Outro post cinematográfico. No domingo, Buenos Aires viverá um clima de “Copa do Mundo”. Pelo menos é o que se diz no Brasil quando um filme entra na disputa do Oscar, algo que não ocorre desde Cidade de Deus.
Uma tomada do filme, porém, é espetacular, esportivamente falando (como fizeram?!).
Do céu até a arquibancada de um caldeirão, o estádio El Palacio, pertencente ao centenário Huracán, clube tradicional da capital argentina (apesar de não participar muito da Libertadores). Com capacidade para 48.314 torcedores, a cancha fica no bairro de Parque Patricios. Foi inaugurado em 1949.
Na cena fantástica (vídeo abaixo), um estádio lotado de hinchas. Tanto do Huracán quanto do Racing de Avellaneda, o visitante no clássico. Na trama, nomes de jogadores históricos do Racing servem como pistas para encontrar o vilão.
Em tempo: o filme ainda não estreou no Recife
Atualização (08/03/10): E o filme acabou ganhando o Oscar…
Um atacante marcado por lesões gravíssimas. Nos dois joelhos. Com meses de recuperação.
Marcado, também, por um dia: 23 de agosto de 2005.
Jadílson.
Vestindo a camisa do Sport naquela noite, contra o Bahia, ele marcou dois gols na virada por 3 x 2, aos 35 e 44 do segundo tempo. Jogo-chave para evitar um vexatório rebaixamento à Série C.
O Leão perdia por 2 x 0. Debaixo de um toró na Ilha, o Leão não jogava nada!
O atacante, então com 24 anos, entrou na etapa final, assim como o meia Eder, que marcou o primeiro gol. Depois, na raça, e com técnica, Jadílson decidiu. Um jogo que é considerado por muitos rubro-negros como um dos mais importantes da história.
Nos anos seguintes, aquela expectativa de ter um “camisa 9” sumiu com as lesões do atleta, que teimava em não seguir o cronograma do departamento físico do Sport.
Hoje, ele diz que mudou. Consciente de que era preciso mudar. Caso quisesse voltar a brilhar.
E ele estará na Ilha do Retiro novamente, 5 anos depois.
Agora com 29 anos. E vestindo outra camisa, igual à do Bahia. O uniforme da Acadêmica Vitória.
Como está o faro de gol do craque neste recomeço…?
Nada mal. Jadílson é o atual vice-artilheiro do Perambucano, com 6 gols. 😎
Na 10ª rodada do Estadual, o destaque do ranking dos pênaltis foi justamente um pênalti simulado. Ao tentar cavar uma penalidade, Carlinhos Bala recebeu o cartão amarelo. O 3º dele na competição. Assim, virou um grande desfalque para o Timbu no Clássico dos Clássicos. Destaque também para os dois pênaltis em menos de 2 minutos no Limeirão. Primeiro, o Ypiranga perdeu. No contra-ataque, o Central fez de pênalti e venceu o jogo! 😯
Pênaltis a favor
6 pênaltis – Central (1) 2 pênaltis – Sport (2), Vitória, Santa Cruz e Cabense (5) 1 pênalti – Porto (3), Sete de Setembro, Vera Cruz, Náutico, Araripina, Ypiranga e Salgueiro (6)
Pênaltis cometidos 5 pênaltis – Porto (3) 3 pênaltis – Vitória e Salgueiro (6) 2 pênaltis – Sport (2), Sete de Setembro e Cabense (5) 1 pênalti – Santa Cruz, Náutico, Central (1) e Ypiranga Nenhum pênalti – Araripina e Vera Cruz
Legenda
(1) O Central perdeu 2 penalidades e defendeu 1.
(2) O Sport defendeu uma cobrança.
(3) O Porto defendeu uma cobrança.
(4) O Ypiranga perdeu uma penalidade.
(5) A Cabense perdeu uma penalidade.
(6) O Salgueiro defendeu uma cobrança.
Cartões vermelhos
1º) Náutico – 4 adversários expulsos (nenhum do Timbu)
2º) Santa Cruz – 4 adversários expulsos (2 jogadores do Santa receberam o vermelho)
3º) Sport – 2 adversários expulsos (nenhum do Sport)
Caçula da primeira divisão do Pernambucano, o Araripina vem penando para fugir da zona de rebaixamento. Algo natural após o primeiro acesso.
