Salgueiro elimina o Náutico pela segunda vez em 2015 e chega à semifinal estadual

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro x Náutico. Foto: Jorge BurégioFPF/site oficial

Pela segunda vez na temporada, o Salgueiro eliminou o Náutico, mesmo sem um mata-mata sequer. Quis o destino que as últimas rodadas do Nordestão e do Pernambucano agendassem o duelo entre o Carcará e o Timbu. Em ambos os casos, no Cornélio de Barros e com o visitante jogando pelo empate. No regional, o time de Sérgio China atropelou. No Estadual, um solzão daqueles no Sertão, neste domingo, idem.

O resultado começou a ser construído antes dos dez minutos. Tamandaré cruzou e Rodolfo Potiguar, entre dois zagueiros, marcou de cabeça o seu primeiro gol na competição. Em desvantagem tão cedo, o Náutico precisou se expor, tudo o que Lisca não queria, consciente da deficiência técnica causada pelos desfalques.

A situação só piorou com a saída de Carmona, destaque na estreia da Copa do Brasil. Sentiu uma lesão e deixou o time completamente sem criatividade. A classificação sertaneja foi sacramentada aos 4 minutos da etapa complementar, no chutaço de Valdeir, também balançando as redes pela primeira vez. Nem a expulsão de Pio, deixando o Alvirrubro em vantagem numérica, adiantou. O time estava atordoado – com direito um pênalti anulado após suposta consulta à TV. Sem diminuir o ritmo, o mandante fez 4 x 1.

Rodado, o Salgueiro despachou o adversário e alcançou a semifinal local pela terceira vez: 2012, 2014 e 2015. Enfrentará o Sport disposto a enfim avançar à final. Pela televisão, o Timbu, 6º lugar com duas vitórias em dez jogos, acompanhará o desfecho após a sua pior campanha desde 1997, na mesma 6ª posição. Pior. Também acompanhará pela tevê a Copa do Nordeste de 2016…

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro x Náutico. Foto: Jorge BurégioFPF/site oficial

Podcast 45 (116º) – Estreias na Copa do Brasil, 10ª rodada do Estadual e G4 do NE

O último podcast na Semana Santa traz um balanço das estreias pernambucanas na Copa do Brasil, com vitórias de Salgueiro, Sport e Náutico, das quais apenas a do Carcará garantiu a classificação antecipada. O 45 minutos também analisa os preparativos para a rodada final do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2015, com um Clássico das Multidões na Ilha do Retiro. E a última vaga, fica com o Náutico ou o Salgueiro?

Para completar, um debate sobre quais seriam os maiores times do Nordeste…

Nesta 116ª edição (1h25min), estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Arena da Baixada com teto retrátil. E o LED em Pernambuco? Esqueça o plus

Teto retrátil da Arena da Baixada. Foto: Atlético-PR/site oficial

O Atlético Paranaense anunciou a conclusão da instalação do teto retrátil na Arena da Baixada. O estádio em Curitiba, que recebeu quatro jogos na Copa do Mundo de 2014, é o primeiro da América Latina a contar com o sistema.

Inicialmente, o teto retrátil era uma promessa para o Mundial, mas com o atraso – visto em quase todas as obras do torneio – acabou sendo deixado de lado. Mesmo sem a vitrine do torneio, e caro, seguiu como um objetivo final do projeto. Agora real, o sistema de movimentação, através de dois módulos de aço galvanizado, dura 25 minutos para operar.

Com esta notícia, lembrei logo da fachada de LED na Arena Pernambuco, também apresentada como um grande diferencial em relação às demais arenas brasileiras. Infelizmente, no empreendimento em São Lourenço o “plus” parece mesmo esquecido, com ou sem Copa. O consórcio alega que “A iluminação de LED não estava prevista no projeto inicial e não foi licitada. Dessa forma, estão sendo realizados estudos de viabilização técnica e financeira”.

Saiba mais sobre o polêmico LED na arena pernambucana aqui.

A execução no Paraná mostra que a obra original não deveria ser abandonada.

Mando de campo dos clubes do interior na Arena sob protesto, moral e esportivo

Protesto da torcida o Central. Foto: Raniere Marcelo/twitter

Sobre o local da partida entre Salgueiro e Flamengo, pela Copa do Brasil, o presidente do Carcará, Clebel Cordeiro vetou a mudança para a Arena:

“Por que o comedor de rapadura de Salgueiro só pode ver jogo pequeno no estádio e os grandes na televisão? Ele tem que assistir a todos no estádio”.

