Calendário recifense de 48 a 80 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais dos grandes clubes pernambucanos será intenso em 2015. Contudo, as agendas são bem distintas, de 48 a 80 partidas.

A agenda mínima seria a do Santa, com 48 jogos, contando apenas com o Pernambucano e a Série B. Reflexo da 4ª colocação no último Estadual, quando perdeu para o Salgueiro as vagas na Copa do Brasil e Nordestão. Caso avance no hexagonal do Pernambucano, o Tricolor faria mais quatro partidas, e só.

Já Náutico e Sport têm números parecidos na quantidade de partidas. A diferença é a pré-vaga do Leão na Sul-Americana. Porém, o próprio Timbu poderia igualar, desde que conquiste a copa regional, que dá vaga à Sula.

Confira as projeções de campanhas mínimas e máximas de cada um.

Náutico
Mínimo: 56 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2) e Série B (38)

Máximo: 78 jogos*
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (14) e Série B (38)
* O número pode chegar a 80 jogos, caso conquista a vaga na Sul-Americana

Santa Cruz
Mínimo: 48 jogos
Estadual (10) e Série B (38)

Máximo: 52 jogos,
Estadual (14) e Série B (38)

Sport
Mínimo: 58 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2), Série A (38) e Sul-Americana (2)

Máximo: 80 jogos
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (6), Série A (38) e Sul-Americana (10)

A repercussão uruguaia sobre a passagem do Nacional no Recife

Jornais uruguaios em 25 de janeiro de 2015: Ovación e Tribuna

A passagem do Nacional no Recife teve destaque na imprensa uruguaia. A partida na Arena Pernambuco, a única do clube fora do país antes da estreia na Taça Libertadores, estampou a capa de dois periódicos da capital Montevidéu.

No esportivo Ovación, o destaque foi a queda de longa invencibilidade do campeão uruguaio. Eram 16 partidas. “E um dia perdeu”, frisou. O texto principal do jornal abre com a seguinte frase: “Em uma partida que de amistoso só teve o protocolo, o Nacional entrou no clima copeiro”.

Já o Tribuna, numa tradução direta, manchetou “Foi cortado”, também apontando a primeira derrota do Bolso no ano, para o “Sport Recife”. Nas caras abatidas das capas, o centroavante Ivan Alónso e o técnico Álvaro Gutiérrez.

Confira as capas em uma resolução maior: Ovación e Tribuna.

Essa foi a segunda vez que o Nacional veio ao estado. Em 1997, participou da Copa Renner, na Ilha, perdendo do Bahia e vencendo o Cerro Porteño.

O gostinho de um título internacional, ainda distante das conquistas oficiais

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: sportrecife/facebook

Até hoje, nenhum clube do Nordeste conquistou um título internacional oficial.

Quem chegou mais perto foi o CSA, em 1999, finalista da extinta Copa Conmebol. A partir disso, apenas participações sem brilho na Libertadores e na Sul-Americana. No Recife, ao todo, são quatro campanhas do Sport, duas do Náutico e nenhuma do Santa Cruz. Coadjuvantes na essência neste contexto.

Em relação aos torneios amistosos, a lista melhora um pouco, e só. Nesta linha, em competições organizadas pelos próprios clubes contra equipes estrangeiras, o Rubro-negro tem dois troféus. Ambos não oficiais, claro.

O primeiro foi o Torneio Leopoldo Casado, em 1980, num triangular com a seleção da Romênia e o Náutico. Agora, conta também em sua galeria na Ilha do Retiro com a Taça Ariano Suassuna, disputada em 2015 contra o Nacional do Uruguai. Entre os rivais, o Santa também já ganhou um troféu internacional. Em 2003, o Tricolor conquistou Torneio Vinausteel, no Vietnã.

Quem sabe um dia algum clube da região alcance um voo realmente internacional, devidamente chancelado pela Conmebol…

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: sportrecife/facebook

A primeira Taça Ariano Suassuna fica na Ilha

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF

A pioneira edição da Taça Ariano Suassuna foi conquistada pelo Sport. Num jogo duro, como não poderia deixar de ser, considerando o aguerrido adversário uruguaio, o Leão venceu por 2 x 1, em sua estreia em 2015. O Nacional, atual campeão nacional, vinha de quatro vitórias em sua pré-temporada, mas acabou superado na Arena Pernambuco, com 22.356 espectadores, um bom público.