Na cidade sertaneja, a 690 km do Recife, a torcida segue confiante. E o Bode do Araripe já tem até hino, gravado pelos próprios torcedores.. Confira abaixo o vídeo no ritmo carnavalesco, com berro e tudo…
Alô você, escuta por favor.
Preste atenção… Que o bode já chegou!
Vamos rapazes, vamos meninas…
Chegou o Bode de Araripina!
E olhe que uma meninas da banda estava com a camisa do Sport.
Na Ilha do Retiro, o Sport enfrentava o XV de Jaú-SP pela segunda fase do Brasileirão, diante de 14.823 torcedores.
O Leão lutava pela vitória para ficar a um triz da vaga na fase seguinte.
Com apenas 28 minutos, o barbudo lateral-direito Carlos Alberto Barbosa, demonstrando um cansaço fora do normal, caminhou até a linha de fundo e caiu.
Naquele momento, apenas o zagueiro Marião havia percebido o mal estar do jogador rubro-negro.
O quadro era gravíssimo. Carlos Alberto – que jogou na Seleção Brasileira nos anos 70, quando atuava no Santa Cruz – havia sofrido uma parada cardíaca.
O médico rubro-negro, Romualdo Veras, tentou reanimar o lateral ali mesmo, no gramdo da Ilha, diante de uma multidão incrédula. Respiração boca a boca e massagem no coração. Nada adiantava. O desespero tomava conta do gramado.
A ambulância chegou e o jogador foi removido rapidamente para o Procárdio, uma clínica especializada localizada perto da Ilha. Lá, ele chegou às 17h05. A parada cardiorrespiratória havia ocorrido há 7 minutos.
Mas chegou a pior notícia possível. O morte do jogador foi confirmada às 18h40.
Pela primeira vez, um jogador de futebol morria em Pernambuco após uma parada cardíaca durante uma partida.
Carlos Alberto Barbosa foi enterrado no cemitério de Santo Amaro, bairro do nasceu e cresceu. A sua esposa estava grávida de 8 meses quando aconteceu a tragédia.
Na Ilha, o Sport venceu por 4 x 0, em um dos jogos mais tristes da história do velho estádio. Os dois gols de Nilson e os tentos de Merica e Antenor não foram comemorados. Na memória, ficou a imagem de um craque estendido no chão.
Fica a esperança de que o fim deste post seja muito diferente na história do zagueiro Edu Matos, do Araripina, que vive o mesmo drama, agora em 2010.
O jornal gaúcho Zero Hora publicou uma reportagem interessante sobre o afunilamento dos grandes clubes do país. Historicamente, o futebol brasileiro seria formado por 12 grandes*. Com a implantação do sistema de pontos corridos na Série A, em 2003, o modelo econômico do país da bola mudou bastante. Inclusive o tal G-12.
Segundo um estudo da Crowe Horwath RCS, o futebol brasileiro ficará dividido em 3 blocos até a Copa do Mundo de 2014, no país: clubes ricos, remediados e sem dinheiro. No 1º bloco, apenas 7 times, com os escudos na imagem deste post: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Internacional e Cruzeiro.
Algumas considerações sobre esse possível G-7: 😎
1) O futebol paulista mantém a hegemonia com 3 clubes, todos eles sediados na capital. Apenas o Santos, do litoral e com a menor torcida entre os grandes de SP, ficaria de fora. Já Corinthians, São Paulo e Palmeiras serão os 3 times de maior receita em 2010 (contratações, luvas e renovações), com R$ 118 milhões, R$ 70 mi e R$ 40 mi, respectivamente. Fica difícil competir!
2) No Rio de Janeiro, o Fla, atual campeão brasileiro, desponta como único gigante de um estado com 4 times tradicionais. Pesquisas de torcida apontam que o Rubro-negro teria mais de 50% dos torcedores do Rio. Com patrocínios cada vez maiores, o Mengo vem demonstrando poder para repatriar grandes estrelas, como o imperador Adriano.
3) Em Porto Alegre, a dupla Gre-Nal bate de frente contra o eixo Rio-SP. Com a receita das campanhas de sócios-torcedores (o Inter arrecada mais de R$ 3 mi por mês só com os sócios), os gaúchos vêm sempre brigando por vagas nas Libertadores.