Sobre o local da partida entre Central e Santa Cruz, pela semifinal do Estadual, o presidente da Patativa, Francisco Noé, revelou a negociação com a Arena:

“Se for algo interessante para o Central, nós levamos o jogo para lá, sem problema algum. A partir de R$ 400 mil seria vantajoso para nós”.

A diferença na atitude dos dirigentes dos maiores clubes do interior do estado explica um pouco o protesto da torcida alvinegra no Lacerdão (acima), exigindo a manutenção do confronto contra os tricolores em Caruaru. Enquanto isso, o Salgueiro já confirmou o local em seu facebook (abaixo).

Sobre a possível mudança do Central, elaborei alguns pontos.

1) O Central não chegava à fase final do certame local desde 2010. E agora, na hora ponto alto, a direção simplesmente tira o jogo do Agreste e o leva à região metropolitana, no reduto dos torcedores adversários? Por mais que alguns baluartes do juridiquês insistam na tese da não inversão (afinal, o jogo seria em São Lourenço, e não no Recife), há um favorecimento esportivo claro.

2) A situação seria igual àquela de Sport x Náutico, na Arena Pernambuco? Não vejo igualdade. No clássico o palco é um campo neutro, tanto que o estádio foi erguido para abrigar os 20 principais jogos dos três grandes clubes. O mando ali, à parte da Ilha e do Arruda, seria natural. Não por acaso, em 2014 o Santa Cruz jogou 6 vezes como mandante e o Sport atuou em 7 oportunidades.

3) Sobre a proposta de R$ 400 mil, que poderia ajudar o caixa do Central, vale observar também pelo prisma do consórcio. Considerando a cota ao clube do interior e a despesa operacional da partida, a bilheteria teria que superar os R$ 500 mil. Em toda a história local, menos 40 jogos superaram essa marca. Caso a meta não seja alcançada, quem pagaria a conta? O governo do estado (a gente), de novo. Em 2013 e 2014 o rombo foi de R$ 54 milhões.

4) O Lacerdão é um estádio com 19.478 lugares, o maior palco particular do interior do Nordeste, em uma cidade com quase 400 mil habitantes. Ignorar todo esse contexto é jogar um balde de água gelada na torcida alvinegra.

5) Apenas Náutico, Santa e Sport podem mandar jogos na Arena Pernambuco? Não, obviamente. Mas um time do interior como mandante contra um da capital parece um tanto óbvio o erro no mérito esportivo.

Esta foi apenas a opinião do blog. Comente também…

Salgueiro confirmando jogo com o Flamengo no Cornélio de Barros: Crédito: facebook.com/SalgueiroAtleticoClube

Prejuízo milionário na Arena Pernambuco pelo segundo ano seguido. O estado paga

Arena Pernambuco na Copa do Mundo de 2014. Foto: Fifa/divulgação

A Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A. já fechou dois balanços anuais de operação. Em ambos, prejuízo. O rombo já chega a R$ 54,1 milhões. O número está presente no balanço da parceria público-privada no Diário Oficial do Estado deste 31 de março de 2015. As duas primeiras temporadas tiveram períodos distintos. Em 2013, com prejuízo de R$ 29,7 milhões, a operação começou em julho, após a Copa das Confederações, enquanto em 2014 (déficit de R$ 24,4 mi) o estádio passou quase dois meses sob administração da Fifa.

No texto enviado pela assessoria (abaixo), a direção da arena enumera os principais motivos para o péssimo desempenho, frisando mais uma vez a mobilidade falha (fato, sobretudo com a Radial da Copa incompleta), mas também os jogos às 22h e com transmissão na tevê, além da falta de mais partidas de Santa Cruz e Sport. Em relação aos horários dos jogos, por mais que a administração tenha uma certa razão, o fato não pode ser encarado como surpresa, pois qualquer um sabia desta agenda. Antes mesmo do início das obras em São Lourenço.

Com o déficit milionário, a contraprestação pública segue no mesmo nível. Na PPP, o governo do estado tem que cobrir o rombo no faturamento anual caso a receita seja abaixo de 50% da meta (inatingível) de R$ 110 milhões. Em 2014, a receita foi de apenas R$ 23,4 milhões. A Fundação Getúlio Vargas irá produzir um estudo de reavaliação do contrato, mas vai ser difícil fechar esta conta…

Podcast 45 (115º) – Análise sobre a classificação do Sport no Nordestão

A suada classificação do Sport à semifinal da Copa do Nordeste é o foco principal da 115ª edição do podcast, analisando a campanha leonina e o seu futuro no torneio. Evoluiu? Está em condições de vencer o Bahia, algoz de longa data? No 45 minutos, espaço também para comentários sobre as estreias de Náutico, Sport e Salgueiro na Copa do Brasil. Cada um com uma meta distinta. Entre dinheiro, Sul-Americana e confronto futuro contra o Flamengo.

