História é fonte de renda

Museu do Barcelona recebe cerca de 1.200.000 visitantes por ano. Duas vezes a população de Jaboatão dos GuararapesInaugurado em 1984, o Museu do Barcelona recebe anualmente cerca de 1,2 milhão de visitantes. Para os não sócios, o ingresso para conhecer a rica história do clube catalão custa o equivalente a R$ 36 (para adultos), com direito ao “Camp Nou Tour”, no estádio.

Somente com a visitação, o Barça arrecada mais de R$ 30 milhões. Sem contar que no final do passeio, devidamente acompanhado de um guia, o turista ainda encontra a loja oficial do clube. Ou seja, depois de viajar no tempo, você ainda é levado a gastar algo mais… E acaba gastando mesmo.

Na área de 3.500 metros quadrados estão expostos troféus – de competições locais até as taças das Ligas dos Campeões da Uefa de 1992 e 2006 -, fotos dos grandes esquadrões (e foram muitos, repletos de brasileiros), uniformes de todas as épocas da centenária agremiação, além de um arquivo audio/visual. E no centro disso tudo, uma maquete do Camp Nou. Para quem gosta de futebol, e história, deve ser realmente fantástico.

Museu do Santos é potencializado pela presença de PeléMas nem é preciso ir tão longe para conferir um memorial tão espetacular. Em Buenos Aires, o Museu Boquense, do campeoníssimo Boca Juniors, atrai 500 mil pessoas por ano. O destaque é a sala com o áudio da torcida. Um show à parte. Apesar de ser uma excelente fonte de renda, os clubes brasileiros ainda engatinham nesse segmento.

Um dos mais modernos é o Memorial das Conquistas, do Santos, que tem uma área de 380 metros quadrados, e tem na geração de Pelé o seu ponto forte. A entrada custa R$ 7, e segue o modelo do Barcelona e do Boca, com passeio monitorado e visita ao campo da Vila Belmiro. Inaugurado em 17 de novembro de 2003, o local sai da mesmice das salas de troféus. Provavelmente por isso, é o museu de um clube de futebol mais visitado no Brasil. Em 2007 foram 100 mil pessoas.

Museu do Grêmio. Um dos destaques é o troféu da Série B de 2005No país, São Paulo, Corinthians e Grêmio também têm museus sofisticados. No do Tricolor Paulista, por exemplo, ainda existem exposições, como os “85 anos de Leônidas da Silva” e “Um traço tricolor”. No Gaúcho, uma atração é a visita virtual dentro do próprio museu, que foi inaugurado em 2004, durante as festividades dos 50 anos do Olímpico.

Além dos troféus do Mundial de 83 e das Libertadores de 83 e 95, uma das peças mais procuradas é a da Série B de 2005, quando o Grêmio venceu a “Batalha dos Aflitos“. O memorial gremista é o 2º em número de visitas no país. Na última temporada foram 85 mil.

Pernambuco – No estado, a situação está ainda mais longe. O único projeto em andamento é o do Sport, que pretende inaugurar o seu memorial até o final de 2009. Ele ficará ao lado da loja Espaço Sport. Troféus, padrões e imagens históricas, e até mesmo arquivos de vídeos, ficarão à disposição da torcida. Já foram catalogados mais 1.700 objetos do clube.

Ao seu lado direito da Espaço Sport está a área reservada para o Memorial do SportTrês dos troféus mais importantes da história rubro-negra já têm o seu lugar garantido: a taça Leão do Norte, conquistada em 1919 após uma vitória por 3 x 2 sobre o combinado Remo-Paysandu (que deu origem ao mascote), e os troféus do Brasileiro de 1987 e da Copa do Brasil de 2008.

O Náutico, por sua vez, até reformou a sua sala de troféus neste ano. Porém, a visitação é restrita aos sócios. Já a sala do Santa Cruz não vem sendo aberta ultimamente. Dinheiro jogado fora.