4) Em Minas Gerais, o desbravador Cruzeiro, vice da última Libertadores, fecha o grupo. Trata-se de um clube consistente no Nacional e uma potência no cenário sul-americano, tanto que a Raposa irá, em 2010, para a sua 12ª Libertadores.
Você acredita que o futebol brasileiro esteja caminhando para um G-7?
Os times de PE vão ocupar qual grupo em 2014: remeadiados ou sem dinheiro?
* São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos; Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo; Grêmio e Internacional; Cruzeiro e Atlético-MG
Como já virou tradição no blog, aqui vai a atualização do ranking de títulos nacionais do futebol brasileiro. Com o título da Série A, o Flamengo se tornou o 2º maior campeão nacional, empatado com o Santos. Ambos com 8 títulos. A polêmica do Brasileiro de 1987 deverá continuar neste post, mas – como já foi dito antes – o blog segue as estatísticas oficiais da CBF. Confira. 😎
10 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
8 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
8 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990 e 2006; C: 2001)
7 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999 e 2005; CB: 1995, 2002 e 2009)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – Cruzeiro (A: 2003; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
4 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000)
3 – Fluminense (A: 1984; R: 1970; CB: 2007)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).
Já estava até esquecendo… Existem 22 clubes campeões nacionais, nos 77 torneios realizados. Segundo o blog, que fique claro.
Obs. Os títulos foram somados sem distinção. O blogueiro, porém, acredita que as competições têm pesos bem diferentes (CLARO). Já a diferença nas posições com clubes com o mesmo número de taças foi estabelecida pelo último título (com vantagem para o mais antigo).
* As competições de elite levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), Robertão (1967/1970), a Série A (1971/2009), a Copa do Brasil (1989/2009) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Mas o que todos esses campeonatos têm em comum? Todas eles classificaram os vencedores à TaçaLibertadores.
Post para lembrar que o blog já está na nova febre da internet, o Twitter! Para seguir o blogueiro (e ficar atualizado sobre os novos textos/vídeos do blog), clique AQUI.
Abaixo, um vídeo sobre os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010. A Olimpíada acontecerá na cidade de Vancouver, no Canadá, entre 12 e 28 de fevereiro. Serão 86 países na disputa, inclusive o Brasil. Saiba mais AQUI.
Carlinhos Bala novamente na Ilha do Retiro. A notícia ainda não foi confirmada, mas o atacante, que defendeu o Náutico nesta temporada, deverá assinar com o Sport para mudar de casaca novamente em 2010.
Assim, Carlinhos dá sequência à sua ciranda pelos clubes do Recife (seria a 7ª participação em 11 temporadas). A última troca noticiada pelo blog foi no dia 6 de janeiro deste ano, quando ele trocou a Ilha pelos Aflitos (veja AQUI).
Quem ficar com Bala (revelado pelo Santa Cruz), na verdade, terá um reforço, ainda mais para a Série B do Brasileiro. No Brasileirão-2009, o atacante jogou 32 vezes e marcou 12 gols pelo Timbu. No histórico completo do atacante pela Série A, são 118 jogos e 32 gols.
Mas vale lembrar que Bala pode aparecer no Arruda também… Seria uma bomba.
1999/2001 – Santa Cruz
2001 – Náutico
2002 – Santa Cruz
2004/2006 – Santa Cruz
2007/2008 – Sport
2009 – Náutico 2010 – Sport ou Santa Cruz? 😯
Se for mesmo para o Sport, Carlinhos terá mais uma chance de fechar o “Grand Slam” da artilharia nos clássicos do Recife. De todos os clássicos e camisas possíveis, ele só não balançou as redes em um, o Clássico das Multidões com a camisa do Sport. Ao todo, ele já fez 24 tentos nos clássicos pernambucanos. Veja os números abaixo, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.
Clássico das Emoções = 13 gols
Pelo Santa Cruz: 12
Pelo Náutico: 1
Clássicos dos Clássicos = 6 gols
Pelo Sport: 3
Pelo Náutico: 3
Clássico das Multidões = 5 gols
Pelo Santa Cruz: 5
Pelo Sport: 0