Inaugurado em 1984, o Museu do Barcelona recebe anualmente cerca de 1,2 milhão de visitantes. Para os não sócios, o ingresso para conhecer a rica história do clube catalão custa o equivalente a R$ 36 (para adultos), com direito ao “Camp Nou Tour”, no estádio.
Somente com a visitação, o Barça arrecada mais de R$ 30 milhões. Sem contar que no final do passeio, devidamente acompanhado de um guia, o turista ainda encontra a loja oficial do clube. Ou seja, depois de viajar no tempo, você ainda é levado a gastar algo mais… E acaba gastando mesmo.
Na área de 3.500 metros quadrados estão expostos troféus – de competições locais até as taças das Ligas dos Campeões da Uefa de 1992 e 2006 -, fotos dos grandes esquadrões (e foram muitos, repletos de brasileiros), uniformes de todas as épocas da centenária agremiação, além de um arquivo audio/visual. E no centro disso tudo, uma maquete do Camp Nou. Para quem gosta de futebol, e história, deve ser realmente fantástico.
Mas nem é preciso ir tão longe para conferir um memorial tão espetacular. Em Buenos Aires, o Museu Boquense, do campeoníssimo Boca Juniors, atrai 500 mil pessoas por ano. O destaque é a sala com o áudio da torcida. Um show à parte. Apesar de ser uma excelente fonte de renda, os clubes brasileiros ainda engatinham nesse segmento.
Um dos mais modernos é o Memorial das Conquistas, do Santos, que tem uma área de 380 metros quadrados, e tem na geração de Pelé o seu ponto forte. A entrada custa R$ 7, e segue o modelo do Barcelona e do Boca, com passeio monitorado e visita ao campo da Vila Belmiro. Inaugurado em 17 de novembro de 2003, o local sai da mesmice das salas de troféus. Provavelmente por isso, é o museu de um clube de futebol mais visitado no Brasil. Em 2007 foram 100 mil pessoas.
No país, São Paulo, Corinthians e Grêmio também têm museus sofisticados. No do Tricolor Paulista, por exemplo, ainda existem exposições, como os “85 anos de Leônidas da Silva” e “Um traço tricolor”. No Gaúcho, uma atração é a visita virtual dentro do próprio museu, que foi inaugurado em 2004, durante as festividades dos 50 anos do Olímpico.
Além dos troféus do Mundial de 83 e das Libertadores de 83 e 95, uma das peças mais procuradas é a da Série B de 2005, quando o Grêmio venceu a “Batalha dos Aflitos“. O memorial gremista é o 2º em número de visitas no país. Na última temporada foram 85 mil.
Pernambuco – No estado, a situação está ainda mais longe. O único projeto em andamento é o do Sport, que pretende inaugurar o seu memorial até o final de 2009. Ele ficará ao lado da loja Espaço Sport. Troféus, padrões e imagens históricas, e até mesmo arquivos de vídeos, ficarão à disposição da torcida. Já foram catalogados mais 1.700 objetos do clube.
Três dos troféus mais importantes da história rubro-negra já têm o seu lugar garantido: a taça Leão do Norte, conquistada em 1919 após uma vitória por 3 x 2 sobre o combinado Remo-Paysandu (que deu origem ao mascote), e os troféus do Brasileiro de 1987 e da Copa do Brasil de 2008.
O Náutico, por sua vez, até reformou a sua sala de troféus neste ano. Porém, a visitação é restrita aos sócios. Já a sala do Santa Cruz não vem sendo aberta ultimamente. Dinheiro jogado fora.