos caruaruense e a sobrevida do Santa.

Mas vamos relembrar outros episódios históricos…

Pernambucano-1986: Central 1 x 1 Santa Cruz (Tricolor 5 x 4 nos pênaltis)1986 – Os dois rivais decidiram o 3º turno do Campeonato Pernambucano. E o Tricolor levou a melhor, ao vencer no pênaltis por 5 x 4, após um empate por 1 x 1, em um Lacerdão repleto.

A estrela daquela noite foi o goleiro – e eterno ídolo – Birigüi, que salvou o time na prorrogação e ainda defendeu a penalidade do meia Jorge Vinícius. Quatro dias depois, o Tricolor seria o campeão estadual ao segurar o empate sem gols com o Sport, na Ilha do Retiro.

Série B-1995: Central 2 x 1 Santa Cruz1995 – Os corais armaram uma equipe forte, sob o comando de Fito Neves, com destaque para o volante Zé do Carmo. O time do Arruda foi campeão pernambucano com certa facilidade e entrou na Série B como franco favorito para conquistar uma das duas vagas à elite nacional.

No entanto, a marcha coral parou na última rodada da segunda fase, em 22 de outubro. Cerca de 10 mil torcedores viram uma aguerrida Patativa, dirigida por Ivan Gradim, vencer por 2 x 1 (Everaldo e Jailson), na raça, e se garantir na fase semifinal. O Central acabou em 4º lugar naquela Segundona.

2008 – Novamente com casa cheia (10.941 torcedores), Central e Santa empataram por 0 x 0 pela Série C, em jogo que praticamente eliminou a Patativa, e que deixou o Santa com um pé na fase seguinte (foto maior). Naquela noite de 23 de julho, a Patativa teve tudo para vencer, mas o atacante Marco Antônio bateu mal um pênalti, no 2º tempo. O ex-jogador do Santa foi obrigado a ouvir da multidão coral no tobogã do estádio: “Ô, ô, ô, Marco Antônio é tricolor”. 😯

Posteriormente, os dois clubes foram rebaixados… E agora, em 2009, um novo encontro, desta vez na Série D.

Não havia nem estrelas

Em 26 de março de 1978, o Sport ainda não tinha estrelas acima do seu escudo. Hoje são 3. No Diario de Pernambuco, o nome do clube era publicado como “Esporte”, em uma linha editorial polêmica para ‘aportuguesar’ palavras estrangeiras.

Títulos pernambucanos? Eram apenas 21. Fora das fronteiras do estado, a única taça oficial era a do Torneio Norte-Nodeste, de 1968.

A Ilha do Retiro ainda não possuía as duas gerais. O setor de cadeiras tinha a metade do tamanho atual. Arquibancadas especiais? Essas aí só foram erguidas décadas depois. “Arena”? Conversa sobre gladiadores…

Maradona x Biro-BiroMas o estado do gramado da Ilha era melhor, vale ressaltar.

Naquele mesmo ano, numa atitude corajosa, o Sport não participaria – meses depois – do Estadual, que estava sendo deficitário.

O “craque” do time era Biro-Biro. Aquele mesmo, melhor que Maradona… Mas que naquele ano estava no começo da carreira, com apenas 19 anos.

Ele não sabia se era atacante, meia ou volante. E terminou a carreira sem saber.

Não existia Torcida Jovem. Muito a menos a Rádio Ilha.

A hoje histórica Bafo do Leão havia sido criada há pouco tempo.

Lotto? Era nome de loteria mesmo. Marketing? Mais uma palavra em inglês.

O blogueiro aqui estava longe de nascer ainda.

Só uma coisa era igual.

A paixão rubro-negra. A mesma que fez a torcida acreditar em uma vitória diante do Cruzeiro naquele 26 de março, em pleno Mineirão. E ela veio, por 2 x 1, gols de Mauro e Darci.

Mas, infelizmente, foi um caso único, pois nos 8 jogos realizados depois contra o mesmo adversário, no mesmo palco, o Leão só viu estrelas. Bordadas na camisa do Cruzeiro.

Nesta quarta, a paixão leonina continuará igual. Ou maior… É ver para crer.

A cartilha

Bola murchaCartilha básica para o rebaixamento no Campeonato Brasileiro:

1) Não transformar o mando de campo em pontos;

2) Troca sistemática de técnicos;

3) Atrito entre jogadores e diretoria;

4) Pressão da torcida sobre o próprio time;

5) Contratações para fazer número no grupo, e não para aumentar a qualidade;

6) Perder todos os duelos possíveis justamente para os adversários diretos na briga contra a zona de rebaixamento.

Algo comum no Recife, não é verdade? 😯