As bandeiras dos Aflitos, da Ilha e do Arruda em Londres

Sport em Londres

Durante a Olimpíada em Londres, as câmeras da televisão captaram várias vezes as bandeiras dos clubes de futebol, uma mania do torcedor brasileiro.

E não foi nada incomum o surgimento dos pavilhões dos grandes clubes do estado, sobretudo nos ginásios de vôlei e basquete, nas apresentações da Seleção Brasileira.

Bandeira do Sport em Londres 2012. Foto:  Efraim Vilella/divulgação

Não bastasse o registro das bandeiras, os torcedores presentes no estado fizeram a sua parte e compartilharam as imagens inúmeras vezes nas redes sociais.

No post, exemplos de Náutico, Sport e Santa Cruz, entre “curtidas” e “tuitadas”.

Uma paixão que não mede distância e nem modalidade.

Santa Cruz em Londres

Fórmula para revelar talentos e criar regulamentos via FPF

Fórmula

Pelo segundo ano seguido, os rivais alvirrubros e rubro-negros vão decidir o título estadual de juniroes, nos próximos domingos, na Ilha (12) e nos Aflitos (19), às 15h15.

Não surpreende, pois são os dois maiores vencedores desta categoria do futebol local desde 2001, com quatro taças para o Sport e três para o Náutico.

No entanto, há uma particularidade na longa competição deste ano, desmembrada do Estadual profissional, no qual servia como preliminar. O Santa Cruz foi eliminado de forma invicta, em uma campanha com 20 jogos, disparada a melhor do torneio, de 16 clubes.

Na fase mata-mata, a partir das quartas de final, apenas uma vantagem para os times com mais pontos, a de atuar o jogo de volta em seu reduto (veja aqui).

O Tricolor acabou eliminado no clássico contra o Timbu nos pênaltis.

O Campeonato Pernambucano também passou por essa falha antes do ajuste, com a vantagem. Seria mesmo necessário ter que fazer o Sub-20 passar pelo mesmo?

De qualquer forma, o foco do torneio é revelar novos talentos. Que no invicto Santa e nos finalistas Náutico e Sport alguém jogue bola de verdade…

Os campeões pernambucanos de juniores do século XXI:

1 – Sport (2001, 2006, 2010 e 2011)
2 – Náutico (2005, 2007 e 2009)
3 – Santa Cruz (2002 e 2003) e Porto (2004 e 2008)

O apoio da arquibancada na Série A longe do Recife

Torcida do Náutico no Pacaembu em 2012, diante do Corinthians. Foto: http://fototorcida.com.br

Se torcer longe de seu estádio não é fácil, imagine do seu estado…

Para os pernambucanos, então, disputar a Série A é viajar milhares de quilômetros.

Tecnicamente, são partidas dificílimas. Aos fiéis seguidores, espaços reduzidos, algo de praxe para as torcidas visitantes, e um acesso com um temor relacionado à segurança.

Para Náutico e Sport, serão oito jogos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, cada. Com muitos pernambucanos morando nas duas metrópoles, como reunir esse público?

Uma ferramenta eficiente é a internet. As comunidades nas redes sociais com as duas torcidas centenárias contam com centenas de adeptos fora de Pernambuco.

Ações espontâneas dos torcedores, que poderiam ser viabilizadas pelos clubes.

Não por acaso, Timbu e Leão foram bem representados no Pacaembu e no Morumbi nesta temporada, como fica claro nos registros do site fototorcida (veja aqui).

Contudo, falta à dupla obter resultados satisfatórios no campo. É preciso alegrar essa gente que continua com a bandeira pernambucana, com o Recife somente no coração.

Torcida do Sport no Morumbi em 2012, diante do São Paulo. Foto: http://fototorcida.com.br

A 14ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 14 rodadas. Crédito: Superesportes

Líder isolado, o Galo manteve a ponta na Série A mesmo sem entrar em campo, já que o confronto contra o Flamengo foi adiado devido ao estado do gramado do Engenhão.