Recorde às avessas da defesa

Time brasileiro entra em campo no Maraca, Júlio César concentradoO setor ofensivo do Brasil passou em branco nos últimos 3 jogos em casa. Três empates por 0 x 0. Fora de casa, a Seleção goleou o Chile (3 x 0) e a Venezuela (4 x 0). Um desempenho bem curioso. Apesar das críticas ao ataque do time quando joga no país, o sistema defensivo vem recebendo elogios.

E com justiça. Após o jogo o empate com a Colômbia, no Maracanã, o goleiro Júlio César, de 29 anos, quebrou o recorde brasileiro de invencibilidade em Eliminatórias para a Copa do Mundo, que pertencia a Taffarel, em 1993, durante a seletiva para o Mundial dos EUA.

Júlio César está há 492 minutos sem levar um golzinho sequer. O último foi marcado por Cabañas (olha ele de novo…), aos 4 minutos do segundo tempo na derrota por 2 x 0 para o Paraguai, em 15 de junho. Depois foram mais 5 jogos invicto.

Com os zagueiros Juan e Lúcio fazendo a proteção com absoluta segurança, como reconhece o camisa 1. “Fico feliz, não só por mim, mas por todo o sistema defensivo”.

Bem que o ataque do Brasil poderia estar fazendo a sua parte também…

Foto: site da CBF

Paraguay peleador

Paraguaios festejam a vitória diante do Uruguai, em 17 de outubro de 2007Um time forte no ataque e na defesa. Um equilíbrio que resulta em muitos pontos na classificação. Mas como em qualquer equipe, nem sempre esse equilíbrio é alcançado. Mas aí, vai mesmo na garra, que contagia toda a torcida.

Estou falando da Seleção Brasileira? Não. A atual está longe disso. A descrição poderia se encaixar perfeitamente na Argentina. Mas os hermanos também vem patinando nas Eliminatórias.

Ao contrário do Paraguai, que vem mostrando força a cada rodada e lidera com folga as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2010. O time do gorducho atacante Cabañas (piada pronta) soma 23 pontos em 10 rodadas, seis a mais que o Brasil, o 2º lugar, apesar do empate fuleiro diante da Colômbia, no Maracanã.

A imprensa brasileira costuma dizer que atrapalha bastante o fato de a Canarinha ser formada por jogadores “que atuam há bastante tempo na Europa e acabam sem identificação”. Mas no time dos vizinhos é a mesma coisa. E não vem atrapalhando em nada. Dos 11 titulares que venceram o Peru em Assunção, na noite desta quarta, apenas um jogador atua no país (o meia Victor Cáceres, do Libertad).

Pontos corridos – O Paraguai sempre cambaleou nas Eliminatórias, que tinham um novo regulamento a cada 4 anos. Isso mudou radicalmente na seletiva para o Mundial de 1998, quando a Conmebol adotou os ‘pontos corridos’ com todas as federações da América do Sul. Foi a arrancada do país, que vem mostrando uma capacidade incrível nesse sistema.

Em 1998, o Paraguai ficou em 2º lugar, a apenas um ponto da Argentina (apesar de ter tido mais vitórias, 9 x 8). Em 2002, ficou em 4º, também garantindo a sua vaga. Mesma posição na última edição. Contabilizando os dados das últimas 4 Eliminatórias (62 jogos, incluindo a atual), o Paraguai tem um ótimo aproveitamento de 59,13%, com 33 vitórias, 11 empates e 18 derrotas.

Se estivesse disputando a Série A do Brasileiro, estaria brigando no G-4. Mas sabemos que não está. Está além disso, sempre caminhando rumo a uma nova Copa do Mundo.

Você pode ver a classificação da eliminatória sul-americana clicando AQUI.