Nesta podcast (1h21min), estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (114º) – Missão difícil para o Sport no Nordestão e pressão no Náutico

Com a pausa no Estadual, o Nordestão ocupou o 45 minutos, sobretudo o revés do Sport em Fortaleza, 1 x 0, no jogo de ida das quartas. O problema foi apenas Vitor? É possível reverter na Ilha? O Salgueiro, derrotado em casa por 2 x 0, para o Ceará vê a vaga ainda mais longe. O Náutico também entrou na pauta, mas pela falta de paz, com o áudio vazado com a declaração de Glauber e a cobrança da TO dentro do CT. No fim, contamos os bastidores de que como se chegou ao valor do custo da obra da Arena Pernambuco (R$ 743 milhões)

Nesta 114ª edição (1h34min), estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Faltam 11 jogos para o Pernambucano ao menos superar a média de 4 mil pessoas

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Santa Cruz 3x0 Serra Talhada, Náutico 0x2 Sport e Central 2x1 Salgueiro. Fotos: João de Andrade Neto (Arruda) e Daniel Leal (Arena), ambos do DP/D.A Press e FPF/site oficial (Lacerdão)

Faltam apenas 11 jogos para o fim do Campeonato Pernambucano de 2015, incluindo a rodada final do hexagonal do título e os jogos do mata-mata. Sem a esvaziada fase que definiu os rebaixados, esta é a chance de elevar a média de público e renda da competição. A título de curiosidade, a fase principal do Estadual tem um índice de 8 mil espectadores. Caso esse dado seja ao menos mantido nas partidas restantes, a média final (com 121 jogos) seria de 3.952. A última edição com menos de quatro mil torcedores por jogo foi a de 2004. Obviamente, há uma chance razoável de superar esse número, caso os jogos decisivos enfim registrem públicos numerosos.

Para isso, é preciso que as torcidas de Santa Cruz e Sport se empolguem um pouco mais. Na última rodada, com 14.301 pessoas contra o Serra, os corais mantiveram a liderança no campeonato das multidões em relação aos rubro-negros (14 mil x 10 mil). Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,47 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 357.748.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, 4 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 71.690 pessoas
Média: 14.338
Taxa de ocupação: 25,03%
Renda: R$ 1.169.822
Média: R$ 233.964
Presença contra intermediários (3): T: 32.833 / M: 10.944

2º) Sport (4 jogos como mandante, 2 na Arena e 2 na Ilha)
Total: 40.450 pessoas
Média: 10.112
Taxa de ocupação: 25,53%
Renda: R$ 727.882
Média: R$ 181.970
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (12 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 64.444 pessoas
Média: 5.370
Taxa de ocupação: 27,57%
Renda: R$ 628.565
Média: R$ 52.380

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (11 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 43.577 pessoas
Média: 3.961
Taxa de ocupação: 79,23%
Renda: R$ 335.676
Média: R$ 30.56

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 110 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 389.258
Média: 3.538 pessoas
TCN: 296.510 (76,17% da torcida)
Média: 2.695 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.471.858
Média: R$ 40.653
* Foram realizadas 113 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 27 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 218.406
Média: 8.089 pessoas
TCN: 136.311 (62,41% da torcida)
Média: 5.048 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.158.684
Média: R$ 116.988

Estudo da FGV vai reavaliar o contrato de operação da Arena Pernambuco

Fundação Getúlio Vargas

O custo operacional da Arena Pernambuco preocupa o governo do estado, que já não esconde a necessidade de reavaliar o contrato com a Odebrecht. A primeira medida será o estudo produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de procurar soluções para reduzir custos e aumentar as receitas. Um procedimento administrativo, no qual há jurisprudência, dispensou a licitação, deixando claro a pressa do estado para reorganizar os gastos com a parceria público-privada, assinada até 2043. O estudo deve sair em seis meses.

Ao blog, o vice-governador do estado, Raul Henry, explicou a ideia:
“A FGV vai estudar a contraprestação operacional (inclui obra, taxa de retorno e custo fixo/operacional). Quando o estádio foi criado, havia uma série de coisas previstas em um momento de euforia no país, como a Radial da Copa e a Cidade da Copa. A Fundação Getúlio Vargas fará uma revisão do momento”.

Apesar do momento delicado do estado como negócio, ele considerou acertada a ideia de erguer um novo estádio. “Quando Pernambuco ganhou a chance de receber a Copa, todas as cidades queriam. Ganhamos visibilidade”.

Na parceria público-privada, o governo terá que suprir o rombo no faturamento anual caso a receita seja abaixo de 50% da previsão de R$ 73,2 milhões, segundo o aditivo assinado em 21 dezembro de 2010. Atualmente, a projeção já estaria em R$ 110 milhões. Com jogos esvaziados – o segundo Clássico dos Clássicos no hexagonal atraiu apenas 6.063 espectadores -, o buraco só faz aumentar. “Assumimos (o governo) em um momento de turbulência e estamos estudando para dar uma solução”, completou Henry.

Sobre o custo de construção do estádio (R$ 743 milhões), saiba mais aqui.

O custo de construção da Arena Pernambuco: R$ 743 milhões

Arena Pernambuco. Foto: Consórcio Arena Pernambuco/divulgação

Após quase dois anos, temos a resposta sobre o custo de construção da Arena Pernambuco. Para erguer o empreendimento em São Lourenço da Mata foram gastos R$ 743 milhões, em um número que ainda precisa ser validado por uma câmara de arbitragem estabelecida pelas partes envolvidas na parceria público-privada. O valor é 55% acima do contrato original, transformando o estádio no 4º mais caro do último Mundial.

No acordo da licitação, a preço de maio de 2009, a obra foi orçada em R$ 479 mihões. Era o acordo para construir o estádio visando a Copa do Mundo de 2014. A antecipação da obra em oito meses, a pedido do governo do estado, visando a presença local na Copa das Confederações de 2013, gerou uma revisão no contrato, com os chamados “aditivos”. E esse pedido de reequilíbrio financeiro feito pela Odebrecht foi de R$ 264 milhões, num dado agora público.

A medida extra na PPP teve quatro ítens, incluindo aceleração da obra (R$ 190 milhões), exigências adicionais da Fifa no caderno de encargos (R$ 47,5 milhões), ressarcimento de impostos (R$ 23 milhões) e encargos financeiros (R$ 3,5 milhões). O valor absoluto foi repassado ao blog pelo vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, ao comentar o post “Odebrecht informa ao TCE que a Arena Pernambuco custou R$ 479 milhões. Acreditou? Nem eu“.

Questionado sobre a soma do contrato original com o pedido de reequilíbrio, como o valor final da obra, Raul Henry respondeu da seguinte forma: “É uma questão técnica esse valor, que ainda será analisado. Mas, pela ótica da Odebrecht, seria esse sim”, disse. O vice-governador explicou que a câmara de arbitragem a ser instalada, ainda sem prazo, terá três membros, um indicado pelo estado, um pela construtora e outro em conjunto pelas duas partes.

Em relação ao fato de Odebrecht ter entregue ao Tribunal de Conta do Estado um relatório informando apenas o custo original (R$ 479 mi), Raul Henry defendeu o ato, pois o contrato original com a empresa não exigia uma planilha de custos unitários, conforme exigido pelo TCE-PE, mas com os seus recursos na obra (como guindastes utilizados, operários contratados etc)..

Em setembro de 2014 houve o primeiro pedido, mas não foi criada a câmara necessária. “Será feita a instalação de uma câmara de arbitragem para submeter todos os gastos. Temos que conduzir com responsabilidade e transparência. Nós já estamos conversando com o Tribunal de Contas. Já tivemos mais de uma reunião com o conselheiro e sua equipe. Vamos ter uma atitude construtiva em relação a isso”, afirmou.

O estado já pagou R$ 388 milhões pela construção e este ano pagará pagará mais uma parcela, R$ 130 mi. O possível custo final repassado pela vice-governadoria não considera os reajustes através do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) e os juros do banco, nos empréstimos tomados para executar a obra. Há um ano, o então secretário extraordinário da Copa em Pernambuco, Ricardo Leitão, havia dito que o custo da obra estava numa “ordem de grandeza de R$ 650 milhões”.

Atualização: a Odebrecht respondeu ao e-mail do Diario e confirmou em nota o custo da obra: “A Concessionária confirma os valores informados pelo governo do estado.”