No domingo, à tarde, o Sport segurou o São Paulo durante boa parte do jogo no Morumbi. Para ser mais exato, Magrão segurou. No fim, mesmo com uma grande atuação do goleiro, o adversário paulista conseguiu vencer por 1 x 0.

Depois, à noite, o Náutico. O clube de Rosa e Silva aplicou a sua segunda goleada no Brasileirão. Depois do 3 x 0 sobre a Ponte Preta, o mesmo placar sobre outro alvinegro paulista. Jogou melhor nos Aflitos e se recuperou de três rodadas sem pontuar.

A 15ª rodada da Série A para os pernambucanos:

08/08 (19h30) – Sport x Vasco

Na Ilha do Retiro: 1 vitória do Sport, 5 do Vasco e 5 de empates

08/08 (19h30) – Internacional x Náutico

Em Porto Alegre: 2 vitórias do Náutico, 3 do Internacional 2 empates

Magrão fez o possível, mas o São Paulo chegou ao gol

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: WAGNER CARMO/AE

No retrospecto, eram 14 derrotas em 14 jogos na capital paulista. O São Paulo é, sem sombra de dúvidas, o maior algoz do Leão jogando em seus domínios.

Neste domingo, o Tricolor cansou de arrematar a pelota contra a meta do Sport.

Do começo ao fim. Mas encontrou uma barreira…

Aos 12 minutos, Willian José. Aos 15, Ademílson. Nas duas oportunidades, Magrão fez grandes defesas. As primeiras da tarde, com a presença de 22 mil torcedores.

Tarde com um duelo equilibrado no primeiro tempo, com o Rubro-negro bem ajustado em campo, tanto que chegou a criar duas boas chances. Desperdiçou.

Para tentar dar mais força ao time, Mancini promoveu a estreia do meia Hugo e também o retorno do zagueiro Edcarlos, nas vagas de Marquinhos Gabriel, destoando, e de Willians, que não ajudava na marcação. Depois disso, acabaram os contragolpes.

As mudanças acabaram recuando demais o time pernambucano, aumentando de vez o sufoco do São Paulo. Aos 27, o Tricolor ainda teve um gol mal anulado, num rebote para Ademilson, que estava em posição legal. O atacante precisou chutar duas vezes.

O bombardeio seguia, com Magrão salvando o resultado para os rubro-negros.

Atacante cara a cara, chute com força, bem colocado, de todo jeito. O goleiro vinha tendo uma de suas melhores atuações desde que chegou ao clube leonino.

Mas, aos 32 minutos da etapa complementar, depois de mais uma grande defesa, Ademilson encheu o pé e finalmente abriu o placar, 1 x 0.

O lance começou em mais uma desatenção do time, ainda no meio-campo. A escrita de jamais pontuar em duelos contra o São Paulo no Morumbi continua.

Magrão, que renovou o contrato por mais uma temporada na Ilha, bem que tentou mudar a história diante do adversário paulista. Sozinho, não adianta…

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Classificação brasileira à Copa Sul-americana com anticlímax

Copa Sul-americana

Eis o critério de classificação à Copa Sul-americana de 2013.

Com o Campeonato Brasileiro já na 13ª rodada, enfim a Confederação Brasileira de Futebol chegou a um entendimento com Conmebol e com o canal Fox, detentor dos direitos de transmissão da competição internacional, de forma oficial.

Cenário até a temporada passada:

Os oito melhores colocados da Série A, do 5º lugar ao 12º, se classificavam para a disputa. Caso um um dos times com vaga na Libertadores estivesse entre essas colocações na tabela, a vaga automaticamente passava para o 13º lugar.

Tente entender a nova fórmula:

O país segue com oito vagas entre os 47 times da Sul-americana. No entanto, a classificação será através de uma equação entre Série A e Copa do Brasil (veja aqui).

Serão os oito melhores colocados do Brasileirão, mas entre aqueles eliminados até as oitavas de final da Copa do Brasil do ano seguinte. Vale lembrar que o mata-mata nacional foi reformulado e passará de 64 para 86 clubes.