Paraguai/2010 – 23 pontos, 10 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 1 derrota

Caminhada paraguaia para a Copa de 2010

Cabañas, o gordinho que despachou o Flamengo da Libertadores-2008 e ainda marcou contra a Seleção13/10/2007 – Peru 0 x 0 Paraguai
17/10/2007 – Paraguai 1 x 0 Uruguai
17/11/2007 – Paraguai 5 x 1 Equador
21/11/2007 – Chile 0 x 3 Paraguai
15/06/2008 – Paraguai 2 x 0 Brasil
18/06/2008 – Bolívia 4 x 2 Paraguai
06/09/2008 – Argentina 1 x 1 Paraguai
09/09/2008 – Paraguai 2 x 0 Venezuela
11/10/2008 – Colômbia 0 x 1 Paraguai
15/10/2008 – Paraguai 1 x 0 Peru

Com a força do Maraca

Maracanã, como nos velhos temposA Seleção Brasileira enfrentará a Colômbia logo mais no velho Maracanã. Devido à crise pela qual passa a equipe brasileira, a expectativa inicial era de um público pequeno para o primeiro jogo do returno das Eliminatórias da Copa (marcado para as 22h).

Chegou a ser especulado se o jogo desta noite poderia marcar o recorde negativo de público na história da Seleção no estádio Mário Filho, palco maior da Canarinha desde 1950.

Mas – felizmente – não será possível, já que apenas nos primeiros de dias de venda de ingressos foram comercializados 30 mil bilhetes. O “recorde” foi estabelecido em 9 de junho de 1976, quando o Brasil venceu o Paraguai por 3 x 1, pela Taça Atlântico. Apenas 28.820 pessoas viram aquele jogo. E olhe que estavam em campo ninguém menos que o flamenguista Zico e o vascaíno Roberto Dinamite, ídolos das maiores torcidas do Rio.

Zico e Roberto Dinamite podem não até não ter deixado o jogo tão atrativo assim, mas quando eles se enfrentaram a história foi bem diferente… Naquele mesmo ano, em 4 de abril, o Flamengo venceu o Vasco por 3 x 1, com mais de 174 mil pessoas lotando as arquibancadas do maior estádio do mundo. Aquele foi simplesmente o 4º maior público registrado no estádio. Ao contrário do que diz a regra matemática, a ordem dos fatores alterou o produto. Excepcionalmente nesse caso.

Mariores públicos do Maracanã
1º) 200.000 – Brasil 1 x 2 Uruguai (16/07/1950) (estimado)
2º) 183.341- Brasil 1 x 0 Paraguai (31/08/1969)
3º) 177.020 – Flamengo 0 x 0 Fluminense (15/12/1963)
4º) 174.770 – Flamengo 3 x 1 Vasco (174.770)
5º) 174.599 – Brasil 4 x 1 Paraguai (21/03/1954)
6º) 171.599 – Fluminense 3 x 2 Flamengo (15/06/1969) *
7º) 165.358 – Flamengo 0 x 0 Vasco (22/12/1974)
8º) 162.764 – Brasil 6 x 0 Colômbia (09/03/1977)
9º) 161.989 – Flamengo 2 x 1 Vasco (06/12/1981)
10º) 160.342 – Flamengo 1 x 0 Vasco (06/05/1973) **

* Rodada dupla com o jogo Botafogo 0 x 0 Portuguesa/RJ
** Rodada dupla com o jogo Bangu 2 x 1 Madureira

Post com a colaboração de Carlos Lopes

Status Fifa

Árbitro FifaNa tarde desta quinta-feira haverá o sorteio que definirá o árbitro para o Clássico dos Clássicos do próximo domingo, na Ilha do Retiro. Por decisão do presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, o juiz será de fora do estado, e com status de “árbitro Fifa”. A última vez que o jogo entre Sport e Náutico teve esse “honra” foi em 28 de junho do ano passado, com Wilson Souza.

Depois daquela partida, Wilson ainda apitou mais dois clássicos – ambos neste ano -, mas já fora do quadro da Fifa (de onde saiu em outubro de 2007). Nos últimos 10 clássicos, apenas um árbitro não foi pernambucano. E nem foi de tão longe assim. Foi o sergipano Antônio Hora Filho, em 2006.

Árbitros dos últimos 10 Clássicos dos Clássicos

12/03/2006 – Sport 1 x 1 Náutico – Rogério Oliveira (PE) – Pernambucano
15/07/2006 – Náutico 2 x 1 Sport – Ricardo Tavares (PE) – Série B
21/10/2006 – Sport 2 x 0 Náutico – Antônio Hora Filho (SE) – Série B
05/02/2007 – Náutico 0 x 1 Sport – Wilson Souza (Fifa-PE) – Pernambucano
01/04/2007 – Sport 2 x 0 Náutico – Cláudio Mercante (PE) – Pernambucano
28/06/2007 – Sport 4 x 1 Náutico – Wilson Souza (Fifa-PE) – Série A
23/09/2007 – Náutico 2 x 0 Sport – Émerson Sobral (PE) – Série A
16/03/2008 – Náutico 0 x 1 Sport – Wilson Souza (PE) – Pernambucano
10/04/2008 – Sport 0 x 0 Náutico – Patrício Souza (PE) – Pernambucano
13/07/2008 – Náutico 0 x 2 Sport – Wilson Souza (PE) – Série A

Obs. Nem sempre um árbitro de fora significa garantia de tranqüilidade. E olhe que em 1996 o juiz veio de muito longe. O argentino Javier Castrilli comandou o clássico entre Santa Cruz e Sport, no Arruda. Após o jogo, vencido pelos rubro-negros por 2 x 0, os tricolores reclamaram muito da atuação dele. Que voltou na paz para Buenos Aires.

Chegaram ou já estavam?

É ou não é?Um forte boato circulou na internet nos últimos dias, e em escala mundial. Tudo porque um vídeo indicava a chegada de uma nave-mãe lotada de ETs. Assim, “eles” finalmente chegariam ao planeta Terra. Quando? Nesta terça-feira, 14 de outubro.

A mensagem enviada pelos extraterrestres teria sido captada pela australiana Blossom Goodchild. Segundo ela, os ETs viriam em missão de paz.

Até agora, eu não vi nenhum. Continua tudo na mesma. No entanto, há quem diga que eles já estão por aqui há muito tempo…

Reescrevendo a história

O poderoso Manchester United virou o jogo sobre o Bayern aos 47 do segundo tempo. Título inesquecível dos Red DevilsO futebol, como se sabe, é um jogo de 90 minutos. Que por muitas vezes é decidido apenas nos descontos desse tempo. Na maioria dos esportes, o cronômetro é parado quando a bola sai, quando é falta, quando se faz uma substituição… No futebol, não.

O acréscimo fica na subjetividade do árbitro, que pode contar mais 30 segundos por cada substiuição (por exemplo). No entanto, com uma partida pegando fogo, ele pode acabar antes do previsto também.

Depois desse breve prólogo, vamos ao assunto do post, de fato. Como teriam acabado algumas partidas (e campeonatos), caso não existisse a possibilidade de gol nos descontos? Veja abaixo alguns episódios (nos links, você pode ver os vídeos das partidas). Você lembra de outros jogos históricos com esse tema? Comente!

Assis chega na cara do gol e manda para as redes, dando o título ao Fluzão, no Fla-Flu que decidiu o Carioca de 19831975 – No Recife, o Santa Cruz seria o maior beneficiado com essa “regra”. O Tricolor encantou o Brasil em 75, quando se tornou o primeiro nordestino a disputar a semifinal da Série A. Em jogo único, no Arruda, em 7 de dezembro, o Santinha empatava com o Cruzeiro por 2 x 2 até os 45 do 2º tempo, e estava com a vaga. Foi quando Palhinha marcou o gol dos mineiros, em um lance contestado pelos corais.

Os desdobramentos daquele jogo, caso tivesse sido empate, teriam sido enormes. É claro que não teria ocorrido a final entre Inter e Cruzeiro. Por sinal, uma das decisões mais famosas do Brasileirão, com o “gol iluminado” marcado pelo colorado Figueroa. Além disso, o Cruzeiro aproveitou bem a vaga na Libertadores, tanto que foi o campeão em 1976! Sem dúvida, aquele último minuto em 75 foi a pedra fundamental de tudo isso.

1999 – E o que dizer então da final da Liga dos Campeões da Uefa de 1999? Em uma partida incrível, o Manchester United venceu o Bayern de Munique por 2 x 1. O time inglês perdia por 1 x 0 até os 46 minutos da etapa final, mas ganhou ainda no tempo regulamentar. Como?! Dois gols seguidos, aos 46 (Sheringham) e 47 (Solskjaer). Um ano que valeu por 2 minutos.

Capa do Olé de 26 de julho de 2004: O agora colorado D'Alessandro chora a derrota nos instantes finais na final da Copa América. Choro proporcional à nossa alegria1983 – O Fla-Flu é considerado um dos mais tradicionais clássicos do Brasil. Que teria nascido “40 minutos antes do nada”, segundo Nelson Rodrigues. Pois bem. Em 1983, o Fluminense foi campeão carioca “90 minutos depois de tudo”. O gol de Assis saiu no finzinho, quando o atacante tocou na saída do goleiro, levando ao delírio a torcida pó-de-arroz. Foi a arrancada do Tricolor para o tricampeonato (83/84/85).

2004 – Finalizando, o fato mais recente. Tevez já brincava com a bola… A vitória era dos hermanos, por 2 x 1. Aí, Adriano recebeu na área, virou e marcou um gol sensacional, empatando a decisão da Copa América de 2004. Aos 48 minutos do 2º tempo. Nos pênaltis, festa brasileira! Na capa do jornal Olé sobre a decisão dá para perceber um pouco a dor daquela derrota. Para eles.

Post sugerido por Fred Figueiroa, com a colaboração de Gustavo Meirelles

$érie B fez bem ao Timão

A queda do "incaível"... Grêmio 1 x 1 Corinthians, no Olímpico, em 2007. Começava o calvário. Que nem durou tanto assim

“Isso tá acontecendo mesmo, mano? É nóis na B?” (sic) Muitos pensaram assim. No dia 2 de dezembro do ano passado, a segunda maior torcida do Brasil chorou a queda do Corinthians para a Série B do Brasileiro. Mas você acha que isso fez mal aos cofres do Timão? Não mesmo. O time paulista continua com a mesma mídia (os seus jogos sempre passam ao vivo no sábado) e conseguiu patrocinadores ainda mais fortes do que no período em que esteve na elite nacional. Um fenômeno de marca bem sucedida.

Se forem contabilizados os balancetes financeiros de 2007 e 2008, isso fica ainda mais claro. No 12 meses da última temporada, o clube teve um prejuízo de R$ 23,2 milhões. No entanto, de 1º de janeiro até 31 de agosto de 2008, o Corinthians teve um superávit de inacreditáveis R$ 13,3 milhões. Uma diferença agregada de R$ 36,6 mi. Dinheiro suficiente para armortizar quase 10% das dívidas do clube. E olhe que o ano, obviamente, não acabou… Abaixo, alguns motivos para um crescimento tão maluco em um ano que tinha tudo para ser de receitas bem menores. Para os padrões de um Timão.

O técnico Mano Menezes estava no comando do Grêmio, quando o Tricolor rebaixou o Timão. Agora, se redime levando o time de volta à elite2008
Patrocínio da Medial Saúde – R$ 16,5 milhões
Lucro com renda (8 meses) – R$ 12,494 milhões
Licenciamento e franquias – R$ 1,032 milhão

2007
Patrocínio da Samsung – R$ 12 milhões
Lucro com renda – R$ 8,393 milhões
Licenciamento e franquias – R$ 214 mil

Você pode ver o balanço completo clicando AQUI.

A administração do clube mudou nesta temporada. Assim como arcaico estatuto. No futebol, o Corinthians vem tem tendo um ano positivo. A vaga na Libertadores bateu na trave, com o vice na Copa do Brasil, após a derrota para o Sport, na Ilha. Mas o time reagiu na Segundona. E agora só está passeando na Série B.

Até agora, em 30 jogos, o time tem um aproveitamento incrível de 71,11% (contra apenas 38,59% na Série A de 2007). O técnico Mano Menezes está diretamente ligado a todo esse turbilhão. Em 2007, estava no banco de reservas do Grêmio, no Olímpico, quando o Tricolor rebaixou o clube paulista. Numa daquelas reviravoltas típicas do futebol, agora é o principal expoente da retomada do Corinthians, firmando o seu nome como um dos principais técnicos do Brasil. Com toda justiça.