No amistoso internacional, com inúmeras modificações, só se viu futebol no primeiro tempo. No 4-1-4-1, o Leão impôs um ritmo veloz, apesar da natural falta de ritmo. Substituindo Diego Souza, Régis mostrou valor. Só depende de sua condição física. Rápido e habilidoso, procurou tabelas e enfiadas de bola.

Antes de Régis se destacar, o Leão abriu o placar com o centroavante Samuel, concorrente de Joelinton. Aproveitando a ausência da revelação leonina – que só entrou no finzinho -, o estreante mandou para as redes. Depois, o lance mais bonito, numa tabela entre Régis e Elber, terminando com o gol de Danilo, atento.

O time ainda teve a mais chance, com Alex Silva, postulante à vaga deixada por Patric. A zaga uruguaia tirou em cima da linha. Do outro lado, Durval não teve a mesma sorte, cortando para as próprias redes, deixando o jogo “vivo”.

Tanto que na etapa final o árbitro Nielson Nogueira teve trabalho para controlar os ânimos, com muitas faltas. Além dos amarelos, houve um cartão vermelho, para o experiente centroavante dos visitantes, Iván Alonso, de 35 anos. No fim, foi preciso jogar na base do “copeirismo”. De fato, valia taça.

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF

Patch nas camisas da Copa, Champions, Libertadores e até Taça Ariano Suassuna

Camisas da Taça Ariano Suassuna 2015, Sport x Nacional. Imagem: sportrecife/twitter

Ao organizar a Taça Ariano Suassuna, o Sport tentou mudar a imagem de simples “amistoso internacional” para um torneio de pré-temporada do clube.

Primeiro, anunciou a regularidade da disputa, anual. Para valorizar a imagem de seu projeto, foi criado um logotipo oficial e até um troféu exclusivo, com elementos da obra do escritor, torcedor do clube. Mas não ficou só nisso.

O Leão também incorporou uma ação relativamente nova, que é a marca do torneio na própria camisa, numa espécie de selo chamado “patch”. Já se faz presente na Copa do Mundo, na Liga dos Campeões e na Libertadores, para citar as mais importantes. Para isso, contou com a colaboração do Nacional. A “Taça Ariano Suassuna” também está estampada no uniforme uruguaio.

Seja qual for o vencedor da edição de 2015, o Sport parece ter alcançado o seu objetivo, fomentando junto à sua torcida o desejo de assistir e conquistar o torneio amistoso. Quanto mais interesse, mais chance de continuidade.

Patch da Copa do Mundo, da Liga dos Campeões e da Libertadores

Náutico, Santa e Sport de contrato assinado com a Arena Pernambuco, com clássicos agendados

Arena Pernambuco

A temporada de 2015 começa com os três grandes clubes de Pernambuco de contrato assinado para jogar na arena em São Lourenço, cada um de seu jeito.

1) O Náutico, como se sabe, tem um acordo para mandar todos os seus jogos no estádio por trinta anos. Em vigor desde 2013.

2) Após as sete partidas no local em 2014, o Sport negociou outro pacote, agora com dez jogos, sendo quatro pelo Estadual e seis pela Série A.

3) Em seguida, o Santa Cruz anunciou um acordo de seis partidas na arena, sendo um pelo Pernambucano e o restante na Série B.

Nas partidas escolhidas por rubro-negros e tricolores, no Estadual, há uma particularidade: ambos escolheram mandar o clássico contra o Náutico.

A polêmica acerca do “mando de campo” na Arena Pernambuco, nesses clássicos, foi parar num conselho arbitral convocado às pressas pela FPF. E só a unanimidade entre os 12 participantes do torneio local poderá chancelar Leão e Cobra Coral como mandantes diante do Timbu, nesta edição.

Independentemente da votação, está claro que o cenário deverá ser adotado nos próximos anos, escrito (e claro) no regulamento original. E era essa a ideia para a operação do estádio. Desde o seu lançamento, em 15 de janeiro de 2009, sempre foi dito que os três grandes receberiam os seus principais jogos lá, sem exclusividade. Aos poucos, isso começa a se tornar real.

Afinal, trata-se de um campo neutro, administrado de forma público-privada.

Isso já ocorre há tempos, por exemplo, no Rio de Janeiro. O Vasco atua em São Januário, mas enfrenta Flamengo, Fluminense e Botafogo no Maracanã. Em Salvador, não é incomum o Vitória mudar o local do confronto contra o Bahia para a Fonte Nova, mesmo tendo o Barradão. É uma tradição nessas cidades, algo que, de fato, não existe no Recife, onde os principais clubes possuem estádios particulares. No entanto, ao menos fica claro que há onde se espelhar.

Para completar o cenário, existe uma lei estadual que obriga (sim, obriga) o trio a jogar ao menos duas vezes na arena, cada um, para que continuem fazendo parte do programa Todos com a Nota, com ingressos subsidiados.

Portanto, essa polêmica é um tanto rasa… e não passa de 2015.

Torcida do Náutico na Arena Pernambuco, contra o Sporting, em 2013. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Torcida do Santa Cruz na Arena Pernambuco contra o América-RN, em 2014. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Torcida do Sport na Arena Pernambuco.

Podcast 45 minutos (95º) – Supercopa do Maranhão, Troféu Chico Science e Arena

Em uma edição quente, o 45 minutos analisou os jogos de Náutico e Santa Cruz nas disputas amistosas da Supercopa do Maranhão e do Troféu Chico Science (inclusive a beleza da taça). Também entrou na pauta do podcast o mando de campo na Arena Pernambuco em um clássico. Só vale para o Náutico?

Estou nesta edição (1h26min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Taça do Nordestão faz escala no Diario de Pernambuco durante tour de 5 mil km

Taça da Copa do Nordeste 2015 na redação do Diario de Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A redação do Diario de Pernambuco recebeu a ilustre visita da taça da Copa do Nordeste. A nova versão, com nove anéis dourados e pesando oito quilos, está circulando num tour por todos os estados da região.

No Recife, o troféu de 2015 foi exibido em um shopping center e na estação central do metrô, com torcedores tirando fotos ao seu lado.

Além da ação promocional junto ao público geral, a taça também foi levada pela organização, do Esporte Interativo, a veículos de imprensa da capital. No DP, ficou exposta no centro da redação principal.

Trazida em uma caixa de madeira alcochoada, o objeto de desejo do futebol nordestino ficou em um púlpito estilizado. Assim, jornalistas de outras editorias, Superesportes à parte, também aproveitaram a chance.

Entre eles, alvirrubros, rubro-negros e tricolores.

Nos 53 dias programados para o tour, a taça irá percorrer 5.118 quilômetros. Resta saber se voltará ao Recife…

Taça da Copa do Nordeste 2015 na redação do Diario de Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

As estampas da Lampions League

Camisas da "Lampions League". Imagens: Nord West camisetas

O apelido Lampions League se popularizou rapidamente entre os torcedores da região durante o Nordestão. Colaborou bastante para o movimento espontâneo o crescimento da Copa do Nordeste, ano a ano.

Com a força das redes sociais, e uma ajudinha do jornalista Xico Sá em uma coluna na Folha de S. Paulo, a “marca” começou a ser explorada, com direito ao bordão “Onde os fracos não têm vez”, inspirado no filme homônimo de 2007.

Paródia direta, e carinhosa, da Champions League, a Lampions também ganhou a mídia, com desenhos e camisas estampadas. Por sinal, dois modelos verdes já foram lançados, ambas pela loja de camisetas NordWest (veja aqui).

A primeira, mais ‘limpa’, trazia o chapéu de couro em cima da bola estrelada. A nova vem até com a munição do cangaceiro, além de elementos sertanejos.

As camisas custam R$ 44,90. Qual foi a melhor versão?

Camisas da "Lampions League". Imagens: Nord West camisetas

Traços armoriais na Taça Ariano Suassuna

Taça Ariano Suassuna. Fotos: Sport Recife/facebook

A Taça Ariano Suassuna, a disputa amistosa instituída pelo Sport para abrir a sua temporada no futebol, conta com os traços armoriais que marcam a história do famoso dramaturgo, torcedor do clube.

O troféu é feito em latão e com base de madeira. Foi criado pelo filho do artista, Dantas Suassuna, e apresentado junto ao logo da disputa.

O Nacional do Uruguai, campeão da Libertadores em 1971, 1980 e 1988, é o pioneiro adversário do confronto amistoso, agendado para a Arena Pernambuco.

Numa ação associada ao marketing – inclusive com a venda dos direitos de transmissão na televisão -, a diretoria do Leão pretende transformar a peleja, com a presença de outros times do exterior, em algo tradicional no calendário.

O troféu à beira do campo só aumenta o interesse…

O que você achou do troféu? Ele será o mesmo em todas as edições da disputa.