Se antes era preciso vencer duas etapas para alcançar as oitavas, agora serão três.

Íntegra da CBF:

Para a Copa Sul-americana de 2013 irão se classificar os oito primeiros colocados do Brasileiro da Série A 2012, excluídos os clubes classificados para a 4ª fase da Copa do Brasil de 2013 (nessa 4ª fase estarão presentes os clubes oriundos da Libertadores).

Série B – Na hipótese de não ser completado o número de oito vagas para a Copa Sul-americana a partir do universo dos 16 clubes primeiros colocados da Série A/2012, serão então chamados sucessivamente os quatro primeiros classificados do Brasileiro da Série B de 2012; depois os quatro últimos classificados da Série A/2012.

Para um time brasileiro estabelecido ser “eliminado” da Copa Sul-americana, basta não chegar às oitavas de final da Copa do Brasil. Simples, não?

Keep Calm do Sport

Camisa "Keep Calm", do Sport. Foto: Sport/divulgação

Os memes na internet surgem em uma velocidade impressionante, sobretudo nas redes sociais. Surfar nessa onda de humor nem sempre é fácil.

Focando um tema, surgem montagens de todos os tipos em todos os cantos, criativas ou não. Paralelamente aos compartilhamentos na web, em números enormes.

Como transformar isso em receita? Camisas estampadas circulam nas ruas aos montes. Em muitas oportunidades, com fabricação simples.

Por que não aproveitar isso no futebol, como fonte de renda?

O meme Keep Calm é um dos mais populares, referente à frase “Keep calm and carry on”, ou, traduzindo, “Tenha calma e siga em frente”.

A expressão foi cunhada pelos ingleses em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial. Agora, com livre adaptação, serve para vários assuntos. Abaixo, alguns exemplos.

O próprio Sport achou o seu caminho e encomendou a produção de uma camisa oficial de algodão, por R$ 39, associando a brincadeira ao seu bordão (veja aqui).

Se alvirrubros e tricolores executassem a ideia, quais seriam as frases?

Marketing também é isso. Simples, bem humorado e rentável.

Keep Calm

Sul-americana, eterna candidata à sombra da Libertadores

Troféus da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-americana

Há muito tempo a Conmebol tenta emplacar uma segunda competição de clubes, abaixo da consolidada Taça Libertadores da América.

Em 1988, a confederação criou a Supercopa, reunindo apenas os campeões da Libertadores. A ideia com clubes tradicionais vingou no início.

Depois, com a mesmice, o critério de vaga automática acabou esvaziando o torneio, com muitos campeões desnivelados. Foi extinto em 1997.

No ano seguinte veio a Copa Mercosul, com os grandes times da época, mas com um critério ainda mais discutível: convite. Durou apenas quatro temporadas.

Em 2002, nova tentativa, com a Copa Sul-americana, semelhante à Copa Conmebol, terceira força entre 1992 e 1999. Os melhores do país, exceto o campeão nacional.

Desinteressados, os clubes brasileiros sequer participaram da primeira edição. Este ano celebra a 11ª, o que torna a competição a segunda mais longa da história do continente envolvendo clubes de futebol. Ainda assim, não há muito o que comemorar.

Falta maturação à Sul-americana, que à procura disso vai sendo inchada ano a ano. Desta vez serão 47 participantes, sendo oito times do Brasil (veja aqui).

Os contratos de naming rights e televisionamento existem, assim como as verbas a cada fase, como na Libertadores, mas o interesse do público é bem menor.

Os estádios seguem vazios, com jogos de qualidade duvidosa e emoção só a partir das quartas de final. Como incentivo, o campeão disputa a Recopa, desde 2002, a Copa Suruga , desde 2007, e ainda garante vaga na própria Libertadores, desde 2010.

Esses prêmios gradativos são uma clara tentativa da Conmebol para fortalecer o torneio. O que falta? Um calendário melhor? Segue muito distante da principal taça.