Post com a colaboração de João Vitor Fazani

Maracanazo, a dor do Rio

Final da Copa de 1950: Brasil 1 x 2 UruguaiFoi a maior derrota da história do futebol brasileiro. Difícil imaginar algo pior. Mesmo com a vantagem do empate naquele 16 de julho de 1950, o Brasil vencia o Uruguai por 1 x 0, na final da Copa do Mundo, em um Maracanã abarrotado com 200 mil torcedores. Mas os uruguaios viraram o jogo, silenciando o maior estádio do planeta. Os campeões chamaram aquele episódio de “Maracanazo”.

Desde então, qualquer revés dos quatro grandes clubes cariocas em uma situação decisiva no mesmo palco (devidamente lotado) também é tratado como Maracanazo. Elaborei um “Ranking de Maracanazos”, com algumas das grandes frustrações no estádio Mário Filho nos últimos 25 anos (além de 1950, é claro).

Com 100 mil alvinegros no Maracanã, Botafogo não sai do empate sem gols com o Juventude e fica com o vice da Copa do Brasil, em 1999O último “caso” aconteceu no sábado, quando 81.317 rubro-negros foram ao Maraca. Mas Castillo, aos 31 minutos do primeiro tempo, e Renan Oliveira e Leandro Almeida, aos 20 e 29 do segundo, respectivamente, marcaram os gols do chocolate de 3 x 0 do Atlético-MG sobre o Fla, pelo Brasileirão.

A derrota colocou água no chope da festa encomendada pelo presidente do Mengão, Márcio Braga, que havia dito que estava preparando a “festa do hexa”. Foi uma senhora derrota do time do Rio, mas nada que se compare a outros episódios históricos.

1) 1950 – Brasil 1 x 2 Uruguai – Final da Copa do Mundo. Sem comentários…

2) 2008 – Fluminense 3 x 1 LDU (Equador) – Final da Libertadores. Caso raro de Maracanazo com vitória. Os tricolores fizeram uma linda festa antes da partida, mesmo com a derrota por 4 x 2 no primeiro jogo. Thiago Neves fez 3 gols e levou a disputa para as penalidades, mas o goleiro equatoriano Cevallos gravou o seu nome entre maiores os carrascos do Maracanã.

A maior derrota do Flamengo em sua história. Perder o títuloda Copa do Brasil, em 2004, diante do pequeno Santo André foi demais para a nação rubro-negra3) 2004 – Flamengo 0 x 2 Santo André – Final da Copa do Brasil. Santo André? Santo André…?! Poisé. Foi lá, caladinho, e fez 2 x 0, em um resultado que surpreendeu todo o país. Até mesmo os torcedores do… Santo André.

4) 2000 – Vasco 0  x 0 Corinthians – Final do Campeonato Mundial (vitória corintiana nos pênaltis). Esse jogo poderia estar numa colocação acima, pois foi em um Mundial. No entanto, cerca de 20 mil corintianos estiverem presentes naquela noite. Assim, obviamente, houve festa.

5) 1999 – Botafogo 0 x 0 Juventude – Final da Copa do Brasil. Um golzinho… Um mísero 1 x 0 e o Fogão conquistaria o seu 3º título nacional. Mais de 100 mil pessoas acreditaram nisso. Mas terminou como começou: 0 x 0, com festa gaúcha.

6) 1997 – Flamengo 2 x 2 Grêmio – Mais uma final da Copa do Brasil. O Fla estava com a taça até os 34 minutos do 2º tempo, quando Carlos Miguel empatou e levou o título para Porto Alegre.

7) 1985 – Bangu 1 x 1 Coritiba – Final da Série A (vitória paranaense nos pênaltis). A inusitada decisão foi vista por 90 mil pessoas, após a adesão dos torcedores dos grandes, que foram apoiar o time de Moça Bonita.

O último Maracanazo. Cevallos, com o troféu, pegou 3 pênaltis e levou a glória para o Equador8 ) 2008 – Flamengo 0 x 3 América (México) – Oitavas-de-final da Libertadores. Incrível, pois o Fla venceu o jogo na Cidade do México por 4 x 2. Na volta, Cabañas fez a festa.

9) 1995 – Flamengo 1 x 0 Independiente (Argentina) – Final da Supercopa da Libertadores. O Mengão, com Romário, ficou a 1 gol de levar o jogo para as penalidades.

10) 2000 – Fluminense 0 x 1 São Caetano – Oitavas-de-final da Série A. Flu jogava pelo empate contra o Azulão, que havia se classificado no Módulo Amarelo. O Tricolor havia ficado em 3º no módulo principal. Adhemar acertou um chutaço no Rio, fazendo mais uma zebra.

Obs. – As 4 fotos deste post são – de cima para baixo – de 1950, 1999, 2004 e 2008. Passe o mouse em cima delas e saiba um pouco mais sobre esses Maracanazos.

Concorda com a lista? Opine!

Volta ao mundo sem sair do Brasil

Arena da Floresta, o projeto acreano para a Copa do Mundo de 2014. A primeira fase já está pronta

De vez em quando aparece um maluco com alguma idéia fixa de dar a volta ao mundo, num balão com pouco gás, num aviãozinho fuleiro ou num barco com um remo só. Até conseguem. Mas para isso, porém, é necessário percorrer 40 mil quilômetros. É chão (no caso, ar ou mar) demais…

Pois o Rio Branco fará isso tudo e muito mais, sem cruzar um centímetro sequer da fronteira do Brasil. O time acreano terá que viajar 52 mil quilômetros país afora no octogonal final da Série C, como noticiou o Globo Esporte na última segunda. É o preço para tentar garantir uma vaga na Série B de 2009.

Na estréia, no último sábado, foram 4.200 quilômetros, distância entre a capital do Acre e a cidade gaúcha de Pelotas, onde o Estrelão (apelido do Rio Branco) enfrentou o Brasil. O time saiu de Rio Branco às 2h da madrugada de quinta-feira para viajar até Brasília. De lá para Porto Alegre, onde o elenco chegou às 13h. Já no Rio Grande do Sul, o time seguiu de ônibus até Pelotas. Mais 3h30 de viagem na região sul estado ( “sul do sul”? Era longe mesmo, viu…). E isso tudo para perder por 2 x 1.

Rio Branco Football Club, campeão da Copa Norte de 1997Como eu já havia dito no post sobre a Terceirona, estou torcendo pelo Rio Branco nesta fase. A última vez em que o Acre esteve na Série B foi em 1991, quando Independência e Rio Branco não passaram da primeira fase. O destaque atual do Alvirrubro é o atacante Testinha. Lá também está o volante César Baiano, que teve uma passagem meteórica no Santa Cruz em 2007. Ah, e o velho César Baiano foi expulso na estréia…

Estádio – Atualmente, o Rio Branco joga na novíssima Arena da Floresta (foto acima), que é o projeto do estado para a Copa do Mundo de 2014. Por enquanto, apenas a primeira fase da obra foi inaugurada, e a capacidade ainda é de 14 mil pessoas, com 100% dos assentos sendo cadeiras. Um belo exemplo.

A Arena da Floresta foi construída na área do antigo aeroporto da cidade.

Por sinal, já que o novo Aeroporto Internacional de Rio Branco ficará bastante movimentado nas próximas semanas (devido às viagens do Estrelão e dos adversários), aqui vai a ficha do local, inaugurado em 22 de novembro de 1999.

Sítio Aeroportuário
Aeroporto Internacional de Rio Branco, inaugurado em 1999Área: 38.400 m²
Dimensão da pista: 2.158m x 45m
Terminal: 270 mil passageiros/ano
Vôos diários: 14
Estacionamento: 136 vagas
Balcões de check-in: 7
Distância do centro de Rio Branco: 7 km

Obs. Apesar de jogar na nova arena estadual, o Rio Branco é dono do estádio José de Melo, com capacidade para 8 mil torcedores.

Campeão acreano 25 vezes, o maior título do clube é a Copa Norte de 1997, quando bateu o Remo na final, em pleno Mangueirão,  por 2 x 1.