A participação brasileira, com quatro chaves nacionais, começa mais uma vez começa sem empolgação alguma, com times mistos. Instigação pontual, só.

A tal “zona da Sul-americana” na Série A é um prêmio de consolação para os grandes clubes e a meta para os médios. Até aí, ok. No entanto, após a vaga, o interesse desaparece, inclusive nos times medianos. Incoerente, não?

Não por acaso, o histórico brasileiro é pífio. Em dez anos, apenas um título e três finais. Na Libertadores, neste período, cinco conquistas e nove decisões…

De fato, a própria CBF encampa o pouco comprometimento. Basta dizer que pretende mudar o critério de classificação para uma fórmula incompreensível, literalmente, misturando o desempenho na Série A e na Copa do Brasil.

A entidade encontrou resistência da Conmebol e da Fox, detentora dos direitos de transmissão. Resultado? O Brasileirão está com treze rodadas e começará a participação do país no torneio de 2012, mas não há definição sobre a classificação para 2013…

Não surpreende o fato de a Copa Sul-americana sequer fazer sombra à Libertadores.

Um segundo torneio continental é importante. É preciso torná-lo um objetivo real.

A 13ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 13 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da décima terceira rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Os rivais centenários jogaram no domingo. À tarde, o Sport frustrou os 14.171 torcedores na Ilha com um empate em 0 x 0 com o Atlético-GO, afundado no Z4.

À noite, o Náutico começou bem diante da Portuguesa, no Canindé. Kieza marcou o seu 4º gol em 4 jogos. Porém, a Lusa dançou o vira e fez 3 x 1, com novas falhas da zaga.

A 14ª rodada da Série A para os pernambucanos:

05/08 (16h00) – São Paulo x Sport

Em São Paulo: 14 vitórias do Tricolor em 14 jogos

05/08 (16h00) – Náutico x Santos

No Recife: 5 vitórias do Timbu, 8 do Peixe e 2 empates

Quando o problema não é a defesa rubro-negra, é o ataque

Série A 2012: Sport x Atlético-GO. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Não adianta o discurso de que o Atlético-GO havia vencido dois dos seus últimos três jogos. Sem uma mudança drástica, ainda apresenta uma série deficiência técnica.

Até porque a defesa goiana havia sido vazada 25 vezes nas doze primeiras rodadas, a pior até então. Mais. Nos tais três jogos anteriores, levou nove gols.

Fora de casa, a equipe, já com o terceiro treinador, vinha sendo uma presa fácil. Um empate e seis derrotas até este domingo. Sim, até este domingo. Na Ilha do Retiro…

Em mais uma atuação abaixo da crítica, o Sport empatou em 0 x 0 com o Atlético, chegando a quatro partidas sem vitória e um número bem maior sem padrão de jogo.

No primeiro tempo, a bola parecia queimar nos pés dos leoninos, com a posse da pelota sob domínio dos visitantes. Aos poucos, o Leão conseguiu ter paciência. No último lance, uma cobrança de falta de Gilberto quase resultou no gol do Sport.

A finalização não impediu as vaias no intervalo. Na etapa complementar, Mancini promoveu a volta do atacante Henrique, ausente nas últimas três rodadas.

Talvez tenha feito isso para evitar a pressão na arquibancada. Mais arisco que Marquinhos Gabriel, Henrique não rendeu tanto. E Mancini não foi poupado.

Tampouco Gilberto, preso na marcação, sem mobilidade, sem passar a bola.

Mobilidade, aliás, faltou ao time todo durante os 90 minutos. O placar foi um retrato da tarde na Ilha, até porque o adversário também não ofereceu perigo.

Foi a segunda vez que a defesa do Sport não sofreu gols em 13 rodadas do Brasileirão desta temporada. Como na primeira, na Vila Belmiro, curiosamente o ataque também não funcionou, logo diante de uma oportunidade daquelas.

Série A 2012: Sport x Atlético-GO. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco